Agradável reencontro
Capitulo I: Agradável reencontro.
Era a primeira vez que ela atirava água em alguém. Principalmente num homem nu. Mais ainda, em sua cama! E aquele imitador barato da Cachinhos Dourados era nada mais nada menos do que Draco Malfoy.
Fazia meses que não sorria, mas foi impossível se manter séria numa situação como aquela. Por outro lado, a malícia não era uma de suas características mais marcantes, pelo menos, não até conhecer Draco realmente. Ele lhe ensinara a não se enganar com as pessoas e não deixa-las lhe fazer de idiota, e ela como um bom aprendiz aprendera a lição.
- Ele está merecendo um castigo. Pensou. – mas a final, o que fazia em sua casa? Teria... Descoberto?
Malfoy se moveu e ela se sentiu congelar. Depois o ouviu murmurar, sonolento:
- Maria, por favor...
A surpresa e a raiva invadiram-na e teve vontade de gritar. O mistério estava explicado. Ele entrara em sua casa que deveria estar desocupada, já que a alugara com um mês de antecedência. Tirara os lençóis de cima dos moveis e se instalara. Também estava explicado o susto que tomara quando uma mulher loura viera em sua direção, no momento em que manobrava o carro para entrar na garagem.
- Que crápula! Trouxe uma mulher para minha casa e dormiu com ela em minha cama! – esbravejou.
E ter de suportar essa afronta depois de tudo que ele e sua família já lhe aprontaram. Ainda mais agora...
Não estava ali porque queria estar. Aquele local representava mais uma mentira em sua vida, representava tudo o que vivera com Draco. Mas isso não tinha mais importância. Sua promessa vinha em primeiro lugar. E protege-la dele era essencial.
Os olhos azuis de Virginia percorreram, mais uma vez, o físico perfeito. Ele continuava atraente. Até mesmo ela que o detestava com todas as forças não era imune a seu magnetismo. Segundo O Pasquim: “O magnetismo de Draco Malfoy tinha o poder de seduzir todas as mulheres do mundo”.
- não é pra tanto. A ruiva tentou se convencer.
Especialmente naquele dia o destino resolvera molda-lo como resposta ao sonho de cada mulher e o colocara em posição estratégica, sobre lençóis de linho verde como se estivesse posando para alguma revista.
À luz que infiltrava pelas venezianas viam-se as gotículas de suor brilhando ao longo da coluna do rapaz.
De repente, o corpo se moveu quase que imperceptivelmente como se estivesse mergulhado em algum sonho erótico. Ela pestanejou. Precisava se afastar. Seus olhos não poderiam continuar fixos naquele homem estonteante.
- por onde quer que eu vá você estraga minha vida. Falou consigo mesma. Muito bem Cachinhos Dourado- ela se decidiu- Hora de levantar!
Antes, porém, que despejasse a água, um de seus pulsos foi preso pela mão grande e forte de Draco que ainda não havia acordado de todo.
- Merlyn! – a pressão no pulso de Gina aumentou. Se você insiste em mencionar um personagem de histórias infantis para trouxas idiotas dormirem, quero apresentar-me como o meu favorito: o Lobo Mau, e não gosto de ficar molhado. Portanto, se não quiser se arrepender, meu conselho é guardar essa jarra.
O coração de Gina disparou no peito, mas ela não se alterou:
- Me espanta você conhecer alguma história trouxa, Malfoy. Não é você que os odeia.
- Acredite, eu os odeio, entretanto se não me falha a memória existiu um momento em minha vida em que para dormir com você eu precisei fazer alguns esforços. Você se derretia com essas bobagens.
Com o aumento do ritmo de sua pulsação, como sempre ocorria quando Malfoy estava por perto, Gina sentiu que corava. Havia algo com aquele homem. Nenhum outro acelerava sua adrenalina como ele. E era por estar ciente disso que ela sempre fugia dele.
- ok. Recompôs-se. – lobo ou não, você esta dormindo na minha cama - ela despejou um pouco de água num copo, como se fosse essa sua intenção durante todo o tempo.
Cínico como sempre, Draco se ergueu sobre um cotovelo.
- Sua cama? Ele repetiu. – Acho que não. Um de meus ancestrais a comprou de um capitão francês em 1789. Pelo que sei, esta suíte é a máster. A suíte dos homens da casa.
- queridinho, o seu pai vendeu esta casa logo depois da guerra, lembra? Quando ele estava falindo? Atacou a mulher.
- o que não significa que ela em pouco tempo não será minha de novo, Ruiva.
- Não me chame assim.
- por quê? São muitas as recordações?
Desconcertada, tentou mudar de assunto:
- o que esta fazendo aqui?
- eu já lhe disse. Vim recuperar o que é meu. Disse decidido.
- Mas, enquanto isso, a casa esta alugada para mim. E você pode ir embora.
- Ah, você quer que eu saia? Perguntou com um belo sorriso. Está bem.
Draco pôs um pé fora do colchão e fez menção de se levantar.
- NÃO! SIM! Não agora – ela respondeu. – não gosto de vê-lo com roupa, quanto mais sem. Vou deixá-lo sozinho e quando voltar espero que tenha saído não só desse quarto mas também da casa. E da ilha, se possível.
- creio que não será dessa forma. Eu também aluguei essa casa, há um mês atrás. E não vou sair daqui de maneira alguma.
- isso não ta acontecendo. Resmungou a mulher.
- de alguma forma acho que o dono da mansão ainda se lembra de nós dois juntos e deve ter cometido um grande engano. Mas não fique preocupada. Deve haver uma pensãozinha desocupada.
- não tem. É final de ano e todas estão ocupadas, Malfoy.
- acho que você já esta acostumada com a rua. Não terá diferença do lugar onde você cresceu.
- GINA! GINA! Uma voz familiarmente conhecida sobressaltou aos dois. – aonde você esta que não vem me ajudar a arrumar as coisas. Eu ainda quero conhecer a famosa Ilha Madeira, você disse que ela era tão... – A mulher assustou-se ao adentrar no quarto e deparar-se com Draco Malfoy.
Esse, por sua vez, também se assustou ao ver que sua cunhada estava com a barriga de uma mulher que tinha engolido uma melancia inteira. (nessa história Blaize é irmão de Draco pois Narcisa se casou com o pai do Blaize) .
- o que você esta fazendo aqui, Luna? Você tem noção de como esta deixando Blaize louco de preocupação?
Fim do Capitulo I
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