Rejeição

Era um novo dia e Gina se encaminhava para a mesa da Grifinória, depois de mais uma briga com o marido. O garoto havia exigido que ela tomasse o café da manhã na mesa dele, mas ela estava irredutível. Assim que Gina entrou no lugar, todos os olharem se voltaram para ela. Ela ergueu a cabeça e continuou e foi até a mesa onde sentou. Imediatamente as pessoas que estavam em seu lado começaram a sair. Gina se esforçou para comer uma torrada,havia perdido toda a fome. As pessoas de sua casa a olhavam com desprezo.
- Traidora - Ela ouviu alguém dizer baixinho.Mas não levantou os olhos para vê quem foi. Gina sentia-se mal. Sabia que poderia acontecer algo do tipo, mas não daquele jeito. Todos a rejeitavam.
Depois de duas torradas mal comidas ela se levantou e praticamente correu pro quarto, onde se jogou na cama chorando. A porta foi aberta, ela sabia quem era e sabia que não deveria chorar. Chorar demonstrava fraqueza e ela não queria que ele a achasse fraca, mas não conseguia se controlar.
- Gina – Ela não o olhou, não tinha coragem, estava envergonhada – Gina – ela continuou sem encarar – Olhe pra mim querida – Ela não desgrudava o rosto do travesseiro – Gina – Ele falou autoritário e ela o obedeceu
- Você viu o que eles fizeram? – Ela falou baixinho
- E você se importa com isso? – Ela o olhou, confusa – Agora você é uma Malfoy e os Malfoy não se importam com o que as pessoas falam ou pesam. Nós somos superiores. E como seres superiores não choramos por causa de coisas insignificantes – ele falou duro.
- Mas..
- Não tem mais algum – Ele a cortou. – Se recomponha e pegue suas coisas, você com certeza não vai querer chegar atrasada - Gina concordou.Lavou o rosto e pegou sua mochila.
- Estou pronta.
Eles seguiram lado a lado de mãos dadas o que atraia o olhar de todos. Os alunos de todas as casas só falavam sobre eles. Era estranho vê uma Malfoy junto com uma Wesley, ainda mais eles estando casados.
Eles pararam eu uma bifurcação de corredores, agora casa um seguiria por um caminho diferente
- Gina – Ela o olhou – Não importa o que aconteça eu estarei com você
Ela sorriu e equilibrou-se nas pontas dos pés para beijá-lo na boca.
- Até mais tarde – Ela se despediu.
Gina seguiu tranquilamente para a sua primeira aula. Que foi totalmente chata. Ela havia esquecido que algumas aulas chegavam a ser insuportáveis.
As horas se passaram lentamente e agora ela corria para a última aula que teria naquele dia, essa era a mais esperada, porque seria junto com a Corvinal e por isso ela iria rever sua melhor amiga.
Ela entrou na sala e todos viraram a cabeça para olhá-la. Gina se sentou e a garota que estava ao seu lado rapidamente mudou de lugar. Ela olhou em volta procurando a amiga e logo a achou. Luna estava um tanto distante. Gina respirou fundo e resignou-se. Teria que esperar até o fim da aula.
- Luna, me espera – Gina gritava a menina enquanto desviava dos outros alunos. A ruiva correu bastante até que a alcançou.
- Hei Luna, você não me ouviu pedindo para me esperar não? - Ela segurou o braço da loira que de um puxão, se soltou.
- O que foi? – Ela perguntou preocupada.
- Nada. Agora eu tenho que almoçar então tchau – A loira havia sido fria e um tanto grossa. Aquela não era a Luna que conhecia. Tinha alguma coisa errada
- Porque você esta me agindo assim?
- Você já fez essa pergunta pra si mesma?
- Que? – Gina não entendeu o que a menina queria dizer.
- Aonde você quer chegar? Porque esta fazendo isso? – Luna era totalmente grossa. Gina nunca tinha visto a amiga daquele jeito
- Eu não estou te entendendo
- Nem eu – Ela balançava a cabeça – Porque você se casou com o Malfoy? Eu pensava que você o odiava, afinal ele vivia falando mal de você e da sua família. Eu não acreditei quando o Rony me contou o que você fez. Desprezar a sua família por causa de dinheiro. Eu achava que era sua melhor amiga, só que eu nem te conheço mais
- Em uma coisa você está certa. Você realmente não é minha melhor amiga. Porque se fosse jamais pensaria que me casaria por dinheiro.
- Porque eu acreditaria em você?
- Por que eu falo a verdade. – Gina engoliu em seco e segurou as lagrimas – Você quer saber por que eu me casei com o Draco? – Ela assentiu com a cabeça – Porque ele e a família dele, cuidaram de mim. No momento que eu mais precisei eles é que estavam comigo. Eles me estenderão a mão quando eu estava sozinha e perdida. Minha própria mãe, uma Wesley, me jogou para fora de casa, enquanto a mãe do Draco, uma Malfoy, me acolheu. Irônico não?
- Gina eu ... – A menina foi interrompida
- Sinceramente, eu esperava isso de todo mundo menos de você. É, mais eu já deveria estar acostumada, afinal eu sempre me engano.
Gina foi diretamente para o quarto. Havia perdido o apetite e também não queria mais que todos ficassem lhe olhando. Ela deitou na cama. Iria tentar dormir um pouco, quem sabe assim esqueceria aquele dia.
Ela estava quase dormindo quando a porta do quarto abriu fazendo um ruído característico. Sonolenta ela levantou a cabeça para vê o seu marido entrar
- Como foi seu dia? – Ele perguntou enquanto tirava afrouxava a gravata.
- Tirando os olhares, as fofocas, o desprezo, o fato de ninguém ficar perto de mim, e a briga que eu tive com a Luna, foi bom e o seu?
- A mesma coisa que o seu – Ele se deitou ao lado dela.
- Eu não achei que seria assim- Ela suspirou – Está muito complicado e hoje foi apenas o primeiro dia
- Isso não vai continuar, você verá – Gina desejava que sim
- Você vai ter aula a tarde? – Ela se colocou de lado para olhá-lo mais de perto
- Graças a Merlin não, por quê?
- Porque eu também não vou ter
- E? – Ele sorriu malicioso
- E eu queria passar a tarde toda nessa cama com você – Ela corou demasiadamente.
- Seu desejo é uma ordem- O garoto foi para cima dela a beijando. Gina retribuiu mais parou quando percebeu que ele desabotoava sua camisa. Ela o empurrou e ele sentou na cama
- O que foi?
- Quando eu falei em ficar na cama, era pra deitar e descansar, não pra fazer coisas que eu não posso
- Não pode ou não quer? – Ele perguntou com um sorriso safado estampado na face
- Draco, eu estou grávida – Ela balançava a cabeça rindo. Nem parecia, mas ela estava com vergonha.
- Eu sei disso ,mas o que é que tem?
- Que pode fazer mal pro neném – Ela acariciava a barriga quando sentiu um toque gelado.
- Você nem parece que esta grávida de quatro meses – Ele tocava na área agora exposta.
- Eu nem sei se estou com tudo isso – Ela tremeu com o toque dele, suas mãos eram frias. Gina olhava para a pequena protuberância. Ela realmente não parecia esta de tudo isso.
- Como assim? – Ele perguntou confuso
- È que eu nunca foi examinada por um curandeiro, a não ser na sua casa, mas..
- Você esta querendo me dizer que grávida desse jeito você nunca foi em um hospital? – Ele parecia incrédulo
- Sim
- Mas como...
- Eu descobrir que estava grávida? – Ele assentiu – A Luna conseguiu um teste de gravidez trouxa
- Eu não acredito Ginevra, que irresponsabilidade é essa? Onde você estava com a cabeça? Por que não me falou isso antes? – Gina começou a rir o que irritou mais o garoto.
- Você esta parecendo a sua mãe – A menina ria
- Eu não acredito que você esta brincando com uma coisa séria dessa. Você pode perder o bebe sabia?
- Draco, também não é pranto – Ela ficou séria
- Claro que é. E se tiver alguma coisa de errada com o nosso filho?
- Você acha que pode ter? – Ela perguntou assustada
- Eu não sei,mas logo nós vamos descobrir como ele esta
- Como?
- Eu vou mandar uma coruja para a mamãe, ela vai saber o que fazer. Mas enquanto isso não se preocupe, com certeza tudo esta bem
- É você tem razão – Ela ainda estava preocupada. Não tinha pensado naquela possibilidade. Se houvesse algo errado com o bebê ela não saberia o que você
- Ruivinha, eu sempre tenho razão – Ele sorriu convencido antes de beijá-la

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