I Could Get Used To This



 The Veronicas - I Could Get Used To This



Eu Poderia Me Acostumar Com Isso



Eu acordei sobressaltada - como eu sempre fazia – ergui minha cabeça devagar procurando me situar e senti meus medos se concretizarem pela primeira vez. A luz invadia o quarto e iluminava todos os cantos, já devia ser tarde.

-Droga! - amaldiçooei me levantando depressa. Não que eu ache que alguém tenha alguma coisa a ver com a minha vida, mas eu não queria ter que aguentar sermões. Peguei as minhas roupas no chão e comecei a me vestir apressadamente rezando para que ninguém tivesse dado falta por mim. Senti braços me agarrarem. - Me solta! Estamos atrasados, vão nos pegar!

Ele não obedeceu. Eu me virei irritada para ele, mas todos os xingamentos se esvairam da minha mente quando eu vi seu sorriso doce e arrogante para mim. O máximo que eu consegui fazer foi murmurar um "Estou com pressa, Draco" Ele continuou sorrindo e virou seu olhar para perto da janela, então amoleci de vez. A mesa do café-da-manhã estava mais do que bem feita, estava repleta de seu carinho. Os pães, as frutas, os sucos, tudo muito colorido e bem arrumado, claro que não tinha sido ele quem havia feito... mas ele certamente pedira a sala, o que já era lindo!


[You make me breakfast in bed
When I'm mixed up in my head
You wake me with a kiss
I could get used to this]


Você me traz café na cama
Quando eu estou confusa
Você me acorda com um beijo
Eu poderia me acostumar com isso



-Bom dia, ruiva adormecida – ele murmurou no meu ouvido

-Amor... não podemos. Está tarde.

-Hoje é sábado – ele protestou

-Por isso mesmo. Eu e você voltando descabelados e de uniforme pra dentro do dormitório.

-Você está linda.

-Eu to toda zuada.

-Tá linda. Relaxa, Gin – ele me arrastou até a mesa e puxou a cadeira para mim – E come, você deve estar com fome.

-Morrendo! – eu disse cedendo – Também, depois de todo aquele exercício... – ele sorriu, galanteador.


[You think I look the best
When my hair is a mess
I can't believe you exist
I could get used to this]


Você acha que eu fico o máximo
Quando meu cabelo tá uma bagunça
Eu não acredito que você existe
Eu posso me acostumar com isso




-Gih... eu estava pensando...

-No quê? Eu acho que a gente podia oficializar isso, né? Nós não estamos ficando... mas não estamos namorando oficialmente, então...

-Então? Espera aí, Draco Malfoy. Isso é um pedido oficial de namoro?

-Bom... nós já estamos há quase três meses nesse chove-não-molha não oficial...

-Draco Malfoy – eu disse me levantando e caminhando até ele – Se você acha que eu, Gina Weasley, vou aceitar namorar com você.... você está completamente certo!! – eu sentei no colo dele enchendo-o de beijos – É tudo o que eu quero, Draco. Você não sabe como está me fazendo feliz.

-Não, Gina... é você que não sabe o quanto você me faz feliz. E então, você aceita namorar comigo? – Eu simplesmente o beijei. – Acho que isso é um “sim”

-Isso definitivamente é um “sim”!

[Because I know you're too good to be true
I must have done something good to meet you]


Porque você é bom demais pra ser verdade
Eu devo ter feito algo de muito bom pra encontrar você


***

Saí o mais depressa que consegui para que ninguém me pegasse, foi inútil. Eu estava entrando na Sala Comunal, quando dei de cara com Harry, Rony e Hermione. Bah, que droga! Rony me olhou de cima à baixo e reparou no meu estado nem um pouco revelador, puxei meu cabelo para a frente instantaneamente.

-Onde você estava? – perguntou ele

-Bom dia pra você também.

-Sério Gina, aonde você estava? – ele repetiu a pergunta com as pontas das orelhas se avermelhando. É HOJE!

-Saí pra dar uma volta de manhã porque perdi o sono, to voltando agora.

-E por que as suas roupas estão amassadas, posso saber?

-Não, você não pode saber! – eu falei investindo para passar pelo buraco, mas ele me segurou pelo braço e eu voltei, o cabelo saiu do lugar, ele viu a marca no meu pescoço.

-Isso é um chupão? – ele arregalou os olhos

-Não, querido Ronald, isso é uma mordida de vampiro. ¬¬’

-Gina! Quem andou dando chupões em você?

-Não é da sua conta.

-Claro que é! – foi Harry quem disse. Folgado, ele é alguma coisa minha por um acaso?

-Você paga as minhas contas, Harry? E você, Rony? Não! Então eu não devo satisfações!

-Mas a mamãe e o papai pagam.

-Pois conte a eles. Depois a gente vê.

Então eu entrei e fui para o dormitório, entrei no banheiro e me despi, precisava de um banho bem relaxante. Me olhei no espelho e passei a mão suavemente sobre a marca no meu pescoço, sorri com as recordações da noite anterior.


# FLASHBACK



Após o beijo apaixonado, ele tirou a minha blusa lentamente enquanto me encarava nos olhos. Draco abaixou-se e depositou um beijo no meu umbigo, suas mãos firmes e ao mesmo tempo carinhosas me levantaram e me colocaram sentada na mesa, eu agarrei seu pescoço em sinal de aprovação. Ele me encarou e sorriu daquele jeito que ele sabia que eu amava: arrogante e sexy. Eu sorri de volta e murmurei:

-Eu te amo.

-Todos me amam, Weasley.


Yeah, nessa horas era sempre assim. Ele nunca admitia que estava aos meus pés e que eu controlava nesses momentos, mas nas outras horas nós até mesmo abusávamos nas palavras.

Eu usei as minhas mãos para me livrar da camisa dele enquanto ele continuava seu trabalho árduo no meu pescoço, murmurei 'eu te amo' mais uma vez e abaixei o zíper deixando à mostra a boxer branca. Yes, ele usa a preferência feminina e eu ADORO.

À essa altura o meu sutiã já estava longe e os beijos dele foram descendo do meu pescoço para os meus seios, me enlouquecendo... e ele sabia. Conforme seus carinhos nos meus seios aumentavam, eu mexia as minhas mãos em seus cabelos, uma delas desceu por suas costas devagar de encontro com o bumbum dele. Que bumbum, diga-se de passagem usahushauhsauhusa XP Depois eu voltei e minha mão atingiu seu membro rijo, ele gemeu. Comecei os movimentos lentamente porque eu sabia que isso mexia com ele, ele meio que ficava louco... Draco descrevia isso como uma tortura boa, uma tortura gostosa.

Seu membro pulsava na minha mão enquanto eu aproveitava suas carícias ousadas nos meus seios. Ele se afastou, eu reclamei e mordi o lábio, ele me contemplou e sorriu, voltou para mim e me beijou enquanto suas mãos experientes (66') mandavam a minha calcinha às favas, me “empurrei” contra ele para facilitar e ajeitei minha posição x_x Ele deu início à penetração lentamente, muito lentamente somente para me provocar. Depois de estar por inteiro dentro de mim, ele me abraçou e me levantou - ainda dentro de mim – me carregando para a cama.

-Você é linda – ele sussurrou no meu ouvido segurando a minha coxa enquanto começava a mover-se dentro de mim me levando à loucura. Eu me empurrei contra ele numa tentativa de ajudá-lo a se mover dentro de mim, os movimentos aumentaram em maior intensidade e velocidade, eu fui à loucura...

-Eu te amo... – suspirei antes de não conseguir produzir mais nenhuma frase coerente, pois minha voz foi tomada apenas pela demonstração da satisfação plena que se aproximava a cada instante...



Depois do banho demorado, eu dormi mais um pouco e sonhei com ele, pra variar... Claro que os meus sonhos mais pareciam contos de fadas modernos e bobos e depois se transformavam em sonhos que eu teria vergonha de contar à minha melhor amiga x_x anyway...

Eu me adeqüei ao frio do inverno e saí ao encontro dele depois das minhas três horas de sono, ele me encontrou com um sorriso frio, mas me abraçou forte. Era bom estar ali nos braços dele mais uma vez, era bom que agora fosse como namorado oficial e era melhor ainda que agora pudesse ser assim, na frente de todo mundo. E eu pude sentir o olhar surpreso de alguns dos amigos bobocas dele e pude sentir a descarga de ódio que Pansy Parkison e metade das garotas da Sonserina lançavam a mim. Sorri por ser eu a escolhida dele.

-Então é com esse cara que você está saindo, Gina? – o soltei quando ouvi a voz do Harry dando uma de machão de novo (?) x.x

-Humm, não creio que seja da sua conta. – eu disse com a maior polidez que consegui


-Gina, a mamãe vai ficar sabendo! – Rony esbravejou

-Aff. – eu resmunguei – Isso lá é ameaça que se faça? – Como o Ron conseguia ser tão infantil?

-Deixa ela saber. Eu estava pensando em conhecer a família mesmo. – foi Draco quem disse e eu não pude deixar de sentir a alegria me dominar e a surpresa fazer a minha voz sumir.

-Cala a boca, Malfoy! Ninguém te chamou na conversa!

-Gina, ele é Draco Malfoy! - Hermione tentou intervir

-Algum problema, meu amor? - ele me abraçou por trás.

-Não, claro que não, lindo. – eu disse sorrindo, ele realmente é lindo - Ele é Draco e eu sou Gina, tudo certo. – disse para Hermione, Harry e Rony – Acho bom você se acostumar com a idéia do Draco ser seu cunhado, irmãozinho.

Então eu puxei a mão do MEU NAMORADO – ai que tudo dizer isso *-*, replay: MEU NAMORADO *-* - para o povoado.

-Você concorda? –ele interrompeu meus pensamentos

-Com o quê?

-Em eu conhecer a sua família? Eu quero dizer, você quer?

-Você estava falando sério?

-Eu-suponho-que-sim. – ele falou meio sem entender a minha pergunta.

-É claro que eu quero, Draco! É o que eu mais quero! Mas... o seu pai não vai achar ruim de você entrar no “barraco dos Weasley”?

-Meu pai não tem que achar nada. A namorada é minha e não dele. - ò.ó - Vamos entrar?

[I'm feeling it comin' over me
With you it all comes naturally
Lost the reflex to resist
And I could get used to this]


Eu sinto isso vindo pra mim
Porque com você tudo vem naturalmente
Perdi o poder de resistir
E eu poderia me acostumar com isso


Ok, o dia foi maravilhoso... como sempre é quando eu estou com ele. Borboletas voam livres pelo meu estômago, mas isso não me faz sentir enjoada, me faz ficar ainda mais feliz e com fome (?) Deve ser por isso que ele me convidou pra jantar hoje x_x É bom mesmo porque ontem a gente nem comeu nada .-. e ele me dá uma fome que Deus o livre ushaushaushauhsua *tira esses pensamentos da cabeça*

Bom, depois de duas horas me arrumando – como sempre – Eu fui pra Sala Precisa. Tem coisa mais retardada do que casal de namorado na Sala Precisa? TODO MUNDO FAZ ISSO, impressionante. Enfim, eu cheguei e... céus, estava tudo no escuro praticamente. O quarto estava sem luz, mas havia velas brancas e rosa-bebê em grupos de três espalhadas pelo quarto inteiro e um caminho de pétalas brancas me dirigiu até a mesa, onde mais duas velas brancas e uma rosa claro iluminavam uma mesa suuuuper bem posta, taças, pratos e talheres maravilhosos. E havia uma garrafa de vinho (?) dentro do balde.

-Meu amor? – perguntei ainda surpresa

-Feliz aniversário de namoro! – ele saiu das sombras com uma travessa nas mãos e um sorriso nos lábios. Depositou a travessa no centro da mesa e tirou o sorriso dos lábios para me beijar. Mas... EU PIREI! COMO ASSIM QUE TINHA ESQUECIDO!? Kct, ele me faz tudo isso e eu simplesmente esqueço!!! Como vou falar isso pra ele? :O

-Obrigada! – eu sorri meio amarela e aceitei o beijo que ele depositou nos meus lábios – Draco... me desculpe... – eu murmurei, o sorriso dele se desfez.

-O que foi? – perguntou parecendo preocupado

-Eu... esqueci... – o sorriso se fez novamente, menor, mas se refez.

-Que alívio...

-Hein? Oo’

-Achei que você iria terminar...

-Nunca! Mas você não está bravo por eu ter esquecido?

-Confesso que estou um pouco decepcionado – ele puxou a cadeira para que eu me sentasse – Mas isso definitivamente não vai estragar a nossa noite. Com fome?


-Qual é o cardápio? – perguntei me sentando

-Ravióli de cogumelo.

-Humm, parece bom.

-E é. Está vendo como é bom ter um namorado que sabe cozinhar?

-Não é bom, é perfeito... você é perfeito – eu me curvei sobre a mesa para beijá-lo. – Posso provar?

-Por favor.

-Delicioso! - eu murmurei

-Que bom que você gostou. Champanhe?

-Claro.

-Ok. Mas antes eu preciso de tar um presente de aniversário.

-Presente de aniversário? - eu perguntei

-É, um deles... mas o mais sincero.

-Ok, me deixa ver! - pedi entusiasmada.

Então ele tirou a mão direita do bolso e estendeu na altura dos meus olhos. Eu estremeci. Em letra maiúscula, grande e forte havia a inscrição “GINA”. A tatuagem era preta e forte, na mão... onde ele nunca poderia esconder, onde TODOS veriam. Eu não pude acreditar...

-Você vai ficar marcada em mim pra sempre... no meu coração, na minha alma e na minha pele.

['Cause you wrote my name across your hand
When I freak you understand
There is not a thing you miss
And I could get used to this]

Porque você escreveu o meu nome na sua mão
Quando eu piro você entende
Não há nada que falte em você
E eu poderia me acostumar com isso


-Draco... eu nem sei o que dizer...

-Diga apenas que me ama e que quer ficar marcada em mim pra sempre também!

-Eu quero! É claro que eu quero, meu amor! – eu o abracei forte – Não acredito que você fez isso!

-Eu também te amo. Mas agora nós temos que continuar com o nosso jantar, não?

-Jantar? – meu tom mudou-se para malicioso e eu levei a mão à camisa dele e desabotoei o primeiro botão da camisa, pregando um beijo na pequena parte descoberta – Quem disse que eu quero jantar?

-Giiiina... – ele sorriu maroto

-Draco Malfoy, MEU Draco Malfoy.

[I'm feeling it comin' over me
With you it all comes naturally
Lost the reflex to resist
And I could get used to this]

Eu sinto isso vindo pra mim
Porque com você tudo vem naturalmente
Perdi o poder de resistir
E eu poderia me acostumar com isso


Nós acordamos devagar e nos despedimos demoradamente, depois de tudo que ele fez por mim, eu não poderia implicar com a hora! Além disso, tínhamos que nos despedir bem porque não nos veríamos nas férias de Natal. Eu ia morrer de saudade ii.ii Ok, ok, nos encontramos dentro do trem e quando começávamos a arranjar uma cabine, ADIVINHA!!! Eu acho que odeio meu irmão e os amigos dele (?) De qualquer maneira, o tonto do Ron veio tirar satisfação com o Draco.

-Você vem comigo, Gina! – ele disse, marrento

-Você não é meu dono ¬¬’

-Você não vai sentar com esse cara.

-Esse “cara” é namorado dela – o Draco falou

-Fica na sua, Malfoy! – ele replicou

-Você quer parar de ser criança?! Agora me deixe em paz – eu pedi

-Você não vai ficar sozinha com essa barata branca!

-Como se eu já não tivesse ficado. – foi o Draco quem falou

-Não provoca, Draco! – eu pedi

-É, seu idiota, fica na sua!

-Qual é, Weasley? Você pensa que eu tenho medo de você?

-Deveria! Ou você se esqueceu que eu sou uma das testemunhas que comprova que seu pai é um dos Comensaizinhos?

Então, pra minha completa desgraça, o Draco explodiu. Eu sei que esse é um assunto delicado, QUALQUER COISA QUE VOCÊ DIGA, QUALQUER COISA ele já explode. Eu tento entender e não tocar no assunto, mas eu sei que ele sofre com toda essa pressão e no fundo ele acha que o pai não presta, eu acho... de qualquer maneira, ele voou pra cima do Rony e os dois se atracaram no chão, eu só vi o sangue espirrar...

-PAREM! PAREM VOCÊS DOIS! COMO VOCÊS SÃO INFANTIS! PAREM AGORA!-O Harry avançou para o Rony puxando-o, enquanto eu puxei o braço do Draco. – PAREM! DRACO, POR MIM, PÁRA!

Ele se levantou, o ódio no olhar – um brilho que aparecia nos olhos dele que não me agradava nada, eu tinha medo, na verdade – e o sangue escorrendo de seu lábio inferior enquanto o nariz de Rony também apresentava sangramento.

-Vamos, Draco! Vamos! – eu o puxei pra longe, entramos numa cabine e eu fechei a porta. –Você ficou louco? O que foi aquilo? De onde você tirou a idéia de fazer aquilo? Você bebeu? Droga, Draco!

-Me desculpe, eu perdi a cabeça, pô! Mas também o seu irmão não dá desconto, que saco!

-Eu sei, mas você podia nem ter ligado!

-Ele falou do meu pai, Gina! Não dá pra me controlar!

-Ai que ódio daquele retardado ¬¬' - eu gritei arranjando uma bolsa de gelo mesmo sem perceber e colocando sobre os lábios dele enquanto me sentava ao seu lado - Sério, sério mesmo! Se eu pudesse, eu juro que eu matava aqueles três! E você também! Como você foi aceitar as provocações deles, Draco? Ás vezes você é metido à garanhão, se não fosse por esse seu jeito nada disso estaria acontecendo? Será que você não pode fazer isso por mim, droga?! Nada do que eu falo é o bastante? As coisas que vamos ter que enfrentar não são o bastante? Você tem que arranjar briga! Sabe, os meus N.O.M.S' estão aí, estou atolada de responsabilidades, eu tenho aqueles três no meu pé e ao invés de me ajudar, você briga com eles dando mais munição para eles atirarem contra a gente mesmo! - eu desabafei tudo de uma vez só, completamente irritada. Depois sentei e me virei pra ele, frustrada - VOCÊ NÃO VAI FALAR NADA?!

-Vou... - disse ele tocando meu rosto suavemente - Você é linda e eu te amo.

[Because you listen to me when I'm depressed
It doesn't seem to make you like me less]

Porque você me ouve quando eu tô depressiva
E isso não parece fazer você gostar menos de mim



Nós chegamos na estação e eu me despedi dele ainda no trem. Quando atingi meus pais, eles tinham uma expressão esquisita no rosto e Rony estava parado do lado deles junto com Harry.

-Olá mamãe, papai.

-Gina, querida.

-Hey, Gin, quando chegarmos em casa vamos precisar conversar. – foi meu pai quem falou

-Por quê?

-Quando chegarmos em casa.

Chegamos à Toca e minha mãe me fez sentar na poltrona enquanto ordenava que Harry e Ron voltassem para seu quarto. Lá vem! Ela sentou-se à minha frente e meu pai ficou parado perto da lareira. Eu não ousei dizer uma palavra.

-Nós soubemos que... – ele começou a andar de um lado para o outro com as mãos cruzadas para trás, aparentemente pensativo - ... Você está namorando. É verdade?

-Sim. – respondi simplesmente e lancei um olhar furioso às escadas, mas eu não estava tão surpresa, eu sabia que o retardado do meu irmão não ia ficar de boca fechada muito tempo. Meu pai engoliu em seco.

-E quem é o sortudo? – ele perguntou com uma ruga na testa e eu tive certeza que Rony fizera o serviço completo.

-Draco é o nome dele. – evitei o sobrenome

-Draco? – minha mãe perguntou – Draco de quê?

-Draco Malfoy.

-Gina! – ela repreendeu

-Ele é um garoto muito legal e é ótimo comigo.

-Gina, não! Você não pode namorar Draco Malfoy.

-E eu posso saber por que não?

-Porque ele é um Malfoy. Um mau garoto!

-Ele é ótimo comigo, como eu disse. Mãe, pai, vocês têm que conhecer ele antes de julgá-lo pelo sobrenome.

-Não, Gina! – ele falou – Ele é Draco Malfoy e você é Gina Weasley! Definitivamente não! Ele é um Malfoy, minha filha, um Malfoy!

-Pensei que segundo os seus princípios o sangue de alguém não importasse!

-Não é o sangue, é a criação!

-A criação não resolveu muita coisa com o Percy, não é?

-Não toque no nome do seu irmão, Gina!

-Desculpe... papai, eu só quero que o senhor entenda que eu gosto dele de verdade... não ouso dizer amor, mas eu gosto mesmo, é real. E eu acho que se ele está disposto a viver uma vida diferente da dói pai dele, por que não? Por que esse preconceito com o cara que eu amo? Que culpa ele tem do pai que tem?

-Ela tem razão, Arthur. – foi a minha mãe quem falou – Temos que dar uma chance ao rapaz.

-Mas Molly...

-Eu sei como o Lucius tem sido desagradável com você no trabalho, mas não podemos culpar a criança pelo ato do pai.

-Você tem razão – ele suspirou – Ok, Gina. Pode trazer o rapaz aqui, mas nós vamos conversar com ele, entendeu?

-Jura?

-Juro.

-Ai, papai! Obrigada! Obrigada! – pulei perto dele e o enchi de beijos – Obrigada mamãe! – fiz o mesmo com ela

-Mas hey Gina –interrompeu Fred – Pode avisar pro Malfoy que se ele fizer qualquer coisa pra você, que se cair uma gota de lágrima, só uma do seus olhos, ele vai se ver comigo.

-É! – concordou Rony – E com os outro cinco irmãos que você tem. Além do Harry, é claro.

***

Eu estava me olhando no espelho pela vigésima vez, os cabelos caíam em cascata por meu pescoço, mas eu ainda não tinha certeza se iria permanecer com aquele penteado, pois assim como as roupas, já havia mudado-o várias vezes. Decidi permanecer com o cabelo daquele jeito, um pouco preso deixando o meu rosto alvo completamente livre e outra parte caindo sobre o pescoço e costas. Respirei fundo e desceu.

-Olha como ela está toda arrumadinha – caçoou George

-Tudo por causa do Malfoy – irritou-se Rony

-Pois eu achei ela linda – Bill veio na minha direção com um sorriso no rosto e abraçou meus ombros – Você tem meu apoio, maninha.

-Obrigada – murmurei, nervosa. Os minutos se passaram lentamente e meu coração veio à boca quando ele finalmente chegou. Corri para a porta e abri com um sorriso. OMFG! Ele estava lindo... lindo não, perfeito!

– Draco! – eu segurei sua mão

-Malfoy. – meu pai se aproximou com uma cara não muito simpática.

-Senhor Weasley. – ele apertou a mão do meu pai – Senhora Weasley – ele entregou o grande buquê de rosas, vi o Rony tentar assumir uma posição de machão na sala, ri internamente.

-Obrigada, querido, entre.

-Então você está namorando a minha caçula, ein. – meu pai começou

-Sim, senhor. Mas eu quero que o senhor saiba que eu realmente a amo e a respeito, tenho intenções realmente sérias com ela.

-Todos os rapazes dizem a mesma coisa, Malfoy. Acho bom não tentar me bajular com essa pose de bom moço porque só vai piorar as coisas pra você. – Papai lindo tentando me proteger, mas meio inútil, sabe? De qualquer maneira, eu apertei a mão do Draco como quem diz “estou do seu lado” e fomos nos sentar para “enfrentar” o resto da noite.


Tirando o fato de Fred, George, Charlie e Ron terem tirado uma com a cara do Draco a noite toda – e eu tenho que admitir que algumas piadas foram engraçadas euheuheouehoeheoueheoheoehoe – correu tudo bem. Depois do jantar, meu pai liberou cinco minutos pra nós à sós lá fora *-* A neve tá caindo e ficar abraçadinha com ele assistindo é tudo que eu queria...

-Você se lembra como nós começamos? Você se lembra do primeiro beijo? – ele perguntou acariciando meu cabelo

-Claro, como eu poderia esquecer? Foi o melhor beijo da minha vida...

-Ah, foi, é? – ele disse se aproximando mais – Melhor do que esse?

Então ele me beijou novamente fazendo eu me arrepiar. Sim, eu ainda me sentia assim todas as vezes que ele me tocava, cada vez que seus dedos pousavam no meu rosto, cada vez que eu sentia seu perfume ou sua respiração perto de mim, cada toque, cada beijo, cada olhar, tudo me fazia tremer, tudo me fazia viver, tudo me tirava o fôlego e ao mesmo tempo me mantinha respirando... ele era tudo que eu queria. Ao sabor de seu beijo, me lembrei do dia que ele citou, o dia em que eu fiz a coisa mais estúpida da minha vida, mas que me levara a isso que eu tanto amava...


# FLASHBACK





Eu estava passando pelo pátio feliz e saltitante (?) quando encontrei mais uma rodinha de Sonserinos babacas mexendo com criancinhas do primeiro ano. Como alguém consegue ser tão fútil a ponto de se preocupar em importunar crianças? Aff. Enfim, a trupe toda estava lá... Parkison, Zabini, Malfoy, Crabbe, Goyle, etc...

-Importunando crianças, Sonserinos? Que decadência! – murmurei ao passar pelo local

-Não se meta, Traidora do Sangue! – Parkison falou com aquela voz de lombriga seca

-Ai, Parkison, vai ver se eu estou no Três Vassouras, vai!

Continuei meu caminho serelepe e saltitante (?), pois minha solidariedade naquele dia não estava lá grandes coisas, além disso eles não estavam machucando o Primeiranista. Ia atingir a Torre quando ouvi uma voz arrastada atrás de mim.

-Virou candidata à Santa Weasley também? – ele perguntou – Defensora dos fracos e oprimidos?

-Não, eu só não gosto de ver retardados como você perdendo tempo de pessoas úteis para o mundo. – murmurei, entediada

-Úteis são só os inteligentes, Weasley!

-Claaaaro! E ficar atazanando a vida de meia dúzia de crianças é muito inteligente não, Malfoy? Aff! Só Merlim salva! – eu murmurei, continuando a caminhar, ele segurou meu braço

-Eu ainda não terminei!

-Mas eu não tenho tempo para ouvir suas asneiras! Tenho mais o que fazer!

-Mas você vai ouvir.

-Ah, cala a boca, Malfoy!

-Me faça calar, então, Weasley!

-Você não devia ter dito isso! Nunca desafie um Weasley.


Então eu avancei e o beijei como nunca tinha feito antes. As mãos dele para cima, não querendo me tocar num sinal ridículo de resistência, já que o beijo aumentava sua intensidade. Conforme ele foi gostando o beijo foi aprofundando, ele foi abaixando os braços e segurou a minha cintura.

-O-que-você-fez-Weasley? – perguntou ele, sem ar

-Draco Malfoy não sabe o que é um beijo? – perguntei arqueando a sobrancelha

-É claro que eu sei! Garota boba!

E saiu limpando a boca. USHAUHSUAHSUAHUSHAUHSUAHSUA sabia que ele tinha amado! O problema era... o problema era que eu tinha gostado também. Como isso poderia ser uma coisa boa? Deus... COMO, COMO isso poderia ser uma coisa boa?


-E então, esse beijo foi melhor?

-Você sempre se supera.

-Graças a Merlim você nunca desistiu de mim, Gina... Graças a Merlim você me beijou, ainda bem porque depois que eu provei seus lábios, eu não conseguia pensar em outra coisa. Ridículo. Draco Malfoy e Gina Weasley, quem diria... Você deu cor à minha vida, Gina. Ela era inteira cinza e agora ela é colorida, ou melhor, ruiva. Você me fez um cara melhor e eu só estou tentando ser o melhor namorado possível porque eu não quero te perder, eu quero que você fique comigo pra sempre e quero te mimar, porque você é tão maravilhosa que merece.

[If there's a dark side of you, I haven't seen that
Cuz all good thing you do
Feels like you meant it]


Se há um lado ruim em você, eu não sei qual é
Porque cada coisa boa que você faz parece ser de coração
E eu poderia me acostumar com isso


-Você é perfeito, meu amor... - murmurei encantada -Não falta nada em você, deve haver algum engano. Deve haver sim, mas eu poderia me acostumar com isso.


FIM.




N/A: Olá! xD

Ok, essa foi minha primeira shortfic e foi minha primeira Draco/Gina x_x
Espero que não tenha ficado tão ruim! Eu amo ler esse casal e amo escrever, juntei os dois :] Bom, eu vou fazer a continuação, alguém quer ler? x_x
Obrigada por ter lido essa fic! Comente, por favor! Preciso saber o que achou da minha primeira short e primeira Dolce & Gabanna né suahushaushau
Ah, a música I Could Get Used To This NÃO é do Everlife, é das The Veronicas! O Everlife regravou sua própria versão :D

beijos e COMENTE!

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