Capítulo 5
Autora: Elphie Cohen.
Beta Reader: Ana Cunha e Thity Deluc
Classificação: Livre
Gênero: Romance
Esta fic faz parte do AO (Amigo Oculto) do Dia dos Professores das Snapetes. A presenteada foi a Marie Pevensie, que fez o seguinte pedido: “Snape sobrevive no final do sétimo livro, é absolvido e volta a dar aulas em Hogwarts. Hermione também professora, agora. Os dois se encontram... e então, o que acontece???”
Agradecimentos: Aninha, pela força e pela super betagem. Tefinha, minha irmã linda que me ajudou em algumas cenas importantes. Thity(zinha?), pela paciência comigo nos momentos finais do meu desespero. Valeu!
Por causa do fato ocorrido no Três Vassouras, Hermione evitou Snape durante toda a semana seguinte, mesmo que ele não demonstrasse abalo algum. Ela não parava de pensar nele e sentia-se culpada por isso, pois, no fim das contas, ela queria que nada daquilo tivesse ocorrido não porque não queria ver Rony ser humilhado, mas porque não queria ter um motivo para não ter que continuar a conversar com Snape. E, para ela, aquele pensamento era uma forma de trair Rony.
Na terceira semana de aula, Snape a encontrou em um corredor e a chamou, e ela não pôde ignorá-lo.
- Pois não, professor?
- Ofendi tanto o seu noivo assim, para você me ignorar por completo?
- Nada fora do normal, na verdade. – disse dando um meio sorriso – O senhor sempre sentiu prazer em deixar alunos apavorados, não? Por que seria diferente com um ex-aluno?
- Poderia ser diferente, se ele deixasse de ser um...
- O senhor não o conhece para julgá-lo, professor. – interrompeu.
- Você tem razão. E o fato de eu não ter a menor intenção de conhecê-lo, muda alguma coisa?
- Talvez só mude o fato de você perder a oportunidade de conhecer um grande homem.
- Só isso? Então está tudo certo, pois estou farto de grandes homens.
Hermione riu, encantando Snape. Ele não quis admitir, mas sentiu falta daquele sorriso.
- Tem uma coisa que eu sempre me esqueço de falar para o senhor - Snape levantou uma sobrancelha: odiou o “senhor”, mas não reclamou de imediato.
- E o que seria?
- Agradecer ao senhor por me acalmar no primeiro dia de aula. Então, obrigada.
- Dispenso o senhor. E fico com o agradecimento. Não sei por que você está falando três semanas depois do começo das aulas, mas fico feliz em ser útil. Ajudar os desamparados é o meu ofício. – Hermione gargalhou. – melhor pararmos nossa conversa aqui. – disse forçando uma cara apavorada – Arrancar duas risadas de alguém, em menos de dez minutos, não é uma coisa que me fascina muito. Na verdade isso me assusta.
- É porque você nunca dá chances das outras pessoas conhecerem esse seu lado bem-humorado.
- E porque eu faria isso? Perder meus momentos únicos de diversão?
- Não sabia que você era tão sádico.
- É uma herança boa da minha vida de comensal. – a risada de Hermione ecoou por quase todo o castelo. – certo, agora você me assustou além da conta. Melhor voltarmos aos nossos quartos.
- Só uma coisa. – insistiu.
- Diga – falou impacientemente.
- O senhor. – Snape voltou a levantar a sobrancelha em desaprovação, fazendo Hermione se corrigir. – Você sempre foi tão sádico assim a ponto de se divertir com crianças apavoradas?
- Sim. – respondeu sem demonstrar remorso – A estupidez humana é fascinante, principalmente quando demonstrada desde jovem. Bruxos não saberem valorizar o aprendizado de uma arte tão admirável, como o preparo das poções, é tão lamentável que eu nunca pude deixar barato, por assim dizer.
- Então a sua estupidez era manifestada ao ridicularizar essas crianças?
- Entre outras coisas, sim. Ótima observação, Granger. – Snape a olhou, e viu que ela apresentava uma expressão divertida – Aliás, como ousa falar da minha estupidez?
- Estou tentando te provar o quanto essa sua colega grifinória é brava.
- Odeio grifinórios – resmungou. – Boa Noite, Granger.
- Boa noite, Snape.
Hermione e Severus permaneceram se olhando por uma fração de segundos, antes de irem para seus respectivos quartos. Hermione queria segurar a mão dele, mas não se sentiu segura o suficiente para isso. E Severus ficou tentado a afastar uma mecha de cabelo que ela tinha no rosto, mas nunca teve essa intimidade com alguém, para se sentir à vontade para fazê-lo.
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