Interrogatório: Virgínia

Interrogatório: Virgínia





- Oi, o meu nome é Virgínia Molly Weasley e essa é a minha versão dos acontecimentos. Eu sei que provavelmente, você vai ver outras, mas quero esclarecer que a minha, sem sombra de dúvidas, é a mais próxima da verdade, afinal você não vai dar ouvidos a dois ex-comensais da morte ou a uma mulher de quase 30 anos que ainda acredita em animais imaginários?!!!


- senhora Weasley. Por favor, diga sua idade e explique todos os acontecimentos da noite passada. O homem a interrompeu antes que pudesse falar mais alguma coisa.


- quanta indelicadeza Harry, você me conhece a sua vida toda. Você sabe a minha idade. Além do mais é senhorita, não senhora. A não ser que estejas me chamando de velha, porque ai você vai se ver com a mamãe.


Harry Potter trabalhava na divisão investigativa da academia de Aurores há mais de oito anos, entretanto nunca pensou ter que investigar uma ex-namorada, em uma situação tão comprometedora. Sim, o caso da mulher além de altamente sigiloso era de alto risco. Já que aparentemente todos os homens que se envolveram com ela acabaram mortos ou loucos.


O caso era apelidado dentro da academia como o Beijo da Ruiva da Morte. E todos os outros investigadores pareciam ter medo de se aproximar da mulher. Dessa forma, sobrou pra ele e sua parceira Pansy Parkinson resolver esse crime.


Não podia negar certa apreensão. Afinal de contas ele também havia se relacionado com a Weasley, logo era um possível alvo para novos ataques. O mais recente ocorrera na madrugada de ontem. A vitima foi Simas Finningan, que namorou a ruiva ainda nos tempos de Hogwarts. Entretanto, o crime não foi perfeitamente executado e o rapaz continua vivo, internado no St. Musgus.


- Virgínia qual a sua idade e onde você estava ontem? Harry repetiu a pergunta. E sentou-se de frente pra mulher.


Ela percorreu o espaço somente com o olhar. Estava numa sala totalmente branca, com um vidro transparente em duas de suas paredes e uma mesa central onde se encontravam apenas ela e seu amigo Potter.


- Tenho 27 anos e estava ontem numa festa na Londres trouxa. Suspirou cansada. – A final de contas pra que tudo isso?


- Temo em lhe trazer notícias ruins. Seu nome está relacionado a uma série de assassinatos e o único modo de solucioná-los é com a sua colaboração.

- como assim? Até aonde eu sei não tenho feito nada contra a lei. Faz quase dois meses que eu nem azaro ninguém.


- Você conhece essas fotos? Harry tentou uma nova abordagem. Retirou do bolso de sua capa uma pasta cinza e a abriu cuidadosamente. – Você conhece esse rapaz? O moreno passou a foto pra mulher. Enquanto sentava-se de frente pra ela.


- Claro que sim. Oras Harry esse é o Dino, nosso amigo lembra? Estudamos com ele.


- eu quero saber se você teve algum relacionamento com ele no passado? Perguntou sério.


- Tive sim. A mulher corou. Mas foi algo rápido e eu tinha 15 anos na época.


- Ele está morto.


- que? A mulher exasperou-se. Mas... Como?


- não sabemos ao certo apenas encontramos essa foto sua ao lado do corpo dele. Harry mostrou uma foto da mulher que na época da foto trajava ainda o uniforme de Hogwarts e sorria alegremente enquanto abraçava Dino.


- Harry, eu juro que não fiz nada.


- eu acredito em você Gina. Contudo tenho que fazer o meu trabalho. Ele deu um sorriso carinhoso pra ela.


- ok. Pode falar que eu farei o que puder para ajudar.


- Você namorou com Alex Thonson?


- Cerca de dois meses.


- lamento informa-lhe que ele foi encontrado morto há duas semanas e também carregava uma foto sua com ele.


- Por Merlyn! A mulher deixou cair por seu rosto uma lágrima solitária.


- Frank Johnson?


- uma semana durante as férias no México ano passado.


- morto envenenado. Gregory Smith?


As lágrimas escorriam livremente pela face da mulher, sentia-se culpada de certa forma, pois todos os crimes pareciam se ligar a ela.


- Argentina. Três meses de namoro via internet. Você lembra quando papai me deu aquele computador e eu não desgrudava dele? Pois bem, ele era a causa disso. Ele morreu também?


- não. Está na ala psiquiátrica de um hospital trouxa e a única coisa que diz é o seu nome.


- Eu acho que to passando mal, Harry. A mulher segurou fortemente a mão no peito enquanto tentava respirar.


- Acalme-se, por favor, Harry levantou-se de sua cadeira e foi em direção a ela. Eu vou
Ajudar-te, minha querida.

A mulher o abraçou.


- eu juro que não fiz nada disso.


- eu sei que não. Você ainda não é considerada uma suspeita. E não será se conseguir me provar o que fez ontem à noite.


- Eu não me lembro de tudo Harry. Tudo o que sei é que saí ontem com a Luna.


- nós ainda vamos investigá-la. E é por isso que eu te repreendi. Não fale besteiras por aqui. Todos a observam. Harry sussurrou em seu ouvido.


- ok. Ela desvencilhou-se dos braços dele. – enquanto estava com Luna hoje de manha ela me disse que nessa boate encontramos Blaise Zabine e Draco Malfoy. A menina ficou da cor de seus cabelos.


- eu sei disso. Foi por isso que eles estavam naquela sala com vocês. Também estão esperando pelo interrogatório. Rony especulará com Luna. Blaise será ouvido por Hermione e Malfoy por Pansy.


- Harry eu acho melhor você saber isso por mim!


- o que foi?


- parece que eu dormir com Draco Malfoy.




Fim do Capitulo 2.












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