Prólogo
Hermione andava de um lado para o outro no seu quarto, já havia se arrumado, mas ainda faltava muito tempo para ele chegar, estava muito nervosa. Sentou-se na beirada da cama e passou a mão pela barriga, sempre quis ser mãe, mas queria se dedicar primeiro à profissão. Agora realizaria esse sonho, mesmo que tivesse sido na hora errada e da maneira errada.
Agora não tem mais jeito – suspirou pesadamente antes de se levantar.
Caminhou até a cozinha para poder olhar a comida que estava preparando (é melhorou muito desde a época e agora preparava pratos deliciosos), ainda não estava pronto. De repente, o interfone tocou, seu namorado estava subindo, por tanto foi direto para a sala.
- Não se preocupe meu filho – olhava diretamente para a sua barriga – Sei que tudo isso parece errado, mas é para o nosso bem, para o seu bem.
Foi então que a campainha tocou, caminhou até a porta e respirou profundamente algumas vezes antes de abri-la. Rony sorria para ela e trazia na mão um buquê de rosas brancas.
- Oi meu amor! – deu um selinho rápido nele e o deixou entrar no apartamento.
- Eu disse que estaria aqui cedo e cumpri a minha promessa – disse depois de algum tempo – Sai direto da loja para cá, quero dizer, antes eu passei na floricultura para comprar isso.
- Obrigada! – conjurou um vaso e colocou as flores lá dentro.
- O cheiro está muito bom! – sentou-se no sofá – O que é?
- Surpresa! - deu um sorriso maroto enquanto se sentava ao lado do ruivo e o abraçou – Quero que esse jantar seja muito especial.
- Então está bem! – concordou balançando a cabeça afirmativamente – Mas você sabe que eu sou muito curioso -, isso é maldade – fez cara de cachorro pidão.
- Eu conto – revirou os olhos – É carne assada.
- Que bom! – foi se aproximando dos lábios da morena – Espero que não demore muito, estou morrendo de fome.
- Você só pensa em comida Ronald! – também começou a provocá-lo.
- É claro que não começou a beijar todos os cantos do rosto de Hermione – Eu também penso muito em você.
Foram aprofundando o contato dos lábios e se deitaram lentamente no sofá, até que a mulher se separou e se levantou.
- Vou ver se a comida está pronta! – riu divertida caminhando para a porta da cozinha.
Em dez minutos os dois estavam sentados a mesa e jantavam sossegados, para acompanhar, abriram uma garrafa de vinho. Depois que acabaram a refeição, tomaram uma taça de sorvete de chocolate, em seguida foram conversar na sala.
- O que você queria tanto falar comigo hoje à noite – ele perguntou a abraçando um pouco mais – Você parecia tão nervosa naquela carta.
- Como você podia ter certeza de que estava nervosa? – ficou ligeiramente preocupada – naquele momento – Era uma carta, não estávamos conversando pessoalmente.
- Pela sua letra – explicou – Parecia que tinha escrito com bastante pressa, você só faz isso quando esta nervosa.
- Você esta certo! – começou a olhar para os próprios pés, não sabia como começaria a falar.
- Então me conta o que aconteceu – mexeu em um cacho de cabelo dela – Eu estou ficando preocupado.
- Tudo bem, eu conto! – respirou fundo várias vezes antes de encarar os olhos azuis do namorado – Eu estou grávida!
Rony ficou vários minutos em silêncio parecendo estar olhando um ponto fixo na parede. Um sorriso se formou em seus lábios, logo depois.
- Pensei que você tomasse poção? – perguntou sem retirar a expressão do rosto.
- Eu devo ter esquecido algum dia, costumava esquecer – explicou - Descobri alguns dias depois que voltei da França, mas não sabia como te contar isso, fiquei com medo da sua reação.
- Você não precisa ficar com medo – a acariciou no rosto – Eu te amo, e fiquei muito feliz com essa noticia.
Voltaram a se beijar, Hermione estava mais aliviada nesse momento, embora ainda sentisse um peso enorme na consciência por estar enganando o homem que ama. Quando o ruivo a colocar as mãos por baixo da ruiva dela, o fez parar.
- Acho melhor não Rony! – pediu ainda segurando a mão do namorado – Eu estou cansada, foi uma longa semana, tinha milhões de coisas me esperando voltar de viagem no ministério.
- Está bem meu amor! – deu um sorriso triste, mas pareceu aceitar – Acho melhor eu ir embora para casa.
- Espera! – o fez parar quando já estava perto da porta – Você pode dormir aqui, vou adorar a sua companhia.
Cerca de meia hora depois, os dois estavam deitados a cama da morena. Ela parecia estar quase dormindo, mas ele se aproximou mais e o abraçou pela cintura.
- Temos que contar para os nossos pais – começou fazendo com que ela se virasse para ele – Quando vamos fazer isso?
- Estava pensando em chamar os pais para almoçar aqui amanhã – disse – Podemos contar para a sua família no domingo lá na Toca.
- Eu acho uma ótima idéia – concordou – Nos dois.
- Mas e sua mãe perguntar se vamos nos casar? – parecia preocupada – Sabe que ela é doida para isso, você é o único filho que anda não se casou.
- Não precisamos nos casar exatamente – deu um sorriso maroto Não é isso que nos faria mais feliz.
- E o que você pretende fazer? – quis saber.
- Vamos morar juntos, como se estivéssemos casados, mas não estaremos –propôs de forma casual – Procuramos um apartamento e podemos nos mudar antes do bebê nascer.
- Acho uma ótima idéia! – o abraçou – Também concordo com tudo que você falou sobre casamento, não é o essencial.
Beijaram-se mais um pouco antes de dormirem. Era o começo de uma vida nova para os dois.
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