She loves you



Era uma noite de inverno, e na sala comunal da Grifinória, a lareira estava acesa, quase apagando, e uma garota de cabelos castanhos estava sentada em uma mesa, revendo seus trabalhos e lições, quando um ruivo chega, com uma vela na mão.
- Hermione, está tarde! – avisou Ronald Weasley – não é melhor você ir dormir? – perguntou ele, iluminando o rosto da garota com a luz da vela.
Hermione estava com os olhos vermelhos, grandes olheiras, um pijama quente, e o cabelo estava preso num coque frouxo.
- Ah, não... Eu preciso terminar de ler esses papéis aqui... – respondeu ela, bocejando.
- Você está com uma cara horrível!
- Nossa, obrigada, Ronald. - ironizou ela – E o que você está fazendo acordado?
- Vim beber água. E o que você está fazendo?
- Estou... Estou revisando uns trabalhos para me preparar para as provas semana que vem.
- Ah...
Eles ficaram em silêncio. Rony ficou mexendo nos pergaminhos cheios de anotações de Hermione, até achar um que chamar sua atenção.
Nele, estava escrito um poema, provavelmente trouxa, na caligrafia de Hermione.

             Amor é fogo que arde sem se ver
             É ferida que dói e não se sente
             É um contentamento descontente
             É dor que desatina sem doer.

             É um não querer mais que bem querer
             É um solitário andar entre a gente
             É nunca contentar-se de contente
             É cuidar que se ganha em se perder.
                                            Camões

Rony o leu uma, duas, três vezes.
Do lado do poema, havia um coração, com as letras H e R, e entre elas, um sinal de mais.
Ronald olhou para aquilo assustado.
Hermione gostava dele? Seria possível?
- Amor é fogo que arde sem se ver... – sussurrou ele
Hermione, que até então não havia desgrudado os olhos do livro, o olhou com os olhos brilhando.
- É ferida que dói e não se sente... – completou ela
- É um contentamento descontente...
- É dor que desatina sem doer... – falou Hermione deixando uma lágrima escorrer por seu rosto, e parecendo ter esquecido do estudo. – Como que você sabe..? Onde você pegou esse papel? – perguntou ela ficando séria de repente e mirando para o pedaço de pergaminho onde estava anotado o tal poema, e que Rony havia pego momentos atrás.
- Eu... Eu achei aqui por entre os papéis... – respondeu ele devolvendo o pergaminho è Hermione, que pegou rapidamente e voltou a estudar imediatamente, parecendo um pouco perturbada com o que acabara de acontecer.
Ronald havia ficado sem palavras e saiu, sem falar nada.
Estava subindo a escada para seu dormitório, porém parou na metade do caminho.
Hermione gostava dele.
Para que desperdiçar a chance da qual havia esperado a vida inteira?
Mas... E se aquilo fosse apenas um mal entendido?
Ele correria o risco.
Deu meia volta, e voltou para a mesa onde Hermione estava.
A morena não mudara de posição desde que ele saíra.
- Hermione? – chamou ele
Ela demorou um tempo para desviar os olhos cansados do livro.
- Sim? – perguntou ela
- Você... Você gosta de mim?
- Eu... Eu... – gaguejou ela – eu estava pensando sobre isso quando eu estava na aula de Herbologia, que, aliás, estava muito chata. Eu já sabia tudo que ela ensinou, já que eu já tinha visto no livro, que eu comprei antes de vir para Hogwarts, que eu adoro. É a melhor escola de Bruxaria do Mundo, pelo que eu vi em Hogwarts, Uma História. Também, com o Professor Dumbledore como diretor, que é o melhor bruxo de todos os tempos, e o único que dá medo em Você-sabe-quem, que tomara que esteja bem longe daqui, tipo no Japão, que, aliás, é um ótimo lugar e... – enrolava ela
- Hermione, resuma tudo isso e seja direta, por favor. – pediu Rony educadamente
A morena abaixou a cabeça e disse:
- Sim, eu gosto de você.
Ronald abriu um grande sorriso.
- Posso te contar um segredo? Eu também gosto de você. – falou ele, e em seguida a beijou.


‘O amor não tem definição, e talvez essa seja sua melhor definição.’










fim

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