CAPÍTULO 1
Capítulo 1
Era uma manhã de Sábado quando estávamos sentados em frente ao Lago da Lula Gigante. Harry e Rony estavam, como sempre, arrumando um assunto para desviar a atenção da explicação. Quanto mais eu tentava falar sobre magia, mais os dois falavam de Quadribol. Incrível como esses dois meninos conseguem esgotar a minha paciência em tão pouco tempo.
-Vocês querem calar a boca? –gritei, jogando o livro de lado.
-Calma, Mione! –o ruivo falou assustado.
-Calma? Eu perco o meu tempo explicando as coisas pra vocês e ficam ai falando de goles, vassouras e pomos de ouro. Que saco! –cruzei os braços irritada e levantei-me.
-Onde você vai? –Harry quis saber levantando-se também.
-Onde eu vou? Eu vou encontrar o meu namorado que eu ganho mais. –peguei os livros no chão e rumei para o castelo.
-Ah, Mione. Volta aqui. Nós não fizemos por mal... –ouvi a voz de Rony se afastar.
Eu sabia que eles estavam arrependidos. Há alguns meses andavam tristes por passarmos pouco tempo juntos. Confesso que passava grande parte do dia com Mikael ou estudando ou tratando de assuntos de monitoria com o Malfoy. Mas que droga, quando estávamos juntos eles tinham que ficar falando daquele esporte idiota que eu tanto odiava?
Cheguei ao meu andar e ele estava parado em frente a minha porta. Completamente suado, segurando sua vassoura, com aquele sorriso irônico no rosto. Como eu tinha raiva desse loiro babaca.
-O que você quer, Malfoy? –perguntei me aproximando.
-A Minerva quer que nós façamos a ronda hoje mais cedo. –avisou com a voz arrastada.
-E você tava esperando pra me dizer isso? –arqueei a sobrancelha.
-Você acha mesmo?
-Então...
-Quero a chave da nossa sala. –avisou áspero.
-O que você fez com a sua? –perguntei, abrindo minha porta.
-Se eu soubesse, sua burra, não estaria aqui pedindo a sua. –respondeu grosseiramente, como de costume.
-Nossa, você é realmente um poço de educação, Malfoy. É realmente assim que vai conseguir as coisas. –ele continuou me olhando com aqueles olhos acinzentados.
-Anda, lerda.
-Vai pro inferno, garoto. Quer uma chave? Se vira! –entrei no quarto e bati a porta.
Que garoto arrogante. Acha que pode mandar em quem ele bem entende?
Joguei os livros na cama, tirei a roupa e entrei no banho. Fiquei durante alguns minutos lá. Com a água caindo sobre a minha cabeça. Pensando em tudo o que estava acontecendo. Temia por Harry, por Rony, por Mikael, que se tornara tão importante e agora só por estar em minha vida, corria perigo.
“Algo que você ama...” Era o que haviam pintado com sangue em frente ao quarto de Harry e Rony. O sangue de uma cobra, como já haviam identificado. Desliguei a água, enrolei-me na toalha e sai em direção ao quarto, assustando-me ao vê-lo sentado na minha cama observando o teto.
-Seu... O que você ta fazendo aqui? –indaguei, segurando firmemente a toalha ao meu redor.
-Eu quero a chave. Não vou pedir de novo. –ele levantou os olhos e ficou durante algum tempo fitando-me.
-Como você entrou aqui, seu maluco? Sai desse quarto ou...
-Ou o que, Granger? –ele levantou da cama se aproximando lentamente, como uma serpente.
-Eu digo pra Minerva que você invadiu...
-E ela vai acreditar? Eu tenho como dizer que eu estava com outras pessoas, em outro lugar. –ele deu o sorriso que eu odiava desde que o tinha conhecido.
-Sai daqui e eu te dou a chave, seu babaca. –disse por fim.
-Estarei no meu quarto. –se virou e foi embora.
Loiro asqueroso. Irritante. Prepotente. Babaca. Mal educado. Como eu tenho raiva desse garoto mal amado. Coloquei uma calça jeans rasgada nos joelhos, um casaco roxo e fui até seu quarto, que ficava ao lado do meu. Bati na porta e esperei durante alguns segundos. O loiro veio abrir a porta com aquele sorriso sacana no rosto. Entreguei-lhe a chave e vire-me, sem esperar nenhum agradecimento.
-Muito bem, Granger. –e riu.
Senti que ele ainda me observava enquanto ia caminhando pelo corredor. Cruzei os braços e apertei o passo. Babaca! Quando cheguei a Sala Comunal, ele estava ali, jogando xadrez. Corri para perto dele e sentei-me em seu colo.
-Boa noite, princesa. –ele falou ao me ver.
Mikael era lindo. O tom de sua pele bastante branca era quebrado pelo castanho escuro de seus cabelos curtos. Seus olhos eram um pouco mais claros. Ele tinha um sorriso tão bonito, com os dentes perfeitamente alinhados e alvos. O nariz parecia ser desenhado.
-Vamos jantar? –perguntei, dando um beijo rápido em seus lábios, ignorando Neville completamente.
-E eu sei dizer não para você? Espera só eu terminar de jogar essa partida.
-Certo. Viram o Rony e o Harry? –perguntei, saindo de cima dele.
-Servem eles dois? –Neville apontou para os meninos, que desciam as escadas.
-Obrigada. –sorri e fui até onde estavam.
-Mais calma? –perguntou Harry.
-Desculpa. É que vocês não levam a sério... –comecei.
-Mione, desculpa. A gente não queria te deixar chateada. É que infelizmente a gente odeia estudar. –Rony interrompeu.
-Eu sei. Não devia ter combinado de estudar e sim fazermos algo mais divertido. –admiti olhando para o chão.
-Pára com isso. Olha, vamos jantar e depois ficamos a noite toda conversando. –sugeriu o moreno.
-Isso. Vou falar com o Mika e nós vamos lá pro meu quarto. –falei, animada.
-Ta, ta bom. Vai descer agora?
-Estou esperando aquela coisa ali. –e apontei para o menino, rindo. - Vão indo. Encontro vocês lá.
-Certo. –e passaram pelo retrato da mulher gorda.
Fiquei em torno de cinco minutos esperando ao lado do tabuleiro até que Mikael derrotou Neville, como fazia sempre. Ele pegou minha mão e fomos andando. Quando chegamos a um corredor vazio, empurrou-me para uma pilastra escondida e me beijou demoradamente. Eu simplesmente adorava quando ele fazia isso.
-Já disse que te amo hoje? –perguntou ao pé da minha orelha.
-Não. Mas pode dizer.
-Eu te amo. –sussurrou, fazendo-me sentir um arrepio.
-Te amo também. –respondi, passando os lábios pelos seus.
Eu o beijei novamente. Sua mão deslizou para a minha cintura e ele ficou fazendo carinho no meu rosto com a mão livre. Sorri, peguei sua mão e o puxei para o corredor.
-Vamos jantar.
-Ah, não. –ele me segurou em seus braços.
-Vamos sim. Eu to morrendo de fome. –fiz uma carinha de choro e ele revirou os olhos com um sorriso no rosto.
-Vamos, princesa. –me deu a mão e fomos andando.
Nós já namorávamos há 8 meses. E cada dia junto a ele era ainda melhor. Havíamos nos conhecido em Hogsmed. Lembro-me como se fosse ontem...
- Tem alguém sentado aqui? –o menino perguntou irritado, completamente molhado.
-Não. –eu respondi, assustada.
-Ótimo. Vou me sentar. –anunciou, olhando-me nos olhos.
-Aconteceu alguma coisa? –indaguei, preocupada.
-Nada. Eu te conheço? –levantou a sobrancelha me avaliando.
-Acho que não. –corei.
-Mikael. –se apresentou estendendo a mão.
-Mione. –respondi sorrindo.
E desde aquele momento eu sabia que o queria. De verdade. Quando vi aquele sorriso, soube de imediato de me apaixonaria por ele. Eu já o tinha visto uma vez ou jogando xadrez com Neville quando raramente ia a Sala Comunal. Eu não sabia que depois daquele encontro, passaria a freqüentar mais o local onde ficava o meu antigo dormitório. O que uma garota não faz por um menino?
Desde então, eu passava a maior parte do tempo por lá, estudando até tarde, usando Harry e Rony como desculpa para estar por lá. Eu teria me arrependido se nosso namoro não tivesse acontecido. Mas não me arrependo. Nem um pouco. Foi em um desses dias em que o moreno perguntou se podia se juntar a nós. Passamos a tarde inteira estudando e quando já estava escurecendo e os meus amigos começavam a ficar entretidos até com a linhagem do tapete que cobria o chão, Harry e Rony finalmente resolveram ir dormir, exaustos.
-Você quer continuar? –perguntei simples, sem qualquer malícia, longe de mim.
-Ah, claro. Vamos lá. –ele respondeu cético.
Depois de uma meia hora, o menino começou a rir.
-Do que você ta rindo? –quis saber cruzando os braços.
-Eu não quero estudar. –anunciou sorrindo.
-Ah, certo... –fiquei observando-o.
-Quero outra coisa. –e meu coração acelerou.
Sabe? Quando parece que alguém te segura no colo e não pára de te rodar? Então, meu coração estava batendo tão rápido quanto eu acabasse de ser rodada desse jeito.
-O... que?
-Ah, isso. –e quando eu vi, ele estava sobre mim, com a boca dentro da minha, me beijando.
Era incrível como sempre que nos beijávamos, mesmo depois de oito meses, era ainda tão bom quanto da primeira vez. Mikael era um namorado incrível. E eu não tinha absolutamente nada para me queixar. Bem, quase nada. Ele namorava uma garota de Hogwarts, um ano mais nova, que até hoje vive tentando voltar. Tirando aquela vespa, eu realmente não tenho motivos para reclamar.
-Os meninos querem ficar conversando até tarde. –contei animada.
-Pensei que fossemos ficar sozinhos. –fez biquinho.
-Eu também. Mas não posso dizer não para eles. Você sabe que o tempo que tenho passado com os dois é praticamente nulo.
-É. Eu sei.
-Não fica triste. –pedi, dando um pequeno beijo em sua boca.
-Não estou. – riu.
-Vão indo. Toma a chave, Mika. Eu preciso pegar um livro na minha sala.
-Quer que eu vá com você? –ele perguntou, prestativo.
-Não precisa, meu bem. Eu já vou. –o beijei e virei no corredor à frente.
Quando cheguei à sala, bati. Sabia que Malfoy estaria lá. Aparentemente era onde ele passava a maior parte do tempo. Escrevendo. Sabe-se lá o que.
-Malfoy? Dá pra abrir a porta? Você pegou a minha chave. –batia na porta, insistentemente.
-O que você quer, vassoura ambulante? –ouvi sua voz do outro lado.
-Pegar um livro. O que tanto você faz ai? Anda! Abre.
-Garota irritante. Ande logo. Estou ocupado. –ele disse, abrindo a porta, sem me olhar.
Peguei o livro, dei uma boa olhada na pilha de papéis em cima de sua escrivaninha e voltei a fitá-lo.
-Ta esperando o que? Um beijo de boa noite? –gritou, fazendo sinal para que eu saísse.
-A sala é tão sua quanto minha. Eu fico nela o tempo que achar necessário. –avisei, fincando os pés no chão.
-Faça como quiser. –e voltou a escrever.
Bufei, bati a porta com o máximo de força que encontrei e fui para o meu quarto, pisando forte. Entrei ainda com raiva.
-O que aconteceu? –eles perguntaram em uníssono.
-Puta merda. O Malfoy não cansa de ser um otário?
-O que ele te fez? –Mikael levantou-se, fechando os punhos.
-Nada. Senta, Mika. Eu só discuti com ele. Como eu faço todos os dias.
-Esse garoto não tem absolutamente nada na cabeça. –comentou Rony, segurando um sapo de chocolate que tentava fugir de suas mãos.
-Não acredito que estamos perdendo nosso tempo falando no Malfoy. –observou o moreno, olhando para nós.
Concordamos rindo e resolvemos ficar conversando sobre outros assuntos. Aparentemente qualquer coisa era melhor do que aquele loiro aguado. Nossa noite foi realmente divertida. Com as palhaçadas de Rony, os carinhos do meu namorado... Tirando o fato de que por um momento Harry se deprimiu, ao lembrar-se de Luna, tudo tinha sido divertido. Mikael era realmente bom com desenhos, e fez várias caricaturas de algumas pessoas da escola. Não é de se espantar de que o melhor e mais engraçado foi o do Snape. Talvez por o odiarmos tanto. É, não sei. Mas ganhava, sem sombra de dúvidas, de todos os outros professores.
Já eram aproximadamente duas horas da manhã, quando ouvimos batidas na porta. Os meninos olharam-se assustados. Eles não deveriam estar no meu quarto, muito menos naquele horário. Senti minhas pernas ficarem imóveis. Eles correram para debaixo da capa de Harry.
Abri lentamente a porta, tentando fazer uma expressão de quem tinha acabado de se levantar da cama. Mas imediatamente, ao vê-lo, rolei os olhos.
-Será que você e seus amiguinhos poderiam fazer silêncio ou terei que avisar ao Filch? –ele ameaçou, levantando a sobrancelha.
-Não tem ninguém aqui. –menti.
-Você acha que sou estúpido, Granger?
-Na verdade, acho.
-Pois bem, só para te avisar, eu não sou. Aguarde-me.
Ele saiu do meu campo de visão e eu fechei a porta sorrindo. Os três meninos retiraram a capa imediatamente. Estavam se abanando de calor.
-Confortável ai embaixo? –perguntei, rindo.
-Muito. O que o Malfoy queria?
-Silêncio. Até parece. Eu realmente não entendo. A graça em me perturbar.
-É que você fica linda quando está nervosinha. –Mikael disse, entrelaçando os braços em minha cintura e cheirando meu pescoço.
-Cara, não acho que o Malfoy faça por achar que ela fica linda nervosinha. –comentou Rony, pensativo.
-Nem eu. –me manifestei.
Nós todos começamos a rir e voltamos a conversar. Em torno de dez minutos depois, ouvimos mais batidas.
-Não acredito. O que ele quer agora? –levantei irritada e, os meninos permaneceram sentados no chão.
-Você não tem... –parei e segurei a respiração ao ver o homem parado em frente ao meu quarto.
Olhei-o estupefata, tentando fechar a porta lentamente para esconder quem estava atrás dela. Completamente em vão.
-Boa noite, Srta. Granger. Posso saber o que vocês três estão fazendo aqui? –ele vociferou para os meninos que agora também estavam atônitos.
-Ah... –as palavras não saiam da minha boca. Notei a figura loira atrás sorrindo.
-Vocês três! Pra fora!-mandou áspero.
Os meninos obedeceram e levantaram-se.
-Segunda quero ver os quarto na minha sala. E sr. Malfoy, apesar de ter feito a coisa certa, pegará detenção também por estar fora da cama. Esteja em minha sala também. –avisou fechando a porta do meu quarto fortemente.
Pude ouvir as reclamações de Malfoy no corredor. “Bem feito!”
Depois de algum tempo, irritada, bati no quarto ao lado.
-Você é um otário. Bem feito. –disse apontando o dedo para ele.
-Cala a boca, sua sangue-ruim asquerosa. A culpa foi sua. –acusou, olhando-me com desprezo.
-Você é um egocêntrico idiota. Não tem nada que se meter na vida dos outros.
-Eu me meto onde bem entender. –e bateu a porta, deixando-me parada, de olhos fechados, respirando fundo.
-Eu espero que você morra! –e chutei a porta, correndo para o quarto.
Quando cheguei, havia uma coruja extremamente marrom, bicando a vidraça. Corri para a janela e a abri, dando passagem à ave, que rodopiou e pousou com estilo na minha cama.
“Desculpe te meter em confusão, princesa.
Te amo.
Mikael”
Sorri. O que mais eu queria? Eu tinha o namorado perfeito. Até quando ele não tinha culpa, assumia. Fui até a escrivaninha, peguei um pedaço de pergaminho, o tinteiro e a pena e comecei a escrever. Eu estava completamente sem sono mesmo.
“Você não teve culpa. Ta com sono?”
Amarrei no animal e dei uma semente de girassol que guardava para essas ocasiões. Ela saiu voando noite a fora e depois a perdi de vista. Após alguns minutos ele respondeu. Costumávamos trocar mensagens por corujas quando não podíamos nos ver ou estávamos estudando. Acho que Korn, a coruja de Mikael, já fazia o caminho do meu quarto para o dele, sem nem olhar o envelope. Tadinha...
“Não. O que ta fazendo?”
“Pensando em você. Em como eu te amo, em como eu queria estar com você agora.”
“Ah, princesa, não fala assim. Eu juro que corro prai.”
“Não corre nada. Frouxo.” –ri do meu próprio bilhete.
“Não me desafia...”
“Já estou fazendo isso.”
Esperei por dez minutos e não havia nenhuma coruja parada na minha frente. “Será que ele foi dormir? Mas sem me dar tchau?” Olhei pela janela e nada. Vesti a roupa de dormir e deitei na cama. Apaguei as luzes.
“Deve ter caído de sono em cima da mesa.”, pensei, lembrando-me da última vez em que ele estava estudando e dormira. Sorri e fechei os olhos.
-Você não devia me desafiar... –ouvi um sussurro no meu ouvido, que me fez estremecer.
Abri os olhos imediatamente e acendi o abajur. O garoto estava sobre mim, com a vassoura encostada na parede. Eu o beijei longamente sorrindo.
-Não acredito que fez mesmo isso. –disse dando espaço para ele se sentar na cama, ao meu lado.
-O que eu não faço por você, Mione?
-Por mim? Aposto que foi por você também. –rimos.
-Não era eu que estava me descabelando na carta com saudades. –abri a boca demonstrando estar incrédula.
O moreno riu e me beijou. Permanecemos ali, abraçados durante toda a noite, conversando aos sussurros, trocando beijos, carinhos. Aos poucos suas mãos foram escorregando para dentro da minha roupa de dormir. Ele me olhou com malícia.
-Não acredito que você veio aqui pra isso. –comentei olhando-o de soslaio.
-Não! –ele pareceu chocado, de verdade.
-Eu to brincando, amor. –olhou-me desconfiado.
Eu comecei a deslizar o nariz, fazendo carinho em seu pescoço e ele pareceu não ter se incomodado nem um pouco. Lentamente ia beijando meu rosto, minha nuca, meu colo. Senti minha pele se arrepiar quando sua língua encostou na minha barriga. Olhou-me sorrindo e eu o beijei na boca. Desabotoei sua blusa, sem descolar os lábios de sua pele. Aos poucos o meu corpo começava a esquentar e quando o garoto ficou em cima de mim, com a calça aberta e o peitoril desnudo, senti um fogo me queimar por dentro. Uma de suas mãos passeava pela minha coxa e a outra, enrolava meu cabelo, segurando meu rosto. Mikael havia sido o primeiro garoto com quem eu havia transado. E o sexo com ele era incrivelmente bom. Eu não tinha absolutamente nenhuma experiência, afinal só havia estado com ele, mas o moreno parecia realmente bom no que fazia. Pelo menos eu o achava bom. O que é o suficiente.
-Bom dia, princesa. –ele disse, despertando-me com um beijo.
-Bom dia. –e sorri. -Vamos descer?
-Já? Por Merlim, Mione. –ele me puxou contra seu corpo.
-Fome. –expliquei fazendo biquinho.
-Certo. Vou para o meu quarto tomar banho. –avisou.
-Vamos tomar juntos. –sugeri sorrindo maliciosamente.
-Como eu não pensei nisso?
Tomamos banho e depois descemos para tomar café da manhã. O dia estava frio, ideal para ficar debaixo das cobertas, tomando chocolate quente e abraçada ao seu namorado. Só que a minha utopia foi quebrada devido ao acumulo de deveres de Mikael. Resolvi fazer o mesmo e acabamos não nos vendo a noite. Não senti fome, não desci para o jantar.
Na manhã seguinte, fui até a sala do Filch e Malfoy já estava lá, com o mesmo mau humor de sempre.
-Onde estão os outros? -o zelador perguntou impaciente.
-Não sei. Dá pra começar com isso logo? –o loiro disse.
-Hoje a noite, as 21h. vocês ficarão encarregados de ordenar os livros por nome na biblioteca. Amanhã limparão as lentes da torre de astronomia. –avisou rapidamente.
-Aviso isso para os outros? –perguntei confusa.
-Não. Arrumarei outra coisa para eles fazerem. –respondeu. –Saiam.
Assim. Além de tudo, ainda teria que cumprir detenção sozinha com o Malfoy. Ótimo! Saí da sala furiosa, batendo os pés.
-Da próxima vez, tenta fazer menos barulho. –ouvi a voz seca atrás, ele estava sorrindo, eu sabia.
-Hã? –indaguei, virando-me para ele.
-Quando estiver transando. –respondeu de imediato, fazendo com que meu rosto ficasse completamente rubro.
-Não sei do que está falando. –menti sem olhá-lo.
-Sabe sim. Da próxima vez, deixe a janela fechada. Por favor. É nojento. –e adicionou aquele olhar de desprezo.
Não acredito! Simplesmente é impossível. Passei por ele furiosa ao ver o sorriso estampado em seu rosto. Quando cheguei até a mesa da Grifinória, puxei Mikael pela mão e o levei para um canto.
-O Malfoy ouviu a gente ontem. –ele prendeu o riso. – Não é engraçado! –ralhei.
-Desculpe.
-Ele vai dizer pra escola toda.
-Não vai. Ele não faria isso.
-Certo. Vai achando.
-Eu acabo com ele, caso o faça. –avisou.
Continuei olhando-o sem acreditar. Ele simplesmente ia esperar até que o Malfoy contasse para Hogwarts sobre minha vida sexual? Cruzei os braços e continuei a fitá-lo.
-Amor, eu já vi o Malfoy pegando a Paola Shuenk. –contou, coloquei a mão na boca, horrorizada.
-Não! –exclamei.
Acontece que a Paola é realmente estranha. Ela tem pêlos no rosto. Qualquer um que fique com ela é zoado até a morte. Como ninguém sabia disso?
-O Malfoy sabe que eu sou o único que sei. Você acha que ele ia arriscar a reputação dele? –arqueou a sobrancelha sorrindo.
-Te amo. –e o beijei.
-É, eu sei. –respondeu, convencido.
-Onde estava de manhã? Vou ter que ficar com o Malfoy na detenção.
-Por quê?
-Porque você não apareceu para ele nos castigar juntos. –expliquei óbvia.
-Ah. Desculpe, dormi demais.
-Certo. Vamos, quero comer.
Por favor, comentem?
... ESPERO QUE GOSTEM. ;D
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