Chapter Two - At dusk
Chapter Two
At dusk
O trem parara, havia muito tumulto fora do compartimento, havia chego. James pulou do lugar e foi logo pegando a bagagem, Sirius e Remo fizeram o mesmo. Era quase impossível não se perder um do outro naquela bagunça de gente. Sirius deu um jeito de sair rápido e chegou antes de Remo e James lá fora. Remo observava tudo como se tirasse tudo o que podia apenas com o olhar, uma mulher estava chamando os calouros, era alta e de aspecto agradável. Os calouros, que não eram filhos de bruxos, estavam abismados com tudo, e até mesmo os filhos de bruxos estavam meio precavidos, porém curiosos. Foi se aglomerando mais estudantes do primeiro ano, até a mulher resolver que já estavam todos ali e guia-los para uns barquinhos. James analisou muito bem antes de entrar, estava consciente que se caísse, não saberia nadar, e estava realmente frio para cair numa água gelada, fez uma nota mental de aprender a nadar.
Lupin entrou no barquinho como se fosse para um passeio, porém à noite, continuava quieto, e estava preocupado, olhava para o céu com uma expressão de tristeza, Sirius sentou ao seu lado tentando enxergar se havia algum bicho naquela água, vendo que aparentemente não tinha perigo, começou a brincar com a água. James que tentava não demonstrar medo sentou rígido no barquinho e deu um pulo quase imperceptível quando este começou a se mexer sozinho, o que não passou despercebido por Sirius, que estava observando de canto.
A viagem fora rápida para alívio de James, os alunos esperavam que a bagagem estivesse onde desembarcariam, porque ficaram esperando e procurando a bagagem, e a mulher percebendo a preocupação dos alunos, algum já estavam tendo uns ataques estranhos, avisou que a bagagem já estava em seus quartos.
A moça os guiou até a entrada do castelo, onde os passou para uma outra mulher, com um feitio sério e amedrontador.
-Sou a professora McGonagall, você serão levados à seleção, sigam-me, por favor e obrigada Profª Derwent – dizendo isso deu meia volta e as portas do castelo se abriram com forte barulho de coisas metálicas rangendo.
Entraram em um grande saguão, majestoso, com grandes abóbadas no teto. As paredes altas eram certamente aconchegantes. A professora entrou em uma porta à esquerda, de lá vinha barulho de muita conversa, os alunos foram se aproximando com receio, James procurou Sirius, que estava mais afastado com Remo, e conversavam, ele andou até lá.
-E aí, ansiosos? – perguntou James que dava olhadas evasivas para onde a professora McGonagall estava.
-Com sono, bem que isso podia acabar logo. – respondeu Sirius observando um grupinho de garotas que estavam conversando inquietas.
-Acredito que o diretor ainda tenha muita coisa para falar. – observou Remo, que olhava para a bancada de professores interessado.
James soltou um muxoxo de impaciência. Vira que a professor trouxera algo, mas não conseguia enxergar, Sirius deu uma levantada de cabeça por curiosidade, fez uma expressão engraçada, como se fosse algum tipo de piada.
-Que foi? O que ela trouxe? – perguntou James agitado, ficou na ponta dos pés, mas mesmo assim não conseguiu ver, Remo voltou a analisar o castelo, não pareceu muito interessado no modo de seleção.
-Você sabe como eles selecionam? – perguntou James vendo Remo sereno.
-Meu pai comentou alguma coisa sobre um chapéu – respondeu voltando-se para James o qual parou as inúteis tentativas de ver o que era. Observando a expressão de James, explicou - Parece que o chapéu avalia nossa cabeça, e diz para qual casa nós devemos ir. Disse também que ele é muito velho e inteligente.
James fez uma careta de ceticismo e tornou a falar como se achasse aquilo coisa de louco.
-Então um chapéu vai dizer para que casa nós devemos ir? Ta brincando comigo! – ele já estava se exasperando, imagina se o chapéu o põe na Sonserina? Ele atearia fogo naquele negócio velho.
-Bom, ele leva em conta o que você deseja também, mas tudo o que você é, está aí. – ressaltou Remo apontado para a cabeça de James. – Você não devia subestimá-lo, ele é mais inteligente que muitos. Dumbledore diz que às vezes troca uma idéia com o chapéu – retomou Remo, mas ouviu James resmungando algo indecifrável - Eu achei engraçado, mas foi o que ele disse. – encolheu os ombros e virou para onde provavelmente o chapéu estava.
Sirius que prestava atenção na conversa fez uma cara de alívio, pouco perceptível, e voltou a mirar o chapéu. Este começou a chamar os sobrenomes por ordem alfabética, logo seria ele, Remo e quase por último James...
Alguns pareciam que ele nem tocava a cabeça e já era selecionado, Sirius pensou se o chapéu demoraria muito na cabeça dele decidindo se deveria ou não coloca-lo na Sonserina, balançou a cabeça para espantar a idéia, outros ele demorava um pouco mais, mexendo, o que deveria ser uma boca, e aparentemente conversando com a pessoa, já estava chegando a sua vez...
-Black, Sirius. – era a sua vez, ele deixou os amigos sem prévio aviso, o que fez James parar de resmungar e se assustar com a repentina ação de Sirius, este foi elegantemente andando até lá, sem demonstrar algum tipo de medo ou ansiedade, sentou no banquinho e a professora colocou o chapéu em sua cabeça.
-Hum, família inteira na sonserina, eh? – perguntou o chapéu para Sirius. – Que tal lá?
-Não quero ir para lá. – falou em tom decisivo.
-Você é um garoto rebelde – falou em tom baixo para só Sirius ouvir – Mas certamente de coragem... Grifinória! – gritou o chapéu, Sirius fez uma expressão de vitória, os alunos da casa o saudaram, ele foi andando até a mesa, onde recebia vários tapinhas nas costas de boas vindas. Sentou à mesa e esperou os outros dois serem selecionados, passaram alguns nomes conhecidos, outros nem tanto, quando chegou no “E”, a professora chamou:
-Evans, Lílian – Sirius parou para prestar atenção, ela estava com medo e isto ele tinha certeza, porém ela não demonstrava de modo algum e parecia decidida, Sirius gostou dessa atitude, a garota tinha fibra.
Ela colocou o chapéu e em alguns instantes o chapéu anunciou: Grifinória! – Sirius aplaudiu, quando ela estava perto ele deslizou para dar espaço para ela, porém Lílian cruzou os braços e foi para o outro lado, Sirius se conformou, mas uma hora eles teriam que vir a ser amigos.
Passou mais algum tempo até a vez de Remo, quando este foi chamado, se aproximou do banco meio receoso, a professora colocou o chapéu em sua cabeça.
-Hum, em dúvida se deveria estar aqui, eh? Poderia colocar você na Corvinal, de fato sua inteligência me instiga... Mas sinto grande amizade e força de vontade, onde vou te colocar, você terá fiéis amigos e será fiel à eles, pense no que eu digo, e você vai para a... Grifinória!
Sirius deu um sorriso de alívio, Remo foi correndo para a mesa da Grifinória sem conter sua excitação, recebeu parabenizações dos colegas e foi se sentar ao lado de Sirius que deu um aperto de mão.
-Bem vindo cara! – falou Sirius voltando a se sentar e esperar agora, com uma ansiedade maior, a seleção de James, que tentava parecer seguro, quando olhou de novo viu James conversando com as garotas novatas também, elas davam risadinhas enquanto ele falava.
-Olhá lá. – Sirius cutucou Remo que olhou na direção em que o amigo olhava – Não perde tempo. – soltou um sorriso de satisfação.
James estava descontraindo o clima com algumas piadinhas, e as garota estavam gostando.
-Bem, vou parar por aqui, que está chegando a minha hora. –deu uma piscadela, e no exato momento o chapéu chamou seu nome, ele estava com um grande sorriso estampado no rosto e não percebeu que era ele, todos o olhavam.
-Potter, nós não vamos esperar a noite inteira! – ralhou a professora Mcgonagall. Severo que estava mais atrás sorriu com contentamento.
-Mas é que tenho que me preparar para me apresentar para o público, professora – ele disse para não darem risada da chamada de atenção. Para continuar a atuação ele falou bem alto – James Potter prazer! – estava com um sorriso ainda maior – Sinto informar, mas só os da Grifinória terão o prazer de ter minha presença assidua entre eles! – e se curvou em agradecimento.
A professora Mcgonagall não sabia se brigava ou se achava graça, o Diretor Dumbledore riu da descontração do garoto, a mesa da Grifinória aplaudiu a atitude do garoto, a Sonserina fazia comentários contra, e várias meninas da Lufa-Lufa, Corvinal e Grifinória faziam comentários sobre James ser engraçadinho, bonitinho, e davam grandes sorrisos para ele.
James sentou no banquinho e a professora colocou o chapéu em sua cabeça.
-Você é um garoto decidido, promete muito para o futuro desta escola, merece ir para a...- falou para o garoto e gritou: Grifinória!
A mesa da Grifinória estourou em aplausos, ele saiu e foi se juntar a Remo e Siruis, recebeu muitas palmadinhas e elogios, uma garota até deu um beijo em sua bochecha, sem querer seu olhar se encontrou com o de Lílian que lançou-lhe um olhar de desprezo, sentou ao lado de Remo.
-Essa vai ficar para a história James. – falou dando uma palmadinha nas costas do amigo.
-Fez sucesso, hein? – comentou Sirius enquanto a seleção continuava.
-Eu nunca conseguiria fazer isso – comentou um garoto franzino sentado à frente deles.
-Não recordo seu nome. – falou Sirius que o vira sendo selecionado.
-Peter Pettigrew. – falou o garotinho afobado e com uma risadinha incomoda.
-Então você não veio para cá pela coragem. – comentou James que prestava atenção na conversa deles.
-Bem – começou sem jeito- Talvez seja pela amizade. – falou observando os garotos que não tiravam os olhos dele.
James estava esquadrinhando a mesa, quando foi para falar algo, Remo fez sinal que não, e apontou para a mesa dos professores.
-Que?! – perguntou James.
-Dumbledore vai falar. – avisou Remo.
-Dumbledore é o maior bruxo de todos os tempos. – comentou James para Sirius.
-Sei disso. Minha família não gosta das atitudes dele, e muito menos dele, na verdade não gostam de quase ninguém, eu tenho sorte de estar entre esses que minha família não gosta. – deu um sorriso indistinguível. James o olhou, não sabia se era piada ou verdade, achou curioso, mas teriam mais tempo para tal conversa.
-Ah, vocês sabem que ele plantou um Salgueiro Lutador aqui na escola? – perguntou Peter entrando na conversa.
-Que maluco colocaria uma árvore assassina na escola? – perguntou James que não prestava atenção alguma no discurso do diretor.
-Maluco ele não é, mas algumas vezes a inteligência faz dessas coisas. – comentou Sirius que intimamente concordava com James.
-Ele certamente teve seus motivos. – comentou Remo sombriamente.
-Pensei que ele estava prestando atenção no discurso. – falou James, para Sirius que olhava Remo com interesse.
-De fato estou – falou Remo para James – Mas eu consigo prestar atenção em mais de uma coisa, e agradeceria se vocês ficassem quietos. – falou virando e encarando cada um dos três.
-Mas o que ele está falando de interessante? – perguntou James que se recusava a prestar atenção no discurso.
-Quem sabe se você ouvir mais e falar menos, resolva teu problema. – Remo falava sério, mas de forma alguma era uma chamada de atenção, talvez um conselho.
-Mas não é mais fácil você ouvir e depois me contar? – perguntou James que agora olhava Remo com um sorriso no rosto.
-Não, não é mais fácil. – falou Remo que voltara a olhar para Dumbledore.
-Mas seus sentidos são mais aguçados para entender tais palavras, não? – elogiou Sirius numa tentativa de ter o discurso numa forma mais reduzida. Acreditava que seu método era mais eficaz que o do amigo.
-É elevado igualmente ao de vocês dois, que transmitem tanta inteligência quanto o meu. É só saber onde usar. – respondeu ao elogio de Sirius. Mas certamente Remo estava precavido contra ambos os métodos.
-Mas nós sabemos onde queremos usar. – retorquiu James – E certamente não é em discursos maçantes. – deu um sorriso para o amigo.
-Ta certo, eu falo – disse Remo que pegava uma coxa de galinha que aparecera na mesa subitamente. James, Pedro e Sirius, soltaram mudas exclamações de prazer.- Mas vocês bem que poderiam fazer mais esforços para ouvir. Não é a coisa mais interessante de todo o mundo, mas é igualmente importante.
-Ta certo, tentaremos fazer isso por você. – cortou James – Mas e aí, o que ele falou.
-Resumidamente disse que estamos em tempo de guerra e devemos tomar muito cuidado em quem confiamos, por mais que tenhamos completa certeza de seu valor, nesses tempos, toda amizade será posta à prova. – falou Remo, logo colocando um imenso bolinho de carne na boca.
-Eu tenho apenas 11 anos! – afirmou James que já estava com a boca cheia, como se Dumbledore estivesse dizendo algo impossível.
-Essa é a base. – rebateu Remo.
-O único dever que eu tenho é terminar a sobremesa e dormir até amanhã. – falou Sirius que agora se servia de torta de maça. Remo lançou-lhe um olhar frio.
Devidamente alimentados, eles foram guiados até a sala comunal da Grifinória, e James não escondia o entusiasmo de estar na casa de Godric Grifindor.
Era aconchegante a sala, tinha uma lareira, era decorada de vermelho e ouro, as vidraças eram da mesma cor, haviam poltronas estofadas de camurça vermelho com detalhes dourados, e um grande emblema da Grifinória, o Leão.
Se Remo não estivesse tão disposto a arrastar James para o quarto, este ficaria boa parte da noite admirando a beleza da sala da Grifinória.
-Com essa atitude você parece um trouxa que acabou de conhecer a magia. – falou Sirius que abria o malão para apanhar o pijama.
-Eu tenho todo o direito de vislumbrar a beleza da casa que eu fiquei. – falou James também abrindo o malão e apanhando o pijama.
-Concordo, contanto que não pareça bestificado e não me faça passar vergonha. – terminou Sirius que agora vestia o pijama, James terminou por guardar tais palavras.
-Boa noite. – desejou Remo para os colegas de quarto, eles lhe desejaram o mesmo.
James tivera certa dificuldade para pegar no sono, o que certamente seus colegas não tiveram, pois cinco minutos depois de deitarem já tinha alguém roncando. Passara-se meia hora e para James tinha passado uma eternidade, resolveu que não conseguiria dormir. Abriu o malão e tirou uma capa, com todo o cuidado saiu do quarto. Desceu as escadas do dormitório e saiu pelo buraco do retrato, pareceu ter um vislumbre de alguém também saindo do quarto, mas achara que fora apenas impressão.
Ele vestiu a capa e decidiu um lugar para ir, tomou rumo à esquerda, realmente era bastante interessante andar pelo castelo a noite, pois era mais silencioso e consequentemente mais perigoso, por estar uma hora dessas fora da cama.
A maioria dos quadros estava dormindo, sentia a respiração pesada deles, passara por diversas portas que achara se salas de aula. Chegara a um patamar o qual havia janelas que davam vista para a Floresta Proibida, que parecia um tanto quando assustadora a noite, lembrara de ter ouvido de relance uma regra de não entrar, só ou acompanhado, na floresta. Esse pensamente lhe fez sentir algo quente... O que James achava interessante, pois se não queriam que entrassem, havia coisa lá, e isso ele iria descobrir, não hoje, mas haveria tempo para tal. O que James achava, era que, era realmente chato andar sozinho por aí, não pelo caso de ser pego de surpresa, mas de ter alguém para compartilhar... Ele procurava uma palavra que tivesse mérito para descrever o que queria, era compartilhar suas marotagens, sim, essa era a palavra perfeita marotagens.
-Eu sei que você está aí. – falou uma voz conhecida. James ficara quieto e apagara a varinha, não teria como alguém saber que ele estava ali. – James, eu sei que você está aqui. – tornou a falar Sirius. James achou que isso nada provava, ele poderia até tê-lo visto sair, mas não saberia que ele estava ali. Por isso continuou quieto.
-Eu sei que você sentiu algo quente por você há instantes, foi o feitiço para revelar se tinha alguém aqui. E eu sei exatamente onde você está, pois minha varinha me leva até você. – Sirius foi chegando cada vez mais perto de James que evitava ao máximo respirar, quando Sirius pegou a capa, James se assustou. Sirius a puxou, revelando James.
-De fato – concluiu James, com cara-de-pau para alguém que acabara de ser descoberto. – Você tem habilidades incríveis. – sua face mostrava um sorriso, e a face de Sirius demonstrava confiança.
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