Saudades



Capítulo 2: Saudades

Ele abriu o embrulho e dentro havia uma bola transparente, Harry a segurou na palma da mão, o objeto começou a emitir um som de tic tac, e então seu quarto começou a dar voltas e ele sentiu um puxão no umbigo e logo ele encarou as sorridentes caras dos Weasleys:
-Bem vindo, Harry querido – disse a Sra. Weasley sufocando-o num abraço
-Mas como?!
-Você veio parar aqui? – Completou Jorge
-Era uma chave de portal, Harry – explicou Fred
-Há...Isso explica muito – disse Harry sarcástico
-É bom ver que tem gente que nunca perde o bom humor – retrucou Fred
-É bom ver você Harry – disse Rony cortando a conversa – E desculpe por não avisar, mas é a velha história do “todo cuidado é pouco”.
-Mas e minhas roupas? Meus livros? E...
-Arthur foi buscar, aparatando, sabe, pros trouxas não notarem...-explicou Sra. Weasley- Mas vão lá pra cima agora, já é muito tarde...Tentem dormir um pouco.
-Harry? – disse Gina que até o momento parecia não ter notado sua presença – Bom te ver...
-Bom te ver também. – disse Harry meio seca sem saber por que
-Ela passou muito tempo com a Di-lua, é sério...Já é caso médico – disse Rony com uma careta terrível fitando a irmã com dó – Vamos subir?
Eles subiram as escadas em silêncio, entraram no quarto e trancaram a porta, Rony então disse:
-Fala. – disse Rony com objetividade
-O quê? – perguntou Harry assustado
-Olha só a sua cara! – disse ele apontando para o espelho – eles podem acreditar que esse seu sorriso é de verdade, mas eu te conheço bem pra dizer que não é...
Harry se encarou durante alguns segundos no espelho e percebeu que fingir não era seu melhor talento, ele encarou Rony com um olhar de cachorrinho abandonado (own!) e disse:
-Você sabe o que é – num tom cansado.
-Cara, você brigou com o Dumbledore, e ele só queria te proteger, você sabe disso!
-Me proteger? Escondendo tudo que eu sou de mim? Rony...-Harry fechou os olhos e disse entre dentes - Ou sou eu ou ele, um deve morrer.
-Dumbledore? – perguntou Rony em pânico
-Não! Voldemort...-Harry estranhou não ver o amigo estremecer ao ouvir esse nome – existe uma maldição, não, não é maldição, foi uma predição...
(e então Harry contou TUDO a ele)
Rony estava pálido, seu sangue devia ter decido todo para o pé, pois o pobre parecia leite...
-Você sabe que você não vai morrer, não é? Os mocinhos sempre vencem, e você tem sorte de ser o mocinho...
Harry riu, tinha até esquecido da sensação de não estar sozinho...Guardar aquilo para ele era torturante...E com simples palavras aquele sentimento tinha sumido.
-Eu vou sentir falta dele...
-Eu sei.
Harry estava cansado, mas se sentia melhor que antes, encarou Rony e disse:
-Será que já chegamos ao ponto onde piadas machistas são aceitas?
-Eu acho que não – disse Rony sorrindo
***
(ps: a piada machista ao qual Harry fala tem a ver com a morte do Sirius ter sido causada por uma mulher, algo do tipo: É uma vergonha para os homens...Ainda se ele tivesse sido morto por um homem, mas logo uma mulher que nem fugir da cadeia sabe, que vergonha!)

***

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