Vida de Trouxa.

Oiê! Sentiram nossa falta? Melhor dizendo, minha falta, já que nem a Perséfone Pendragon nem meu amiguinho Ash Weasley apareceram dessa vez, tenho que me virar com o primeiro capítulo! Espero que gostem! Por enquanto, Harry e os outros personagens não aparecem, acho que até o terceiro capítulo, então, paciência! Agora, vou parar de perturbar vocês e que venha o primeiro capítulo. Só mais uma coisinha, não reparem nos erros de português! Meu editor tá sem correção de gramática...

Capítulo um:

Vida de Trouxa

Em algum lugar da velha Inglaterra, um Homem de longos cabelos grisalhos encontrava-se em seu escritório. A sua frente estava uma elegante mulher, conversavam seriamente, já que, fazia um bom tempo que não se viam.

- Então é isso... Nesse caso, não tenho como recusar a proposta Sra. DeNauve - respondeu Dumbledore.

- Obrigada Dumbledore, sabia que iria entender.

- Contudo, é necessário que o seu filho passe nos testes exigidos pelos examinadores, afinal, ele precisa de alguns NOM's para entrar em Hogwarts.

- Quanto a isso não se preocupe, Loui é um garoto muito aplicado. - respondeu a mulher calmamente. - Só estou preocupado com aqueles que por conta do passado de sua família, infelizmente jamais poderão estudar magia, e chegará ao ponto de perderem seus poderes...

- Do que está falando Sra. DeNauve? - perguntou Dumbledore a encarando com aquele seu olhar penetrante - O que quis dizer com isso, tenho a ligeira impressão de que foi proposital.

- E foi Dumbledore. - respondeu a mulher calmamente -Pensei que soubesse...

- Do que eu deveria saber?

- É uma longa história Dumbledore, já está cansado de saber da rigidez do lugar em que fui criada, mas existem coisas que "elas" conseguiram esconder durante muito tempo e as autoridades nunca deram importância. - explicou a Sra. DeNauve, ela abaixou a cabeça - Trata-se de uma história muito antiga de meu povo, os descendentes das traidoras sempre pagam pelos crimes, já foi até esquecido pela família...

A Sra. DeNauve começou a explicar a Dumbledore a respeito de algo que há muito tempo acontecia, um segredo guardado, ou pelo menos parte dele, ela não era capaz de explicar toda a situação. Dumbledore ficou ligeiramente chocado com a história.

- Ela não tinha esse direito! - ele falou irritado.

- É essa a história que eu sei, contudo, existem muito mais coisas Dumbledore, coisas a que não estou apta a lhe explicar.

- Quem poderia me explicar toda essa história? - perguntou o bruxo interessado.

- Já está morto... Contudo, diz uma lenda, que os filhos dessa traição se uniram tempos depois com uma poderosa família de bruxos ingleses, já deve ter ouvido falar deles, essa família tentou corrigir esse erro e foi castigada.

- Que espécime de castigo?

- O pior que pode existir para uma nobreza... O esquecimento... Viraram lenda e hoje em dia ninguém acredita que seja capaz de existir pessoas que contenham esse sangue... O sangue dos Pendragon...

Ele fechou o livro fortemente, não conseguia acreditar, estava muito revoltado com aquilo, olhou para os lados, sua prima copiava a matéria atentamente, e logo atrás, sua amiga estava... Dormindo?

"Era isso que eu devia estar fazendo! Devia estar dormindo!" pensou o garoto, mas saber como aquele livro iria terminar era muito mais importante.

- Ele não morreu, ele não morreu... - começou a repetir essas palavras, mas para o seu azar, alguém percebeu.

- Quem morreu? - perguntou uma voz séria, era o professor de matemática.

- Bem, é que...Sabe o que é... MEU CACHORRO! - ele tinha que apelar,a sala inteira voltou-se para a cena, ele começou a fingir que chorava constrangido. - O coitadinho! Eu gostava tanto do Snuffles! Ele foi atropelado hoje de manhã professor! - continuava chorando.

- Foi mesmo? - o professor o encarava.

- O coitadinho! Eu estava saindo de casa, ele foi atravessar a rua e... - ele tomou fôlego e engoliu em seco - Não quero nem me lembrar!

- Continue...

- UM CAMINHÃO! O coitadinho foi atropelado! As tripas dele devem estar até agora espalhadas pela rua! Eu até ia faltar aula... - ele respirou fundo, encheu o peito de ar - Mas eu pensei, não posso! Tenho que ir a aula hoje! Afinal, tem matemática e eu sou um aluno dedicado!

- Muito bem Júlio! Afinal de contas, suas notas não são essas coisas... E você ainda fica... - o professor foi interrompido pelo sinal da escola, estava na hora de ir para casa.

O garoto, assim como os demais alunos, organizaram o material na mochila numa velocidade impressionante. Júlio levantou-se, pôs a mochila nas costas e se juntou ao "batalhão" que tentava atravessar a porta.

- Tchau professor! Vou passar no jardim para pegar umas flores pro Snuflles! - Júlio saiu correndo o mais depressa que pôde, juntou-se ao aglomerado de alunos que se juntava no portão da escola. - Com essa multidão aqui, vai ser impossível ela me encontrar, hehehehe...

- Quem? - perguntou uma conhecida voz do garoto.

- Como você me encontrou? - perguntou o garoto impressionado, era impossível ela ter conseguido segui-lo.

- Segui sua cosmo energia! Tentando dar uma de cavaleiro de ouro e se mandar na velocidade da luz?! - perguntou irônica, a garota estava impaciente, estava com os braços cruzados e batendo o pé no chão.

- Eu pensei que você já tinha ido...

- Porquê não me esperou?

- É que...

- Você não tem jeito mesmo Júlio! Quantas vezes eu te alertei? Se for ler o livro, não leia durante a aula! Já pensou se o professor pega e não devolve? Você não tem nem dinheiro pra comprar nem pra você, imagina comprar outro pra mim! - reclamou a garota.

- Você é mesmo irritante, sabia? - respondeu o garoto fechando a cara.

- Só quando necessário no seu caso, a maioria das vezes! Anda! Devolve meu livro! Anda logo Júlio!

- Mas Athena, já to acabando de ler... Devolvo-te amanhã!

- Você já tá dizendo isso há uma semana! Devolve logo! - disse Athena.

- Tudo bem, eu falo com a tia quando a gente chegar em casa... - ele abriu a mochila e pegou o livro, ficou olhando a capa durante um tempo. - NÃO! VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO! NEM TERMINEI DE LER!

Ela tomou o livro da mão do garoto.

- Eu te conheço, seus truques não funcionam comigo... - dizia enquanto colocava o livro na mochila, quando alguém se aproximou. - É você Perséfone?

- Sou eu! - respondeu uma animada garota, usava óculos de aros finos e redondo, o que lhe dava um ar de seriedade, mas as aparências enganam... - Como sabia que era eu? Você sentiu o meu "Ki"?

- Mais ou menos... - Athena voltou a colocar a mochila nas costas, os três finalmente deixaram o colégio e começaram a andar.

- Terminou de ler Ordem da Fênix Júlio? - perguntou Perséfone já esperando a resposta.

- Não! - respondeu o garoto com a cara fechada.

- Era de se esperar... - respondeu Perséfone dando com os ombros - Você não lê livros! Quando eu vi o tamanho de Ordem da Fênix, pensei, o Júlio nunca vai ler aquilo tudo! - agora ela dava tapinhas no ombro do amigo.

- Olha só quem fala... - retrucou Júlio. - A garota que dorme na aula de matemática!

- Ele tem razão Pê! Não devia dormir durante as aulas! - reclamou Athena.

- Mas eu tava com sono...

Júlio, Athena e Perséfone. Três amigos que em personalidade não eram tão parecidos, mas tinham os mesmos gostos e as mesmas opiniões, pelo menos quando não era nada relacionado a escola. Júlio era um garoto distraído, desses que são sempre os últimos a entenderem algo, sempre fazem os outros rirem sem querer, apenas sendo o que são, e ele era engraçado, apenas isso, como dizia seu professor de teatro: Júlio é um legítimo "Clown”.Era um garoto magro de olhos e cabelos castanhos, filho único.

Athena era sua prima, o que Júlio tinha de distraído, Athena tinha de inteligência. Também era filha única, de sua idade na família, só tinha o primo, ela é daquele tipo de garota que dificilmente consegue amigos, não por ser chata ou algo do tipo, é que ela é muito desconfiada e demora a confiar numa pessoa, por mais que tenha boa aparência. Gosta de estudar, mas também sabe ser uma garota engraçada quando quer, e ser detestável ao ficar irritada com algo. Tinha longos cabelos castanho-escuro, bem lisos, mas vivia com eles presos, como dizia seus avós, parecia uma índia.

Perséfone não era da família, mas há algum tempo andava com eles, havia se mudado há uns dois anos para a cidade, uma longa história... Extrovertida e um pouco atrevida às vezes, melhor dizendo, na maioria das vezes...Não confia muito em garotos, é arisca e sarcástica com o "sexo oposto", com exceção a Júlio que era seu amigo. Era uma garota que não tinha sorte, toda vez que o cartão de crédito da mãe sumia, em menos de uma hora, por coisa do destino, regência do universo, ou forças divinas o limite era estourado misteriosamente no Shopping com roupas, calçados, bolsas, maquiagem, etc. E adivinha quem levava a culpa? A eterna consumidora!

X - X - X - X

Ele estava sentado na escrivaninha, não se conformava com a decisão de sua mãe. Já estava acostumado com aquilo, não queria mudar de escola, seria muito difícil conseguir amigos, não conhecia ninguém em Hogwarts! Tudo bem que ele não tinha amigos em Beauxbatons, mas pelo menos falava com algumas pessoas.

- Droga! - exclamou irritado, alguém bateu na porta. - Entre! - ordenou.

Um senhor de no mínimo sessenta anos de idade entrou, usava um smoking e segurava uma bandeja.

- Senhor, vossa mãe está muito preocupada com seu estado. - disse o mordomo depositando a bandeja no criado-mudo.

- Eu sei que ela está preocupada, mas eu não entendo Gerard! Tá tudo tão bem, porquê me transferir para Hogwarts? - perguntou o garoto ligeiramente inconformado.

- Senhor, Hogwarts, é a melhor escola de magia do mundo. - respondeu o mordomo calmamente - Se tiver um diploma de lá, será fácil conseguir um emprego, sem contar na segurança, em vista a situação atual...

- Ora Gerard! Se for por conta daquele tal que não deve ser nomeado, estamos mais seguros aqui na França do que na Inglaterra! Sem contar que Hogwarts é um dos alvos dele...

- Beauxbatons também senhor. - completou o mordomo, ele direcionou-se até a porta do quarto para sair - Tenha um bom dia Senhor DeNauve.

O garoto se jogou mais uma vez na cama e ficou olhando para o teto. Se sua mãe havia decidido que ele iria para Hogwarts, ele iria e pronto! Não adiantava contrariar...

X - X - X - X

Era sábado, não tinham nada para fazer, os três amigos estavam na casa de Júlio como sempre faziam aos finais de semana. Ficavam jogando conversa fora, fazendo os trabalhos escolares, em fim, tudo no fim de semana.

- Ai! Droga! Perdi de novo! - reclamava Perséfone enquanto Júlio ria.

- Eu sou demais! - vangloriava-se o garoto.

Athena estava deitada no sofá lendo um livro enquanto os outros dois jogavam vídeo game, mais precisamente o jogo da pedra filosofal. De vez em quando, ela abaixava o livro para observar a bagunça, respirava fundo e retornava a lê-lo.

- Você não vai jogar? - perguntou Júlio a prima.

- Eu não, a propósito, você não disse que iria ler Ordem da Fênix nas horas livres? - perguntou a garota meio que irônica.

- Depois eu leio! Já estava terminando mesmo... - ele continuava jogando.

Athena... Athena...

- Quê? - a garota levantou-se de repente, olhou para os lados.

- Algum problema? - perguntou Perséfone preocupada.

- Vocês me chamaram?

Júlio e Perséfone se entreolharam, sabiam muito bem o que estava acontecendo, talvez Athena não quisesse admitir, mas aquilo havia voltado a acontecer por um instante. Júlio levantou-se e desligou o vídeo game, deixando apenas a Tv ligada em toda a altura para se certificar que ninguém ouviria aquela conversa. O garoto foi até o sofá, sentou-se ao lado da prima, Perséfone continuou no tapete observando os dois.

- Athena... Aconteceu de novo? - perguntou Júlio encarando a prima.

- Do que você tá falando? - ela fingiu-se de desentendida.

- Você sabe muito bem do que eu estou falando...

- Não... Não foi nada Júlio, pensei ter ouvido alguém me chamar, mas não era aquela mesma voz... - ela respondeu.

- Então tá, qualquer coisa, é só falar com a gente. - ele disse dando umas tapinhas no ombro dela.

- Que baixo astral! - Perséfone levantou-se e foi até o casal de primos - Sei muito bem como animar vocês...

- Nada de compras Perséfone! - ironizou Júlio.

- Imagina! O limite do cartão de crédito estourou! - com isso, o trio começou a cair na gargalhada - Mas falando sério, a gente bem que podia dar uma olhada na net agora! Sei lá, ver algumas teorias mirabolantes da galera...

- Dar uma olhada nos jogos! - disse Júlio.

- É mesmo... Podemos ver algumas novidades nipônicas! O que você acha Athena? Você pode não gostar de videogame, mas de animes... - falou Perséfone.

- Tudo bem, vamos dar uma olhada na internet... - disse Athena rendendo-se aos pedidos da amiga.

Eles foram para o quarto de Júlio, até que era organizado... Graças à empregada é claro! Puxaram umas cadeiras e ligaram o computador.

- Muito bem! Em que site nós vamos? - perguntava Júlio enquanto ajustava as configurações. - Já sei! Vamos ver os rumores para os próximos livros! Dá até pra rir com alguns...

- Chega pra lá! - Perséfone empurrou Júlio com "delicadeza" para o lado e puxou sua cadeira - Já sei onde podemos ir...

Perséfone digitou o endereço do site em que queria ir.

- Sabe o que é "Julinho" querido, marquei com uma pessoa, sabe, tenho que aproveitar! É que o carinha é francês, as aulas...

- Tá, tá bom, vai logo encontrar com o teu francês! - reclamou Júlio se ajeitando na cadeira, estava muito irritado, Athena controlava-se para não dar risadas.

- Você não tem jeito mesmo Perséfone! Namorando via internet... - Athena tentou dizer em tom de desaprovação, mas não conseguia fazer outra coisa que não fosse rir.

- Não é bem um namoro... É só um rolo... - ela disse observando a tela para saber se o seu colega já havia entrado na sala.

Athena continuava a rir. Perséfone olhava atenta para a tela.

- ELE CHEGOU! - gritou Perséfone fazendo com que Júlio tapasse os ouvidos.

- Que escandalosa! - reclamou o garoto - Você não tá na tua casa não, viu Perséfone?

- Meu sexto sentido tá lá em cima! Eu soube exatamente quando você iria entrar! - dizia Perséfone enquanto digitava.

X - X - X - X

- Ao menos isso, talvez eu possa me distrair... - pensou o garoto na frente do computador ao ver quem estava teclando com ele.

-Não foi tão difícil pra você saber... - ele começou a digitar a mensagem - Você com certeza deve ter anotado os horários que eu costumo entrar no site.

X - X - X - X

- Agora eu sei que horários eram aqueles na agenda... - Athena estava curiosa, havia se sentado ao lado da amiga - Então esse é o francês? Como ele se chama?

- Peraí! - Perséfone iria começar a digitar.

- Hei! Reescreve essa mensagem Perséfone! Eu não vou deixar você enviar! - Athena disse irritada, Perséfone apertou na tecla Enter e mandou a mensagem. - Perséfone! Eu vou te matar!

- Relaxa 'miga! Afinal, ele está do outro lado do mundo e você nunca vai ver ele na vida! - Perséfone ria - Relaxa, não é pagação de mico.

X - X - X - X

O garoto começou a ler a mensagem.

"Sabe o que é colega, estou com uma amiga aqui, ela tá sem namorado e tá interessada em você, ela quer saber o seu nome”.

-Cada uma que aparece... - o garoto respirou fundo.

" Meu nome é Loui, mademoisele."

X - X - X - X

A essa altura, Athena já havia se jogado na cama e voltava a ler o seu livro.

- O nome dele é Loui. - disse Perséfone.

- Percebi... - respondeu a garota de mau humor.

Athena... Athena... Está chegando... A hora está chegando...

A garota levantou-se, ficou olhando para os lados, era uma voz diferente agora, parecia ligeiramente feliz. Ela não sabia ao certo... Não sabia o que pensar...Dessa vez ela não disse nada, levantou-se e foi em direção a porta.

- Onde é que você vai? - perguntou Júlio.

- Tomar um copo d'água. - respondeu Athena saindo do quarto.

Ela andou até a cozinha, não havia ninguém na casa além deles, abriu calmamente a geladeira.

"Não deve ser nada...”, pensava enquanto tomava o copo d'água. Ela encostou-se na pia, continuou com o copo na mão pensativa. De vez em quando tomava um gole.

- Porquê? O que isso quer dizer, o que está pra acontecer? - ela respirou fundo, tentava entender, naquele momento precisava ficar sozinha. - É melhor eu voltar e pensar nisso à noite... Vou estar mais calma...

Ela colocou o copo na pia e voltou ao quarto.

X - X - X - X

- E então é isso, por isso estou tão estressado... - explicava Loui via internet. - Você deve saber muito bem como é...

"Claro que eu sei...”

- Onde tá a Perséfone?

“Irritadinha na cadeira espionando nossa conversa”.

- Safadinha ela? Quer dizer que ela tava no seu computador?

"Isso mesmo..."

X - X - X - X

Perséfone estava sentada na cadeira de braços cruzados quando Athena entrou no quarto.

- Que houve? - ela perguntou.

- Acontece que o seu priminho interrompeu o meu bate-papo e só tá falando besteira pro Loui... Homens... - Perséfone bufou um pouco.

- Conversando que tipo de coisa?

- Sabe o que é Athena... - começou Júlio - É que ele vive na França, só que a mãe dele vai transferi-lo pra uma escola na Inglaterra.

- Ele supera... - disse Athena sentando-se ao lado de Perséfone.

E foi assim a tarde inteira. Júlio jogando conversa fora com seu novo amigo Loui e as garotas fofocando, Perséfone adorava fofoca...

Já era o começo das provas semestrais de junho. Fazia um mês que Loui e Júlio se correspondiam via internet, Loui havia explicado que o colégio em que estudava na França permitia que os alunos fossem para casa nos finais de semana, e justamente num desses finais de semana, sua mãe explicou que teriam que ir para a Inglaterra.

Os dois só se correspondiam aos finais de semana, juntamente com Perséfone, pois era o tempo em que Loui estava em casa.

"Que pena que quando eu for para a Inglaterra, não vou poder me comunicar com vocês... Lá eles não usam internet e o colégio é interno, só vou sair nos feriados de natal e páscoa..."

- Como?! - exclamaram Júlio e Perséfone.

- Não acredito que isso existe! - comentou Júlio.

- Isso é comum... - explicou Athena - Na Inglaterra tem muitas dessas escolas, apenas pessoas com muito dinheiro ou muito inteligentes estudam nelas...

- Pensei que só era Hogwarts... - Júlio estava sentindo pena do colega.

- Eu sempre quis saber como era estudar em um colégio interno... - falou Athena deixando Júlio e Perséfone espantados.

- Tá louca? - Perséfone perguntou - Bateu com a cabeça?

- Ué? Hogwarts é um colégio interno, se recebessem as cartas de lá, deixariam de ir por conta disso?

- Hogwarts é diferente... - respondeu Júlio

"Hogwarts... Está chegando a hora... de ir... Para Hogwarts...”.

- Hã? - Athena mais uma vez ouvira a voz, só que desta vez... Nunca havia ouvido aquilo antes, devia estar delirando...

X - X - X - X

- HIUHUUUUUU!!!!! - Júlio pulava e gritava na frente da escola, era um dos dias mais felizes da vida dela, o motivo era bem simples - ESTOU DE FÉRIAS! Nada de aulas chatas de matemática, nada de tarefas de física ou experiências de química, estou LIVREEEEEEEEE!!!!

- Será um mês bem proveitoso... - disse Athena mexendo nos óculos, estava ligeiramente envergonhada com a bagunça que o primo estava fazendo. - E depois as aulas voltam.

- Estraga prazer! - reclamou o garoto - Mesmo assim, só de saber que eu vou ficar um mês sem dar as caras por aqui, já é um grande alívio!

- Imagino o quanto, e a Perséfone?

- Ela terminou a prova mais cedo, ia viajar com a família e por isso não pôde nos esperar.

- Que pena... Isso quer dizer que vou ter que te suportar o mês inteiro...

- É incrível como você me adora priminha... - disse o garoto.

Os dois começaram a andar na direção de casa.

- E então, o que vamos fazer durante as férias? - perguntou Júlio.

- Não sei...É uma pena que Perséfone tenha viajado...

- Sei lá, vai ver foi só desculpa dela pra sair mais cedo do colégio. - disse Júlio dando com os ombros - É típico dela.

- Deve ter acontecido alguma coisa, essa viagem não tava planejada.

Os dois chegaram em suas respectivas casas, eram vizinhas, se despediram e entraram. Júlio esperava um bom almoço ao chegar, coisa que não aconteceu, sua mãe não estava em casa.

- Que chato! Será que tem almoço na casa da tia? - algo interrompeu seu raciocínio, um grito, mais precisamente de sua prima. - Athena!

Júlio correu o mais rápido que pôde, a casa era ao lado, ele entrou escancarando a porta e olhou para os lados, mas não a encontrou, um pressentimento lhe dizia que a encontraria no quarto e de fato estava lá, parada em frente ao seu computador que estava ligado.

- Não pode ser... - ela sussurrou.

- Que foi menina! Me deu um susto danado!

- Eu entrei no quarto e...

- Cadê! Cadê ele! Cadê o safado! - ele resmungou irritado olhando para os lados.

- Não é nada disso Júlio, o computador tava ligado!

- Que besteira! Gritou por isso?!

- Tava ligado na minha caixa de e-mail... - ela disse encarando-o.

- E daí?

- Tinha uma mensagem...

- Foi trote! Não irrita não.

- Em inglês, Júlio, ganhamos o sorteio...

- Sorteio? Que sorteio? A gente não tá em nenhum sorteio...

- Aquele que nos inscrevemos no começo do mês...

- To na área se derrubar é pênalti! Menina, quê que tá pegando? Deu pra ouvir a gritaria lá de casa! - Perséfone acabara de chegar e encontrou os primos um encarando o outro, Athena estava ligeiramente pálida e Júlio em estado de choque - Sabe o que é pessoal, mamãe resolveu adiar nossa viagem... Qual foi a alma penada que resolveu dizer oi pra vocês?

- Sorteio... Sorteio... Ganhamos o sorteio... GANHAMOS O SORTEIO!!!! YAHOOOOOOO!!!!! - o garoto pulou em cima das duas.

- Ai! Que diabo é isso? Tá doido garoto - Perséfone empurrava Júlio mais ele insistia em abraçar as duas - Sai de cima! Você é pesado! Tá precisando de regime! Chispa! Chispa!

Júlio saiu de cima das duas, contudo, não conseguiu deixar de abraçá-las de tanta felicidade, Athena começou a chorar e a rir ao mesmo tempo.

- Acho que eu to boiando aqui...

Enquanto isso, do outro lado da rua, alguém observava tudo atentamente usando um binóculo.

- É, parece que começou... - dizia um Homem - Finalmente, aquele velho Dumbledore já está sabendo de tudo, pensei que ele não iria tomar uma atitude tão cedo...

- Não o culpe. - disse uma mulher - Ele não sabia, ficou realmente chocado, agora se não se importa, preciso ir para casa, tenho um filho adolescente para cuidar...

- Pode ir, ou vou vigiá-los até que saiam do Brasil, afinal, quando saírem daqui, estarão sob sua responsabilidade.

- Eu sei disso Thanathor... Por isso mesmo é que já estou indo, tenho que acertar os detalhes...

A mulher aparatou enquanto que o homem continuou a observar a bagunça que os amigos faziam...

X - X - X - X

- Mãe? - disse um garoto levantando-se repentinamente do sofá em que estava deitado, lia um livro antes de sua mãe aparecer repentinamente.

- Que bom que já voltou de viagem, minha senhora. - disse um simpático mordomo segurando uma bandeja - Quer chá?

- Bom revê-los, Gerard, quero que prepare um bom banho para mim e Loui, prepare suas coisas, iremos viajar...

- Mas já? Pensei que iríamos só em agosto!

- Não, para entrar em Hogwarts, precisará fazer testes, portanto, iremos logo regularizar sua situação com o ministério da magia inglês e estudar um pouquinho para os testes...

- Claro. - o garoto levantou-se desanimado e dirigiu-se ao seu quarto enquanto sua mãe o observava.

- Loui, meu filho, não sabe o que o espera... É seu destino, e não há nada que eu possa fazer para mudá-lo, apenas você meu filho... Apenas você...

X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X - X -

E aí pessoas? Gostaram do tão aguardado primeiro capítulo? Como puderam ver, é apenas o começo de uma longa história... Dumbledore apareceu nesse capítulo, quanto aos demais, espero que no terceiro ou quarto capítulo comecem a aparecer. Mandem Reviews! Pê...Dá pra você digitar esse negócio aqui do final?

-Claro, o que é que você não me pede que eu não faça né amiga. –Perséfone disse sentando-se na frente do computador.

E ai pessoal!Espero que vocês não parem de ler a fic só por causa desse capitulo...Mas sabe como é né?Ela escreveu o primeiro capitulo sozinha, por isso ficou essa...

-Essa o que? -uma voz perguntou atrás da morena.

Essa...Essa...Maravilha, porque se tivessem sido três pessoas a escreverem...Já viram o problema que ia dar não é?Bem...É isso, aguardem a nossa atualização, que eu espero sinceramente que seja logo. ’

-E vai ser...Acho que mês que vem ta pronto...

-ATHENA!!!!!

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