Detenção - Parte I
Era noite. O belíssimo professor de Poções e também diretor da Casa Sonserina, Draco Malfoy, pretendia organizar seu depósito de poções, mas o inspetor Filch o interrompeu trazendo estudantes.
- Detenção. – Disse e foi embora falando consigo mesmo. – Ah, bons tempos que os delinqüentes eram pendurados nas Masmorras...
Por um insano instante, prof. Malfoy pensou estar na presença do “Quarteto Fantástico”: Uma ruivinha irritada, uma castanha revoltada, um moreno com cara de sonso e um rapaz de cabelos vermelhos bravo e constrangido.
Mas quando Victorie Ariela Weasley, Katherine Jane Granger, Thiago James Potter e Ted Tonks Lupin entraram na sala, o loiro riu de suas comparações.
- O que aprontaram? – perguntou severo. Ficaram uns instantes em silêncio até que Katherine começou a falar de modo incontido como Hermione:
- Ted e Victorie estavam nos jardins, se distraíram e perderam a hora...
-NÃO interessa o que fazíamos – Cortou a ruiva antes que Thiago acrescentasse “aos amassos”. Kate continuou como se não tivesse sido interrompida:
-...Thiago, estranhando a demora, foi procurá-los temendo que a Grifinória perdesse pontos. O que não foi nada inteligente se me permite dizer.
- E a srta....?
- A detestável Alicia Graham viu a poção Alisante nas minhas coisas e me dedurou! Aquela vad...idosa! – Corrigiu-se sem sucesso. – Aliás, só para constar, Filch acha que assaltei seu depósito para manter minhas madeixas artificialmente lisas. – Dizia com raiva e traços de ironia.
Não o dedurou. Podia ter livrado a própria pele, mas não. Extrema e irritantemente nobre. “Estranho não ser ‘grifa’ como a mãe” pensou Malfoy ao recordar-se do dia da estufa.
Flashback:
- Sr. Malfoy. Primeiro regue, depois adube com adubo de dragão escocês, entendeu? Escocês. Uma por uma. Sem magia. Oh! Parece que outro estudante quebrou as regras! Oh! Miss Granger? Que... Surpreendente! Bem... Primeiro regue, depois adube com adubo de dragão escocês, entendeu? Escocês. Uma por uma. Sem magia. – Sprout saiu rapidamente, ainda tagarelando, porém consigo mesma.
- O que faz por aqui, Malfoy? – Tentou quebrar o silêncio constrangedor.
- Roubei um Lembrou. – Concluiu sarcástico lembrando do primeiro ano. – Não que seja da sua conta, mas dei um soco na Pansy. Pobrezinha. O rosto está inchado até agora. – Disse com uma ironia que ainda não era familiar a Hermione.
- Jura?
- Não. Rompi com ela e a vadia bateu em si mesma só para me ferrar! O idiota do Snape acreditou.
- Tenha um vocabulário adequado. Estamos numa sala de aula! –Repreendeu.
O “acidente” da vassoura se passara há uma semana e eles preferiam ignorá-lo. Porém o clima entre eles ainda estava estranho e Malfoy resolveu não revidar o comentário.
- E você Granger? Se agarrando com o Pobretão até depois do horário?
- Não seja estúpido! – Ela corou com aa possibilidade - Rony transfigurou um cachorro para sala da Minerva e quando ela entrou na forma de gata o cão a perseguiu. Perdemos metade da aula.
Ele sentiu vontade de rir ao imaginar a cena, mas não riria das piadas de traidor de sangue - Hilário – Limitou-se a dizer rude - E você? O que tem com isso?
- Rony não pode pegar detenção. Tem um trabalho importante a fazer. Assumi a culpa.
- Protegendo o namoradinho?
- Ex.
Malfoy foi rir achando graça em saber da fofoca antes de Pansy e acabou derrubando adubo na Hermione. Ela o empurrou irritada e ele retribuiu o gesto com mais força, derrubando-a. Mas no momento da queda Hermione segurou-se nele numa tentativa de manter-se de pé. O resultado, entretanto, foi o sonserino caindo por cima dela.
Rostos a milímetros.
O beijo.
Não sabiam quem começara, mas já rolavam na estufa a beijos ardentes.
Ele interrompeu e levantou revoltado. Aquilo não podia virar um hábito. – Porra, Granger! Vê se pára de me agarrar! – Passou a mão nos cabelos freneticamente. - E quem liga para essa merda de detenção, mesmo? - Com um aceno de varinha deixou a estufa enquanto as plantas se cuidavam magicamente.
- Amerlin e boa noite para você também Malfoy. – Disse a garota já só e voltou às tarefas. A ironia de Draco Malfoy começava a contagiá-la.
Fim do Flashback.
- Professor... Professor?
- Sim? – Chacoalhou a cabeça, espantando as recordações.
- Qual será a detenção?
- Arrumar o deposito sem magia.
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