A fuga
Capítulo Seis - A fuga
Gina não dormira de fato. Mas levantou-se da cama às 4:00. Não havia posto pijama na noite anterior, já “dormira” pronta. Calçou o tênis, pegou a mala com cuidado para não fazer barulho e não acordar alguma de suas colegas de quarto.
Desceu as escadas e saiu da Torre da Grifinória.
- Aonde pensa que vai, menina? - Disse a Mulher Gorda, sonolenta.
- Para longe daqui, não posso mais ficar... - Murmurou Gina.
A Mulher Gorda deu de ombros sem entender nada e viu Gina andar rapidamente.
- Luna? - Perguntou a ruiva adentrando na cozinha, que era o local que combinara de se encontrar com a amiga.
- A Srta. Lovegood pediu para a Stra. espera-la, pois ela lembrou-se de que havia esquecido o pé direito de seu tênis - Disse Dobby, aproximando-se da garota.
- Obrigada, Dobby - Agradeceu Gina.
- Dobby não quer ser incoveniente, mas o que a Srta. Wheezy faz aqui há essa hora? – falou Dobby
- Eu preciso ir embora, Dobby. – disse Gina.
- Ir embora? Dobby não entende o porquê disso, Srta. Wheezy. – falou o elfo.
- É um assunto muito delicado, Dobby. – disse Gina com delicadeza - Mas não conte para ninguém que você me viu, sim? Tudo que estou fazendo a para o bem do Harry...
- Para o bem de Harry Potter? – disse o elfo - Dobby gosta muito de Harry Potter. Harry Potter é um grande homem.
- Eu sei. Dobby, fará isso por mim? – perguntou a ruiva preocupada. - Não contará a ninguém que soube de minha fuga?
- Pode deixar com Dobby, Srta. Wheezy. – falou o elfo – Já que a senhorita vai esperar pela Srta. Lovegood, gostaria de comer algo?
Gina não comera no jantar, nem ela nem Luna. Aproveitaram que os salões comunais da Grifinória e da Corvinal estavam vazios para arrumarem as malas. E depois que o medo de ser pega passara, veio a fome.
- Gostaria sim, Dobby, obrigada – falou a ruiva.
Em questão de segundos, o elfo apareceu com bolos, salgados, suco de abóbora...
Gina devorou tudo sem contestar.
- Sabe, não é só você que tem fome. Assim não vai sobrar nem um grão de pão para contar história no café da manhã - Disse Luna chegando saltitante.
- Experimenta ficar no meu estado para você ver. Parece que tem um buraco no lugar do meu estômago! - Argumentou Gina
- Dobby pode trazer mais comida se as senhoritas quiserem – falou Dobby.
- Não precisa, Dobby – falou Luna – ainda tem aqui...
- Quem disse que não precisa?! - falou Gina – Pode trazer mais, Dobby...
- Me lembre de casar com um homem rico para poder bancar toda essa comida...
Gina ignorou a amiga e continuou a comer. Depois de muitos pratos, falou:
- Vamos?
- Até que enfim - Bufou Luna - Já pegou tudo?
- Já. Agora é só seguir para Hogsmeade.
Elas foram rapidamente até a passagem da bruxa de um olho só. Por sorte, não viram Madame Nora nem Filch. E em dois minutos estavam em Hogsmeade.
Acharam melhor entrarem no Cabeça de Javali, pois era mais vazio.
- O que fazem aqui? - Disse o velho barman.
- Senhor, desculpe-nos pelo incômodo - Falou Gina. – Mas poderíamos usar a lareira?
O barman as olhou desconfiado e perguntou:
- Pra onde vocês querem ir?
- Para a casa de meu irmão... – respondeu Gina calmamente.
- Hum... Tudo bem – falou o velho – Venham comigo.
Ele abriu uma porta que levava aos fundos do bar e as meninas o seguiram. Lá havia um escritório.
- Podem usá-la – disse o velho apontando para a lareira.
- Muito obrigada – falou Gina – Mesmo.
- Obrigada – falou Luna – Acho você ir na frente, Gi. Afinal é a casa de seu irmão.
- Ok – respondeu a ruiva, esta pegou um punhado de pó de flu, que havia ao lado da lareira, entrou nesta e disse: - Chalé das Conchas.
Gina estava na sala de estar do irmão e de Fleur. Não havia ninguém lá, provavelmente estavam dormindo. Luna veio logo em seguida.
- Uau, legal aqui - Disse Luna.
- É mesmo. Fleur tem um bom gosto - Observou Gina.
Elas entraram e deixaram suas coisas no sofá. Luna sem querer derrubou um vazo que ficava na mesinha ao lado do sofá. Uma voz masculina chamou:
- Quem está aí?
Ouviram-se passos na escada, o barulho ficando cada vez mais próximo.
- Gina?! Luna?! O que fazem aqui? - Perguntou Gui, confuso.
- Por motivo de força maior tivemos que sair da escola – falou Gina – E o único lugar que eu pensei em vir... era aqui.
- Tudo bem, Gina... Você é minha irmã – falou Gui – Posso saber que motivo de força maior é esse?
- P-pode... – respondeu a ruiva – Mas eu prefiro falar tudo de uma vez. A Fleur está aqui?
- Estó aqui – falou Fleur preocupada com seu sotaque francês.
- Acho melhor vocês se sentarem.
O casal obedeceu.
- Então, depois do casamento de vocês, eu e o Harry de certa forma ficamos noivos – Ela mostrou o anel em seu dedo anelar direito – Depois nós... nós... bem, eu estou grávida.
Fleur arregalou seus olhos azuis de uma maneira nunca vista por Gina antes. Gui deixou o copo que segurava cair no chão, o quebrando.
- Vocês são uns irresponsáveis! – falou quase gritando o mais velho dos irmãos Weasley. Gina nunca o vira desse jeito - Mamãe vai matar você!
- Vocês não entenderam a complexidade disso? – perguntou Gina a ponto de chorar – Estou grávida de Harry Potter... Se ele é o procurado número um, o n-nosso filho também será procurado! – Gina agora estava em prantos, as lágrimas rolavam em sua face inevitavelmente.
- Gina... – falou Gui indo abraçar Gina, acariciando seus cabelos.
- Desculpe-me, Gui - disse Gina soluçando - Eu sei que foi uma tremenda irresponsabilidade, mas agora não há mais o que fazer. Minha única esperança é você.
- Ela está cerrrta, Gui - disse Fleur - É melhorr ela ficarr aqui porr encuannto, serrá mas segurro parra ela e parra o bebê.
- Mas vocês não vão contar à mamãe, ou vão? – perguntou Gina apreensiva e eles negaram com a cabeça – Tenho medo da reação dela... E se ela for atrás de Harry?
- Mesmo que mamãe quisesse – falou Gui – ela não conseguiria achar Harry. Nem o Ministério o achou...
- Não duvido da mamãe – disse a ruiva.
- Então fica assim, por enquanto a gente não conta nada. Só vamos falar que você está segura em algum lugar. Mas mamãe e papai também vem visitar a gente, então uma hora vamos ter que contar a verdade. Tudo bem?
- Tudo.
- Venha, Ginna - Disse Fleur - Mostrarrei o quarrto em que você e Lunna van ficarr.
Gina e Luna seguiram Fleur até o quarto de hóspedes. Ele era amplo, havia duas camas e duas escrivaninhas.
- Obrigada, Fleur – falou Gina se sentindo um pouco culpada de chamar Fleur de Fleuma nas suas costas.
- Disponha, querrida – disse a loira – Afinal é meu primeirro sobrinho, não? – falou ela sorrindo.
Gina ainda não parara para pensar. Mas era ela que daria o primeiro neto a seus pais.
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- Gina. Ei, Gina. Hora de levantar, mocinha – Gui sussurrou.
- Hã? Ah, oi – disse Gina sonolenta – Que horas são?
- Sete e meia...
- Sete e meia?! Gui, eu nem estou mais na escola!
- Eu sei, mas hoje você tem consulta no médico.
- Médico?
- É um medibruxo trouxa. Achamos mais fácil se fosse assim.
- Entendi. Mas por que tão cedo? Eu tenho pouco mais de um mês!
- Por que eu quero que meu sobrinho seja tratado direitinho e com o devido cuidado.
Gina se levantou e abraçou Gui.
- Obrigada, de verdade – Falou ela.
- De nada. Sou seu irmão mais velho, não faço nada mais que meu dever – disse Gui sorridente.
Gina tomou banho e se arrumou. E desceu para tomar café da manhã com Gui, Fleur e Luna. Os três iriam acompanha-la ao hospital trouxa.
- Coma algumas frutas, querrida – disse Fleur – Você precisa se alimentarr dirreitinho, nada de comerr besteirras como antes...
Gina comeu algumas frutas e eles aparataram para o hospital.
A ruiva fez uma bateria de exames de rotina para gravidez.
- Você deve ter uma alimentação rica em verduras e frutas – disse a médica, Rita, ao fim da consulta –, tomar as vitaminas que eu te prescrevi e comparecer nas consultas do pré-natal, pois é muito importante.
- É... Minha cunhada já está cuidando disto... – disse a ruiva – Ela me fez comer umas frutas hoje no café da manhã.
- Ótimo – falou Rita, a médica – É muito importante mesmo.
- Pode deixarr que Ginna vai virr às consultas de prré-natal – falou Fleur.
- E doutora – chamou Gina –, quando que já dá pra saber o sexo do bebê?
- Creio que com quatro meses... se o bebê estiver em posição ideal para a visualização.
- Ah, ótimo! Muito obrigada, doutora.
Gina, Fleur e Luna saíram do consultório.
- E aí? Como foi a consulta? – perguntou Gui que estava sentado na sala de espera.
- Foi boa – respondeu Gina – Daqui a três meses eu já vou poder saber o sexo do bebê.
- Nossa, três meses nem é tempo...
- Não importa, algo me diz que é uma menina.
- Papai contou que desde a primeira gravidez mamãe dizia que era uma menina. Só na sétima foi que uma menina nasceu.
- Pelo menos ela acertou alguma vez, não é?
- Os truglins devem tê-la avisado – disse Luna sonhadoramente (N/Marininha: Sim, eu inventei os truglins. Sim, eu não tenho imaginação para nome).
Gui e Fleur fizeram cara de confusos e Gina se controlou para não rir.
- Os truglins nos fazem previsões sobre o futuro, mas eficazes até que os centauros, só que são bem raros – explicou Luna. (N/Malu: Eu adooooooro a Luna, haha)
Gina não aguentou e soltou uma gargalhada. Fleur e Gui deram de ombros e riram também. Luna continuou com a sua cara sonhadora de sempre.
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Harry estava sozinho em seu quarto no Largo Grimmauld. Olhava o álbum de fotos que Gina dera a ele. Demorou alguns minutos na foto que Colin tirara no salão comunal, o primeiro beijo deles. Aquele tempo parecia tão distante... Como queria voltar no tempo e viver este momento. Pensando nela, Harry resolveu ver o que Gina estava fazendo através do Mapa do Maroto.
Para sua surpresa e desespero, o nome de Gina não estava presente em nenhum lugar do mapa. Começou a procurar que nem um louco, mas nada encontrou.
Viu o nome de Neville sozinho na sala comunal, ele andava de um lado para o outro. Na sala do diretor, Severo Snape parecia conversar com Arthur e Molly Weasley.
Mas o que será que havia acontecido para o Sr. e a Sra. Weasley estarem em Hogwarts?
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Molly estava muito preocupada. A última vez que teve que ir a Hogwarts por causa de Gina fora no episódio da Câmara Secreta - no qual de alguma forma Gina fora possuída por Voldemort.
Artur bateu na porta do diretor. Snape a abriu.
- Entrem - falou Snape. Molly, Arthur e Xenofílio entraram e Snape fez um gesto para eles se sentarem em frente à sua mesa. Este se sentou atrás dela.
- Bem, eu não sei a melhor maneira de falar isso - começou Snape - Então, acho melhor falar sem rodeios. A senhorita Weasley e a senhorita Lovegood fugiram da escola na última madrugada.
Se Molly não estivesse sentada, teria caído no chão. Xenofílio apenas assentiu com a cabeça, como se já soubesse disso e Arthur arregalou os olhos, incrédulo.
- Como assim fugiram?! - quis saber Arthur - Essa é uma escola de magia, devia haver algum feitiço que as impedisse de fazer isso!
- Acalme-se - disse Snape - De fato Hogwarts deveria ter um feitiço assim, mas ninguém nunca pensou que isso viria a ocorrer.
- Tudo bem. Mas e agora? Onde elas estão?
- Conhecidos me informaram que elas foram vistas entrando no Cabeça de Javali, em Hogsmeade, mas o barman de lá negou tudo.
- Entrando no Cabeça de Javali?! – exclamou Molly Weasley preocupada – Mas esse barman pode ter sequestrado as meninas! (N/Marininha: O barman é pedófilo oO').
- Não creio que o barman tenha as sequestrado – falou Snape – E sim as ajudou a fugir. Que os senhores saibam tem algum motivo para elas fugirem?
- Harry!
- Com licença, Sra. Weasley, mas o que Potter teria a ver com isso?
- Na-nada não, diretor. É... precisamos ir. Vamor, Arthur!
Molly saiu apressada, puxando o marido. Xenofílio apenas assoviou calmo e também se despediu. Snape continou com cara de confuso.
- Há coisas, Severo, que só o coração pode explicar - disse o quadro de Dumbledore serenamente e depois voltou a descansar.
Assim que saíram de Hogwarts, Arthur exclamou:
- Molly! Tome mais cuidado! Não se esqueça que esse homem matou Dumbledore!
- Eu sei, querido – respondeu ela – Desculpe... Será que Gina foi atrás do Harry?
- Não – respondeu Xenofílio Lovegood – Os trugulins me avisaram que elas estão seguras.
- Trugulins?! - perguntou o casal Weasley.
- Seres que preveem o futuro...
- Ah... claro - disse Molly – Bom, Xenofílio, nós vamos para casa. Até mais.
O casal caminhou até Hogsmeade e de lá aparataram para a Toca. Molly mal chegou e já pegou um pouco de pó de Flú, colocou sua cabeça dentro da lareira e chamou ‘Chalé das Conchas!’.
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Fleur estava na cozinha preparando o jantar. Luna e Gina estavam no banho e depois desceriam para ajudá-la com o jantar.
Quando de repente, o fogo na lareira começou a se mexer. Fleur chegou perto e viu que era o rosto de sua 'querida' sogra.
- Oi, Fleur – falou ela – Gui está em casa?
- Stá sim. Vou chamá-lo... - respondeu Fleur, se virou para a escada e gritou: - Gui, querrido, sua mãe stá na larreirra querrendo falar com você.
- Já vou indo – gritou ele em resposta.
Este demorou um pouco a descer, provavelmente estava avisando as meninas que a Sra. Weasley estava na lareira.
- Oi, mãe – disse Gui ao vê-la pela lareira.
- Oi, filho – disse Molly com a voz aflita – Er, o professor, quer dizer, diretor Snape nos chamou hoje na escola para avisar que Gina e Luna fugiram de lá. Eu estou desesperada, Gui!
- Calma, mamãe, elas devem estar bem.
- Oh... Eu não sei, Gui, sinceramente. Snape perguntou se teria algum motivo para as meninas fugirem e eu logo pensei em Harry.
- Elas nunca achariam Harry – falou Gui tentando acalmar a mãe - Ele é o procurado número um!
- É verdade, querido – concordou a Sra. Weasley.
- Snape é um Comensal da Morte, ele matou Dumbledore – falou o ruivo – Ele contratou alguns Comensais para lecionarem em Hogwarts, as meninas devem ter fugido por isso... Eles deviam estar ensinando Artes das Trevas
- Pode ser – falou a mãe – Seu pai está tentando localizá-las, qualquer novidade eu lhe aviso.
- Ok, mãe, fique calma – falou Gui – Gina deve dar notícias.
- Assim espero – respondeu ela e sumiu da lareira.
Gina desceu as escadas correndo e se aproximou do irmão:
- E agora, Gui? O que eu faço? – Ela perguntou.
- Como eu disse para a mamãe, você deve enviar notícias para ela.
- Tipo uma carta, talvez?
- É, uma carta. Poderíamos mandar daqui a uns três dias, para ela não desconfiar de nada. E usaremos uma coruja alugada.
- Tudo bem, é melhor assim. Acha que devo escrever agora?
- Pode ser, aí já agilizamos as coisas.
- LUNA, VEM AQUI ME AJUDAR! – Gritou Gina e em seguida Luna já pareceu.
Gina pegou o pergaminho, a pena e o tinteiro que estavam na mesinha da cozinha e começou a escrever:
Mamãe e Papai,
Não se preocupem, estou bem e segura. Eu e Luna estamos bem confortáveis aqui e não nos faltará nada. Espero que compreendam que não poderíamos ficar lá em Hogwarts com todas essas coisas acontecendo, principalmente com o forte vínculo que tenho com Harry.
Nos veremos talvez em abril, maio, mas não prometo nada, tudo depende de como o mundo bruxo estará até lá.
Avisem ao Sr. Lovegood que a Luna o manda beijos e que está com saudades.
Com muito amor,
Gina.
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N/Malu: Espero que tenham gostado desse capítulo... Este ficou bem maior que os outros, por isso a demora ;D
[Momento propaganda] Meu melhor amigo, Jonathan, está escrevendo uma história de ficção, quem quiser dar uma olhada: http://ilusaodefogo.blogspot.com/
E a Marina, a minha companheira de fic, tem uma outra fic só dela, também H/G: http://www.fanfiction.net/s/4734915/2/De_um_jeito_diferente
N/Marininha: Eu ia falar da minha fic, mas a Malu já fez isso por mim :P. O cap ficou tão mara *-* Demora devido ao tamanho e como é em dupla, não dá pra fazer muita coisa de uma vez sem consultar o parceiro de fic [y] Espero que gostem em mandem reviews \ô/
Bjss, Marininha Potter
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