; cap. 2
ou Storm.
Narrado por: Marlene Mckinnon.
Escutando: Porta abrir.
Local: Casa.
- Como foi o primeiro dia de aula? – Meu pai perguntou logo que eu coloquei o pé dentro de casa.
- Péssimo como todos os primeiros dias de aula. – Respondi. – Comecei mau na hora de sair pai, você me coloca pra usar essas roupas ridículas que você compra. Pai eu quero usar as minhas roupas, as que eu faço...
- Filha, eu sei que você é uma ótima costureira, mas... – Eu sou uma designer. – Você tem que entender que para pra uma escola você tem que ir o mais simples possível.
- Pra que pai? – Perguntei largando meu caderno na mesa do cozinha, onde ele estava cozinhando. – Pra ninguém se interessar por mim, é isso? Por que você não suporta que ninguém goste de mim... Você tem medo de que aconteça comigo o que foi com você? Ninguém vai me abandonar e sabe por que? Eu não sou estúpida igual a você...
Droga. Meu pai não tem culpa e eu fico atacando ele. Ele não tem culpa se você brigou com a garota mais popular da escola, ele não tem culpa se você foi suficiente burra pra não se sentar com sua
- Não. – Ele fisse com a voz mais firme. – Por que escola não é lugar de se usar roupas daquele tipo...
- Que tipo pai? – Perguntei ficando mais irritada. – São as roupas que eu faço, mas que eu nem tenho direito de usa-las.
- Que tipo filha? Aquelas roupas curtas suas. – Que raiva. – E escola não é lugar de namoro. Melhor que ninguém te olhe mesmo...
- Pois eu vou com as minhas roupas amanhã! – Respondi pegando meu caderno e indo pra escada.
- Veremos. – Ele me desafiou? – Você é a minha filha e usa o que eu quiser que você use. Você faz o que eu quero... EU MANDO EM VOCÊ!
- Você não manda nem em você pai.
- O que? – Ele berrou em resposta e eu sai correndo escada acima pro meu quarto.
Fui direto pro meu guarda roupa, agora ele me desafiou. Ele vai ver do que eu sou capaz... Por que eu não sou mais a garotinha dele, que faz tudo que ele manda, agora eu cresci. E eu não sou a caipira que a Lily pensa que eu sou. Todos eles vão ver. Ele vai ver... É, o Sirius! E eu não sei por que to assim, mas eu não consigo parar de pensar nele.
Coloquei a minha peça favorita, um shortinho bem curto e uma blusa rosa que eu amei. Meu pai nunca soube, mas com a minha mesada eu compro a edição do mês da Vogue é de lá que eu fico sabendo como andam as tendências... E com a maquina que minha mãe deixou pra mim quando fugiu, eu costuro e sempre penso nela quando faço isso. Menos ontem a noite, que enquanto eu costurava eu pensava nele...
- Onde você pensa que vai com essa roupa? – Perguntou meu pai quando desci.
- Para escola, onde mais eu iria? – Perguntei. Agora não estou com dó dele, que pai é esse que só quer mandar em mim?
- Com essas roupas você não vai pra lugar nenhum.
- Quero ver você me impedir. – Respondi dando um sorriso e indo pra porta.
- Se você sair por essa porta não vai entrar mais! – Meu pai disse sério. – Por que com essas roupas você não é minha filha, só mais uma nojentinha que tem nessa vizinhança.
- Se é assim que você pensa...
E sai.
Você acha mesmo que mais pai vai me deixar do lado de fora? Eu duvido, sério. Ele só quer se impor, ele sempre quer. Abraçando meu caderno com mais força olhei pro céu e vi que vinha chuva por aí, e ventava frio.
Deve ter sido pelo vento, mas meus olhos começaram a lacrimejar. Como eu pude trata-lo tão mau? E por que eu tenho que sentir vergonha de vestir as minhas roupas... Por que?
- Marlene é você? – Um arrepio subiu pela me dorsal.
Virei-me, eu já sabia quem era... Lá no fundo eu sabia. E dentro daquele Renau prata estava o meu professor de química, o cara mais gostoso que eu já conheci, o cara que mesmo sem entender o porque eu não parava de pensar... O cara que só de falar o meu nome me fez arrepiar. O que está acontecendo comigo?
- Professor? – Perguntei sorrindo.
- Quer uma carona pro colégio?
- Acho que vou aceitar. – Disse já com a mão na porta. – Não to querendo pegar ônibus e metrô hoje não, ainda mais que ta parecendo que vai chover.
Quando eu sentei no banco do carona ele olhou pra mim, ele também tava sorrindo bobamente e eu não sei se foi impressão minha, mas ele olhou pras minhas pernas.
- Quase não te reconheci... – Ele comentou acelerando o carro. – Não sabia que você morava aqui em New Jersey.
- Eu que não sabia que você morava aqui professor. – Disse, mantendo o caderno no meu colo tampando as minhas pernas por que eu estava com vergonha.
- Me chame de Sirius. – E sorriu pra mim...
Meu coração acelerou duma vez. Uma vez eu li num livro da Meg Cabot que isso se chama Frisson, mas não pode ser por que ele é o meu professor... Mas ele é muito lindo e não é tão mais velho que eu. Eu tenho 16, quase 17 e ele deve ter uns 23, isso não é uma distancia muito grande.
- Te dou um 10 se me disser no que está pensando. – OMG! – Você sorriu tão... Tão... Deixa pra lá.
- Tão o que professor... Digo, Sirius?
- Esquece. – Ele disse parando no sinal. – Nem eu sei direito...
Continuamos o trajeto em silencio, eu olhava pra ele... Tão perfeito. E eu fiquei imaginando algumas coisas, nós dois no meu quarto nos agarrando. E isso nunca aconteceu comigo antes, eu não sei o que está dando em mim.
Depois de agradecer a carona eu entrei no colégio. E todos estavam olhando pra mim, ou para as minhas pernas (6’, eu sorria por que sabia que agora eles me viam, e não como uma caipira, mas sim como uma deles.
- Essa é você Marlene? – James perguntou quando me juntei a eles. – Nossa, que gata!
Lily lançou-me um olhar de nojo e depois olhou irritada para o James. Pelo visto ela conseguiu enrolar ele, por que se eu brigasse com alguém daquela forma eu não voltaria.
- Que isso James... – Disse meio tímida.
- Onde você comprou essas roupas? – Perguntou Lily, será que ela gostou?
- Eu não comprei. – Respondi olhando pras minhas roupas. – Eu que as fiz.
Senti um orgulho das minhas roupas agora. Remus e Taylor estavam se agarrando, Taylor deve ter ouvido a conversa por que parou de se beijar pra olhar minhas roupas.
- Você tem talento Marlene. – E voltou a se agarrar.
- É patético isso sim. – Lily disse. – Só uma caipira usaria as roupas que faz, que ridículo.
- Da pra você parar de ficar criticando tudo, Lily? – James pediu. – Irrita sabia. Você só sabe olhar pro próprio umbigo e ficar criticando os outros. A roupa é muito bonita Lily, e ignora o que ela diz. Por que eu ando ignorando, ela tem sorte que eu ainda não comecei a ignorá-la.
- O que você disse James? – Lily perguntou. – Ninguém consegue me ignorar, ninguém consegue me esquecer.
- Continua assim pra ver, sempre tem a primeira vez.
- Por que você sempre protege ela James? – Lily perguntou revirando os olhos. – Você nunca fez isso, sempre era eu em primeiro lugar. Mas pelo jeito você anda gostando dela...
- Eu gosto dela sim, mas por que ela é bem legal. – James disse. Eu já estava ficando sem jeito. – Agora eu amo você, mas cada vez você me prova que não merece os meus sentimentos...
James disse e saiu dali.
- Nem te suportar eu não ando conseguindo mais. – Resmungou e continuou a andar.
Ele já estava bem afastado quando ela olhou pra mim e disse:
- Viu o que você está fazendo? Antes de você chegar ele me venerava... – OMG! – Mas depois de você, nós só ficamos brigando e brigando.
- Eu não tenho culpa, você tem. – Disse.
- Eu... Cala a boca! – Mandou. – Eu só te digo uma coisa; se o James acabar comigo você ta ferrada. Por que eu você não vai ter sossego, você não vai nem conseguir dormir. Sai de perto do meu James...
Ela revirou os olhos e seguiu ele.
- Cuidado com ela. – E pela primeira vez eu ouvi a voz do Remus, mas ele voltou a se agarrar com a Taylor.
A aula foi um tédio só, tipo, terça feira não é dia de ter química. Eu tenho química na segunda e na quarta amanhã tem que chegar logo. Os professores são até legais, mas nenhum deles chega aos pés do Sirius e eu não consegui prestar atenção na aula, por que ele me vinha na cabeça...
Mas o que me reconforta é que agora vai ter um reforço da matéria de ontem. Eu não tive problemas com a matéria, mas ninguém precisa ficar sabendo... Por que se eu posso ficar na presença daquela
- Isso, é desse jeito... – Sirius disse mostrando com os dedos, se debruçando sobre mim. Que cheiro. – Você pode mentir melhor Marlene. – Ele cochichou pra mim.
- Que? – Minhas bochechas formigaram, que vergonha. – Eu mentindo?
- Um professor sabe quando uma aluna tem ou não dificuldade. – Cochichou. – Mas que bom que você está aqui.
Eu fiquei mais vermelha e não consegui segurar o riso. Então ele sabia que eu não tinha duvidas...
- Então acho que vou embora... – Disse tirando uma mecha do meu rosto. – Você já descobriu.
- Só me responde por que.
- Que?
- Por que você veio? – Ele ficou do meu lado e me olhou nos olhos. Eu desviei em vários momentos por causa do nervosismo. – E nem venha com essa de eu amo química, por que é bem difícil achar alguém que goste. Eu não conto por que sou um pouco... não certo (?).
- Eu não tinha nada pra fazer...
- Essa foi a pior desculpa. – Ele sorriu me dando frisson. – Qualquer dia desses você me conta. Enquanto isso vem, vai que em uma dessas vezes você não descobre...
- Ta...
Olha que fofo que ele é. Ele me deixou bem constrangida, mas mesmo assim foi bem fofo. E não teve nada com tirar baba da minha boca... Mas bem que podia, uma troca de baba (6’.
- Então acho que eu vou embora.
- Por que? – Ele me perguntou. – Posso te responder algumas questões. Você tem alguma?
- Sinto muito, mas eu não tenho nenhuma. – Respondi fazendo charminho. Que foi? – E meu pai deve estar irritado por eu não ter ido embora até agora.
- Então tchau...
Ele foi então ajudar uma garota do outro lado da mesa. Achei que ele ia pedir pra mim ficar mais com ele, ou oferecer uma carona.
- É só isso? – Perguntei. – Tchau?
- Você tem que ir e eu tenho que ficar. – Respondeu e apontou algo pra garota. – Nem tem como eu te levar pra New Jersey, por que vou embora só à noite.
- Então eu realmente tenho que ir. – Disse consultando meu relógio. – Eu tenho meia hora pra estar na estação.
- Melhor correr, por que o ônibus deve estar passando.
- Tchau! – Disse com meu melhor sorriso.
Eu sai correndo e consegui pegar o ônibus, mas foi por pouco. Depois que eu entrei no metrô, tudo passou mais rápido, eu não estava percebendo por que não tirava ele da minha cabeça. Aquele cheiro bom, aquele sorriso...
Quando dei por mim estava caminhando pra casa sendo molhada pelo chuvisco.
Bem que ele podia ter me trazido, com certeza nós teríamos conversado mais do que na ida. Ele era tão perfeito, aquele cheiro, aquele sorriso, aquela boca... OMG!
Minha casa já estava bem próxima quando a chuva começou a engrossar, mas eu não me importei. O que realmente me importou foi quando eu estava chegando em casa, minhas roupas estavam todas no gramado...
Eu sai correndo e me agachei sobre elas. Eram as minhas roupas, aquelas que eu criei, aquelas que eu costurei. Todas elas estavam ali no chão na chuva, rasgadas...
- PAIIIIIIIIIII! – Berrei já começando a chorar. – PAIIIIIIIIIIIIIIII!
Ele apareceu na porta, carregando a minha maquina. Aquela que a minha mãe me deixou, aquela maquina verde onde eu me furei varias vezes, na qual eu aprendi a costurar...
- Eu te avisei. – Disse ríspido. – Minha filha não usa roupas sem vergonha, minha filha tem que ser decente. Eu te falei pra não sair, agora você não entra!
- As minhas roupas pai, você estragou todas elas. – Disse aos prantos abraçando algumas peças. – Demorei meses para faze-las. E você as destrói assim... Seu... Seu...
- Seu o que?
- SEU COVARDE IDIOTA! – Berrei.
- O que você disse? – Berrou ele de volta, levantando minha maquina sobre a cabeça. – É isso que você merece, assim você vai aprender a me respeitar.
E para o meu desespero ele jogou a maquina no chão com toda a força, vários pedaços se partiram dela. Mas não foi o bastante, não... Ele entrou na sala e trouxe o machado e na minha frente começou a machadar a minha maquina, destruindu-a.
- PARA! – Berrei correndo até ele tentando impedi-lo. – PARA!
Sem muita dificuldade ele me empurrou e me derrubando longe.
Por que ele fazia aquilo? Por que? Se ele era o meu pai, não devia me apoiar? Pais normais fazem isso, mas o meu pai, ele faz é destruir minhas coisas... Meus sonhos.
- Agora eu sei por que minha mãe fugiu... – Disse despejando a raiva com a voz. – Por que ninguém consegue te suportar. Por que você é egoísta, egocêntrico e não deixa as pessoas serem livres... Serem livres para sonhar.
Ele parou com aquilo e ficou me olhando, ele arfava.
- Eu devia fazer a mesma coisa. – Lancei-lhe um olhar de raiva misturada de nojo. – TE DEIXAR!
Ele largou o machado, e eu comecei a chorar mais violentamente.
Mas ele não parou, foi até o monte onde estavam os trapos que sobraram das minhas roupas e tirou do bolso seu isqueiro. Acendeu e simplesmente botou fogo no que restou do meu sonho.
Narrado por: Sirius Black.
Escutando: Rádio.
Local: Carro, quase chegando e casa.
O quê que está acontecendo comigo? Por que ela não sai da minha cabeça? Só por que ela inventou que estava com dificuldade pra poder ir ao reforço? Ou por que ela é linda e faz seu coração bater mais rápido?
Desde de segunda ela não sai da minha cabeça. E agora que eu fiquei tão perto do seu corpo é só isso que quero. Mas eu não posso, ela é minha aluna... Professores não devem se relacionar com alunas.
A chuva já estava bem forte quando eu passei pela porta da casa da Marlene. E lá estava ela sentada na grama, encolhida, toda molhada... Sem pensar parei o carro com tudo e desci correndo.
- MARLENE! – Berrei.
Ela não se deu conta de que eu a chamava.
Ela então levantou a cabeça um pouco e me viu. Ela não entendia o que eu estava fazendo ali, pelo jeito ela estava chorando. O que eram aquelas roupas queimadas ali?
Ajoelhei-me ao seu lado, ela se pendurou no meu pescoço. Estava gelada e arfante...
- O quê aconteceu Marlene? – Perguntei.
Ela só fazia chorar, não tinha forças nem pra me respondeu. Ficamos ali abraçados por alguns minutos, o que me deixou louco (?). Aquela garota mexia comigo, fazia me sentir como se eu tivesse 16 anos...
- Me tira daqui. – Disse por fim entrementes lagrimas.
- Ta bom, vou te levar pra minha casa. – Respondi dando-lhe um beijo na testa. Beijo que me deixou com vontade de agarra-la ali mesmo.
n/b: AI ARTIE QUE CAPÍTULO FANTÁÁÁÁÁSTICO *-* Ai ai queria eu pegar carona com o Six, mas a sortuda é sempre a Lene né ¬¬ UAHSUAHSUAHSAHSUAHUSA, enfim ficou perfeito, perfeito, espero mais heeein :B
Beeeijos :*
N/A: Espero que tenham gostado do cap. o próximo pode conter cenas um pouco mais quentes. Mas uma coisa eu posso dizer pra vocês... depois da tempestade não vai vir a calmaria... As coisas vão dar uma melhorada boa, mas as concequencias disso virão! =) beijos
25.03.2009 - Quarta-Feira
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