Capítulo 1;



Capítulo 1 ;  The One.


           Sabe quando você sabe que tem muita gente em volta, falando alto, rindo e gritando, mas você não esta nem um pouco interessada em saber o que estão falando? Sabe, quando você esta no seu próprio mundo, quando você está perdida em pensamentos? É, naqueles momentos que a sua mãe diria que “o mundo pode cair” e você ainda não vai estar ouvindo. Então, era assim que eu estava naquele momento, e isso não é exatamente uma novidade. Eu vivia nesses momentos “eu e meus fones de ouvido, meus fones de ouvido e eu”, de preferência, no ultimo volume.
         Alguém me cumprimentou, e eu sorri automaticamente, sem ouvir o que ela falava, apenas vendo que seu olhar se dirigia a mim enquanto passava por mim nos corredores lotados e barulhentos da escola, mas graças aos fones, o barulho não existia pra mim. Só o que existia era a música vibrando em meus ouvidos, e era tudo o que precisava existir enquanto eu corria até meu armário. Eu não precisava olhar no relógio para ver que eu provavelmente estaria atrasada de novo, e que, com a minha sorte, a primeira minha aula hoje seria inglês, que fica exatamente no lado oposto da escola. Esse era um dos únicos problemas em estudar em um colégio tão grande. Mas era um problema desprezível, considerando a beleza do pátio nos dias de sol (que, graças a Deus, não eram raros).
      Cheguei ao meu armário um pouco mais cedo do que eu pensei que conseguiria, o que significava que eu não teria que correr para chegar a aula. O abri rapidamente, deixando lá dentro o que eu não precisaria para as primeira aulas e fechei a porta. Levei um susto ao ver que Martin estava ali, apoiado displicentemente no armário do vizinho. Com o volume dos fones, eu nem o ouvi se aproximando. Ele sorria pra mim, e eu me perguntei a quanto tempo ele estaria ali e se eu tinha feito alguma dancinha ridícula nesse período. É, provavelmente tinha!
      - Oi. – falei, sorrindo também, e tirando um dos fones para poder ouvi-lo.
      - Oi. – ele apontou para meus fones, com um olhar de leve reprovação. - Você ainda vai ficar surda dessa forma.
      - Ta bom, mãe. – Revirei meus olhos, começando a caminhar para a minha sala com ele ao meu lado.
      - Então, você vai estar no Bait Shop mais tarde? – Mesmo sabendo que é uma pergunta totalmente casual, que ele faria a qualquer amiga, meu coração saiu do ritmo. Odeio quando eu faço isso. Odeio, odeio, odeio, mas é totalmente inconsciente.
     - Não sei, eu ainda estou pensando – tentei manter minha voz leve. - Por quê?
     - Eu tenho que te apresentar alguém. – Concentra, não perde o foco, mantém a cabeça no lugar, ele não sabe que isso dói em você. Ele não faz idéia!
      - Ah é? – droga, a minha falta de animação vai me denunciar. Sorte que Martin não é exatamente uma pessoa atenta. – Ta bom, eu estarei lá. – falei, com um surto totalmente falso de alegria, na porta da minha sala. Até que eu tinha conseguido chegar razoavelmente cedo.
      - Ok, te vejo depois então. – ele falou, dando um beijo na minha bochecha e caminhando até a sua sala. – Quer que eu te espere? Posso te deixar em casa. – ele falou, virando-se para trás quando já estava um pouco mais longe.
      - Não, obrigada... eu acho que eu quero caminhar hoje. – disse, com um ar casual. Ele só deu uma piscadinha, e voltou a andar, quase tropeçando em uma menina do primeiro ano que passava por ali, e que ficou imediatamente vermelha pimentão. Parou para certificar-se de que ela estava bem e inteira, antes de mostrar-lhe seu melhor sorriso e sair, deixando-a sem palavras e me fazendo rir.
      Ele sabia do que fazia com as meninas dessa escola, e sempre se aproveitava disso. Eu tinha sorte em te-lo sempre por perto, em ser sua melhor amiga, e ser sua vizinha. Eu sabia que muitas das meninas da Sunnydale High me odiava pelos abraços que ele me dava no meio do corredor, ou por sempre chegar comigo na escola. Mas eu também sabia que isso nunca seria o suficiente para mim. Eu sabia que nunca passaríamos disso, de beijos e abraços como amigos, de risadas e piadinhas, de confissões... Mas esses abraços, essas risadas, eram a única coisa que ainda me consolavam do fato de que ele estava com alguém, e esse alguém não era eu. Saber que eu ainda era importante o suficiente na vida dele para ele querer me apresentar esse tal ‘alguém’.


           Enquanto eu caminhava pra casa dessa vez, tive que manter meu iPod nas mãos, mudando de música de forma quase descontrolada. Não queria nenhuma música que me fizesse parar para pensar, só queria manter meu cérebro ocupado para que ele não começasse a entender o que havia acontecido logo mais cedo. Eu tinha sobrevivido durante todo o dia sem deixar isso muito estampado em minha cara, tinha conseguido disfarçar para meus amigos, tinha me mantido “ali”, sem viajar em pensamentos durante toda a tarde, e tinha conseguido fingir um sorriso quando Martin passou por mim em um dos corredores, mas eu sabia que não conseguiria permanecer tão bem por muito mais tempo. Mesmo sem querer, eu estranhava a demora para a fixa começar a cair. Por mais ‘calejado’ que meu coração estivesse, eu sabia que iria doer.


      Havia uma nova mensagem dele no meu e-mail, e de novo, inconscientemente meu coração deu um salto, e eu sorri ao ler. “Só pra te lembrar que eu te amo. M”, dizia a mensagem. Ele não sabia o quanto aquilo acabava me machucando. Ele não tinha a menor idéia, e eu sabia disso. “Como se eu fosse esquecer” respondi. E ele respondeu quase imediatamente “Bom mesmo. Ta ocupada?”. Eu tinha algumas tarefas a fazer, mas queria passar um tempo com ele, ao mesmo tempo. Acho que estava na hora de me aproveitar das utilidades em ter um melhor amigo no ultimo ano. “Tarefa de calculo. Ta afim?” mandei, e fiquei por ali, esperando a resposta, que não demorou muito. “Parece tentador. Vá abrir a porta”. Mal eu fechei a janela do computador e pude ouvir a campainha tocando, e minha mãe conversando com ele, enquanto ele puxava seu saco, dizendo como seu cabelo estava bonito ou qualquer coisa assim. E isso que eu já tinha pedido pra ele não fazer muito isso, por que depois eu tinha que ouvir minha mãe me dizendo como ele era um bom candidato a namorado e tudo o mais. Como se eu já não soubesse...


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Oie, então. Isso não é exatamente uma fanfic, por que os personagens não existem de verdade e coisa e tal, mas eu estava entediada em casa, ouvindo musica e pensando na vida, e resolvi escrever. A "Sunnydale High" é a escola da Buffy, a caça-vampiros (velho bagarai), e tentem imagina-la como a escola de 90210, sabe? Meu sonho sempre foi estudar lá. E sim, Bait Shop, que nem em The OC. Eu preciso parar de assistir tanta televisão, my god! ASDSHDUAHIDUSH E... eu vou tentar não ser muito emo nessa história, e prometo que ela vai ser fofinha. Eu espero, de coração, que vocês gostem. E se possivel, deixa um comentário, só pra eu não me sentir tentada a correr para o banheiro chorar e cortar meus pulsos vai :~ IUHASDUAHDUISAHDSAIUDHSAD Vou parar por aqui antes que fale merda demais e assuste os leitores. Beijos, xuxus :*

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