Who feels love?



Se minha querida avó soubesse o quão útil a influência que ela tem em Hogwarts foi para mim naquele dia... Passar mais algumas horas com Pat, longe de Robert, mesmo que sob a vigilância e o desvio de atenção de Pat de mim para os bolinhos que ela havia feito, foi perfeito. Naquele momento eu sabia que havíamos resgatado não só aquele sentimento maluco que sentíamos um pelo outro como nossa óbvia amizade e companheirismo. Toda a magia estava lá novamente. Eu estava feliz.


Meu baralho nos deixou entretidos por bastante tempo.


- Full House. – Disse finalizando o jogo. E ganhando mais uma vez.


- Sofia, você sabe o que dizem não é mesmo? – Pat colocou as cartas na mesa.


- Não, eu não sei. O que dizem?


- Sorte no jogo, azar no amor. – Ele me disse


- É, eu não tenho dúvida alguma sobre isso. Se alguém quiser defender uma tese sobre essa teoria, podem me usar de exemplo. – Respondi.


Ele sorriu para mim. Eu sorri de volta. Eu não precisava de mais nada além do meu melhor amigo. Mas ele não era só meu amigo e no atual momento eu queria pular em cima dele e arrancar a roupa dele. Mas e se isso tudo passasse e eu perdesse meu melhor amigo?


Será que eu estava surtando? Ou que eu havia surtado quando achei que eu precisava era dele. Ele é meu melhor amigo e está bom assim. Para que complicar?


Porque ele não é só meu melhor amigo.


- Sofia? Você está bem? – Pat me perguntou.


- O que?


- Você estava aérea. O que tecnicamente não é uma novidade, mas eu resolvi te chamar porque você não respondeu minha pergunta. – Ele me disse.


- Eu não ouvi. – Eu respondi mudando completamente a minha postura. Eu estava confusa. Eu odiava ficar confusa.


- Você quer ir lá para casa ver filmes? – Ele me perguntou.


- Faz o seguinte: Você vai e assim que eu tomar banho eu vou. – Eu disse sorrindo e tentando disfarçar.


- Certo. – Ele se levantou. – Leve os biscoitos que sobrarem? – Ele perguntou com uma carinha extremamente fofa.


- Claro, seu gordinho! – Eu disse.


Pat olhou para mim e sorriu. Eu sorri de volta em resposta e, enquanto ele caminhava para fora da minha casa eu mergulhava em meus pensamentos.


Eu o amava, eu sabia disso.


E eu estava mudando, indo embora. Claro que ia mudar, tudo ia mudar.


Tudo vai desmoronar e só o que eu vou ter serão memórias. Eu estarei lá sozinha ele estará em Hogwarts rodeado de meninas fazendo todas as vontades dele.


Eu temia que nossa amizade fosse esfriar e eu precisava de algo que o prendesse a mim, eu precisava de mais memórias, de memórias mais fortes, daquelas marcas permanentes na alma.


Resumindo? Eu tinha que perder minha virgindade com ele.
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Queridos leitores, vou sumir por um tempo, não me matem por isso! Esse capítulo é muito curtinho, eu sei, mas eu prometo que, até a primeira semana de janeiro o próximo capítulo está pronto!
Enquanto isso... Comentem!
Feliz natal e próspero ano novo!

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