Capítulo 23
Olá, Me desculpem a demora.
Eu não conseguia mais escrever e quase desisti da fic. Mas ao ver os comentários carinhosos de vocês decidi voltar a escrever, ao menos um poquinho.
Me desculpem pelo capítulo super pequeno. Mas estou fora de forma!
E galera, obrigada por não desistirem da Fic!!
Beijos,
Pandora
Orioland vista por ali era ainda mais bonita do que a primeira impressão que a castanha havia tido sobre a cidade. Sobre o terraço elevava-se uma espécie tenda flutuante de um tecido translúcido, adornado com pequenos fios de prata que dançavam sozinhos como se possuíssem vida própria. Seria bizarro se não fosse tão encantador. Havia um tapete branco debaixo da tenda que levava a um pequeno altar coberto de lírios e miosótis. Mas não havia ninguém no terraço inteiro a não ser o casal e o mago gordo que sorria para os dois atrás de um livro de cerimônias do altar. Era como se Draco houvesse planejado tudo nos mínimos detalhes, desde a tenda ao cheiro de jasmim, seu perfume preferido, no ar. Como se ele houvesse planejado um momento romântico e perfeito para eles. E de alguma forma, esse pensamento a entristeceu.
Era real. Mais do que nunca era real. Sua escolha estava ali, palpável e viva. Calculou se ainda havia tempo para largar tudo ao vento e correr direto para os braços de sua mãe. Mas não havia essa possibilidade. E naquele momento ela odiou Draco Malfoy. Odiou como não estava mais acostumada a odiar. Odiou o sonserino por naquele momento desejar que tudo fosse de verdade. De verdade, sincero, e não apenas real.
_Está tudo bem Mione – Draco tentou acalma-la. Mas a resposta que Hermione sufocou na garganta foi “ Agora não está mais”.
Em vez disso Hermione sorriu, sorriu por ter percebido como sua inteligência racional a enganara tão bem. Sorriu por não ter percebido antes o quão profundo intenso era o abismo que seu plano a havia jogado. Sorriu por que estava na hora de provar sua veia grifinória e demonstrar coragem. E sorriu principalmente por ser capaz de odiar, ao menos um pouquinho o homem loiro ao seu lado.
Draco a conduziu até o altar pela mão e em movimentos quase mecânicos. Mecânicos por estar paralisado por suas próprias palavras. Disse que estava tudo bem apenas por ter visto um tanto de pavor e tristeza no rosto. Mas na verdade disse aquilo porque acreditava. Pela primeira vez em tantos anos ele realmente sentiu que estava tudo bem, que estava fazendo algo que lhe parecia certo. E isso era assustador, mais assustador do que a possibilidade de enfrentar Voldemort. Que fodido! Como alguma vez podia ter se convencido de que aquele plano daria certo? Porra! Não era natural se sentir bem. Não era natural deixar que aquela menina insuportável se aproximasse tanto dele. Não era natural querer sorrir e relaxar naquele casamento. Não era natural pensar que de alguma forma sua mãe aprovaria com um sorriso o que ele estava prestes a fazer.
A cerimônia fora tensa. Em todos os quarenta anos que possuía como mago de cerimônias do Hotel, Kalvim Stark jamais viu noivos tão estranhos como aqueles. Eles não estavam felizes, não sorriam ou nem ao menos estavam bêbados! Francamente! Não se faziam mais casamentos como antigamente! Apenas na troca de alianças, o mago pode ver, enquanto discursava sobre o elo do amor, uma faísca de amor saindo do olhar dos dois jovens. E aquele rápido segundo conseguiu salvar sua consciência. Seria no final das contas, mais um casamento feliz que realizara. Era quase uma profecia.
- Pode beijar a noiva – O mago Stark disse por fim.
Hermione sorriu encabulada e Malfoy ao enxergar seu sorriso teve uma ideia brilhante. Iria fazer Hermione sorrir a noite inteira. Se não fosse um casamento feliz , ao menos seria uma noite memorável. E não, não era um ato de generosidade. Ele sabia, mais do que ninguém como merecia um momento de paz. Era isso! Uma pequena trégua! Seria o presente de casamento que daria a si mesmo.
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