Dia Harry Potter



Haviam se passado cinco anos do dia, ou da noite, que Harry derrotou Lord Voldemort. Era o dia que Harry tinha mais medo em cada ano, mas mesmo assim, era um dia que se sentia agradecido por estar vivo e por estar vivendo a vida que sempre sonhou. Vinte e quatro de junho agora, era oficialmente um feriado bruxo que a maioria das pessoas sonharam em ter. Haviam festas, muitas bebidas envolvidas, churrascos e fogos. O nome desse vinte e quatro de junho era “Dia Harry Potter”.

Harry Potter encolheu-se enquanto tomava outro gole de sua cerveja e casualmente empurrou-se forte para a varanda com seus pés. Isso parecia tão surreal para ele. Pessoas celebrando e ficando bêbadas no pior dia de sua vida. Não culpava ninguém, ele provavelmente aproveitaria da mesma maneira se fosse um bruxo ordinário que não teria sofrido o tanto que ele sofreu.

Harry nunca celebrou como os outros bruxos. Ele sempre ia para sua varanda, bebia uma cerveja enquanto esperava que o dia fosse oficialmente terminado. Sempre esperava até meia noite para ir dormir, coisa que sempre fazia. Perdia a noite pensando em todos que perderam na batalha e rezava para os seus amados que continuavam vivos.

Mas mais ainda, ele pensava em Ron Weasley, seu melhor amigo. Sua morte foi uma tragédia. Esse fato acabou com ele. Era injusto que seu primeiro amigo fora tirado tão abruptamente dele. Hermione sofreu muito ao lado dele....literalmente. Depois da guerra, eles nunca ficaram separados, Harry se sentia confortável ao lado de Hermione.

Na noite que Harry foi liberado da enfermaria, ele e Hermione retornaram para o Salão Comunal da Grifinória. Sentaram-se juntos em silêncio por algum tempo quando Hermione finalmente não resistiu. Seus ombros começaram a tremer enquanto ela escondia seu rosto em suas mãos, seus soluços aumentavam cada vez mais. Harry envolveu seus braços em volta dela, puxando-a para perto enquanto suas lágrimas finalmente caíam sobre suas bochechas.

Depois daquela noite ele dificilmente deixou o lado da morena. No funeral eles não se separaram, sempre segurando as mãos um do outro como se estivessem com medo que se se separassem iam se perder. Harry sempre esteve perto de Hermione, mas depois da morte de Ron, os dois se compromissaram de um jeito que ninguém conseguia descrever. Ela era tudo o que ele tinha deixado. Ela era sua família agora e ele prometeu para Ron aquele dia no funeral que ia tomar conta dela.

Cinco anos depois, ele teve esperanças em pensar que cumprira com a promessa, tendo certeza que tomava conta dela em todos os sentidos. Ela estava saudável e a salvo, mas estava feliz? Ele esperava que sim, odiava a idéia de ter Hermione triste, seu coração se quebrou em milhões de pedaços com o pensamento. Ele daria a ela o mundo se pudesse.

“Se importa se me juntar a você?”

Harry foi tirado de seus pensamentos imediatamente com o som da voz que ele estava pensando. Ele viu Hermione em pé na porta da varanda segurando uma taça de vinho tinto, com um sorriso genuíno sem seu rosto. “Você tem que perguntar?” ele disse mudando de lugar e dando palmadinhas no banco ao lado dele. “Nós fazemos isso todo ano.”

Ela saiu para a varanda, fechando a porta cuidadosamente para não bater, depois fazendo seu caminho para o lado de Harry. “Eu pergunto todo ano, vai que você não terminou todos os seus pensamentos profundos.”

Harry espreguiçou os seus pés e colocou seus braços ao redor de Hermione. “Seus pensamentos, são meus pensamentos, Hermione.”

Ela sorriu e segurou a sua taça. “À Ron.”

Harry sorriu e bateu a garrafa de cerveja na taça de vinho. “À Won Won.”

Hermione gargalhou enquanto bebia. “Pobre Ron, esse apelido ainda o persegue.”

“É,” ele disse com um suspiro. “Ele era...bem...” Harry soltou uma risada. “Ron era especial.”

“Especial em muitos sentidos,” ela concordou enquanto se balançava, esticando seus pés. “Lembra-se de como ele nos fazia rir? Até na nossa caçada das Horcruxes, ele sempre se preocupava em ser engraçado.”

“É, mas na maioria das vezes ele fazia nós rirmos por acidente,” ele riu. “Como naquela vez que ele correu para dentro da árvore procurando por Nagini no meio da terra. Quero dizer, lá estávamos nós, em uma perigosa missão e a anta correu, foi de cara na árvore e caiu de bunda.”

Hermione gargalhou. “Eu e você praticamente morremos de rir, quer dizer, isso foi tão burro, alguém podia ter nos ouvido, mas Ron tentou diminuir o volume das nossas risadas.

“Ah cara,” ele riu enquanto tomava mais um gole. “Isso foi como se alguém tivesse nos dado uma surra. Demorou um pouco para conseguirmos nos mover.”

Hermione gargalhou enquanto se levantava. “Eu acho que vou tomar outra taça para brindar Ron,” disse ela enquanto convocava outra taça de vinho da cozinha.

“Cuidado Hermione,” disse ele com preocupação enquanto olhava ela tomar um gole. “Você não quer tropeçar em cima de seu marido tarde da noite.”

“Oh, pish posh,” disse ela oferecendo sua bebida à ele. “Meu marido provavelmente vai ficar tão bêbado quanto eu. Ele faz sempre depois do amáááááável, Dia Harry Potter.”

“Isso é um fato,” disse ele com uma risada antes de tomar mais um gole de sua cerveja. “Acho que ele nunca me contou isso.”

“Ah, ele é bem modesto,” ela gargalhou enquanto tomava mais um gole de seu vinho. “Bem tímido na cama também, às vezes eu nem tenho que trocar de carga.”

Harry uivou no meio de uma risada. “Ah, você é tão boba quanto à isso, Granger,” disse ele empurrando ela devagar. “Eu não sou tímido na cama, de fato, timidez é a última coisa que pode me descrever.”

Hermione sorriu para ele. “Relaxa, amor, estou apenas implicando com você.” Então ela se virou para beijá-lo rápido. “Você é um animal completo na cama, ok?”

“Assim está melhor,” disse ele se movendo para um outro beijo, mas um mais longo e profundo. Beijar ela era como uma droga, não podia fazer apenas uma vez, uma vez não era suficiente. Não foi muito depois da guerra que ele a beijou pela primeira vez. Isso não parecia que ia mudar alguma coisa, na verdade, apenas fez acontecer o que já estava predestinado. Não tiveram uma conversa ou uma discussão sobre isso, apenas aceitaram e a relação cresceu a partir disso.

“Sabe,” murmurou ele no meio de um beijo. “Hoje à noite, se você quiser trocar a carga,” Ele moveu seus lábios para o pescoço dela enquanto explorava sua pele macia. “Não me importarei.”

Ela sorriu sonhadora. “Será?” disse ela enquanto movia suas mão livre no cabelo do moreno. “Já é meia noite?”

“Quase,” disse ele de volta aos lábios dela dando á ela um beijo macio. “Por que tem que ser até meia noite?”

“Perfeito,” disse ela abraçando-o enquanto ele deixava seu braço em volta dela. “Hmmm...estou contente. Amanhã é domingo. Adoro domingos preguiçosos.”

“Nós tentaremos dormir mais um pouco amanhã,” disse ele beijando o topo da cabeça da morena.

Hermione resmungou. “Certo, como se pudéssemos fazer isso com...”

O som da porta se rangendo entrou em seus ouvidos e eles sabiam o que tinha aberto a porta. “Ronald, você deveria estar na cama,” disse Hermione saindo dos braços de Harry.

O pequeno garoto fechou a porta atrás de si e abriu seus olhos preguiçosamente. “Não consigo dumir,” ele disse com um bocejo. “Mami, posso dumir com você e o papai hoje?”

Harry deixou escapar uma risadinha enquanto balançava sua cabeça. “Sobe aqui, garotão,” Harry disse se movendo para longe de Hermione para que seu filho de três anos pudesse ficar no meio dos dois. “O que você acha de se deitar no meio de nós e cantaremos para você dormir?”

Ele afirmou com a cabeça. “Otay,” disse ele enquanto deitava sua cabeça no colo de Hermione, que começou a mexer em seus cabelos negros bagunçados que herdou de Harry. Ele se espreguiçou, colocando as pernas no colo de Harry e abraçou seu Hipogrifo de pelúcia que ganhou de Hagrid no dia que nasceu. “O que acha, garotão?” Harry perguntou acariciando suas pequenas costas com sua mão gigante. “Acha que pode dormir?”

“Uh-hum,” disse ele enquanto fechava os olhos e se acomodou para mais perto do colo de seus pais.

“Bom sonhos, querido,” disse Hermione se abaixando e dando um beijo na bochecha do filho. “Estamos bem aqui.”

“Acho que ele já dormiu,” Harry murmurou fitando seu filho. Ele ainda não acreditava que era pai...que esse garoto inocente era seu filho. Seu e de Hermione. “Ele é alguma coisa, não é?”

“É,” disse Hermione enquanto olhava para ele. “Ele se parece com você.”

“Mas tem as sua inteligência,” disse ele batendo seu dedo no nariz de Hermione. “O garoto às vezes me assusta.”

Ela gargalhou para o marido. “O que você acha de ter uma garota que se pareça comigo e que tenha suas habilidades em Quadribol?”

“Acho fantástico,” disse ele rindo com o pensamento de ter uma filha. “Eu vou ficar em cima dela...e é claro,sem deixar ela namorar até que tenha quarenta anos.”

“Se ela tiver a sua teimosia, acha que poderá pará-la?”

Harry suspirou enquanto seus ombros caíam. “Não, supostamente não. Eu acho que isso poderá ser uma coisa divertida para assustar os garotos da vida dela. Uma das qualidades de ser Harry Potter. Quer dizer, eu matei Voldemort enquanto ele chorava copiosamente, imagina o medo que eles vão ter de mim?”

“Harry,” ela disse rindo. “Ela ainda nem nasceu, ainda temos nove meses.”

“Bom, é, eu sei mas...” Ele parou e seu rosto ficou em choque. “O que...disse...o que você disse? Quero dizer, você acabou de dizer...”

Hermione o interrompeu dando um longo beijo em sua boca. “Nós vamos ter outro bebê.”

“Sério?” um sorriso em seu rosto estava se alargando cada vez mais. “Outro bebê? Em nove meses?”

Ela afirmou excitada. “Eu queria esperar um dia após hoje para te contar, mas você pareceu tão excitado com o pensamento e...eu quis te contar.”

“Fico feliz por você ter contado,” disse ele se aproximando e dando um outro beijo. “Nós vamos ter outro bebê...wow. OPA, espere um segundo...você está bebendo vinho. Hermione, você não pode beber vinho quando está grávida.”

Hermione riu. “Na verdade eu estou bebendo suco, não queria que você soubesse que eu estava grávida ainda.”

A mandíbula de Harry caiu. “Engraçadinha você, hein?” Ele se mexeu e a beijou. “Cara, eu queria que Ron estivesse acordado para podermos contar a ele que vai ser um grande irmão.”

“A primeira coisa que faremos de manhã,” prometeu Hermione à ele. “Por que não vamos colocá-lo na cama e vamos dormir?”

Harry acenou enquanto colocava sua garrafa vazia e pegava seu filho em seus braços. Hermione o seguiu de perto, travando as portas atrás dela, depois apagando as luzes do andar de baixo antes de subirem.

Harry colocou seu filho cuidadosamente na cama e puxou o cobertor pelo o corpo do garoto para mantê-lo aquecido. Ele lhe deu um beijo na cabeça, Hermione fez o mesmo antes de saírem de mãos dadas do quarto.

Quando eles voltaram para seu quarto, nenhuma palavra era dita, não havia necessidade de serem faladas. Harry a puxou, beijando-a enquanto suas roupas, uma por uma, faziam seu caminho para o chão do quarto. Ele a deitou, correu seus lábios para o pescoço da morena, depois para o estômago e depois para o ventre, onde sua nova criança crescia dentro dela. “Eu te amo,” ele murmurou enquanto beijava-a de novo, depois levantando sua cabeça para olhar Hermione. “Eu amo você também.”

“Eu sei,” ela disse calmamente pegando o rosto dele entre suas mãos. “Eu amo vocês dois.”

“Você é tudo para mim,” ele murmurou enquanto compartilhava sua alma com a dela. “A vida que você me deu é a que eu sempre lutei para ter, Hermione.”

Os olhos dela se encheu de lágrimas. “Oh, Harry.”

“Eu lutaria tudo de novo se necessário,” Harry murmurou em sua orelha e então fungou em seu pescoço. “Eu sempre estarei aqui por você...por Ron, para esse novo bebê. Eu te amo, e te amo novamente por ter me dado a família que sempre quis.”

“Promete?” ele perguntou apoiando sua cabeça na testa da morena, enquanto ouvia a batida de seu coração.

Hermione passou a mão na franja de Harry, colocando seus lábios na cicatriz dele. “Prometo.”

Hermione soluçou enquanto colocava seus braços ao redor dele, trazendo-o para mais perto. “É apenas o começo, Harry. Nós vamos ter a vida que seus pais sempre quiseram ter. Nós vamos viver felizes para sempre.”



N/A.: Bom, ta ai mais uma tradução que eu fiz hoje a tarde. Me preocupei em escolher bem a fic.
Gostaram?
Minha tradução ficou boa? :X

medo*

Comentem, plllz! *__*


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