Capítulo 9: O Torneio Tribruxo
n/a: A música do capítulo é Amado da Vanessa da Mata, aconselho a ouvir a música junto com o capítulo.
Amado
Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu
Fico desejando nós gastando o mar
Pôr-do-sol, postal, mais ninguém
Peço tanto a Deus
Para lhe esquecer
Mas só de pedir me lembro
Minha linda flor
Meu jasmim será
Meus melhores beijos serão seus
Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Sinto absoluto o dom de existir,
Não há solidão, nem pena
Nessa doação, milagres do amor
Sinto uma extensão divina
É tanta graça lá fora passa
O tempo sem você
Mas pode sim
Ser sim amado e tudo acontecer
Quero dançar com você
Dançar com você
Quero dançar com você
Dançar com você
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Capítulo 9: O Torneio Tribruxo
Finalmente chegou o esperado 1º de setembro e todos embarcaram no expresso com a certeza de que alguma coisa iria acontecer, mas nenhum dos adultos falaram nada mais relevante, apesar das inditetas e de todos insistirem em saber o que iria acontecer.
Gina se sentia extremamente feliz. Ela agora conseguia ser ela mesma e isso estava fazendo sua vida mais fácil, apesar delas as vezes se perder na imensidão verde do olhar de Harry ou no sorriso dele e ficar com cara de idiota isso já era menos frequente, seu amor ia ficar guardado dentro dela. Ela iria superar Harry Potter.
Assim que entrou no trem decidiu que não ficaria com o trio, ela iria procurar seus amigos, para dividirem uma cabine, já era hora de passar a viver sua vida e guardar Harry bem no fundo do coração. A partir daquele momento ela seria uma nova pessoa!!
Encontrou Colin e Luna e os três dividiram uma cabine, a viagem foi animada. Gina contou para os amigos sobre a final da Copa Mundial de Quadribol e de suas suspeitas de que alguma coisa iria acontecer em Hogwarts esse ano. Colin estava felicissímo, já que seu irmão Denis também tinha recebido a carta e seria primeiroanista e Luna contou sobre sua viagem ao Zaire com seu pai para uma convensão sobre a preservasão do Tebo.
Assim que desembarcaram correram para as carroagens a fim de fugir da chuva. Gina ficou com pena dos primeiroanistas que teriam que atrevessar a lago no meio daquele temporal. No Salão Principal as conversar ficaram girando em torno do novo provessor de Defesa contra as Artes das Trevas, até que a seleção para as casas começou. Durante esse tempo Gina se forçou a ignorar a presença de Harry e conversar com os colegas do terceiro ano.
Gina não pode deixar de rir do irmão de Colin que além de ter caido no lago, parecia um monte peludo que caminhava, já que usava o casco de Hagrid. Logo ao fim da seleção o jantar foi servido e Gina apreciou a deliciosa refeição.
— Então! — exclamou Dumbledore, sorrindo para todos. — Agora que já comemos e molhamos também a garganta, preciso mais uma vez pedir sua atenção, para alguns avisos. O Sr. Filch, o zelador, me pediu para avisá-los de que a lista dos objetos proibidos no interior do castelo este ano cresceu, passando a incluir Ioiôs berrantes, Frisbees dentados e Bumerangues de repetição. A lista inteira tem uns quatrocentos e trinta e sete itens, creio eu, e pode ser examinada na sala do Sr. Filch, se alguém quiser lê-la. Os cantos da boca de Dumbledore tremeram ligeiramente. Ele continuou:
— Como sempre, eu gostaria de lembrar a todos que a floresta que faz parte da nossa propriedade é proibida a todos os alunos, e o povoado de Hogsmeade, àqueles que ainda não chegaram à terceira série. – Seria o primeiro ano em que Gina poderia visitar o povoado e elas e os colegas haviam combinado de irem juntos.
— Tenho ainda o doloroso dever de informar que este ano não realizaremos a Copa de Quadribol entre as casas. – após murmúrios de desaprovação continuou. — Isto se deve a um evento que começará em outubro e irá prosseguir durante todo o ano letivo, mobilizando muita energia e muito tempo dos professores, mas eu tenho certeza de que vocês irão apreciá-lo imensamente. Tenho o grande prazer de anunciar que este ano em Hogwarts...
Mas neste momento, ouviu-se uma trovoada ensurdecedora e as portas do Salão Principal se escancararam. Apareceu um homem parado à porta, apoiado em um longo cajado e coberto por uma capa de viagem preta. Todas as cabeças no Salão Principal se viraram para o estranho, repentinamente iluminado por um relâmpago que cortou o teto. Ele baixou o capuz, sacudiu uma longa juba de cabelos grisalhos ainda escuros e começou a caminhar em direção à mesa dos professores.
Um ruído metálico e abafado ecoava pelo salão a cada passo que ele dava. Quando alcançou a ponta da mesa, virou à direita e mancou pesadamente até Dumbledore. Mais um relâmpago cruzou o teto. O relâmpago revelou nitidamente as feições do homem e seu rosto era diferente de qualquer outro. Parecia ter sido talhado em madeira exposta ao tempo, por alguém que tinha uma vaguíssima idéia do aspecto que um rosto humano deveria ter, e não fora muito habilidoso com o formão.
Cada centímetro da pele do estranho parecia ter cicatrizes. A boca lembrava um rasgo diagonal e faltava um bom pedaço do nariz. Mas eram os seus olhos que o tornavam assustador. Um deles era miúdo, escuro e penetrante. O outro era grande, redondo como uma moeda e azul elétrico vivo, O olho azul se movia continuamente sem piscar, e revirava para cima, para baixo, e de um lado para o outro, independentemente do olho normal, depois virava de trás para diante, apontando para o interior da cabeça do homem, de modo que só o que as pessoas viam era o branco da córnea.
O estranho chegou-se a Dumbledore. Estendeu a mão direita, que era tão cheia de cicatrizes quanto o rosto, e o diretor a apertou, murmurando palavras que ninguém não podia ouvir. Parecia estar fazendo perguntas ao estranho, que abanava negativamente a cabeça, sem sorrir, e respondia em voz baixa. Dumbledore assentiu com a cabeça e indicou ao homem o lugar vazio à sua direita. O estranho se sentou, sacudiu a juba grisalha para afastá-la do rosto, puxou um prato de salsichas para si, levou-o ao que restara do nariz e cheirou-o. Tirou então uma faquinha do bolso, espetou a salsicha e começou a comer. Seu olho normal fixava as salsichas, mas o olho azul continuava a dar voltas na órbita registrando o salão e os estudantes.
— Gostaria de apresentar o nosso novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas — disse Dumbledore, animado, em meio ao silêncio. — Professor Moody.
Era normal os novos membros do corpo docente serem recebidos com aplausos, mas nem os colegas nem os estudantes bateram palmas, exceto Dumbledore e Hagrid. Os dois juntaram as mãos e bateram palmas, mas o som ecoou tristemente no silêncio e eles bem depressa pararam. Todos pareciam demasiado hipnotizados pela aparência grotesca de Moody para ter qualquer reação exceto encarar o homem.
Gina só conseguiu pensar que aquele era um homem estranho e seu nome era familiar. O diretor pigarreou outra vez.
— Como eu ia dizendo — recomeçou ele, sorrindo para o mar de alunos à sua frente, todos ainda mirando Olho-Tonto Moody, paralisados —, teremos a honra de sediar um evento muito excitante nos próximos meses, um evento que não é realizado há um século. Tenho o enorme prazer de informar que, este ano, realizaremos um Torneio Tribruxo em Hogwarts.
— O senhor está BRINCANDO! — exclamou em voz alta Fred.
A tensão que invadira o salão desde a chegada de Moody repentinamente se desfez. Quase todos riram e Dumbledore deu risadinhas de prazer.
— Não estou brincando, Sr. Weasley — disse ele —, embora, agora que o senhor menciona, ouvi uma excelente piada durante o verão sobre um trasgo, uma bruxa má e um Leprechaun que entram num bar...
A Professora Minerva pigarreou alto.
— Hum... Mas talvez não seja hora... Não... Onde é mesmo que eu estava? Ah, sim, no Torneio Tribruxo... Bom, alguns de vocês talvez não saibam o que é esse torneio, de modo que espero que aqueles que já sabem me perdoem por dar uma breve explicação, e deixem sua atenção vagar livremente.
— O Torneio Tribruxo foi criado há uns setecentos anos, como uma competição amistosa entre as três maiores escolas européias de bruxaria - Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang. Um campeão foi eleito para representar cada escola e os três campeões competiram em três tarefas mágicas. As escolas se revezaram para sediar o torneio a cada cinco anos, e todos concordaram que era uma excelente maneira de estabelecer laços entre os jovens bruxos e bruxas de diferentes nacionalidades, até que a taxa de mortalidade se tornou tão alta que o torneio foi interrompido.
— Durante séculos houve várias tentativas de reiniciar o torneio — continuou Dumbledore —, nenhuma das quais foi bem-sucedida. No entanto, os nossos Departamentos de Cooperação Internacional em Magia e de Jogos e Esportes Mágicos decidiram que já era hora de fazer uma nova tentativa. Trabalhamos muito durante o verão para garantir que, desta vez, nenhum campeão seja exposto a um perigo mortal.
— Os diretores de Beauxbatons e Durmstrang chegarão com a lista final dos competidores de suas escolas em outubro e a seleção dos três campeões será realizada no Dia das Bruxas. Um juiz imparcial decidirá que alunos terão mérito para disputar a Taça Tribruxo, a glória de sua escola e o prêmio individual de mil galeões.
— Estou nessa! — sibilou Fred, o rosto iluminado de entusiasmo ante a perspectiva de tal glória e riqueza. Gina tinha certeza que esse era o tipo de coisa que estava na lista da que sua mãe queria que ele evitasse e não conseguiu deixar de rir imaginando a reação dela se um dos filhos resolvesse participar.
Aparentemente ele não era o único que estava se vendo como campeão de Hogwarts. Mas, então, Dumbledore recomeçou a falar, e o salão se aquietou.
— Ansiosos como eu sei que estarão para ganhar a Taça para Hogwarts — disse ele —, os diretores das escolas participantes, bem como o Ministério da Magia, concordaram em impor este ano uma restrição à idade dos contendores. Somente os alunos que forem maiores, isto é, tiverem mais de dezessete anos, terão permissão de apresentar seus nomes à seleção. Isto — Dumbledore elevou ligeiramente a voz, pois várias pessoas haviam protestado indignadas ao ouvir suas palavras, e os gêmeos, de repente, pareciam furiosos — é uma medida que julgamos necessária, pois as tarefas do torneio continuarão a ser difíceis e perigosas, por mais precauções que tomemos, e é muito pouco provável que os alunos abaixo da sexta e sétima séries sejam capazes de dar conta delas. Cuidarei pessoalmente para que nenhum aluno menor de idade engane o nosso juiz imparcial e seja escolhido campeão de Hogwarts. — Seus olhos azul-claros cintilaram ao perpassar os rostos rebelados de Fred e Jorge. — Portanto peço que não percam tempo apresentando suas candidaturas se ainda não tiverem completado dezessete anos.
— As delegações de Beauxbatons e de Durmstrang chegarão em outubro e permanecerão conosco a maior parte deste ano letivo. Sei que estenderão as suas boas maneiras aos nossos visitantes estrangeiros enquanto estiverem conosco, e que darão o seu generoso apoio ao campeão de Hogwarts quando ele for escolhido. E agora já está ficando tarde e sei como é importante estarem acordados e descansados para começar as aulas amanhã de manhã. Hora de dormir! Vamos andando!
Gina não perdeu tempo se levantou e rumou decidida pra Torre da Grifinória, felizmente ninguém que ela conhecia no colegio tinha dezessete anos e assim nenhum de seus amigos participaria dessas tarefas perigosas.
No primeiro almoço, Gina agradeceu a Merlin por não ter presenciado Malfoy lendo a reportagem sobre seu pai, ela andava treinando a azaração pra rebater bicho-papão e Malfoy seria uma otima cobaia pra descobrir seus efeitos em humanos, mas o professor ter transformado ele em doninha quicante foi uma excelente resposta.
Os dias apesar de frios estavam sendo muito agradaveis. Gina se contralava, não desviava mas de seu caminho só pra ver Harry, quando ele estava presente ela conseguia ter uma conversa civilizada e apesar de saber que o que sentia por ele não acabaria, aquilo estava bem guardado dentro dela. Ela se sentia otima e o clima na escola pela eminente chegada das delegações das outras escolas era de pura euforia.
O aglomerado na porta do salão principal chamou a atenção de Gina, todos parecendo muito alegres com o que liam, quando chegou perto pode ler o cartaz:
TORNEIO TRIBRUXO
As delegações de Beauxbatons e Durmstrang chegarão às seis horas, sexta-feira, 30 de outubro. As aulas terminarão uma hora antes. Os alunos deverão guardar as mochilas e livros em seus dormitórios e se reunir na entrada do castelo para receber os nossos hóspedes antes da Festa de Boas-Vindas.
Finalmente eles chegariam!! As conversas a partir dai só tinham um único assunto o Torneio. E o castelo estava, visivelmente, passando por uma faxina geral. A semana que faltava passou num piscar de olhos...
Havia uma sensação de agradável expectativa no ar aquele dia. Ninguém prestou muita atenção às aulas, pois estavam bem mais interessados na chegada das comitivas de Beauxbatons e Durmstrang à noite. Quando a sineta tocou mais cedo, todos subiram depressa para a Torre da Grifinória, largaram as mochilas e os livros, conforme as instruções que tinham recebido, vestiram as capas e desceram correndo para o saguão de entrada.
Os diretores das Casas estavam organizando os alunos em filas.
— Weasley, endireite o chapéu — disse a Professora Minerva secamente a Rony. — Srta. Patil, tire essa coisa ridícula dos cabelos. Gina prendeu o riso. Parvati fez cara feia e retirou o enorme enfeite de borboleta da ponta da trança.
— Sigam-me, por favor — mandou a professora —, alunos da primeira série à frente... Sem empurrar... Eles desceram os degraus da entrada e se enfileiraram diante do castelo. Fazia um fim de tarde frio e límpido, o crepúsculo vinha chegando devagarinho e uma lua pálida e transparente já brilhava sobre a Floresta Proibida. Gina se posicionou na fileira junto com os outros alunos do terceiro ano e aguardou ansiosa, ninguém sabia como eles chegariam a Hogwarts.
E então Dumbledore falou em voz alta da última fileira, onde aguardava com os outros professores:
— Aha! A não ser que eu muito me engane, a delegação de Beauxbatons está chegando!
— Onde? — perguntaram muitos alunos ansiosos, olhando em diferentes direções.
— Ali! — gritou um aluno da sexta série, apontando para o céu sobre a Floresta. Alguma coisa grande, muito maior do que uma vassoura — ou, na verdade, cem vassouras —, voava em alta velocidade pelo céu azul-escuro em direção ao castelo, e se tornava cada vez maior.
— É um dragão! — gritou esganiçada uma aluna da primeira série, perdendo completamente a cabeça.
— Deixa de ser burra... É uma casa voadora! — disse Dênis Creevey.
O palpite de Dênis estava mais próximo... Quando a sombra gigantesca e escura sobrevoou as copas das árvores da Floresta Proibida, e as luzes que brilhavam nas janelas do castelo a iluminaram, eles viram uma enorme carruagem azul-clara do tamanho de um casarão, que voava para eles, puxada por doze cavalos alados, todos baios, cada um parecendo um elefante de tão grande.
As três primeiras fileiras de alunos recuaram quando a carruagem foi baixando para pousar a uma velocidade fantástica, então, com um baque estrondoso, os cascos dos cavalos, maiores que pratos, bateram no chão. Um segundo mais tarde, a carruagem também pousou, balançando sobre as imensas rodas, enquanto os cavalos dourados agitavam as cabeçorras e reviravam os grandes olhos cor de fogo.
Só se teve tempo de ver que a porta da carruagem tinha um brasão (duas varinhas cruzadas, e de cada uma saíam três estrelas) antes que ela se abrisse. Um garoto de roupas azuis-claras saltou da carruagem, curvado para a frente, mexeu por um momento em alguma coisa que havia no chão da carruagem e abriu uma escadinha de ouro. Em seguida, recuou respeitosamente.
Então apareceu um sapato preto e lustroso de dentro da carruagem — um sapato do tamanho de um trenó de criança — acompanhado, quase imediatamente, pela maior mulher que ela já vira na vida. O tamanho da carruagem e dos cavalos ficou imediatamente explicado.
Algumas pessoas exclamaram.
A mulher era quase da mesma altura que Hagrid, agora ao pé da escada, olhava para as pessoas que a esperavam de olhos arregalados, parecia ainda mais anormalmente grande. Ao entrar no círculo de luz projetado pelo saguão de entrada, ela revelou um rosto bonito de pele morena, grandes olhos negros que pareciam líquidos e um nariz um tanto bicudo. Seus cabelos estavam puxados para trás e presos em um coque na nuca. Vestia-se da cabeça aos pés de cetim negro, e brilhavam numerosas opalas em seu pescoço e nos dedos grossos.
Dumbledore começou a aplaudir; os estudantes, acompanhando a deixa, prorromperam em palmas, muitos deles nas pontas dos pés, para poder ver melhor a mulher.
O rosto dela se descontraiu em um gracioso sorriso e ela se dirigiu a Dumbledore, estendendo a mão faiscante de anéis. O diretor, embora alto, mal precisou se curvar para beijar-lhe a mão.
— Minha cara Madame Maxime — disse. — Bem-vinda a Hogwarts.
— Dumbly-dorr — disse Madame Maxime, com uma voz grave. — Esperro encontrrá-lo de boa saúde.
— Excelente, obrigado — respondeu Dumbledore.
— Meus alunos — disse Madame Maxime, acenando descuidadamente uma de suas enormes mãos para trás.
Gina reparou, então, que uns doze garotos e garotas — todos, pelo físico, no fim da adolescência — haviam descido da carruagem e agora estavam parados atrás de Madame Maxime. Eles tremiam de frio, o que não surpreendia, pois suas vestes eram feitas de finíssima seda e nenhum deles usava capa. Alguns tinham enrolado echarpes e xales na cabeça. Eles olhavam para o castelo, com uma expressão apreensiva.
— Karrkarroff já chegou? — perguntou Madame Maxime.
— Deve chegar a qualquer momento — disse Dumbledore. — Gostaria de esperar aqui para recebê-lo ou prefere entrar para se aquecer um pouco?
— Me aquecerr, acho. Mas os cavalos...
— O nosso professor de Trato das Criaturas Mágicas ficará encantado de cuidar deles — disse Dumbledore — assim que terminar de resolver um probleminha que ocorreu com alguns de seus outros... Protegidos.
— Meus corrcéis ecsigem... Hum... Um trratadorr forrte — disse Madame Maxime, com uma expressão de dúvida quanto à capacidade de um professor de Trato das Criaturas Mágicas em Hogwarts para dar conta da tarefa. — Eles son muito forrtes...
— Posso lhe assegurar que Hagrid poderá cuidar da tarefa — disse o diretor, sorrindo.
— Ótimo — disse Madame Maxime, fazendo uma ligeira reverência —, por favorrr inforrrme a esse Agrid que os cavalos só bebem uísque de um malte.
— Farei isso — respondeu Dumbledore, retribuindo a reverência.
— Venham — disse Madame Maxime imperiosamente aos seus alunos e o pessoal de Hogwarts se afastou para deixá-los subir os degraus de pedra.
Eles continuaram parados, agora tremendo um pouco de frio, à espera da delegação de Durmstrang. A maioria das pessoas contemplava o céu, esperançosa. Durante alguns minutos, o silêncio só foi interrompido pelos cavalões de Madame Maxime que resfolegavam e pateavam. Mas então...
Um barulho alto e estranho chegava até eles através da escuridão, um ronco abafado mesclado a um ruído de sucção, como se um imenso aspirador de pó estivesse se deslocando pelo leito de um rio...
— O lago! — berrou Lino Jordan apontando. — Olhem para o lago!
De sua posição, no alto dos gramados, de onde descortinavam a propriedade, eles tinham uma visão desimpedida da superfície escura e lisa da água — exceto que ela repentinamente deixara de ser lisa. Ocorria alguma perturbação no fundo do lago, grandes bolhas se formavam no centro, e suas ondas agora quebravam nas margens de terra — e então, bem no meio do lago, apareceu um rodamoinho, como se alguém tivesse retirado uma tampa gigantesca do seu leito... Algo que parecia um pau comprido e preto começou a emergir lentamente do rodamoinho.
Lenta e imponentemente o navio saiu das águas, refulgindo ao luar. Tinha uma estranha aparência esquelética, como se tivesse ressuscitado de um naufrágio, e as luzes fracas e enevoadas que brilhavam nas escotilhas lembravam olhos fantasmagóricos. Finalmente, com uma grande movimentação de água, o navio emergiu inteiramente, balançando nas águas turbulentas, e começou a deslizar para a margem.
Alguns momentos depois, ouviram a âncora ser atirada na água rasa e o baque surdo de um pranchão ao ser baixado sobre a margem. Havia gente desembarcando, os garotos viram silhuetas passarem pelas luzes das escotilhas. Quando subiram as encostas dos jardins e chegaram mais próximos à luz que saía do saguão de entrada, Gina viu que estavam usando capas de peles de fios longos e despenteados. Mas o homem que os conduzia ao castelo usava peles de um outro tipo; sedosas e prateadas como os seus cabelos.
— Dumbledore! — cumprimentou ele cordialmente, ainda subindo a encosta. — Como vai, meu caro, como vai?
— Otimamente, obrigado, Professor Karkaroff.
O homem tinha uma voz ao mesmo tempo engraçada e untuosa; quando ele entrou no círculo de luz das portas do castelo, os garotos viram que era alto e magro como Dumbledore, mas seus cabelos brancos eram curtos, e a barbicha (que terminava em um cachinho) não escondia inteiramente o seu queixo fraco.
Quando alcançou Dumbledore, apertou-lhe a mão com as suas duas.
— Minha velha e querida Hogwarts! — exclamou, erguendo os olhos para o castelo e sorrindo, seus dentes eram um tanto amarelados, e seu sorriso não abrangia os olhos, que permaneciam frios e astutos. — Como é bom estar aqui, como é bom... Vítor, venha, venha para o calor... Você não se importa, Dumbledore? Vítor está com um ligeiro resfriado...
Karkaroff fez sinal para um de seus estudantes avançar. Quando o rapaz passou, Gina viu de relance um nariz grande e curvo e sobrancelhas escuras e espessas. O murmúrio de reconhecimento foi rápido – Vítor Krum!
A reação foi exagerada na opinião de Gina, ele era só um jogador de Quadribol, não precisava todo aquele alarde e Rony parecia Colin quando tinha visto Harry pela primeira vez, só faltava começar a perseguir o outro com uma câmera na mão! O jantar foi servido depois que todos se acomodaram e Gina aproveitou pra experimentar os pratos diferentes que eram servidos em homenagem aos convidados.
— Chegou o momento — disse Dumbledore, sorrindo para o mar de rostos erguidos. — O Torneio Tribruxo vai começar. Eu gostaria de dizer algumas palavras de explicação antes de mandar trazer o escrínio. Apenas para esclarecer as regras que vigorarão este ano. Mas, primeiramente, gostaria de apresentar àqueles que ainda não os conhecem o Sr. Bartolomeu Crouch, Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia — houve vagos e educados aplausos —, e o Sr. Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos. Houve uma rodada mais ruidosa de aplausos para Bagman do que para Crouch, talvez por sua fama de batedor ou simplesmente porque ele parecia muito mais simpático. Ele agradeceu com um aceno jovial. Bartolomeu Crouch não sorriu nem acenou quando seu nome foi anunciado.
— Nos últimos meses, o Sr. Bagman e o Sr. Crouch trabalharam incansavelmente na organização do Torneio Tribruxo — continuou Dumbledore — e se juntarão a mim, ao Professor Karkaroff e à Madame Maxime na banca que julgará os esforços dos campeões.
— O escrínio, então, por favor, Sr. Filch.
Filch, que andara rondando despercebido um extremo do salão, se aproximou então de Dumbledore, trazendo uma arca de madeira, incrustada de pedras preciosas. Tinha uma aparência extremamente antiga. Um murmúrio de interesse se elevou das mesas dos alunos. Denis Creevey chegou a subir na cadeira para ver direito, mas por ser tão miúdo, sua cabeça mal ultrapassou a dos outros.
— As instruções para as tarefas que os campeões deverão enfrentar este ano já foram examinadas pelos Srs. Crouch e Bagman — disse Dumbledore, enquanto Filch depositava a arca cuidadosamente na mesa à frente do diretor —, e eles tomaram as providências necessárias para cada desafio. Haverá três tarefas, espaçadas durante o ano letivo, que servirão para testar os campeões de diferentes maneiras... Sua perícia em magia, sua coragem, seus poderes de dedução e, naturalmente, sua capacidade de enfrentar o perigo.
A esta última palavra, o salão mergulhou num silêncio tão absoluto que ninguém parecia estar respirando.
— Como todos sabem, três campeões competem no torneio — continuou Dumbledore calmamente —, um de cada escola. Eles receberão notas por seu desempenho em cada uma das tarefas do torneio e aquele que tiver obtido o maior resultado no final da terceira tarefa ganhará a Taça Tribruxo. Os campeões serão escolhidos por um juiz imparcial... “O Cálice de Fogo”.
Dumbledore puxou então sua varinha e deu três pancadas leves na tampa do escrínio. A tampa se abriu lentamente com um rangido. O bruxo enfiou a mão nele e tirou um grande cálice de madeira toscamente talhado. Teria sido considerado totalmente comum se não estivesse cheio até a borda com chamas branco-azuladas, que davam a impressão de dançar. Dumbledore fechou o escrínio e pousou cuidadosamente o cálice sobre a tampa, onde seria visível a todos no salão.
— Quem quiser se candidatar a campeão deve escrever seu nome e escola claramente em um pedaço de pergaminho e depositá-lo no cálice — disse Dumbledore. — Os candidatos terão vinte e quatro horas para apresentar seus nomes. Amanhã à noite, Festa do Dia das Bruxas, o cálice devolverá o nome dos três que ele julgou mais dignos de representar suas escolas. O cálice será colocado no saguão de entrada hoje à noite, onde estará perfeitamente acessível a todos que queiram competir.
— Para garantir que nenhum aluno menor de idade ceda à tentação, - continuou Dumbledore, — traçarei uma linha etária em volta do Cálice de Fogo depois que ele for colocado no saguão. Ninguém com menos de dezessete anos conseguirá atravessar a linha.
— E, finalmente, gostaria de incutir, nos que querem competir, que ninguém deve se inscrever neste torneio levianamente. Uma vez escolhido pelo Cálice de Fogo, o campeão ficará obrigado a prosseguir até o final do torneio. Colocar o nome no cálice é um ato contratual mágico. Não pode haver mudança de idéia, uma vez que a pessoa se torne campeã. Portanto, procurem se certificar de que estão preparados de corpo e alma para competir, antes de depositar seu nome no cálice. Agora, acho que já está na hora de irmos nos deitar. Boa noite a todos.
Gina se levantou e quando já estava na porta ouviu a voz de Fred ao longe, com certeza, os gêmeos tentariam aprontar alguma pra tentar se inscreverem no Torneio e isso provavelmente resultaria em mais uma carta que sua mãe receberia.
No dia seguinte Gina levantou cedo e junto com as outras garotas do terceiro ano desceram pra ver se alguém já tinha depositado o nome no Cálice e todos ficaram por ali observando os alunos de Beauxbatons, Durmstrang e mais importante, os de Hogwarts depositarem seus nomes.
E claro que os gêmeos tentaram se inscrever, mas o diretor realmente estava preparado pras “Gemialidades Weasley”. De todos que Gina viu se inscrever ela torcia para que Angelina Johnson fosse a campeã de Hogwarts, por ser garota e por ser da Grifinória.
O dia passou com clima de expectativa por todo o castelo, Gina não era diferente queria saber quem seriam os campeões e todos davam suas opiniões de seus favoritos. A festa do dia das bruxas parecia que não teriam fim e a expectativa era palpável no ar.
Depois de muito tempo, os pratos voltaram ao estado de limpeza inicial, houve um aumento acentuado no volume dos ruídos no salão, que caiu quase instantaneamente quando Dumbledore se ergueu. A cada lado dele, o Professor Karkaroff e Madame Máxime pareciam tão tensos e ansiosos quanto os demais. Ludo Bagman sorria e piscava para vários alunos. O Sr. Crouch, porém, parecia bastante desinteressado, quase entediado.
— Bom, o Cálice de Fogo está quase pronto para decidir — disse Dumbledore. — Estimo que só precise de mais um minuto. Agora, quando os nomes dos campeões forem chamados, eu pediria que eles viessem até este lado do salão, passassem diante da mesa dos professores e entrassem na câmara ao lado — ele indicou a porta atrás da mesa —, onde receberão as primeiras instruções.
Ele puxou, então, a varinha e fez um gesto amplo, na mesma hora todas as velas, exceto as que estavam dentro das abóboras recortadas, se apagaram, mergulhando o salão na penumbra. O Cálice de Fogo agora brilhava com mais intensidade do que qualquer outra coisa ali, a brancura azulada das chamas que faiscavam vivamente quase fazia os olhos doerem. Todos observavam à espera... Alguns consultavam os relógios a todo momento...
As chamas dentro do Cálice de repente tornaram a se avermelhar. Começaram a soltar faíscas. No momento seguinte, uma língua de fogo se ergueu no ar, e expeliu um pedaço de pergaminho chamuscado — o salão inteiro prendeu a respiração.
Dumbledore apanhou o pergaminho e segurou-o à distância do braço, de modo a poder lê-lo à luz das chamas, que voltaram a ficar branco-azuladas.
— O campeão de Durmstrang — leu ele em alto e bom som — será Vítor Krum.
Uma tempestade de aplausos e vivas percorreu o salão. Esse, Gina achou que era previsível. Vítor Krum se levantou da mesa da Sonserina e se encaminhou com as costas curvas para Dumbledore, ele virou à direita, passou diante da mesa dos professores e desapareceu pela porta que levava à câmara vizinha.
— Bravo, Vítor! — disse Karkaroff com a voz tão retumbante que todos puderam ouvi-lo apesar dos aplausos. — Eu sabia que você era capaz!
Os aplausos e comentários morreram. Agora todas as atenções tornaram a se concentrar no Cálice de Fogo, que, segundos depois, tornou a se avermelhar. Um segundo pedaço de pergaminho voou de dentro dele, lançado pelas chamas.
— O campeão de Beauxbatons é Fleur Delacour!
Aquela, Gina achou, era uma pessoa esnobe de mais. Quando Fleur Delacour também desapareceu na câmara vizinha, todos tornaram a fazer silêncio, mas desta vez foi um silêncio tão pesado de excitação que quase dava para sentir seu gosto. O campeão de Hogwarts é o próximo... E o Cálice de Fogo ficou mais uma vez vermelho; jorraram faíscas dele; a língua de fogo ergueu-se muito alto no ar e de sua ponta Dumbledore tirou o terceiro pedaço de pergaminho.
— O campeão de Hogwarts — anunciou ele — é Cedrico Diggory!
Gina não gostou, mas torceria por ele já que representava Hogwarts; a zoeira na mesa vizinha era grande demais. Cada um dos alunos da Lufa- Lufa ficou de pé, gritando e sapateando, quando Cedrico passou por eles, um enorme sorriso no rosto, e se encaminhou para a câmara atrás da mesa dos professores.
Na verdade, os aplausos para Cedrico foram tão longos que passou algum tempo até que Dumbledore pudesse se fazer ouvir novamente.
— Excelente! — exclamou Dumbledore feliz, quando finalmente o tumulto serenou. — Muito bem, agora temos os nossos três campeões. Estou certo de que posso contar com todos, inclusive com os demais alunos de Beauxbatons e Durmstrang, para oferecer aos nossos campeões todo o apoio que puderem, torcendo pelos seus campeões, vocês contribuirão de maneira muito real...
Mas Dumbledore parou inesperadamente de falar, e tornou-se óbvio para todos o que o distraíra. O fogo no Cálice acabara de se avermelhar outra vez. Expeliu faíscas. Uma longa chama elevou-se subitamente no ar e ergueu mais um pedaço de pergaminho. Com um gesto aparentemente automático, Dumbledore estendeu a mão e apanhou o pergaminho. Ergueu-o e seus olhos se arregalaram para o nome que viu escrito. Houve uma longa pausa, durante a qual o bruxo mirou o pergaminho em suas mãos e todos no salão fixaram o olhar em Dumbledore. Ele pigarreou e leu...
— Harry Potter!
Gina sabia que estava pálida, aquilo era brincadeira, Harry não podia participar, ele só tinha quatorze anos.
— Harry Potter! — ela ouviu de novo — Harry! Aqui, se me faz o favor!
Como num filme mudo e em câmera lenta, ela viu Hermione empurrar Harry, ele se levantar sobre o olhar atento de todos e sumiu na porta. O barulho no salão voltou de um vez aos ouvidos de Gina como um enxame de abelhas. Ela olhava fixamente o ponto onde Harry tinha desaparecido. Porque essas coisas têm que acontecer com ele? Ela ouvia em seus pensamentos.
Gina se levantou junto com os outros e seguiu pra Torre acompanhando seus colegas, mas sua cabeça estava a mil. Todos, a sua volta, especulavam como Harry tinha se inscrito e o que aconteceriam, mas ela só pensava nos perigos que ele iria correr. A frase do professor Dumbledore ecoando na cabeça: ...até que a taxa de mortalidade se tornou tão alta que o torneio foi interrompido. Gente tinha morrido participando do Torneio e agora Harry teria que participar!
A Sala Comunal estava em estado de euforia, todos esperando o campeão da Grifinória, assim que Harry passou pelo buraco todos os cercaram e encheram de perguntas. Gina de longe observava que ele não estava nada satisfeito com a situação e a todo tempo falava que não tinha sido ele que se inscreveu, mas as pessoas não acreditavam. Ela, Gina, acreditava, sabia que Harry já sofria de mais com a perseguição de você-sabe-quem pra se arriscar assim. Ele tentou sair dali, mas as pessoas o impediam. Como eles não percebiam que o garoto estava infeliz?
Assim que Harry sumiu na escada do dormitório masculino, ela também foi se deitar. Mas o sono não veio seus pensamentos estava a mil – Droga, Harry! Agora que eu tava conseguindo me manter afastada de você e levar minha vida normalmente, acontece isso e você fica em perigo, como vou conseguir superar você se vou morrer de preocupação. Mas sua decisão em relação a Harry já estava tomada, se ela era só a irmãzinha do seu melhor amigo, ele também seria só o amigo do seu irmão. Mas será que poderia se preocupar com o amigo do irmão a ponto de sentir doer o coração?Oh, Merlin! Me faça agüentar tudo isso! – E no meio dessa confusão toda de seus pensamentos Gina dormiu, mas foi um sono irrequieto, pois o rosto infeliz de Harry apareceu em seus sonhos.
No café-da-manhã do dia seguinte o clima era de pura euforia na mesa da Grifinória, mas Gina percebeu que Rony tinha brigado com Harry, com certeza seu irmão não acreditava que Harry não tinha se inscrito e brigou com o amigo. Como Rony podia ser tão tapado, quem por vontade própria arriscaria uma vida que já é arriscada, só pelo simples fato de se estar vivo? E suas suspeitas se confirmaram com o distanciamento dos dois nos dias que se seguiram.
Harry parecia a cada dia mais infeliz e Gina já achava que não agüentaria ficar longe, a escola estava totalmente dividida entre os que apoiavam e não apoiavam Harry e as provocações com Harry eram gigantes, era de dar pena o estado dele.
Ao se encontrar com Colin o garoto parecia que tinha ganhado o grande prêmio:
- Acabei de levar o Harry pra sala onde os campeões vão ser fotografados e entrevistados! Não é de mais.
- É sim Colin, mas vamos, temos que nós apresar, senão não chegaremos a tempo na estufa pra aula de Herbologia.
- É vamos! – mas Colin, não parou de falar um segundo, até entrarem na estufa, de como o Toeneio é legal, como Harry é o máximo...
Na entrada do Castelo na volta da aula Gina se deparou com Draco Malfoy e seus amigos na porta da Salão Principal, todos parecendo muito alegres e apontando pra distintivo que diziam:
“Apóie CEDRICO DIGGORY o VERDADEIRO campeão de Hogwarts.”
— Gostou, Weasley? Fizemos em homenagem ao nosso campeão — perguntou Malfoy quando passou por Gina. Quando ela abriu a boca pra responder ele continuou. — E isso não é só o que eles fazem, olha só! – E apertou o distintivo contra o peito, a mensagem desapareceu e foi substituida por outra, que emitia uma luz verde:
“POTTER FEDE”
Gina ficou chocada, como eles podiam fazer uma coisa dessa, mas era Malfoy, não podia esperar coisa melhor. Para evitar alguma confusão, ela engolia a azaração que já tava na ponta da língua deu as costas e saiu de perto, não valia à pena, além do que não era só Malfoy, no caminho pra sua próxima aula, ela viu muitos alunos da Sonserina, Corvina e Lufa-lufa usando o distintivo. As pessoas eram cruéis de mais.
Alguns dias depois a entrevista com Harry saiu e Gina duvidou que metade do que estava escrito ali fosse verdade. Harry jamais exporia a vida dele daquele jeito, sem falar que o torneio mal era citado. Na verdade a entrevista parecia uma versão melodramática da vida de Harry Potter e depois disso a paz já escassa do garoto se reduzia a quase nada!
No seu primeiro passeio a Hogsmead, como havia combinado foi com seus colegas do terceiro ano, se prometeu que não ficaria pensando em Harry e aproveitaria o passeio. E foi o que fez, foram direto para a Zorko´s, depois Dedos de Mel, caminharam até a Casa dos Gritos e por fim foram tomar uma cerveja amanteigada no Três Vassouras e quando voltou ao castelo estava muito feliz!
Na manhã seguinte, Gina notou que Harry parecia, se é que era possível, pior do que antes. Alguma coisa tinha contecido? Concentre se Ginevra, ele nem é mais amigo do seu irmão, deixe de se preocupar com ele! A quem eu to querendo enganar, a primeira tarefa será em alguns dias! Merlin, proteja ele!
A terça-feira chegou voando, o castelo estava em polvorosa. Gina não conseguiu comer, parecia que era ela que estaria enfrentando a tarefa daqui a poucas horas! A única coisa que conseguia fazer era pedir em silêncio: Merlin, proteja ele! Merlin, proteja ele! Merlin, proteja ele! – como um mantra pra tentar se acalmar.
Viu a professora Minerva se aproximar e sair com Harry pelas as portas do salão Principal e nessa hora intensificou seu mantra, não sabia o que o aguardava, mas a tensão era terrível. Momentos depois todos se dirigiam para os jardins e pra as arquibancadas montadas ali. Junto com seus colegas de classe Gina procurou um lugar com uma boa visão do terreno a sua frente.
Foi então que trouxeram o primeiro dragão, todos prenderam a respiração. A tarefa foi explica, cada campeão teria que passar por um dragão e pegar um ovo de ouro.
O primeiro campeão a entrar foi Cedrico, ele transfigurou uma pedra no chão. Transformou-a em cachorro. Tentou fazer o dragão avançar no cachorro e não nele. Até funcionou, porque conseguiu apanhar o ovo, mas ele também se queimou, porque o dragão mudou de idéia no meio do caminho e decidiu que preferia pegar ele em vez do labrador, Cedrico escapou por um triz.
Segundo foi a tal de Fleur, tentou uma espécie de feitiço, parecia querer fazer o dragão entrar em transe, isso funcionou, o bicho ficou sonolento, mas aí soltou um ronco e cuspiu um grande jorro de chamas e a saia dela pegou fogo, ela apagou com um pouco de água tirada da varinha.
O terceiro foi o Krum. – Porque a Harry tinha que ser o último? – Atacou o dragão com um feitiço bem no olho. Mas o bicho saiu andando agoniado e amassou metade dos ovos de verdade, ele perdeu pontos por causa disso, Krum não devia ter danificado a ninhada.
Então finalmente, entrou Harry – seria sua impressão, ou aquele dragão parecia pior que os outros? – Gina, nem piscava sua atenção estava toda voltada pra figura que encarava o dragão.
Ele ergueu a varinha.
— Accio Firebolt!— gritou.
Gina acompanhou então o olhar de Harry em direção ao castelo então ela viu a Firebolt disparando na direção dele, começando a sobrevoar a floresta, chegando ao cercado e estacando imóvel no ar, aguardando que ele a montasse. A multidão fez ainda mais estardalhaço. Gina já não ouvia mais nada, tudo se resumia a Harry.
Ele passou a perna por cima da vassoura e deu impulso contra o chão. Foi subindo, subindo... Momentos depois mergulhou. A cabeça do Rabo-Córneo o acompanhou, o garoto sabia o que ia fazer, e se recuperou do mergulho bem na hora, um jorro de fogo fora cuspido exatamente no ponto em que ele estaria se não tivesse se desviado... Mas Harry não se importou...
Merlin, proteja ele! Merlin, proteja ele! Merlin, proteja ele! Merlin, proteja ele! – Gina apertava com tanta força suas vestes, que os nós dos dedos estavam brancos.
Harry voou mais alto descrevendo um círculo, o Rabo-Córneo continuava acompanhando o progresso do garoto, sua cabeça girava sobre o longo pescoço. Se deixou afundar rapidamente na hora em que o dragão abriu a boca, mas desta vez teve menos sorte — ele escapou das chamas, mas o bicho chicoteou o rabo para o alto ao seu encontro, e quando ele virou para a esquerda, um dos longos chifres arranhou seu ombro, rasgando suas vestes...
Gina não queria olhar, mas ela tinha que ver!
O dragão não parecia estar querendo voar, estava demasiado preocupado em proteger os ovos. Embora se contorcesse e abrisse e fechasse as asas sem tirar aqueles medonhos olhos amarelos de Harry, tinha medo de se afastar demais de sua ninhada...
Harry começou a voar, primeiro para um lado, depois para o outro, suficientemente longe para o bafo do bicho não o perfurar, mas, ainda assim, oferecendo uma ameaça suficientemente forte para o dragão não tirar os olhos dele. A cabeça do bicho virava para um lado e para o outro, vigiando o garoto com aquelas pupilas verticais, as presas à mostra...
Harry voou mais alto. A cabeça do Rabo-Córneo se ergueu com ele, o pescoço agora esticava-se ao máximo, ainda se movendo, como uma serpente diante do seu encantador...
O garoto subiu mais alguns palmos, e o bicho soltou um rugido de exasperação. Harry era uma mosca para ele, uma mosca que o bicho gostaria de amassar, seu rabo tornou a chicotear, mas Harry estava demasiado alto para que pudesse alcançá-lo... O dragão cuspiu fogo para o ar, Harry se desviou...
As mandíbulas do bicho se escancararam...
Então o dragão se empinou, abrindo finalmente as poderosas asas negras de couro, grandes como as de um pequeno avião — e Harry mergulhou. Antes que o dragão percebesse o que ele fizera, ou onde desaparecera, o garoto estava voando a toda velocidade para o chão em direção aos ovos, agora sem a proteção das patas com garras do dragão — Harry soltou as mãos da Firebolt —, agarrou o ovo de ouro... E, com um grande arranco, tornou a subir e parou no ar, sobre as arquibancadas, o pesado ovo bem preso sob o braço bom, e era como se alguém tivesse acabado de aumentar o volume do som — pela primeira vez Gina ouviu o barulho da multidão a sua volta, ela começou a gritar e aplaudir um alívio intenso a possuiu.
— Olhem só para isso! — berrava Ludo Bagman. — Por favor olhem para isso! Nosso campeão mais jovem foi o mais rápido a apanhar o ovo! Bom, isto vai diminuir a desvantagem do Sr. Potter!
Merlin, obrigado! – Gina agradecia em silêncio, enquanto festejava com os outros.
Harry voltou pra receber sua nota e de longe Gina pode ver o alivio estampado no seu rosto e a presença de seu irmão ao lado dele deveria explicar muita coisa – como Rony é bocó só foi fazer as pazes depois que o amigo dele passou por perigo de morte!
A comemoração foi providenciada pelos gêmeos e assim que o trio passou pelo buraco da Mulher Gorda a festa começou. Depois de muita insistência Harry abriu o ovo e o som agourento que saiu de dentro não era um bom presságio! Mas rapidamente isso foi esquecido e a festa seguiu até a madrugada!
O clima pra Harry depois da primeira tarefa pareceu melhorar, as pessoas pareceram entender, ou pelo menos pararem de perturbá-lo. E Gina voltou a se focar em esquecer ele coisa se estava se mostrando impossível!
A notícia do Baile de Inverno correu como rastilho de pólvora pelos corredores do castelo. Os alunos, mais novos, que só poderiam ir se fossem convidados, se indignavam e os mais velhos já faziam planos de quem seriam seus pares. Gina sabia quem ela queria que a convidasse (esqueça ele!), não o importante ela queria ser convidada, só assim poderia ir ao Baile!
Os dias não passavam, voavam. Nesse período o único assunto que existia no castelo era o Baile. Algumas garotas se arriscavam a convidar os garotos, pra sua surpresa dois garotos um da Corvinal e outro da Lufa-lufa, ambos do quarto ano tinha na convidado, mas ela recusou não conhecia nenhum dos dois e achou melhor não aceitar!
Gina notou com uma pontada, que no momento ela não saberia identificar, que Harry não tirava os olhos da mesa da Corvinal. – Não pense nisso e só aceitar o próximo convite que você receber!
E não demorou muito pra Gina ser convidada por alguém “perfeito”!
- E... Ginn... Ginna!
- Oi, Neville, fala!
- Você... jáa... tem... par... pro... baile... – ele guaguejou.
- Não, ainda não! – Gina falou num tom disfarçado. Neville era um ótimo garoto e seria legal ir com ele!
- Você q-u-e-r i-r comigo? – o garoto disse num sussuro, mas Gina conseguiu ouvir.
- Claro Neville, vai ser maravilhoso! – Gina deu um sorriso enorme pro garoto – Agora teho que ir senão vou chegar atrasada pra aula de porções.
- Ah! Tah! Obrigada Gina!!
- Eu que tenho que agradecer, se você não me convidasse acho que acabaria não indo ao baile!! Valeu Neville!! – e dizendo isso deixou um risonho Neville pra trás e correu em direção as masmorras...
- Gina será que agente pode conversar? – Era Hermione quem a chamava.
- Claro Mione, vamos pro meu dormitório, não tem ninguém lá há essa hora!
Assim que chegaram Gina notou que Hermione estava bem estranha.
- Mione aconteceu alguma coisa?
- É, bem..., você já foi convidada pro baile? E que... – Gina ficou vermelha e encarou Hermione que também tinha o rosto corado.
- É, eu fui sim, na verdade um garoto da Corvinal e outro da Lufa-lufa me convidaram, mas aceitei mesmo ir com o Neville – Gina disse muito rápido – E você o que aconteceu, não me dig... – a idéia absurda de que Rony pudesse ter convidado a amiga passou por sua cabeça, mas foi interrompida pela declaração inesperadisíssima de Hermione.
- Vítor Krum me convidou e eu aceitei! – Hermione disse como se aquilo fosse com outra pessoa. A única reação de Gina foi arregalar os olhos e encarar o amiga.
- O Krum?
- É, ele mesmo, sabe parece que ele andava rondando a biblioteca esse dias por minha causa. – Hermione estava mais vermelha que um Weasley quando terminou de falar! – E você vai com o Neville, nunca esperei! Ele também me convidou, mas eu não aceitaei, estava esperando o... a deixa pra lá. Vá ser legal você poder ir ao baile!
- Sabe Mione, eu tenho tentado ser eu mesma e consegui, mas certo míope não me enxergou e eu não vou passar o resto da vida esperando que ele me note, no fundo até tive esperança que ele me convidasse, mas depois que vi como ele olhava pra Chang resolvi aceitar o próximo convite que recebesse e então o Neville me chamou... – Gina não deixou de notar a última frase da amiga, ela não a pressionariam, mas se estivesse certa, certo trasgo ruivo que por acaso era seu irmão era tão míope quanto seu melhor amigo!
- Ah, Gina você fez a coisa certa quem sabe você saindo com outros garotos ele perceba que você não é só a irmã do Rony. Mas deixando isso pra lá o que você vai vestir?
- Eu vou pedir pra mamãe me mandar um vestido que tenho e que gosto muito e você?
- Também vou pedir pra minha mãe, mas acho que vou pedir um vestido novo, já que vou dançar com um dos campeões na abertura do baile – Hermione não deixava de ficar corada.
- É verdade, nervosa?
- Claro!!
A conversa durou até a hora do jantar quando as duas desceram pro Salão Principal.
No dia seguinte Gina presenciou a cena mais bizarra da sua vida Rony convidando Fleur Delacour pro Baile. Aquilo só não foi mais engraçado que o dia em que os gêmeos transformaram o ursinho dele em uma aranha. Mas por solidariedade conseguiu retirar o irmão da frente de todos e levá-lo pra Torre da Grifinória.
Assim que acomodou Rony em uma das poltronas Harry apareceu pelo buraco da Mullher Gorda.
— Que aconteceu, Rony? — perguntou Harry se juntando aos dois.
Rony ergueu os olhos para Harry, uma expressão de horror no rosto.
— Por que fiz aquilo? — perguntou ele enlouquecido. — Não sei o que me obrigou a fazer aquilo!
— O quê?
— Ele... Hum... Convidou Fleur Delacour para ir ao baile — disse Gina. Gina prendia a gargalhada que estava presa em sua garganta a todo o custo, depois ela teria tempo pra rir agora tinha que ajudar o irmão. Então continuou a dar palmadinhas no braço de Rony, demonstrando sua solidariedade.
— Você o quê?
— Não sei o que me obrigou a fazer aquilo! — exclamou Rony outra vez. — Quem é que eu estava fingindo que era? Havia gente, a toda volta, fiquei maluco, todo mundo olhando! Eu estava passando por ela no saguão de entrada, Fleur estava parada conversando com Diggory, e uma coisa parece que se apoderou de mim, e convidei!
Rony gemeu e enterrou o rosto nas mãos. Ele não parava de falar embora fosse difícil distinguir o que dizia.
— A garota olhou para mim como se eu fosse um verme ou coisa parecida. Nem me respondeu. E então... Não sei... Parece que recuperei o juízo e me mandei dali.
— Ela é parte Veela — disse Harry. — Você tinha razão, a avó dela era Veela. Não foi sua culpa, aposto como você passou na hora em que ela estava jogando charme para Diggory e você foi atingido, mas ela está perdendo tempo. Ele vai levar Cho.
Rony levantou a cabeça.
— Eu acabei de convidá-la para ir comigo — disse Harry sem emoção —, e ela me contou.
Gina de repente parara de sorrir. Ela sentiu aquela pontada de novo, aquilo estava incomodando, mas fez um esforço tremendo pra ignorar.
— Isso é uma piração — disse Rony —, somos os únicos que não têm ninguém, bem, tirando o Neville. Ei, adivinha quem ele convidou? Mione!
— Quê! — exclamou Harry, completamente distraído pela surpreendente notícia.
— É, eu sei! — disse Rony, um pouco de cor voltando ao seu rosto quando ele começou a rir. — Neville me contou depois da aula de Poções! Disse que ela sempre foi muito legal, que o ajudava nos estudos, mas Mione falou que já estava indo com alguém. Ah! Como se fosse! Ela só não queria ir com o Neville... Quero dizer, quem iria querer?
— Não! — disse Gina aborrecida. — Não ria...
Naquele instante Hermione vinha passando pelo buraco do retrato.
— Por que vocês dois não foram jantar? — perguntou ela, vindo se reunir ao grupo.
— Por que... Ah, parem de rir, vocês dois... Porque as garotas que eles convidaram acabaram de recusar o convite! — disse Gina.
Isso fez os dois calarem a boca.
— Obrigado, Gina — disse Rony azedo.
— Todas as garotas bonitas já estão ocupadas, Rony? — perguntou Hermione com um ar superior. — A Heloisa Midgen está começando a parecer bem bonita, agora, não está não? Bem, tenho certeza de que vocês vão encontrar em algum lugar alguém que queira vocês.
Mas Rony estava encarando Hermione como se, de repente, a visse sob uma luz totalmente nova.
— Hermione, Neville tem razão, você é uma garota...
— Bem observado — respondeu ela com azedume.
— Então... Você poderia acompanhar um de nós!
— Não, não poderia — retorquiu Hermione.
— Ah, vai — disse ele impaciente —, precisamos de pares, vamos fazer um papel realmente idiota se não tivermos nenhum, todos os outros têm...
— Não posso ir com vocês — disse Hermione, agora corando —, porque já estou indo com uma pessoa.
— Não, não está! — disse Rony. — Você só disse isso para se livrar de Neville!
— Ah, foi? — Os olhos de Hermione faiscaram perigosamente. — Só porque você levou três anos para reparar, Rony, não significa que mais ninguém tenha percebido que eu sou uma garota!
Rony arregalou os olhos para ela. Depois tornou a sorrir.
— OK, OK, sabemos que você é uma garota. Satisfeita? Você vai com a gente agora?
— Eu já falei! — disse Hermione muito zangada. — Estou indo com outra pessoa!
E saiu decidida em direção à escada para o dormitório das garotas.
— Ela está mentindo — sentenciou Rony, acompanhando-a com o olhar.
— Não está não — disse Gina baixinho.
— Quem é a pessoa, então?
— Não vou dizer, não é da sua conta.
— Certo — disse ele, que parecia ofendido —, essa história está ficando idiota. Gina você pode ir com o Harry e eu vou...
— Não posso — respondeu Gina, e ela ficou vermelha também.
— Estou indo com... Com Neville. Ele me convidou quando Hermione disse não e eu achei... Bem... De outro jeito eu não poderia ir, não estou no quarto ano. — Ela parecia infelicíssima. — Acho que vou descer para jantar — e dizendo isso, se levantou e saiu pelo buraco do retrato, de cabeça baixa.
Oh, Merlin porque você faz isso comigo? Eu acabo de perder a chance de ir ao Baile com o Harry, se eu não tivesse aceitado o convite do Neville... Pare já com isso!! Você não aceitou o convite do Neville pra esquecer o Harry, então esqueça!!! Ele só iria com você como a irmãzinha do Rony, ele queria ir com a Chang!!
As lágrimas vieram sem que Gina tivessem controle sobre elas, porque estava chorando ela não sabia, mas Harry Potter era o motivo e ela se prometeu que seria a última vez que choraria por causa dele. Nem que tivesse que arrancar o coração fora: Merlin, por favor me faça esquecê-lo, estou cansada de sofrer!
Os dias passaram rápido de mais e na manhã de Natal, junto com seus presentes estava também o vestido que usaria a noite e sua mãe tinha lhe mandado. Era um vestido simples, mas que lhe caia muito bem e de uma cor acinzentada que tinha um efeito especial pra quem olhava de longe emitindo um brilho suave e que ressaltava seus cabelos vermelhos.
Às cinco horas se encontrou com Hermione e foram se arrumar juntas, uma ajudando a outra. Gina preferiu deixar os cabelos soltos em uma cascata vermelha que ia até sua cintura, já Hermione preferiu recolher sua recém alisada cabeleira em um coque. Na final após se vestirem e uma aprovar a outra as duas desceram. Gina logo encontrou Neville e eles foram pro salão Principal, enquanto Hermione desaparecia dizendo que iria se encontrar com seu par.
O baile foi perfeito, Gina se divertiu muito e viu que ter ido com Neville foi uma ótima escolha. A cara de Rony quando viu Hermione com Vítor Krum ficaria gravada na memória dela, é foi bem feito o idiota só descobriu que Hermione é uma garota quando tava precisando de par! O que Gina achou mais estranho foi a atenção que subitamente pareceu exercer sobre os garoto, muitos deles olhavam pra ela de um jeito diferente.
À hora mais difícil foi a primeira dança, as dos campeões, pois apesar de toda sua resolução, lá no fundo, bem no fundo, ela queria ser quem estava dançando com Harry. Uma dança, uma única dança e teria sido perfeito. Mas não houve dança nenhuma e a atenção de Harry não foi para ele, nem por mais de um segundo.
Mas tirando este pequeno lapso no inicio da festa a noite de Gina foi maravilhosa! Se divertiu muito, apesar dos ter a pé pisoteado por Neville durante a dança. E no fim da festa...
- Gina, você ta linda hoje – Era Michael Corner, o garoto da Corvinal que a tinha convidado pra Baile – e bem que poderia ter vindo comigo – disse fazendo bico.
- Eu já tinha combinado de vir com o Neville quando você me convidou – Gina disse estava violentamente corada!
- Sabe Gina você é a garota mais bonita aqui essa noite! – disse o garoto deixando Gina mais sem graça ainda.
- A imag... – mais foi interrompida pó Neville que trazia uma cerveja amanteigada pra ela.
- Boa noite, Gina – Michael se despediu, depositando um beijo em sua bochecha.
- Boa noite! – Gina respondeu com um sorriso pro garoto.
- Eh, desculpa se atrapalhei alguma coisa Gina! - Neville falou assim que Michael se afastou.
- Você não atrapalhou nada e foi uma ótima companhia essa noite, obrigada por ter me convidado.
- Não me agradeça, vamos pra Torre acho que a festa já ta no fim.
- Vamos!! – Gina respondeu – Também acho que já ta no fim!
No final o baile foi melhor do que ela poderia ter imaginado.
Quando já estava no corredor do dormitório feminino Hermione passou por ele como um furacão.
- Mione o que aconteceu, você parecia realmente feliz da ultima vez que te vi com o Krum?
- Não foi o Vítor, foi o trasgo do seu irmão, mas eu não quero falar sobre as barbaridades que ele me disse! Como foi sua noite, percebi que alguns garotos não tiravam os olhos de você – falou com tom de brincadeira.
- Na verdade foi ótima, o Neville foi uma boa companhia e na final o Micheal veio falar comigo, me disse que eu tava linda... – Gina parou estava bem envergonhada.
- Mas você ta linda Gi, e muitos garotos repararam em você essa noite.
- Não quem eu gostaria que reparasse! – Gina soltou sem perceber – Ah, esquece que eu disse isso! Não sei de quem eu to falando!
- Se você prefere assim!
- Prefiro, e você como foi a noite antes do meu irmão, pelo visto, estragar?
- Foi ótima e me diverti muito, principalmente quando entrei no salão e o “fã clube” dele me reconheceu a cara delas foi impagável!
- Eu também ri disso e você viu na hora em que Henriet Fintsgrant quase derrubou o par dela
- Vi sim, todo mundo que viu teve que prender o riso. – E assim enquanto continuavam se “desarrumando” elas seguiram comentando o baile.
Os dias passaram rápidos e Gina começou a receber sorrisos todas as vezes que passava por Michael, eram momentos rápidos e ela sempre respondia aos sorrisos do garoto. Ele era encantador com ela e realmente parecia estar interessado.
As noticias sobre Hagrid ser meio-gigante apesar de não ser surpreendente pelo tamanho do professor causou algum burburinho no castelo.
É num piscar de olhos estava todos a beira do lago esperando que os campeões chegassem pra realização de segunda prova do Torneio.
Cedrico, Fleur e Krum estavam parados ao lado da mesa, esperando Harry que se aproximava correndo.
Alguns ainda falaram com Harry, então Sr Bagman lhe deu um breve aperto no ombro e voltou à mesa dos juízes, depois apontou a varinha para a própria garganta como fizera na Copa Mundial, disse "Sonorus!" e sua voz reboou sobre as águas escuras até as arquibancadas.
— BEM, OS NOSSOS CAMPEÕES ESTÃO PRONTOS PARA A SEGUNDA TAREFA, QUE COMEÇARÁ QUANDO EU APITAR. ELES TÊM EXATAMENTE UMA HORA PARA RECUPERAR O QUE FOI TIRADO DELES. ENTÃO, QUANDO EU CONTAR TRÊS. UM... DOIS... TRÊS!
Gina suspeitou o que teriam retirado de Harry, onde estavam Rony e Hermione?
Merlin proteja ele!
O apito produziu um som agudo no ar frio e parado, as arquibancadas explodiram em vivas e palmas, sem se virar para ver o que os outros campeões estavam fazendo, Harry descalçou os sapatos e as meias, tirou um punhado de algo nojento do bolso, meteu-o na boca e entrou no lago.
Merlin proteja ele! – Gina fechou os olhos em uma prece silenciosa a única coisa que poderia fazer agora era esperar.
E a espera foi longa, a tensão dominava a arquibancada já que ninguém conseguia ver o que estava acontecendo nas profundezas do Lago.
Minutos que pareceram horas se passaram até Fleur se retirada do Lago, ela tinha falhado na sua missão, ainda faltavam os outros três. E pelo estado da moça as coisas não deviam estar sendo nada fáceis lá em baixo!
Cedrico foi o primeiro a aparecer, trazendo Chang consigo. Essa, Gina achou não teria feito falta se tivesse ficado no fundo do Lago, mas logo depois se repreendeu por seu pensamento.
Logo depois, Krum apareceu trazendo Hermione com ele, sua amiga parecia assustada, mas aparentemente bem.
Só faltava Harry e o tempo estava quase se esgotando! – Onde ele estava! Oh, Merlin, porque ele tem que se meter nessas coisas, o proteja, por favor! – Então uma cabeça morena acompanhada de uma ruiva e uma loira apareceram.
Harry e Rony puxaram a irmã de Fleur pela água, até a margem, onde os juízes aguardavam de pé observando-os, vinte sereianos acompanhavam os garotos como uma guarda de honra, cantando aquelas horríveis músicas agudas.
Aparentemente, todos estavam bem – Obrigada, Merlin! – Gina agradeceu e voltou sua atenção pra o que acontecia mais a baixo.
Dumbledore se encontrava agachado à beira da água, absorto em conversa com alguém que parecia ser o chefe dos sereianos, uma fêmea particularmente selvagem, de aspecto feroz. Emitia o mesmo tipo de guinchos que o de seus companheiros quando estavam embaixo da água, era óbvio que Dumbledore sabia falar serêiaco. Finalmente ele se ergueu, virou-se para os demais juízes.
Os juízes se agruparam. Madame Pomfrey tinha ido salvar Rony dos abraços de Percy (Gina ria da reação do irmão mais velho, Percy naquele exato momento estava parecendo muito com sua mãe); ela o levou para onde estavam os outros garotos, deu-lhe um cobertor e um pouco de Poção Estimulante, depois foi buscar Fleur e a irmã. Fleur tinha muitos cortes no rosto e nos braços, e suas vestes estavam rasgadas, mas ela não parecia se importar, nem queria deixar Madame Pomfrey tratá-la.
Fleur se dirigiu a Harry falou alguma coisa e então se abaixou, beijou Harry nas duas bochechas (Gina sentiu aquela pontadinha incomoda outra vez), em seguida falou com Rony e também o beijou na bochecha. Nessa hora a atenção de Gina se voltou pra Hermione que pareceu simplesmente furiosa, Gina riu da reação da amiga, mas naquele instante, a voz magicamente ampliada de Ludo Bagman reboou ao lado deles, pregando-lhes um susto e fazendo os espectadores nas arquibancadas mergulharem num grande silêncio.
— SENHORAS E SENHORES, JÁ CHEGAMOS A UMA DECISÃO. A CHEFE DOS SEREIANOS, MURCUS, NOS CONTOU EXATAMENTE O QUE ACONTECEU NO FUNDO DO LAGO E, PORTANTO, EM UM MÁXIMO DE CINQÜENTA, DECIDIMOS ATRIBUIR A CADA CAMPEÃO, AS SEGUINTES NOTAS... A SRTA. FLEUR DELACOUR, EMBORA TENHA FEITO UMA EXCELENTE DEMONSTRAÇÃO DO FEITIÇO CABEÇA-DE-BOLHA, FOI ATACADA POR GRINDYLOWS AO SE APROXIMAR DO ALVO E NÃO CONSEGUIU RESGATAR SUA REFÉM. RECEBEU VINTE E CINCO PONTOS.
Aplausos das arquibancadas.
— O SR. CEDRICO DIGGORY, QUE TAMBÉM USOU O FEITIÇO CABEÇA-DE-BOLHA, FOI O PRIMEIRO A VOLTAR COM A REFÉM, EMBORA TENHA CHEGADO UM MINUTO DEPOIS DA HORA MARCADA. — Ouviram-se grandes aplausos dos alunos da Corvinal entre os espectadores. — PORTANTO, RECEBEU QUARENTA E SETE PONTOS.
— O SR. VÍTOR KRUM USOU UMA FORMA DE TRANSFORMAÇÃO INCOMPLETA, MAS AINDA ASSIM EFICIENTE, E FOI O SEGUNDO A VOLTAR COM A REFÉM. RECEBEU QUARENTA PONTOS.
Karkaroff bateu palmas com especial entusiasmo, fazendo ar de superioridade.
— O SR. HARRY POTTER USOU GUELRICHO COM GRANDE EFICÁCIA — continuou Bagman. — ELE VOLTOU POR ÚLTIMO E ULTRAPASSOU EM MUITO O PRAZO DE UMA HORA. CONTUDO, A CHEFE DOS SEREIANOS NOS INFORMOU QUE O SR. POTTER FOI O PRIMEIRO A CHEGAR AOS REFÉNS, E O ATRASO NA VOLTA SE DEVEU À SUA DETERMINAÇÃO DE TRAZER TODOS OS REFÉNS À SEGURANÇA E NÃO APENAS O SEU.
Gina achou isso típico de Harry, afinal, ele sempre salvava as pessoas, inclusive ela.
— A MAIORIA DOS JUIZES — e aqui Bagman olhou com muita indignaçãopara Karkaroff — ACHA QUE TAL ATITUDE REVELA FIBRA MORAL E MERECE O NÚMERO MÁXIMO DE PONTOS. MAS... O SR. POTTER RECEBEU QUARENTA E CINCO PONTOS.
Harry agora ia disputar o primeiro lugar com Cedrico. Todos aplaudiam e Gina aplaudia freneticamente. Fleur também o aplaudia freneticamente, mas Krum não pareceu nada feliz.
— A TERCEIRA E ÚLTIMA TAREFA SERÁ REALIZADA AO ANOITECER DO DIA VINTE E QUATRO DE JUNHO — continuou Bagman. — OS CAMPEÕES SERÃO INFORMADOS DO QUE OS ESPERA EXATAMENTE UM MÊS ANTES. AGRADECEMOS A TODOS O APOIO DADO AOS CAMPEÕES.
Com certeza, hoje teria festa na Torre da Grifinória
Uma semana antes do passeio a Hogsmead Gina recebeu uma coruja com um bilhete na hora do café-da-manhã:
Gostaria de saber se a garota, mas bonita de Hogwarts, aceitaria ir comigo a Hogsmead, na próxima semana?
Espero que dessa vez tenha sido o primeiro a convidar!!
Aguardo ansioso sua resposta!
Um Beijo
Michael Corner
Gina olhou pra mesa da Corvinal da onde Michael a olhava com expectativa, então sorriu pro garoto. Ele realmente parecia interessado e ela resolveu aceitar o convite.
- Então Mione, quem vai ser a sua vitima da semana, com sua porção do amor, o Cedrico e o campeão que falta, sabem estão apostando que ate semana que vem você vai ta namorando com ele. – Gina falou em um tom falsamente serio pra perturbar a amiga.
- Ah, Gina até você! – Hermione respondeu com uma cara cansada.
- Desculpa Mione, não resisti à brincadeira, sabe convivência com os gêmeos.
- Tudo bem, e essa súbita felicidade a que se deve? – Hermione perguntou notando que há tempos não via Gina sorrindo assim.
- Michael me convidou pra ir a Hogsmead com ele amanhã e eu aceitei!
- Fez muito bem, ele parece realmente interessado.
- É, foi o que eu pensei e realmente ver que alguém se interessa por mim, me fez muito bem!
- E você?
- O que tem eu?
- Porque também não convida o Krum e vai com ele?
- A não dá já combinei com o Harry e Rony, temos umas coisas pra fazer!
- Já que você falou “coisas” deve ser algum dos segredos de vocês então nem vou perguntar o que é.
- Gina não fala assim e que o Harry pediu a nossa ajuda pra uma coisa e com é particular dele acho que não devo te contar.
- Tudo bem, já estou acostumada, nas férias dava pra ver que tinham “coisas” que vocês não queriam que eu ouvisse. Mas voltando ao outro assunto, acho que você tem que largar o Harry e o Rony e aproveitar um pouco, no fim do ano o Vítor vai embora e pelo jeito que ele te olha ele parece realmente interessado em você!
- Não Gina, nós somos só amigos e deixei isso claro pro Vítor!
- Tudo bem, se você acha isso! Vou indo então fiquei de me encontrar com a Luna na biblioteca pra fazer o dever de Porções, três metros de pergaminho, ninguém merece! – Saiu da sala comunal mandando um beijo pra Hermione.
Na manhã seguinte, Gina desceu apreensiva pro café-da-manhã, assim que tomou café se encontro com Michael nas portas principais e foram pegar uma carruagem para ir ao vilarejo. O garoto era muito gentil, os dois conversaram animadamente durante todo o caminho, Gina se soltando mais a cada minuto.
Assim que chegaram resolveram ir a Zorko’s e depois seguiram pra Dervixes & Bangues. Tudo estava sendo mais agradável do que Gina poderia ter imaginado, algumas horas depois Michael sugeri que fossem beber alguma, coisa, mas em vez de seguir pro Três Vassouras ele a levou pra uma pequena casa de chá, o Madame Puddifoo, era um lugarzinho cheio e esfumaçado que era decorado inteiramente. Só havia casais ali e Gina achou que tinha um certo clima de romance no ar. Os dois tomaram um chá e continuaram conversando animadamente.
O dia passou rapidamente e no fim quando se despediram no corredor que levava a Torre da Grifinória, Michael a surpreendeu com um beijo muito, muito próximo de sua boca. Então lhe sorriu e foi embora.
O dia seguinte foi marcado pelo ataque das fãs furiosas de Harry a Hermione, teria sido engraçado se sua amiga não tivesse ido parar na Ala Hospitalar.
Os dias passaram voando e um abrir e fechar de olhos já faltava um mês pra ultima tarefa e todos viram a sebes que começavam a crescer no meio do campo de Quadribol. Gina sabia que alguma coisa daquelas que só acontecia com Harry estava acontecendo. O trio andava muito estranho, sempre juntos e cochichando pelos cantos e isso não era bom sinal, sempre que eles ficavam assim era porque alguma coisa iria acontecer.
Esse mês também passou voando, Harry parecia empenhado nos treinamentos junto com Rony e Mione, mas dava pra ver pela expressão dos três que algo ia realmente mal. Miachel sempre que podia mandava um bilhete bonitinho pra Gina, mas os dois não tinham passado disso. O garoto era realmente fofo com ela e Gina estava ficando encantada com tanta atenção.
Era, finamente, o dia da final do Tornei, na hora do almoça pra sua surpresa, sentados a mesa da Grifinória estava sua mãe e Gui, Gina correu pra ser abraçadas pelos dois e se sentou próxima a eles, que tinham ido como representantes da família de Harry, passar o dia com ele. Ela e todos os irmão e Hermione ali era como se tivessem em um almoço na Toca, foi muito bom e ter que voltar pras aulas da tarde foi chato.
Depois do banquete quando o teto encantado no alto começou a desbotar de azul para um violáceo crepuscular, Dumbledore se ergueu à mesa dos professores e fez-se silêncio.
— Senhoras e senhores, dentro de cinco minutos, vou pedir a todos que se encaminhem para o estádio de Quadribol para assistir à terceira e última tarefa do Torneio Tribruxo. Os campeões, por favor, queiram acompanhar o Sr. Bagman ao estádio agora.
Harry se levantou. Todos os colegas da Grifinória o aplaudiram, sua família e Hermione lhe desejaram boa sorte, Gina também desejou boa sorte e enquanto ele se dirigiu à porta do Salão Principal com Cedrico, Fleur e Krum voltou a recitar seu mantra – Merlin proteja ele!
Cinco minutos mais tarde, as arquibancadas começaram a se encher, o ar vibrou com as vozes excitadas e o ruído dos pés de centenas de estudantes que ocupavam seus lugares. O céu se tornara azul profundo e límpido, e as primeiras estrelas começavam a surgir. Hagrid, o Professor Moody, a Professora Minerva e o Professor Flitwick entraram no estádio e se aproximaram de Bagman e dos campeões. Usavam grandes estrelas vermelhas e luminosas nos chapéus, todos, exceto Hagrid, que carregava a dele nas costas do colete de pele de toupeira.
— SENHORAS E SENHORES, A TERCEIRA E ÚLTIMA TAREFA DO TORNEIO TRIBRUXO ESTÁ PRESTES A COMEÇAR! DEIXE-ME LEMBRAR A TODOS O PLACAR ATUAL! EMPATADOS EM PRIMEIRO LUGAR, COM OITENTA E CINCO PONTOS CADA, O SR. CEDRICO DIGGORY E O SR. HARRY POTTER, OS DOIS DA ESCOLA DE HOGWARTS!
Os vivas e as palmas fizeram os pássaros saírem voando da Floresta Proibida para o céu crepuscular.
— EM SEGUNDO LUGAR, COM OITENTA PONTOS, O SR. VÍTOR KRUM, DO INSTITUTO DURMSTRANG! — Mais aplausos. — E, EM TERCEIRO LUGAR, A SRTA. FLEUR DELACOUR, DA ACADEMIA DE BEAUXBATONS!
Harry acenou para os amigos que retribuíram o aceno, sorrindo.
— ENTÃO... QUANDO EU APITAR, HARRY E CEDRICO! —, anunciou Bagman. — TRÊS... DOIS... UM...
O bruxo soprou com força o apito e Harry e Cedrico correram para a entrada do labirinto. Logo depois o apito soou mais uma vez e Krum correu, mas um tempo e o terceiro apito soou, os quatro campeões estavam lá dentro. Agora a única coisa a fazer era esperar.
Vez ou outra algumas luzes podiam ser vistas, os resquícios dos feitiços que eram lançados pelos campeões.
Longos minutos e um grito aterrorizante pode ser ouvido, momentos depois Fleur Delacour foi retirada, muito pálida e abalada, do labirinto e imediatamente foi levada a ala hospitalar.
Não demorou muito e faíscas vermelhas foram vistas, alguém pedia ajuda e então o corpo imóvel de Vítor Krum foi retirado do labirinto, aparência de que tinha sido estuporado. Agora só restavam os dois campeões de Hogwarts.
Gina estava com os nervos em frangalhos e apertava com força a mão de Luna que estava ao seu lado. – Oh Merlin, faça ele sair inteiro daí, por favor!
Alguns feitiços ainda foram visto e pareciam bem perto do centro e tão uma luz fraca, mas distinguível foi visto e tudo parou, nada mais de feitiço, agora era só a angustia de esperar. Gina não piscava de tanta ansiedade – porque eu tinha gostar tanto dele, Merlin se ele sair vivo dessa eu prometo que vou tentar parar de pensar nele! Mas por favor, faz ele sair dali logo! – Os minutos se alongaram indefinidamente até que...
Harry e Cedrico aparecerem os dois deitados no chão, todos começaram a aplaudir, o som era ensurdecedor, mas a imagem era estranha, os dois caídos ali e Harry segurando Cedrico com uma mão e a taça com a outra, algo estava mal.
Então professor Dumbledore se aproximou e começou a falar com Harry, realmente, algo ia muito mal.
O ministro também se aproximou.
— Meu Deus, Diggory! — murmurou. — Dumbledore, ele está morto!
Então as palavra correram as arquibancadas "Ele está morto!" "Ele está morto!" "Cedrico Diggory! Morto!”
Gina então sem se controlar abraçou Luna e deixou que uma lágrima escapasse de seus olhos, não conhecia Cedrico, mas tinha visto o garoto tantas vezes e Harry, Ah poderia ter sido ele a não voltar. Olhou pra figura desorientada de Harry que era guiada pro castelo por Olho-tonto. Se soltou da amiga e foi procurar por alguém da sua família, todos deveriam ter ido pra Ala hospitalar ver como Harry estava.
Quando Gina conseguiu encontrar alguém, depois da confusão que se instaurou no castelo, foi sua mãe, que parecia muito pálida, disse que Harry estava bem, mas que estava dormindo e que não daria maiores informações no momento pra Gina. A garota tentou reclamar, mas o olhar da mãe era daqueles que não se devia contrariar.
Na manhã seguinte o diretor se dirigiu aos alunos, pedindo que deixassem Harry em paz e não fizessem perguntas sobre o que tinha acontecido. Gina ponderou e achou que ela também se incluiria nisso, mas logo, logo poderia saber o que estava acontecendo já que quase toda sua família parecia saber.
O clima no castelo era péssimo e todos não viam à hora de as aulas acabarem e voltar pra casa, a perda recente do colega pesava de mais no ambiente. O Salão Principal, que por sinal tinha estado menos barulhento do que costumava ser em uma Festa de Despedida, ficou muito silencioso.
— O fim — disse Dumbledore olhando para todos — de mais um ano.
Ele fez uma pausa e seu olhar pousou na mesa da Lufa-Lufa. A mais silenciosa de todas antes do diretor se levantar, e continuava a ser a mais triste e de rostos mais pálidos do salão.
— Há muita coisa que eu gostaria de dizer a todos vocês esta noite, mas primeiro, quero lembrar a perda de uma excelente pessoa, que deveria estar sentado aqui — ele fez um gesto em direção à mesa da Lufa-Lufa —, festejando conosco. Eu gostaria que todos os presentes, por favor, se levantassem e fizessem um brinde a Cedrico Diggory.
Todos obedeceram; os bancos se arrastaram e os alunos no salão se levantaram e ergueram seus cálices e ouviu-se um eco uníssono, alto, grave e ressonante: “Cedrico Diggory”.
— Cedrico era o aluno que exemplificava muitas das qualidades que distinguem a Casa da Lufa-Lufa — continuou Dumbledore. — Era um amigo bom e leal, uma pessoa aplicada, valorizava o jogo limpo. Sua morte nos afetou a todos, quer vocês o conhecessem bem ou não. Portanto, creio que vocês têm o direito de saber exatamente como aconteceu.
— Cedrico Diggory foi morto por Lord Voldemort. Um murmúrio de pânico varreu o Salão Principal. As pessoas olharam para Dumbledore incrédulas, horrorizadas. Ele parecia perfeitamente calmo ao observar os presentes até pararem de murmurar. Então era isso, Gina sentiu um arrepio involuntário percorrer seu corpo.
— O Ministro da Magia — continuou Dumbledore — não quer que eu lhes diga isto. É possível que alguns pais se horrorizem com o que acabo de fazer, ou porque não acreditam que Lord Voldemort tenha ressurgido ou porque acham que eu não deva lhes informar isto por serem demasiado jovens. Creio, no entanto, que a verdade é, em geral, preferível às mentiras, e qualquer tentativa de fingir que Cedrico Diggory morreu em conseqüência de um acidente ou de algum erro que cometeu é um insulto à sua memória.
— Há mais alguém que deve ser mencionado com relação à morte de Cedrico — continuou Dumbledore. — Estou me referindo, naturalmente, a Harry Potter.
Um murmúrio atravessou o salão e algumas cabeças se viraram em direção ao garoto antes de tornarem a fitar Dumbledore.
— Harry Potter conseguiu escapar de Lord Voldemort. E arriscou a própria vida para trazer o corpo de Cedrico de volta a Hogwarts. Ele demonstrou, sob todos os aspectos, uma bravura que poucos bruxos jamais demonstraram diante de Lord Voldemort e, por isso, eu o homenageio.
Dumbledore virou-se solenemente para Harry e ergueu sua taça mais uma vez. Quase todos os presentes no Salão Principal seguiram seu exemplo. E murmuraram seu nome, conforme tinham murmurado o de Cedrico, e beberam em sua homenagem.
Quando todos se sentaram mais uma vez, o diretor continuou:
— O objetivo do Torneio Tribruxo era aprofundar e promover o entendimento no mundo mágico. À luz do que aconteceu, o ressurgimento de Lord Voldemort, esses laços se tornam mais importantes do que nunca. O olhar do diretor foi de Madame Maxime e Hagrid a Fleur Delacour e seus colegas de Beauxbatons, daí para Krum e os alunos de Durmstrang à mesa da Sonserina.
— Cada convidado neste salão — disse o diretor e seu olhar se demorou nos alunos de Durmstrang — será bem-vindo se algum dia quiser voltar para cá. Repito a todos, à luz do ressurgimento de Lord Voldemort, seremos tão fortes quanto formos unidos e tão fracos quanto formos desunidos. O talento de Lord Voldemort para disseminar a desarmonia e a inimizade é muito grande. Só podemos combatê-lo mostrando uma ligação igualmente forte de amizade e confiança. As diferenças de costumes e língua não significam nada se os nossos objetivos forem os mesmos e os nossos corações forem receptivos.
— Creio — e nunca tive tanta esperança de estar enganado — que estamos diante de tempos negros e difíceis. Alguns de vocês, neste salão, já sofreram diretamente nas mãos de Lord Voldemort. As famílias de muitos já foram despedaçadas. Há apenas uma semana, um aluno foi levado do nosso meio. Lembrem-se de Cedrico Diggory. Lembrem-se, se chegar a hora de terem de escolher entre o que é certo e o que é fácil, lembrem-se do que aconteceu com um rapaz que era bom, generoso e corajoso, porque ele cruzou o caminho de Lord Voldemort. Lembrem-se de Cedrico Diggory.
Gina sentiu como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros, ele tinha voltado!
A viagem de trem até a estação King Cross foi bem tranqüila. Gina dividiu o vagão com seus colegas do terceiro ano, quando estava quase chegando Michael apareceu para lhe desejar boas férias se despedindo com um beijo na bochecha.
Ao chegarem sua mãe já os esperavam todos se despediram de Harry e Hermione e rumaram pra Toca. Gina sentia que não seriam férias muito agradáveis essas que estavam começando.
CONTINUA...
Baseado em Harry Potter e a Cálice de Fogo
n/a: demorou, mas ai está o maior capítulos de todos!!! Espero que gostem e não deixem de comentar!!!
Muito obrigadas a todos os comentários, inclusive aos pedidos de atualização, espero não demorar tanto com o próximo!!
Pra quem já acompanha a fic, todos os capítulos anteriores foram revisados e estão bem melhores pra ler agora, sem os erros!!!
Bjus!!! COMENTEM!!!
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