.: Capítulo 1 :.
Regresso
Quinze anos depois...
O rapaz moreno ainda não acreditava que estava regressando ao seu lar. Sentir os ares caseiros lhe devolvia o rubor das faces, e os seus ânimos renovavam-se velozmente, num “passe de mágica”. Nem o cansaço da viagem mudaria sua expressão contente. Na verdade, nada poderia abalá-lo naquele momento, pensar que logo estaria junto das pessoas mais importantes de sua vida contribuía para sua imensa alegria.
Seus olhos verdes encontravam-se presos na paisagem que se ia rapidamente do lado de fora da locomotiva. Os treinamentos árduos na Academia de Aurores finalmente passaram e agora era só esperar a formatura, e enfim poder trabalhar junto de tantos outros homens e mulheres, os quais, assim como ele, decidiram lutar para proteger aos inocentes de tipos atrozes.
Faltava muito pouco para poder apertar a mãe em seus braços, sorrir ao pai, e, por último, paparicar muito a Hermione. Sentia tanta falta dela, muito mais do que calculara quando partira para a fase final de seu treinamento de auror. Esse sentimento assemelhava-se ao de não ter sua outra metade.
Sempre tinha um pesar de faltar-lhe algo.
Sorriu imaginando-a do mesmo modo que ele. Ansiosa, e falante. Característica de quando Hermione ficava imensamente nervosa. Em geral, ela era uma tagarela nata, sempre se mostrando verbalmente, passando a todos o quão inteligente era. De fato, muitos a davam como arrogante, no entanto ele sabia que era uma forma de ela sentir-se orgulhosa de si mesma. Tiago sempre a comparava com a mulher.
Hermione era uma versão morena de Lílian. As mesmas atitudes, o mesmo sorrisinho superior...
Encostou a cabeça no assento, já não mais escutava o que Rony e Draco falavam sentados diante um do outro. Parecia que discutiam o resultado do último jogo de Quadribol do campeonato inglês, ou uma coisa muito semelhante. Alheio a eles, Harry só tinha seus pensamentos em casa, e em sua família.
- Aí, Potter! – exclamou Draco, jogando uma bolinha de papel em Harry. O loiro riu, enquanto o outro arqueou a sobrancelha. – Arranjando um modo certeiro de acabar seu namoro com a Gina?
- Vai mesmo terminar com ela? – emendou Rony preocupado, e o amigo respirou fundo.
- Pretendo, mas não se preocupe, serei sempre o cavalheiro que Hermione diz que sou. Arranjarei uma maneira menos dolorosa, e sua irmã nem sofrerá muito. – respondeu ele.
- Duvido, Gina é louca por você desde que aprendeu a andar. – comentou o ruivo, e Draco começara a gargalhar.
- Verdade... – murmurou o ex-sonserino, coçando o queixo. – Ela sempre corria atrás do Harry, vacilante, mas corria, entretanto depois que a Mione apareceu, ela perdeu espaço. E quer que eu seja franco? Muito me admira vocês namorarem.
- O que quer dizer com isso? - perguntou o moreno, cruzando os braços.
- Puxa Harry, você é cego?! – riu-se Draco, encostando-se no assento, e fitando o teto. Jogava um pomo de ouro, inutilizado, para o alto. – Hermione seria a namorada perfeita pra qualquer cara.
- Qualquer cara, não! – resmungou o Potter, irritando-se.
- O Rony aqui, por exemplo, ele se amarra na Mione. – disse o loiro, e o amigo ficara da cor dos cabelos. – Não é, Ronald?
- Cale essa boca, Malfoy! Eu não gosto dela, não mais... – falou, envergonhado. – Não precisa bancar o “irmão” ciumento, Harry, sem crise!
- Antes você do que o Draco. – comentou o moreno, rindo.
- Hei, eu já tenho namorada! – protestou ele, juntando-se a Harry nas risadas.
- Pobre Elle! – brincou Rony, normalizando a cor de suas faces. Agora fora a vez de Draco fazer uma careta.
Os dois começaram mais uma de suas brincadeiras, declaradamente mais uma discussão divertida. Deixaram Harry novamente a navegar em seus pensamentos, sem interrupção.
Ao lado do homem alto e de cabelos negros, Hermione mantinha seus olhos presos além dos trilhos da estação. Seus castanhos procuravam vestígios do negrume metálico da locomotiva, seu coração se assaltava toda vez que ouvia um barulho maior, e uma agitação de pessoas se formava.
Já roera as unhas, e bufara tanto, que virara piada para o “pai”. Tiago comentara que as duas mulheres competiam, entre si, para ver quem ficava mais nervosa e ansiosa por rever Harry, esquecendo-se dele próprio, o qual também estava nervoso. Mas não podia controlar aquela sensação. As coisas voltavam ao seu devido lugar, com o regresso do moreno.
Hermione discretamente desviou seus olhos para o ponto em que se fixara, e de esgueira fitou a namorada de Harry. Gina Weasley insistira com sua presença na chegada do aspirante a auror, tanto que não houvera outra saída senão trazê-la. Revirou os olhos, impaciente. Ainda não sabia como ele a suportava. Tão fútil, quanto à água é insípida, incolor e inodora.
A esnobe nem mesmo viera para ver o irmão, e sim o namorado. Alertaria Harry de uma possível obsessão. Mordeu os lábios, e entortou a cabeça. Já começava a se entediar, no entanto as batidas de seu coração não deixavam que isso pudesse acontecer, e a julgar pela intensidade, parecia que sentia que Harry se aproximava dela.
Sorriu, e quando virara o rosto novamente para o além trilho, notara ao longe o trem. Prendeu a respiração, e mirou a “mãe”, que sorria igualmente. O brilho de seus olhos era também igual aos seus. Agitou-se e caminhou para mais a frente, desviando das pessoas que começavam a se aglomerar por ali. Lilian a seguiu, acompanhada dos outros dois.
Logo o trem se aproximava mais, aumentando a ansiedade da morena. De um ponto pequeno e distante, o grande meio de locomoção tornou-se grande e real. Apertou as mãos uma na outra, demonstrando o quanto estava nervosa. Não ficara assim desde que jogara pela Grifinória pela primeira vez diante de todo o colégio, ou quando recebera seu primeiro e merecido beijo.
Em seguida à parada da locomotiva, muitas pessoas começaram a desembarcar. Jovens de diversas idades, mesclando alturas, cores e personalidades. E Hermione procurava alguém especial no meio da multidão de diversidades. Ela buscava seu outro elemento. O elemento principal de sua vida.
Seu melhor amigo.
Em meio a sua procura, avistou-o. Não tinha como não reparar nele. Harry carregava uma mochila no ombro, e despedia-se de Draco. O velho boné vermelho que ela dera a ele estava preso numa das mãos do rapaz. Sorriu ainda mais, como se fosse possível alargar mais seus lábios.
- Harry?! – gritou ela, correndo para ele.
O moreno desviou sua atenção de Draco que já partira, e voltou-se para sua frente onde enxergou a amiga vir correndo na sua direção. Largou a mochila no chão, e adiantou-se uns passos. Também sorria, tanto ou mais que ela, sentia a alegria invadir-lhe o peito, passando rapidamente para todo o resto de seu ser.
Os dois corações batiam apressados, e tão apressados permaneciam, se juntaram num abraço forte. Hermione fechou os olhos, quando Harry a recebera em seus braços. Sentiu-se tremer por inteira, mas de emoção, de saudade.
Ele beijou-lhe o pescoço, fora como sempre fazia, e Hermione riu, quando ele roçou seu nariz por todo ele. O cheiro dela ainda continuava o mesmo, adocicado, suave. Uma fragrância já guardada em sua memória.
- Não sabe o quanto eu senti sua falta... – murmurou ela. Sua voz abafada, embargada. Não era de chorar, mas o fazia agora.
- Também não sabe o quanto eu quase fiquei maluco sem você. – soltou-a, e se fitaram.
Hermione abaixou a cabeça, escondia sempre dele quando as lágrimas lhe invadiam os olhos. O moreno sorriu. Um meio sorriso, aquele o qual ela sempre achara ser característico de Harry. Ele a fizera encará-lo, erguendo o rosto da amiga, gentilmente.
- Hei Mione, não precisa chorar, eu não vou a lugar algum agora! – brincou, divertido.
- Eu acho bom mesmo... A mamãe ficou preocupada, quase não dormia pensando no quanto você se arriscava naqueles testes. E eu... Eu também!
- Já acabou. – disse Harry, seus olhos refletiam ternura.
- Então espero que tenha se saído bem em tudo, senão vai se ver comigo! – exclamou dando um murrinho, no ombro dele.
- Estou morrendo de medo... – sussurrou próximo a ela, que sorriu. – Você não assusta ninguém, só ao Rony.
- Sem graça... – resmungou, antes de Harry tomá-la novamente em seus braços. Nem todos os abraços seriam suficientes para os dois. A saudade era muito grande.
Ficaram ali daquele jeito displicente e natural, por alguns minutos. Nada incomodaria a eles, que somente sentiam um ao outro. Aquela forte ligação que sempre existiu entre ambos, se tornava mais forte com o passar dos anos. Tornava-se uma espécie de ânsia. Se não o tivesse por perto se sentia sufocada e vice-versa.
- Harry, meu amorzinho! – exclamou Gina, passando a frente.
“Sutilmente” empurrara Hermione para o lado, e agora ela abraçava ao moreno. Harry fora acometido pela surpresa. Que diabos, ela estava fazendo ali? Seus olhos procuraram os de Hermione, e passava neles aquilo que berrara segundos antes, mentalmente. A morena franziu o nariz, e dera de ombros. Gina grudara no rapaz, nem deixando que Lílian tivesse oportunidade de matar as saudades do filho.
- Gina... – murmurou o rapaz, quando ela dera um vago ensejo de soltar-se.
- Oh, Harry... Eu estou com tantas saudades! – falou a ruiva, e ele dera um riso sem graça. Pedia aos céus que alguém o salvasse.
- Gina? – interpôs-se Hermione, a garota virou-se para ela, erguendo uma de suas sobrancelhas finas. – Acho que tem algo no seu nariz, parece grande...
- O que? – indagou a Weasley, sobressaltada. Tiago e Lílian se entreolharam, e a outra ruiva escondera um sorriso maroto.
- Eu disse que há algo relativamente grandioso em seu nariz de “princesa”. – disse Hermione, falsamente. – Não é, Harry?
- É... é, tem sim! – mentiu o moreno, entrando no jogo da amiga.
- Oh, por Morgana! Eu volto já... Se eu não voltar, te mando uma coruja! – falou ela, em pânico. – Aquele produto meia boca, dizem que as espinhas somem instantaneamente. Imediato, vai ser o estrago que farei naquela empresa de cosméticos... – saiu resmungando.
- Você é má, Hermione Granger! – disse Harry, em meio a risos.
- E você é um mal agradecido, me deve essa, Potter. Ela estava sugando sua alegria, acho que vou chamá-la de Dementador ruivo, daqui por diante. – comentou a morena. – É todo seu, mamãe. – virou-se para Lílian que riu, junto aos outros.
A ex-auror, agarrou ao filho, e assim como Hermione pudera naquele abraço senti-lo e extravasar a saudade. Ela fitou-o saudosa, Harry sorriu, enquanto a mãe percorria com suas mãos os contornos de seu rosto.
- Hermione já citou o quanto fiquei preocupada? – perguntou, emocionada.
- Sim, ela já deixou claro, tal coisa. É bom saber que perderam o sono por mim.
- Metido! – exclamou a moça. Harry voltou-se para ela e riu.
Depois das mulheres esmagarem Harry com seus abraços acalentados, fora a vez de Tiago cumprimentar o filho. Estava imensamente orgulhoso dele, tanto pelo seu desempenho, quanto por mostrar-se digno de estar onde estava agora. Se sua idade ainda permitisse, gostaria de trabalhar ao lado de Harry.
O auror sugeriu que fossem embora, pois deixara a casa a mercê de Nina, e a cabeça dela não andava muito boa. Ou melhor, a memória deixava a desejar. A velha babá já dava indícios de sua vasta experiência. O casal mais velho caminhava à frente, enquanto os outros dois mais atrás, entretidos neles mesmos.
A quem os visse, pensariam tratar de um casalzinho de namorados. O rapaz enlaçava Hermione pela cintura, e caminhavam muito próximos um do outro. O velho boné, agora ornava a cabeça dela, sempre gostara de vê-lo assim, ficava bem melhor nela do que em si. Riam, e se fitavam com extremo carinho.
Voltar para casa depois de um longo tempo fora, era confortante. Uma sensação de paz o invadia, quando se sentou em sua cama. Tudo ali naquele cômodo estava como deixara. Até mesmo suas bagunças jaziam intactas. E não eram poucas.
Agora o cansaço começava a tomar conta de seu corpo. Sentiu-se um pouco dolorido. Ser auror não era tão fácil quanto ele sonhara na infância, quando brincava com Hermione, segurando apenas uma varinha feita de uma galha solta da árvore do quintal. Ela a moçinha indefesa era sua recompensa.
Riu, lembrando-se dos fatos.
Suspirou longamente. Escutou Hermione e Lilian no andar de baixo, ambas diziam a Tiago o valoroso prêmio de quem se dedicava a leitura. Pelo que o homem comentara; as duas queriam arrastá-lo para uma feira de livros. Harry iria de bom grado, sempre aceitou sem protestar tudo que as duas lhe impunham. A não ser aquilo que ele achava não ser tão proveitoso para seu espírito aventureiro.
Largou-se na cama, soltando um sopro de ar. Fitou o teto, e fechou os olhos em seguida. Era tão bom estar ali.
Seguiu para o banheiro após tomar coragem para um banho. Seu corpo precisava de uma restauração, e seus cabelos precisavam ser lavados. Hermione os bagunçara mais do que de costume, só então ele notou o quanto estavam maltratados, pois não voltaram a sua habitual desorganização.
Despiu-se e entrou no boxe. Ligou a ducha, e a água morna escorreu sobre sua exaustão. Sorriu, sentindo-a fluir. Encostou a cabeça na parede fria, ainda de olhos fechados concentrou-se no vazio e no silêncio. A calma o envolvia, e aos poucos se sentia recuperado. O barulho da água tornou-se melodia serena para ele. Talvez fosse o sono chegando, marcas das noites acordado seja para os treinamentos intensivos, ou mesmo conversando com os colegas. E pensando em Hermione.
Respirou pesadamente.
- Espero que esteja lavando tudo direitinho!
Harry abriu os olhos de repente, e um medo estranho passou a ser sua companhia. Alarmou-se, pensando que a morena estaria muito perto, e de fato estava. Ela ria, de costas a ele. Trazia algo em suas mãos, mas Harry não identificara por conta do vapor que se formou no Box.
- Hermione, o que está fazendo aqui?! – indagou, nervoso. – Estou tomando banho, e estou pelado!
- Eu sei que está pelado, eu não quero ver seu amiguinho aí... Até porque eu já o vi.
- Tínhamos cinco anos, ta legal! As coisas mudaram por aqui. – respondeu, não segurando o riso.
- Eu sei, devem ter mudado mesmo. – confirmou ela, também rindo. –Eu espero que sim, imagine só.
- Pode ir parando Hermione, não quero que sua cabeçinha “inocente” fique imaginando coisas... As coisas que mudaram em mim. – Harry ria, nem se dera conta do rubor de suas faces.
- Está bem, eu paro de imaginar. Mas...
- Ah, não! – cortou-a. – Nada de visitas ao museu!
- Eu não quero ver, Harry. Eu disse isso. Não se lembra? – agora fora a vez de ela corar. Virou-se sem jeito, meio que de olhos fechados. – Tome, pegue a toalha, eu prometo não olhar.
- Certo...
Ela estendeu a toalha a ele, Harry a pegou, e riu. Hermione apertava os olhos, e nem se atrevia a uma espiadela, pelo menos mostrava-se cumpridora de sua palavra. O moreno cingiu a toalha azul em sua cintura, e saiu do Box.
- Pode abrir os olhos agora. – mandou ele, e a moça assim o fez.
- Desculpe ter entrado sem bater, mas... não queria ficar na sala. – sussurrou cúmplice.
- Estão se agarrando de novo? – perguntou seguindo para o quarto, com Hermione logo atrás.
Harry fora até seu armário, e o abrira, pegou uma cueca e olhou para a morena, que se virou de costas. Em meio a risinhos, ela revirava os olhos. Arriscou uma olhada por cima do ombro. Sempre fora curiosa, e agora esse sentimento era mais forte do que um dia supôs ser.
No entanto Harry fora rápido em vestir a roupa, e ela só vislumbrara um pouco do bumbum do rapaz. O rosto ardia, e imaginou que estaria mais vermelha que o salão comunal da Grifinória. Estremeceu, apreensiva de que ele notasse.
- Já está vestido? – perguntou, e embora já soubesse a resposta, o fizera assim mesmo.
- Pode olhar agora, embora eu ainda esteja só de cueca. Mas se esperar um segundo, eu vou vestir a calça do pijama. – falou e ela balançou a cabeça. Daria tempo a ela de recompor-se. – Agora sim, pode virar-se.
- Até que enfim, achei que fosse virar estátua daquele jeito. – resmungou ela, se jogando na cama do rapaz.
Ele fora até o espelho, e tentava ajeitar os cabelos molhados. Os olhos atentos de Hermione brilhavam estranhamente, e mais estranho era o que sentia no coração. Ela levantou-se, movida por algo que não soubera explicar, e fora de encontro a ele. Abraçou-o por trás, e Harry sorriu.
- Está com saudade mesmo, ou está tentando tirar uma casquinha? – perguntou maroto, virando-se para ela. Aproximou-se dela, suprimindo a distância entre ambos. Hermione repousou a cabeça em seu peito, escutando a ufania dentro dele.
- Estou com saudade... – murmurou.
- Nem fiquei muito tempo longe, foram só três meses.
- Quase quatro! – exclamou. – Eu contei... Pelo visto a praticidade masculina te impede de sentir tanta saudade.
- Parece que a senhorita não ouviu o que eu disse assim que me deixou respirar na estação. - reclamou.
Ela soltou-se dele, e voltou para a cama, deitou-se afofando um travesseiro por debaixo da cabeça.
- Papai sabe que está aqui? – perguntou Harry, deitando-se ao lado dela, no mesmo travesseiro.
- Ele nem está ligando, está preocupado com outra coisa. – disse a morena, enfatizando suas últimas palavras.
- Como está indo no profeta diário? Você não dizia muito em suas cartas. Sempre mandando coraçõezinhos e beijinhos... – caçoou ele, e Hermione bufara.
- As cartas eram de cunho afetivo, não profissional. – protestou a bruxa. – E estou indo bem, ainda não me deram nenhuma matéria de destaque. Ou uma que pudesse estampar a primeira página. O de sempre, me mandam cobrir coisas corriqueiras. Acidentes mágicos, fofocas de celebridades... Se ao menos me mandassem cobrir os jogos de Quadribol! – terminou numa afirmação.
- Aí sim você ficaria feliz... Embora eu não ficasse tanto, seria apenas uma desculpa para ver Victor Krum.
- Urgh! Esquece o Krum, eu já o esqueci. – ralhou ela. – Nem vale a pena ser lembrado. Mas e você, ainda está decidido em terminar com o “dementador ruivo”?
- Estou... – respondeu, virando-se de lado para encará-la. – Sabe isso durou muito tempo. Tempo demais para eu perceber que foi uma furada, algo totalmente insólito. Gina e eu não temos nada em comum. E ela não faz nenhum esforço para que tenhamos.
- É... Você faz bem. Eu não me dou muito com ela, você sabe, mas eu tentei por você. A acho uma mimada, mas não guardo rancor.
- Não? Achei que sim... – respondeu sincero. – Não mesmo? Nem por eu ter brigado com você uma vez por causa dela?
- Eu fiquei mal naquela ocasião, mas você estava sendo pressionado. E não age bem nessas situações. Afinal, era seu primeiro beijo e queria me contar, só que eu não queria ouvir...
- Porque você não queria ouvir? – replicou, e ela suspirou.
- Fiquei com medo de você gostar mais dela do que de mim. E me esquecer! Então eu gritei com você, para você parar.
- Foi então que eu gritei de volta, com muito mais força... – lamentou-se.
- Já faz muito tempo, Harry. – falou a morena, deitando a cabeça sobre o peito dele. Aninharam-se.
- Eu sinto muito pelo que eu disse, e nunca mais direi algo assim.
- Eu sei, já que vai se separar dela, então vai ficar muito mais fácil. – riu junto dele. – Acha que o papai vai reparar se eu dormir com você aqui, hoje?
- Como você disse, ele está ocupado, provavelmente nem vai notar.
- Certo... Então eu vou dormir aqui...
Após seu sussurro ela fechou os olhos devagar, sentindo as mãos dele, afagarem seu cabelo. Sentia-se tão segura com ele, como nunca seria com outra pessoa.
N/A: Bem meus queridos, capítulo um postadinho para vocês... Espero mesmo que vocês gostem dele, e que continuem acompanhando a fic. Sei que quase todas as minhas fics são UA, e que apenas duas dela têm magia, então, ainda sou meio que iniciante... rsrs. Então me dêem um descontinho básico. Mas fiquei super feliz com os comentários que recebi. *-* (brilha os olhinhos da autora). Eu amei cada uma dos comentários. Como sempre digo, eles são meu combustível.
Então falarei um pouco do capítulo, eu amadorei as relações que existem nessa fic. Tanto em questão da Lílian e da Mione, e da morena com o Tiago, quanto a que ela tem com o Harry. Foi uma coisa de imediação. São mesmo almas gêmeas. Uma pena a tia JK não ter lido o textinho que usei como resumo *momento desabafo on* A relação entre eles vai ser bem fofa mesmo, com todos.
Bem acho que é só isso que quero comentar, e agora agradeço novamente aos leitores que comentaram, valeu mesmo a todos:
Carlinha, Shammy, Marcio_Black, *Mione Cullen Malfoy*, Betina (não fala desse jeito, que sou doida, as pessoas podem começar a acreditar kkk), Danny Evans, Nath Potter Black, thayna nazareno de almeida, Jéssy Nefertari, Hermione.Potter, Aya Mivak, Lívia Weasley, *ღ nani *ღ, AchocolatadO Black, **júh**, Bєlinhααα Diggory &, Proserpine Aponi Granger Modinger.
Muito obrigada, a todos.
E até a próxima atualização. Beijos.
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!