Capitulo 22



Era um pouco mais de onze horas quando Gina cruzou a ponte Vauxhall, próxima a casa do pai de Harry. No número indicado não havia sinal de vida e Gina sentiu um calafrio ao imaginar que o endereço dado por Vincent podia estar errado. E se tudo não passasse de um truque de Harry?


 


Já estava a ponto de virar as costas e ir embora, quando a porta se abriu e apareceu um senhor de idade, que olhou desconfiado para Gina. Depois de hesitar um pouco, se aproximou dela.


 


— Posso ajudá-la?


 


A voz era forte e agradável, e num impulso Gina abriu a porta do carro e desceu.


 


— O senhor deve ser... o pai de Harry. Eu... ah... sou Gina.


 


As feições do homem se iluminaram de alegria e alívio, como se até aquele momento ele não acreditasse que ela fosse lá.


 


— Gina! – exclamou, estendendo a mão com verdadeira satisfação. — O jovem Malfoy falou com você?


 


— Falou. Conversei com Vincent hoje de manhã. Eu... onde está  Harry? Posso falar com ele?


 


— É para isso que você está aqui, não é? Só que ele ainda não se levantou. Eu...bem... eu ia comprar alguma coisa para o almoço. Você almoça conosco?


 


— Não sei... – Gina olhou para a janela fechada. — Depois que conversar com Harry...


 


— Só vai poder falar com ele depois do almoço – explicou o pai, meio sem graça. — Sabe como é... ele não gosta de ser acordado e... – o velho falava como quem pede desculpas, e Gina ficou indignada.


 


— Ele passa a manhã inteira na cama? – exclamou, perplexa, e o homem suspirou.


 


— Acho que ele não tem motivos para sair da cama. Mas assim que eu voltar...


 


— Não se preocupe, eu me encarrego disso – declarou Gina, firme. A porta está aberta... posso entrar?


 


— Bem, pode, mas...


 


— Obrigada.


 


Gina sorriu, confiante, e entrou. Do vestíbulo mal iluminado saiam várias portas e uma escada que levava ao andar de cima. Gina imaginou que Harry devia estar em cima e decidiu não perder tempo. De repente toda a sua confiança começou a fraquejar. Dizer a si mesma que Harry precisava dela era uma coisa, mas chegar na casa dele sem ser convidada era outra bem diferente. E se ele não quisesse falar com ela? Como ia fazer para convencê-lo de que nada mais importava a não ser ficar ao lado dele?


 


Havia dois quartos no primeiro andar. Um deles, que dava para a rua estava desocupado. O segundo era o de Harry. Assim que abriu a porta, sentiu o impacto do cheiro forte de álcool que exalava das garrafas espalhadas em volta da cama. Não era de admirar que dormisse até meio-dia. Devia estar praticamente inconsciente.


 


A cortina estava fechada, mas como o dia estava ensolarado uma luz dourada enchia o quarto. Gina foi direto para a janela a procura de um pouco de ar. Sentiu um mal-estar repentino quando passou junto da cama de Harry e viu a figura encolhida e descomposta. Mas não importava a aparência dele, continuava sendo o homem que ela amava, e a visão do corpo musculoso, só levemente coberto por um lençol, perturbou os sentidos de Gina. Num impulso de carinho, tocou de leve o rosto sem barbear.


 


Ele se mexeu. Provavelmente os efeitos do álcool estavam começando a passar e ele piscou, fez uma careta e protestou:


 


— Já disse ao senhor para não me acordar, papai – resmungou, encobrindo o rosto com o braço e virando na cama. — Que horas são? Não consigo ver o relógio.


 


— Onze e meia – respondeu Gina em voz baixa. Imediatamente ele levantou o braço e olhou para ela, incrédulo e envergonhado. Como se não suportasse ser visto naquele estado, virou de bruços e disse com raiva:


 


— Quem deixou você entrar?


 


— Eu encontrei seu pai lá fora. Ele me disse que você estava aqui.


 


— Ele não tinha o direito de fazer isso – protestou, irritado. — Saia daqui, Gina. Pelo menos espere até eu me vestir.


 


— Não estou impedindo você de se vestir, estou? – arriscou com voz trêmula, e ele tornou a ficar de costas para olhar para ela.


 


— Vá para casa, mocinha – aconselhou, puxando o lençol até o pescoço. — Não sei dizer qual é o seu jogo, mas se acha que pode vir aqui para me dizer coisas como essa está muito enganada.


 


Gina deu de ombros, fingindo uma tranqüilidade que estava longe de sentir. Foi até a janela e abriu a cortina, deixando entrar a luz do sol. Harry soltou um gemido de protesto, como se a luz fosse dolorosa para os olhos dele, e Gina tornou a fechar a cortina. Depois voltou para perto da cama e encarou-o com firmeza.


 


— Quem disse onde eu estava? – ele perguntou, rolando para o lado e se apoiando no cotovelo. — Deus, preciso de um drinque!


 


— Não, não precisa. — A reação de Gina foi automática. Decidida, foi até o criado mudo e pegou a única garrafa onde ainda havia alguma bebida. Ia se afastar, mas ele a agarrou pela saia e puxou-a para a cama. Puxou a garrafa com raiva e tomou um gole demorado.


 


— Muito bem, por que você veio me ver assim nesse estado? – perguntou, agressivo.


 


Gina deu um gemido e sentou-se na cama ao lado dele.


 


— Vim porque tive vontade. Eu... eu amo você. Respirou fundo, olhando para ele com adoração.


 


Harry se levantou e deu uma risada de desprezo.


 


— Você não sabe o que está dizendo. Você vai se casar com o Malfoy. Vincent me disse...


 


— Vincent não sabe de nada – sussurrou, suave. — Terminei o noivado com Draco há três dias!


 


— No dia seguinte... assim que vim embora? – calou-se, ansioso. — Então por que não me disse nada, santo Deus?


 


— Eu... – Gina baixou os olhos — Eu não sabia onde você estava. Não sabia qual seria sua reação.


 


— Não sabia? – repetiu, sem acreditar. Depois, percebendo que se encontrava num estado lamentável, passou a mão nervosamente pelo cabelo. — Preciso tomar um banho. Se você sair daqui, vou tomar um banho e fazer a barba. Depois conversamos.


 


— Não podemos conversar agora?  - Gina olhou para ele, ansiosa, com medo de não conseguir convencê-lo.


 


— Não, comigo neste estado. Papai não devia ter deixado você entrar.


 


— Por que não? Ele até me convidou para almoçar...


 


— Convidou mesmo? – Harry deu um sorriso irônico. — Quanta honra! Ele geralmente não gosta de minhas namoradas.


 


— Namoradas? – repetiu Gina, enciumada. — Costuma trazer suas namoradas aqui?


 


— O que você acha? – sentou-se na cama, as pernas cruzadas, o braço apoiado no joelho.


 


— Como é que eu posso saber? – respondeu, magoada, e Harry deu um suspiro.


 


— Quer me dar licença de vestir uma roupa? – perguntou, apontando para o lençol, sua única proteção. — Prometo que vamos conversar quando eu estiver mais apresentável.


 


— Você vai agüentar esperar? – Gina se levantou da cama, ofendida. — Você está muito frio, não acha? Não sou tão ingênua quanto você pensa! – protestou, indignada. — Sei muito bem como é o corpo de um homem. — Virou as costas para a porta, decidida.


 


Mas antes que desse três passos, Harry a agarrou pela cintura e abraçou-a com força, eliminando todas as suspeitas de Gina a respeito da frieza dele.


 


— Gina – gemeu junto do ouvido dela, acariciando os seios palpitantes. — Vamos fazer as coisas do jeito que deve ser. Primeiro vou tomar um banho, fazer a barba, vestir uma roupa limpa, depois então vou fazer amor com você...


 


— Pois eu acho que esse é o jeito errado. O normal não é tirar a roupa para se fazer amor?


 


— Querida, se papai não fosse chegar a qualquer momento, levaria você para o banho comigo - murmurou, excitado. — Mas assim


 


Com esforço, afastou-se dela e foi até a cômoda pegar roupa limpa. Sabia que os olhos de Gina estavam presos a seu corpo, mas resistiu a tentação silenciosa. Daí a pouco ela ouviu o barulho de água corrente no banheiro.


 


Parada na frente do espelho, Gina não acreditou que a imagem refletida fosse a dela. Que diferença entre essa e a outra imagem que viu de manhã, em King’s Green, tão pálida e sem vida! Seus lábios se abriam, antecipando o momento em que teria a boca de Harry e seus olhos brilhavam de excitação. Sentia um vazio que só ele podia preencher.


 


Estava tão envolvida nos próprios sentimentos, que levou um susto quando notou o pai de Harry parado na porta, com um sorriso compreensivo nos lábios.


 


— Então ele já está de pé?


 


— Está – Gina se afastou do espelho, envergonhada. — Está tomando um banho.


 


— Graças a Deus! Você deve fazer bem a ele. Há dias em que Harry e a água não se vêem. Por não desce para esperar? Ele não vai evaporar durante o banho.


 


— Está bem. – Gina hesitou. — O senhor não se importa por eu ter vindo, não é?


 


Desceram juntos e Tiago Potter levou-a até a cozinha iluminada.


 


— Fiquei aliviado quando Vincent me disse que conhecia você. Antes disso, eu estava perdido, sem saber quem era Gina.


 


— Foi bom Vincent ter me telefonado. Estava tão preocupada, sem notícias...


 


— Preocupada? – Tiago se mostrou um pouco surpreso. — Mas entendi Vincent dizer que... que você ia se casar com o irmão dele. É verdade?


 


— Era – respondeu, trêmula. — Até que conheci Harry. Ai fiquei sem saber o que fazer.


 


Tiago sorriu e começou a preparar o almoço. Parecia muito hábil nos serviços domésticos, e Gina se perguntou se ele não sentiria falta de Harry.


 


— Vive sozinho, sr. Potter?


 


— Desde que a mãe de Harry morreu, sim.


 


— E nunca... – Gina hesitou — nunca pensou em se mudar daqui?


 


— Mudar? Mudar para onde?


 


— Bem... – ficou embaraçada. — O senhor nunca pensou... em ter um apartamento...


 


— Num asilo, você quer dizer? – Gina ficou assustada com a hostilidade do velho. — Não preciso de uma enfermeira atrás de mim o tempo todo. Tenho telefone e bons vizinhos e não preciso de mais que isso.


 


— Claro, mas não foi isso...


 


Tiago pareceu cair em si, percebendo que tinha sido agressivo demais.


 


— Eu sei, eu sei – resmungou. — Você teve boa intenção. Harry também tem boas intenções. Ele está sempre me dizendo que quer me arranjar um lugar menor, com um jardim maior, mas acontece que sou feliz aqui. Está é minha casa, e é aqui que vou ficar.


 


— Teimoso o velho, não, Gina?


 


A voz divertida de Harry veio interromper a discussão. Gina olhou para ele, ansiosa. A não ser pelas olheiras, não havia mais sinal dos excessos dos últimos dias. Estava mais atraente que nunca, e o coração de Gina saltou no peito ao ver o desejo nos olhos dele. Ela também o desejava, mas a presença do pai dele impedia qualquer demonstração mais efusiva.


 


— Gina e eu estamos começando a nos conhecer – desculpou-se Tiago, olhando para Harry com satisfação. — Agora está com cara de gente, Harry.


 


— A honestidade é uma das qualidades dele – brincou Harry, aproximando-se de Gina. —  Como você, ele conhece minhas fraquezas.


 


Gina ficou vermelha e, antes que pudesse protestar, estava nos braços de Harry, lábios nos lábios, quase sem fôlego.


 


— Há muito tempo que espero por isso – murmurou ele. Nenhum dos dois queria se afastar, mas a presença do velho impedia carícias mais intimas.


 


 — Vocês dois querem comer alguma coisa? Ou já estão satisfeitos?


 


— Vou levar Gina para almoçar – disse Harry, envolvendo a cintura dela, possessivo. — Nós... precisamos ficar a sos um pouco, mas voltamos para casa mais tarde.


 


— Logo imaginei que meu feijão não ia agradar vocês – disse Tiago, malicioso. Gina ia protestar, mas ele esclareceu. — Estou brincando, menina.


 


Entraram no carro, e foram para a padaria mais próxima. Harry entrou sozinho e voltou daí a pouco com pão, queijo e vinho tinto.


 


— Eu, você... entre as árvores – brincou Harry, fingindo-se de poeta.


 


Gina sentiu o olhar suave e sorriu.


 


Harry a levou para o campo, um lugar tranqüilo e cheio de paz, onde algumas vacas pastavam junto de um regato cristalino. Escolheram um cantinho romântico sob um carvalho copado, rodeado de grama macia.


 


— Que beleza! – Gina se estendeu na grama e abriu os braços, maravilhada com a beleza do céu.


 


—Santo Deus, como eu amo você – sussurrou Harry, tomando o rosto dela entre as mãos e pousando os lábios sobre os dela.


 


Gina não ofereceu resistência. Abraçou-o numa entrega total, certa que o peso do corpo dele era o único estimulante de que precisava. Desejava-o, desejava-o com todo o seu ser, e abriu os lábios num convite mudo.


 


A intimidade do abraço fazia o sangue de Gina ferver, despertando todo o seu instinto de mulher. Não queria pensar no que estava fazendo. Naquele momento era toda sensação, e sabia intuitivamente como dar prazer a Harry.


 


— Gina... – ele gemeu perto do ouvido dela, enfiando a mão por baixo da blusa de seda e acariciando as costas macias. — Isso não está certo. Estou tentando manter a cabeça no lugar, mas você não me ajuda!


 


— Não tente – murmurou baixinho, acariciando as costas dele e arqueando o corpo para poder senti-lo melhor.


 


Mas Harry fez um esforço sobre-humano e se afastou dela.


 


— Harry...


 


Magoada com a rejeição, Gina se ajoelhou e olhou para ele com tristeza. O que será que estava acontecendo? Será que ele não a queria mais?


 


— Harry – insistiu, tocando o braço dele. — Harry, você não me quer mais? Eu... não espero nenhuma ... promessa de você. Se... você me quer...


 


— Se eu quero você? Você é tudo o que eu quero, Gina. Agora. Sempre.


 


— Então...


 


— Fiz uma promessa a mim mesmo. Que se eu tivesse outra chance, não estragaria tudo outra vez.


 


— Não estou entendendo... – Gina o olhou, perplexa.


 


— Gina, escute! – ele abaixou a cabeça, tomou as mãos dela com ternura e beijou cada uma longamente. — Naquela noite... naquela maldita noite, eu... oh, Deus! Eu desejava você, Gina, e quando você começou a falar de casamento, acho que perdi o controle. Parecia uma bobagem tão grande comparada com o que eu sentia. Queria que você me desejasse da mesma maneira.


 


— Eu desejava! Eu desejo! – exclamou num impulso, mas ele cobriu os lábios dela com a mão.


 


— Acho que vivi muito tempo entre as pessoas que não se importam com os compromissos, que vivem o momento e não querem saber do futuro. Achei que eu também podia viver assim, mas desde que pus os olhos em você percebi que tinha que escolher.


 


— Não precisa me dizer essas coisas, Harry – implorou Gina. — Sinceramente, eu... não me importo. Eu o amo e quero estar com você. Enquanto você me quiser.


 


— E seu eu a quiser para a vida toda?


 


— Assim está bem.


 


— Mas não para mim. Nestes últimos dias percebi que não suportaria ficar longe de você, sem saber com quem está ou quem está olhando para você. Pode parecer estranho, mas agora sou eu que quero uma aliança no seu dedo e a proteção que ela vai me dar. E, depois... eu quero filhos... filhos seus e meus. E não quero que meus filhos cresçam sem saber que é o pai.


 


— Harry! Tem certeza?


 


— Mais que nunca. Pode perguntar a papai. Ele nunca me viu assim. E, se Deus quiser, não vai ver outra vez!


 


— Não acredito... – Gina sacudiu a cabeça.


 


— É melhor acreditar. Assim que o livro estiver terminado, nós vamos para os Estados Unidos, e depois... que tal o Havaí? Gostaria de passar a lua-de-mel no Havaí?


 


— Seria o paraíso – murmurou, embevecida, tremendo ao sentir os lábios dele passarem de leve pelo seu ombro.


 


— Ótimo. – tornou a se afastar. — Está com fome?


 


— Só de você. – abraçou-o e comprimiu-se com força contra o peito dele. — Harry, estou sentindo um vazio... aqui.


 


— Gina...


 


Harry tentou protestar, mas os lábios úmidos e entreabertos foram mais do que ele podia suportar. Empurrou-a para a grama e se deitou sobre Gina, deixando que sentisse toda a urgência do seu corpo. Toda ela era um convite.


 


— Tem certeza? – perguntou Harry, enquanto ela tirava a camisa dele.


 


— Tenho. Eu quero você – gemeu, pronta para a entrega, e Harry tomou o que era definitivamente dele.


 


Até o instante da posse completa, Gina não tinha noção da beleza do que seus sentidos pediam. Apesar das narrativas de Hermione, vários capítulos ainda não haviam ficado inexplorados. Estava preparada para um desapontamento, ao menos na primeira vez, mas o que aconteceu foi bem mais do que as expectativas.


 


A dor que esperava foi logo superada pelo intenso prazer físico da posse, seguido de uma sensação de profunda doçura e completo abandono. Sentia a boca de Harry explorando sua orelha, o pescoço, os lábios, e conheceu emoções que nunca pensou que existissem. Agitava-se , sensual, amando cada pedaço do corpo que a cobria.


 


Mais tarde, como depois de toda explosão, veio a calma, a fraqueza,  a doce letargia. Saciada e satisfeita, continuou com os braços em volta dele, corpos unidos, gozando as carícias leves como quem alcança a paz depois da tempestade.


 


— Machuquei você? – ele sussurrou, relutando em se afastar, e ela sorriu com doçura.


 


— Você me deu prazer – respondeu, tímida. — Não estou mais sentindo dor.


 


— Vai sentir... – tornou a beijá-la antes de rolar para a grama.


 


Comeram o pão, o queijo e tomaram o vinho, alegres como crianças. Depois ficaram um longo tempo estendidos na grama verde.


 


— Precisamos fazer isso outra vez – brincou Gina, provocante, e ele tornou a abraçá-la.


 


— E se aparecer alguém? – perguntou com a cabeça entre os seios de Gina, mas ela só suspirou.


 


— Não vai aparecer ninguém. Este lugar é nosso e...


 


— E?


 


— E eu amo você, Harry. Muito. Você vai voltar para King’s Green, não vai?


 


— Eu vou comprar King’s Green – afirmou com doçura.


 


— Comprar? – os olhos dela brilharam de felicidade.


 


— Claro! Meu trabalho tem rendido muito mais desde que me mudei para lá... E, depois, a idéia de manter a propriedade na família me agrada.


 


— Oh, Harry...


 


E Harry selou com um longo beijo a promessa.


 


 


 


 


 


 


FIM


 


 


 


Apesar de quase ninguém estar comentando eu continuo postando :/


Agradecimentos especiais á Ana Eulina :D


Obrigado aos 130 votos e aos 34 comentarios *---*


 


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