Prefácio



Nossa história começa em 1977 ano em que a guerra entre o mundo da magia eclodia,
causando terror e mágoa a todos aqueles que perdiam os parentes, amigos, ou pessoas amadas.
Um tempo quando todos pensavam que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado
seria apenas mais um dos muitos infelizes que haviam se inspirado nas Artes das Trevas
tentando ser lembrado de algum modo. Pensaram que com o passar dos anos, aquilo
acabaria, mas não acabou.

Nossa história é contada em um lugar que poderia ser considerado um esconderijo,
onde quase ninguém pensava nisso com freqüência, onde a tristeza e as desavenças
da guerra eram ignoradas, lugar em que as trevas não podiam passar pelos muros repletos
de magias antigas e mistérios da história...

--X--

- CORRE!

O berro ecoou pelo corredor, enquanto os passos batucavam no piso frio de pedra.
As pessoas desviavam rapidamente, virando a cabeça para acompanhar os corredores
desesperados.
Viraram para a esquerda, e depois a direita, onde um deles trombou de cara numa armadura.

- Levanta!

Sem tempo para recuperar o fôlego, os outros ajudaram o amigo a se desprender
da armadura que berrava por vingança. Continuaram sua correria até que subiram as
escadas de dois em dois degraus, continuando pelo corredor do sétimo andar. Correram,
e ao olharem para trás viram que ainda estavam sendo seguidos. Os passos mais
apressados que nunca traçaram uma caminhada longa e cansativa.

- Hei! Impressão minha ou já passamos por aqui? – Perguntou um deles apontando
para a tapeçaria já conhecida.

- Rápido, entrem aqui. – Disse o moreno abrindo uma porta, enquanto os outros
o seguiam, bateu a porta assim que o quarto amigo entrou.

- É isso! Estamos perdidos. – Reclamou aquele que batera na armadura.

- Cala a boca. – Pediu o moreno colando o ouvido a porta, tentando escutar algum
som.

- Pra onde eles foram? – Perguntou uma voz esganiçada.

- Não tenho idéia. Vamos descer, aposto que devem ter se escondido na torre.

- Malditos!

Os barulhos de passos aliviaram e concluíram que haviam conseguido despistar
os perseguidores.

- Conseguimos. – Murmurou se virando, dando de cara com as costas do outro moreno, que havia parado no meio do caminho. – Auch... O que...?

- Que coisa mais bizarra. – Comentou analisando pela primeira vez a sala em que estavam. Era confusa e incompleta. Parecia que várias pessoas haviam desenhado estruturas diferentes e juntado tudo. Aonde começava uma parede, terminava em um tipo de sofá com vários tipos de arte abstrata e por ai a fora.

- Onde estamos afinal? – Perguntou o baixinho.

- Já ouvi falar desse lugar, mas achava que não era real. – Argumentou o loiro colocando a mão no queixo. – Estamos no sétimo andar, deve ser a Sala Precisa.

- Ótimo, não faço questão de saber o nome das salas, escapamos ilesos, é tudo que importa. – Disse o segundo moreno se atirando num sofá próximo.

- Graças a genialidade de quem, não é mesmo? – Disse o primeiro moreno observando curiosamente as janelas tortas e de estilos diferentes. – E afinal, claro que importa! Precisávamos disso no nosso mapa.

- Eu disse que éramos pra ter deixado o feitiço de modificação em aberto, agora é tarde demais. E a idéia da brincadeira foi minha Prongs, nem venha tentar roubar a minha brilhante e única idéia.

- Cala a boca Sirius, o que digo é que se não saíssemos intocados o único culpado seria você.

- Parem as duas garotinhas. – Reclamou o loiro, se sentando numa poltrona. – Ninguém teve culpa de nada, não devíamos ter feito isso pra começo de conversa.

- Se sentindo culpado Reminho? – Caçoou Sirius jogando os cabelos pra trás - Não precisa mais, o nosso desgosto agora vai pro James. Ele que ganhou a insígnia de Monitor-Chefe, não?

- Quantas vezes tenho que te mandar calar a boca Sirius? Ta com inveja? Já que o Professor Dumbledore preferiu a mim do que a você?

- Se um dia quiser atenção do diretor a ponto de querer ser Monitor-Chefe, mate-me.

- Remus, quer fazer as honras, ou não quer manchar sua varinha pura? – Perguntou James se sentando ao lado de Sirius.

- Acho que nenhum de nós deveria manchar tanto a varinha quanto o nome, com algo como Sirius. O Pedrinho, por outro lado, pode querer ter a possibilidade.

- Que tal pararmos de programar o meu homicídio e o autor? Obrigado. E ai Prongs, como vai a Evans?

- Como eu devo saber? – Questionou James dando de ombros.

- Vocês não conversaram nada na ajuda dos pirralhos do 1° ano?

- Não tivemos tempo, um deles botou fogo no cabelo do amigo. – James suspirou passando as mãos pelo rosto. – Não quero nem pensar nas rondas noturnas.

- A Lily é uma pessoa adorável para conversar. Eu, por exemplo, nem sentia o tempo passar com ela por perto. – Remus recebeu um olhar de poucos amigos e sorriu amarelo.

- Esses são detalhes dos quais você pode me poupar. Aparentemente, eu sou o único com quem ela não consegue ter uma conversa civilizada por mais de vinte minutos.

- Vai ver porque você, a partir dos quinze minutos, começa a falar como um maroto, e não como uma pessoa comum. – Opinou Sirius.

- E os outros cinco minutos?

- Ah, os outros cinco ela só te atura para não ser indelicada. – Disse Remus – Você devia parar de falar de coisas para tentar impressioná-la James. Seja você mesmo.

- Ai sim que a conversa não dura nem dez minutos... – Sirius comentou. James lhe deu um tapa na cabeça. - AI! Você sabe que estou curtindo uma com a sua cara Prongs.

- É ta, tanto faz...

- O Money está certo. Seja você mesmo. Não tente se exibir. Aja naturalmente.

James ouvia tudo aquilo, mas sabia que nunca conseguiria ser ele mesmo perto de Lily Evans. As palavras pareciam sumir de sua boca, ai começava a gaguejar e suas mãos começavam a suar, e em conseqüência elas voavam para o cabelo, fazendo os olhos de Lily virarem nas órbitas.

- Acho que vou tentar. Que tal voltarmos ao Salão Comunal? Não pretendo receber detenções como Monitor-Chefe, já que isso seria...

Parou de falar ao receber o olhar pasmo dos amigos.

- Eu disse isso mesmo?

- Ah, a mudança da moralidade já começou! – Disse Sirius jogando as mãos pro ar e indo em direção a porta. – Isso é tudo culpa sua Money! Você e suas lições...

James recebeu um tapa amigável de Remus no ombro e então acompanharam Sirius enquanto ele mencionava as 100 maneiras que Remus Lupin poderia afetar sua personalidade.

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N/A: Bom gente, esse é o prefácio, quem puder, por favor, comente, foi só um teste e uma pequena introdução. Críticas sempre bem vindas também!
Obrigada, beijos :*


N/B: Tá muito foda, *-*. Mesmo estando BEM grande né, mas comenta ai gente. Beeijos.

N/A: Aplausos pra minha beta, qe levou BEM pouco tempo pra fazer
esse comentário histórico (y)

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