A Resposta de Tiago
Já era de manhã, Marrie estava na Sala Comunal esperando Tiago acordar. Hoje a primeira aula dela seria Adivinhação, e a garota não estava nem um pouco interessada em ir.
- Bom dia! - exclamou Sirius, descendo do dormitório masculino.
- Bom dia, Sirius... - respondeu Marrie. - Onde está o Tiago?
- O Pontas?? - o moreno olhou desconfiado para a garota. - Está lá no dormitório...Aluado e Rabicho já estavam tomando o café da manhã!
- Ótimo! - exclamou a morena, indo em direção às escadas do dormitório masculino.
- Onde você vai?
- Acordar o seu amigo - dizendo isso, Marrie subiu as escadas, deixando um Sirius confuso na Sala Comunal.
Marrie caminhou lentamente pelo corredor do dormitório masculino, parou, então, em frente à uma porta que tinha uma placa afixada: "Os Marotos te dão as boas vindas, mas só se você for mulher, caso contrário, dê meia volta e vá lamber sabão!". A garota sorriu e abriu a porta lentamente; Tiago estava deitado em sua cama, sem camisa, todo esparramado e parecia dormir tranquilamente.
A garota encaminhou-se até o maroto e passou a mão pelo seu rosto, sussurrando:
- Vamos acordando, meu amor!
- Lily...! - Tiago sorriu e abriu os olhos. - Marrie?!?
- Bom dia, Tiago...só não gostei de você ter me chamado de Lily! - Marrie sentou-se ao lado de um maroto totalmente espantado.
- O que você está fazendo aqui? - Tiago se cobriu com os lençóis.
- Lembra que eu te falei que precisa conversar? Então, aqui estou eu!
- Mas você não poderia esperar eu acordar, me trocar e descer?
- Era o que eu estava fazendo...mas você dorme muito, meu amor! - Marrie chegou mais perto do moreno, fazendo-o levantar-se e correr até banheiro.
Minutos depois, Tiago saiu de lá totalmente arrumado e pronto para tomar seu café da manhã. Os dois desceram as escadas e ficaram em silêncio, até que, no caminho do Salão Principal, Marrie começou a falar:
- Então...eu queria te perguntar uma coisa...
- Pode falar! - disse Tiago.
- O que a Lílian tem que eu não tenho?
- Como assim? - Tiago parou de andar.
- Ahhh...todos os garotos que eu me interesso são interessados pela Lílian, e eu não sei por quê! - Marrie encarou-o. - Ela é tão mais bonita que eu?
- Marrie, vocês tem belezas diferentes...
- E você prefere a beleza dela né? - falou Marrie, arrogantemente.
- E você ainda pergunta? - Tiago estava começando a se irritar com aquela garota.
- Nossa...você é bem direto, né?
- Quem pergunta quer saber!
- Então me fale...o que a Lílian tem que eu não tenho?
- Você quer mesmo saber?
- Aham...!
Tiago ajeitou a mochila nas costas e encarou Marrie, aquela seria a hora em que ele, finalmente, poderia falar tudo o que pensa de Lílian, sem que ela o esbofeteasse.
- A Lílian é, simplesmente, a melhor garota do mundo! - exclamou Tiago. - Não só pela beleza, que cá entre nós é MUITA beleza pra uma pessoa só, mas também pelas atitudes dela...Está sempre querendo ajudar à todos, é boa amiga, boa filha, até boa irmã, apesar de brigar tanto com a tal da Petúnia; é boa aluna; boa monitora; é gentil; alegre, às vezes mal humorada, mas isso dá um ar de mistério à ela; gosta de viver! A Lily tem bom caráter; não é mentirosa; sabe como deixar um garoto apaixonado mesmo sem querer...E, além disso tudo, ela conseguiu uma coisa que jamais mulher nehuma conseguiu ou vai conseguir!
- E o que seria essa coisa? - disse Marrie, espantado com tudo que Tiago dissera.
- Ela conseguiu o meu amor! - os olhos de Tiago estavam marejados. - O que nunca, ninguém, irá conseguir tirar dela!
Os dois se encararam, então, como se algo tivesse estalado na mente de Tiago, o maroto exclamou:
- Já sei qual é a resposta! - antes que Marrie pudesse dizer qualquer coisa, o moreno saiu correndo.
Tiago corria como se tudo dependesse daquilo; ele precisava chegar até a sala de Dumbledore, precisava falar para o diretor que sabia a resposta para a pergunta. Foi então que chegou na gárgula, mas não sabia a senha. O maroto começou a espraguejar, chutar a estátua, fazia tudo que lembrava, e nada da gágula se mover.
- Sr. Potter! - exclamou o Profº Slughorn, de poções.
- Professor...eu preciso falar com o Profº Dumbledore! - exclamou Tiago, impacientemente.
- Sobre o que se trata?
- É que o diretor me fez uma pergunta, e eu não soube responder! - disse Tiago, rapidamenre. - Mas agora eu já sei a resposta e preciso muito falar à ele.
- Que pergunta foi essa?
Tiago estava prestes a falar para Slughorn a pergunta, para que o professor o deixasse entrar no escritório do diretor, mas foi interrompido pelo próprio Dumbledore.
- Slughorn...pode deixar o Sr. Potter comigo! - exclamou o diretor.
- S-sim, Dumbledore! - o professor de poções não parecia muito contente em ver o diretor, pelo que expressou, gostaria muito de saber qual era essa tal pergunta.
Enquanto Dumbledore conduzia Tiago para sua sala, Slughorn saía desconsolado pelo corredor. O diretor levou o maroto até uma cadeira e fez sinal para que sentasse; Tiago olhava-o entusiasmado, ele precisava falar que sabia a resposta para a pergunta do diretor.
- Gostaria de beber algo, Tiago? - falou Dumbledore, colocando para si mesmo um pouco de wisky de fogo.
- Não senhor! - Tiago não conseguia se conter de anciedade. - Profº Dumbledore, eu já tenho a resposta...
Dumbledore andou calmamente até sua escriavaninha, acariciou as penas de Fawkes e sentou-se em sua cadeira. Após tomar um gole de seu wisky, olhou para Tiago e falou, calmamente:
- Então pode me falar a resposta, estou esperando!
- Sim, profº Dumbledore! É verdade o que digo...eu amo a Lílian! - Tiago aprumou-se em sua cadeira. - Nunca amei ninguém como a amo! É algo incontrolável, e o pior de tudo é que ela não acredita em mim...o que posso fazer, professor?
- Tiago, Tiago...Nada é simples nessa vida! - Dumbledore levantou-se e foi até um pequeno armário. De dentro dele, retirou um recipiente, que logo Tiago reconheceu como sendo uma penseira.
- O que o senhor irá me mostrar? - falou Tiago, confuso.
- Quero que voce veja uma coisa...apenas olhe! - Dumbledore colocou a varinha em sua própria cabeça, retirando um fio prateado. Um pesamento.
Após depositá-lo na penseira, fez sinal para que Tiago se aproxima-se; o maroto levantou-se e dirigiu-se para o local em que Dumbledore indicara. Minutos depois, Tiago viu sua mente girando e girando, como se estivesse caindo.
" Ele estava na sala de Dumbledore, junto com o mesmo, enquanto outro Dumbledore, um pouco mais novo encontrava-se sentado em sua cadeira encarando um garoto de cabelos arrepiados e que se parecia muito com Tiago: seu pai!
- Allan, você já tem a resposta para minha pergunta? - disse o Dumbledore do pensamento.
- Sim, senhor! - exclamou o pai de Tiago. - O que eu digo é verdade, professor...eu a amo como nunca amei ninguém! Ellen é a mulher da minha vida!
- Então diga isso a ela! - falou Dumbledore, calmamente.
- Eu já disse professor, mas ela não me ouve... - respondeu Allan, desconsolado.
- E você sabe por quê ela não o ouve?
- Porque ela acha que só será mais uma! - Allan abaixou a cabeça, constrangido.
- Você sabe que isso é consequência dos seus atos, Allan - Dumbledore levantou-se e caminhou até a saída. - Se você não sabe como conquistar a Srtª Ellen, não posso fazer nada para ajudá-lo.
Dizendo isso, o diretor abriu a porta, esperando que o pai de Tiago saísse. Então, Allan parou à porta, olhou para Dumbledore e falou:
- Professor, eu nunca irei desistir da Ellen...! Lembre-se sempre disso. "
Tiago foi puxado para a realidade; ao seu lado encontrava-se o Dumbledore atual, com uma expressão séria no rosto. Este, por sua vez, dirigiu-se para a saída e abriu a porta.
- Acho que não tenho mais nada para falar, Tiago.
- Professor, a Lílian será minha mulher...ela irá me amar e nós teremos lindos filhos. Espero o senhor no nosso casamento! - Tiago saiu da sala.
Dumbledore fechou a porta logo em seguida, indo para perto de Fawkes, que fez um pequeno barulho, como um riso. O diretor acariciou suas penas novamente, enquanto pensava no que acabara de acontecer em sua sala; após alguns minutos, ele sorriu e murmurou para a fênix:
- Sim, Fawkes...ele é diferente de Allan Potter!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!