Milésimos de Segundo
Sabem aquele primeiro momento da manhã, uns milésimos de segundo que não fazemos ideia de quem somos, onde estamos e dos problemas que temos?
Era a altura preferida de Harry Potter em todo o dia.
Era a altura em que ele não se lembrava da responsabilidade que tinha, nem do sofrimento todo porque tinha passado nos seus 17 anos de vida.
Pena esse momento ser tão escasso.
Tudo o que lhe era querido na vida, desaparecia. Era uns atrás dos outros.
Primeiro os pais, depois o padrinho e seguidamente o Director de Hogwarts.
Tinha medo de ter amigos porque o Lord das Trevas os podia matar só por saber que partilhavam algum tipo de relação com o rapaz.
Tinha medo de estar com a rapariga que amava porque quase a tinha perdido uma vez e não ia permitir que isso voltasse a acontecer.
Do que dependesse de Harry Potter acabava tudo.
Mal conseguisse ia partir numa viagem à procura dos objectos que precisava de destruir para acabar com o inimigo duma vez por todas.
Mesmo que não acabasse bem para o seu lado ele ia tentar.
Junto com Ron e Hermione. Os únicos que o apoiaram e que iam com ele em tão perigosa viagem.
Tentou demovê-los da ideia mas eles responderam-lhe que estariam com ele até ao fim.
Harry ia lutar para que houvesse um fim. Ia lutar com todas as suas forças para que os momentos em que se sentia bem deixassem de ser aqueles escassos segundos pela manhã e passassem a ser todos os momentos do dia.
Ia lutar para que finalmente tivesse alguma paz.
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