Sonhos estranhos
4º Capítulo:
Sonhos estranhos
-Agora será que eu poderia saber o que dois jovens monitores estavam fazendo no lago à uma hora dessas? – A voz de McGonagall soou autoritária.
Draco e Hermione se encontravam de frente para a professora, em sua sala. Filch os trouxera até lá e saiu resmungando palavras sem sentido. Estavam encharcados dos pés à cabeça. A garota tinha o rosto corado e envergonhado, enquanto o garoto permanecia indiferente e de cabeça baixa.
-E então? Não vão falar? Estou esperando. – ela exigiu.
Draco olhou para Hermione pelo canto dos olhos, ela parecia nervosa demais para falar, então ele resolveu dizer:
-É que nós caímos no lago sem querer, estávamos monitorando, vimos alguém... Mas estávamos perto do lago e nos desequilibramos. Caímos. – ele arriscou essa mentira, a garota permanecia estática e surpresa com a facilidade que ele tinha de mentir.
-É isso então? Depois vocês começaram a afogar um ao outro sem querer também? – a professora ironizou a mentira – Mentir é feio Sr. Malfoy. Onde já se viu dois monitores responsáveis brigando em um lago? Como que vocês pretendem conquistar o cargo de monitoria chefe desse jeito?
A garota se assustou ao saber que o cargo que tanto queria estava comprometido. Desatou a falar.
-É culpa dele professora! Ele me empurrou. – ela dizia nervosa.
-Mentira! Ela quis me afogar! – o loiro revidara.
-Calem-se! – a professora disse. – Pelo que vejo vou ter que dar detenções a vocês.
A garota ia começar a protestar, mas achou melhor não o fazer.
-Quero que vocês limpem o 5º piso durante três noites, começando amanhã. Agora é melhor vocês irem se secar antes que peguem um resfriado.
Eles saíram da sala da professora e entraram no corredor. A castanha começou a andar para seu dormitório, mas o loiro segurou seu braço.
-Granger, você vai se arrepender por me causar tantos problemas. – ele disse frio e com raiva fitando ela nos olhos.
-Não sei do que está falando! É você que sempre causa problemas. – ela disse tentando se soltar.
-Errado, Granger. Você é que sempre está em meu caminho.
-Que seja Malfoy... Agora me larga. – ela disse tentando se desvencilhar.
-Sabe de uma coisa? Você fica linda encharcada desse jeito – ele disse malicioso, olhando o corpo da garota de cima a baixo.
Ela olhou para si própria e ficou mais vermelha que os cabelos dos Weasley, estava com sua camisa colada ao corpo.
Ele riu baixo e ela tentou se soltar novamente, mas ele a segurou mais forte ainda. Tinha prometido que não ia chegar perto de Hermione, mas ele não tinha consciência do que fazia. Começou a dar alguns passos pequenos para perto da garota, enquanto ela recuava.
Ela tentava ao máximo tentava ao máximo não cair no joguinho dele, olhava em seus olhos e ficava hipnotizada. Recuava um passo na mesma hora em que ele avançava outro, mas logo sentiu suas costas encostarem na parede fria e já não podia recuar.
Ele se aproximou mais e mais e ela podia sentir o perfume dele invadindo suas narinas.
“Efeito retardado voltando” foi a única coisa que pode pensar. “Hermione, empurra ele logo! É simples.” Mas seu corpo não respondia, suas pernas não se mexiam e ela sentia alguma coisa pular em seu estômago. Não conseguia se soltar dele, seus olhos miravam aqueles olhos cinzentos como se pudessem conversar pelo olhar. O loiro ergueu a mão e levou em direção ao rosto da garota, acariciava sua face devagar e sentia o corpo dela frio por causa da água. Ele aproximou seu rosto e roçou seus lábios nos dela. Ela sem ao menos pensar fechou os olhos e se entregou no beijo do loiro. Draco aprofundou o beijo e explorava cada canto da boca da castanha. Colocou sua outra mão na cintura dela a puxou para mais perto colando seus corpos, enquanto descia a mão para as costas dela. Ela pousou suas mãos no ombro dele e brincava com seu cabelo enquanto deixava ser beijada. Sentiu o loiro sorrir em meio ao beijo e se perguntou se isso era bom ou ruim, de fato, ele a beijou com mais desejo e esqueceu que minutos antes estavam brigando. O beijo era calmo, devagar e sem pressa alguma, mas eles não queriam que ele acabasse.
O loiro foi se afastando devagar e deu um longo selinho nela antes de abrir os olhos e a fitar.
Ela se desconcertou um pouco ao sentir o olhar dele sobre si e não soube por que, mas uma lágrima trilhou sua face. Ela sabia que não podia deixar ele beijá-la desse modo, quando bem entendesse, e por isso, ela acertou um tapa no rosto dele.
Ele levou a mão ao rosto sem ao menos reagir, esse tapa o afetara mais do que o do 3º ano, mas ele não sabia por que. Apenas a fitava com o rosto ardendo.
-Vamos, Malfoy, ria de mim agora – ela disse magoada – era isso que você queria? Pois você conseguiu, agora pode começar a debochar já que é isso que você sempre faz... – e ela saiu andando para seu salão comunal.
Ele se desconcertou ao ouvir tudo aquilo, ela estava chorando porque achava que ele a tivesse beijado para debochá-la? Ele se afetou com aquilo mais do que nas outras vezes, ele já tinha a visto chorar, mas ele nunca se importou realmente, mas dessa vez era diferente...
“Por que eu fiz isso? Ela é só mais uma garota, mas por que você simplesmente não a esquece Draco? Será que é porque ela é a garota mais irritante? A mais sabe-tudo? A mais insuportável sangue-ruim? É a única que te deixa nesse estado idiota? Draco Malfoy você não pode estar apaixonado!”
O garoto seguiu para seu salão comunal tentando explicar para si próprio o que acabara de acontecer.
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“Decididamente, Hermione você é a garota mais burra de Hogwarts! E por que você beijou aquela doninha? Merlin! Por que ele tinha que beijar tão bem? Por que ele tem que ser o sonserino mais lindo de Hogwarts? Por que eu tinha que chorar na frente dele? Por que você não lança um avada em mim Merlin? Pode lançar! eu mereço.”
Ela brigava com si própria enquanto entrava no banheiro feminino e tomava um banho quente.
“Ou eu sou a pessoa mais azarada do mundo ou Merlin gosta de me fazer de idiota.”
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Draco entrou no salão comunal e se deparou com uma garota do 5º ano. Ela o olhou espantada de cima a baixo e fixou seus olhos nos olhos do garoto.
-Não pergunte o que aconteceu... – ele disse indiferente à expressão do rosto da garota de longos cachos loiros e entrou no banheiro masculino.
-Eu nem preciso perguntar – ela murmurou para si mesma enquanto recomeçava a ler o livro e ria com o que acabara de ver.
“Só quero ver quando todos descobrirem... Peraí, se depender desses dois, ninguém vai saber que eles se amam, eu não vou conseguir fazer o que eu tenho que fazer e o mundo inteiro se ferra. Okay, é nessas horas que se procura os amigos.”
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Era uma noite silenciosa e sombria, havia uma mansão ao longe e de repente a cena se dissolveu. Agora ela fitava uma pessoa muito pálida, assustadora e de olhos perigosamente vermelhos. Seu corpo doía.
-Me diga onde está! – Voldemort exigia enquanto torturava a pobre mulher. – Crucio.
Ela gritou de dor, cada parte de seu corpo ardia, ela tinha certeza que não conseguiria agüentar por muito mais tempo, mas ela não podia simplesmente colaborar com o lorde, ela tinha que ser forte como sempre fora.
-Você nunca a terá! – a mulher respondeu.
-Me diga onde está agora! – o lorde disse a torturando novamente, ela gritou mais ainda, estava fraca demais, mas nunca revelaria nada. – o que será que vai acontecer a sua filha se você não cooperar? – o lorde decidiu apelar à parte emocional da mulher, já que à física não estava dando resultados. Ele viu a mulher fazer uma expressão de espanto e medo ao mesmo tempo em que ouvia Belatrix Lestrange soltar uma gargalhada de prazer. – Você não teme pela sua vida, mas sim pela dela, não é? – o lorde já não estava interrogando e sim afirmando.
-Lucy... – A mulher disse baixo enquanto lágrimas escorriam pelos seus olhos – deixem-na em paz – ela suplicava e ao mesmo tempo ordenava inutilmente.
-Ela ficará bem se você nos disser o que queremos saber. – ele chantageou.
-Nunca! – a mulher disse firme, mas ela tinha que ter certeza que a filha ficaria bem, quando se lembrou de uma magia antiga, ela murmurou algumas palavras baixas e disse para completar o feitiço – Eu prefiro a morte se isso puder salvar a minha filha.
Mas o lorde não deu ouvidos a ela e somente murmurou:
-Legilimens!
“Uma jovem bruxa de cabelos negros tentava aprender um feitiço, deu um floreio com a varinha e murmurou algumas palavras, mas acabou fazendo um galho de uma árvore se partir e atingir em cheio a cabeça de outro estudante. Ela se assustou com o que fizera e correu para onde ele estava, aparentemente tinha desmaiado, mas ela colocou a mão em sua face e ele abriu seus olhos, eram castanhos, ela jamais vira olhos iguais àqueles. Ela esboçou um sorriso e disse tímida:
-Me desculpe... Foi sem querer...
-Não faz mal, eu sobrevivo. – ele disse irônico também fitando ela nos olhos.
-Sou Melanie Moore. – ela disse docemente. – E você?
-Sou Charles , prazer em conhecê-la.
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-Você disse que gostava de mim. E, no entanto é mentira. Eu não acredito mais em você. Vá se agarrar com aquela vaca loira. – ela disse magoada e controlando-se para não chorar.
-Melanie, eu te amo. Você sabe disso. Eles armaram isso para nos separar. Eu nunca desejei nenhuma garota antes, só você, você é minha vida. – ele dizia tentando se controlar para não magoá-la mais ainda. – tudo o que você viu, não significou nada pra mim, você significa, só você.
-E como eu posso acreditar em você? – ela dizia amargurada, mas séria. – Você sempre me decepciona, sempre... Por que dessa vez seria diferente?
-Por que eu te amo...
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-Ela é linda... – ele disse gentilmente à mulher, fitando a filha.
-Puxou você. – ela disse olhando o marido com um enorme sorriso.
-Como pode saber? Ela é um bebê ainda...
-Eu sinto isso... – ela disse mais para si do que para ele.
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A mulher atravessava passagens secretas praticamente imperceptíveis ao olho humano até que encontrou o que procurava. Pegou a pedra do destino e guardou consigo. As pessoas ainda duelavam no saguão, mas ela viu alguém vindo em sua direção, apontou a varinha, mas era seu ex-marido. Continuou a apontar a varinha e ele disse:
-Eu não vou tirar a pedra de você, não precisa me ameaçar com a varinha. – ele disse indiferente.
-Qual é o seu interesse nela? – a voz de Melanie soou amargurada.
-Prefiro não dizer ainda. – ele disse ainda sustentando o olhar.
-Por que tudo isso? Por que você me abandonou?Por que abandonou sua própria filha?
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Ela era a guardiã da pedra do destino e a escondeu em um lugar visivelmente afastado. Parecia ser seu lar. O quarto era ornamentado de forma sutil e tinha cores claras e delicadas.
Uma menina loira que aparentava ter seus oito anos via a mãe esconder algo num pequeno cofre escondido na parede, onde antes havia um belo quadro pintado à mão. Ela olhava confusa, mas logo seu olhar denunciou que ela cobiçava o objeto. ”
-Não! – a mulher gritava afastando Voldemort de suas lembranças.
-Obrigado por me informar o que eu queria saber. – o prazer percorria o sangue do lorde com o triunfo – Avada Kedavra! – ele viu a luz deixar os olhos azuis da mulher.
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-Mione, acorda. – Gina falava preocupada.
A castanha se sentou na cama assustada, viu a amiga ajoelhada ao seu lado com uma expressão preocupada. Seus olhos percorreram o quarto rapidamente e ela viu Lilá e Parvati se entreolhando espantadas. Sua cabeça doía muito e ela se lembrou de seu sonho.
-Hermione, o que aconteceu? - Gina perguntou.
“Voldemort queria uma espécie de pedra. Aquela mulher protegia o objeto, mas ela não revelou nada, ou melhor, ele invadiu suas lembranças e arrancou dela a informação que queria, mas será que está realmente naquela casa? Algo me diz que não. Mas e agora? O que a pedra faz? Ele a matou, não precisava fazer isso...”
A castanha pensava naquilo tudo, um turbilhão de coisas passava pela sua cabeça, ela deixou uma lágrima deslizar pelo seu rosto, e tentou dizer alguma coisa a Gina, mas ela não parava de pensar no que sonhara. Não sabia o porquê, mas se sentia ligada a tudo isso. Sentia pena da mulher e repulsa por Voldemort, o que mais desejava era matá-lo.
-Hermione, fala alguma coisa.
-Gina... – ela só conseguiu murmurar o nome da amiga.
-O que aconteceu?
-Eu não sei. – ela dizia ainda muito assustada. –Eu preciso ficar sozinha agora. – ela disse saindo do dormitório, deixando a amiga confusa.
Gina ia ir atrás dela, mas não o fez.
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-Harry, acorda! – Rony sacudiu o corpo de Harry.
Harry despertou rápido, se sentou na cama, estava ofegante e suava frio, lembrou-se de seu sonho e fitou Rony ao seu lado.
-Voldemort matou uma mulher, ele está atrás de uma pedra, não entendi direito, parece que ela a protegia... - Harry disse rápido e ao mesmo tempo assustado.
-Harry, calma. Pode ser que seja só um sonho... – Rony dizia para acalmar o amigo.
-Não foi um sonho, tá bom? Foi real. – ele disse olhando Rony incrédulo. Levantou-se da cama e saiu do dormitório dizendo: - Eu já volto.
Entrou na sala comunal e encontrou Hermione sentada no sofá chorando, se sentou do lado dela e a abraçou. Ela encostou a cabeça em seu peito, permitindo ser consolada. Chorava silenciosamente, podia sentir o cheiro deve invadindo suas narinas, e uma sensação de proteção se apossou dela.
-O que aconteceu? – Harry sussurrou baixo.
-Harry, eu t-tive um s-sonho horrível – ela dizia soluçando –Voldemort matou uma mulher.
-Você também sonhou isso? – ele perguntou descrente. – eu tive esse sonho também.
-Foi horrível. Mas eu não entendi direito, ele estava querendo uma pedra?
-Uma pedra mágica, presumo, temos que chegar nela antes dele, ou eu não sei o que vai acontecer... Ela está naquela casa... Mas onde será que é aquele lugar?
-Harry, calma. Eu acho que não está lá, algo me diz que a pedra está escondida em outro lugar. Eu me sinto ligada a isso, não sei por que.
-De qualquer modo, é possível que Voldemort já esteja na casa. – Harry disse sem pensar.
-Você devia pelo menos treinar a oclumência – Ela falou preocupada, mas ao ver a expressão do amigo completou – Mas não vamos nos preocupar com isso agora. Essa pedra não me é estranha...
-Você já ouviu falar dela?
-Talvez, mas eu não me lembro. Não sei por que, mas ela me lembra o Malfoy...
-Malfoy? Pára de pensar nele, Hermione – ele disse sem perceber seu tom de ciúmes.
-Eu não gosto de pensar nele, tá bom? – ela disse despreocupada e feliz por ele sentir ciúmes dela – eu vou pesquisar sobre isso. – ela disse e abaixou a cabeça ainda perturbada pelo sonho e tentava conter as lágrimas. – Harry, foi terrível, ele nem precisava ter matado ela, estava fraca, indefesa, vulnerável...
-Hermione, ele não entende isso, ele não tem sentimentos. – Harry dizia abraçando ela mais ainda, enquanto ela chorava com a cabeça encostada em seu peito. – Calma não precisa chorar. Eu estou aqui.
Aquelas palavras a confortaram mais ainda e ela deixou-se ser consolada pelo garoto, sentia-se protegida em seus braços e queria permanecer lá sempre.
-Quando isso vai acabar? – ela perguntou ainda chorando.
-Quando eu destruí-lo. – Ele disse seguro e decidido fitando os olhos castanhos dela, era incrível o efeito que ela tinha sobre ele, ele desejava a cada instante tomá-la nos braços e beijá-la ternamente. Nos braços ele já tinha.
-Eu não quero te perder – ela confessou também mirando os olhos verdes dele.
-Nem eu. – ele respondeu no mesmo tom.
Lentamente suas faces foram se aproximando para provar o que sentiam, o moreno a puxou para mais perto ainda e aproximou seus corpos enquanto roçava seus lábios nos dela. Aprofundou o beijo na medida em que a garota retribuía o mesmo amor. Ele ansiava esse toque há meses e agora a tinha em seus braços. Mas ele temia que ela lhe fosse tirada. Pensou se não seria melhor que ele se afastasse de todos, pelo menos assim estariam protegidos, mas ele simplesmente não conseguia parar de amá-la e de desejá-la.
Ela sentiu-se feliz pela iniciativa dele, queria mais do que tudo esse momento, mas sentia-se estranha, como se uma parte dela houvesse sumido, como se faltasse alguma coisa, sentiu um aperto no coração, como se estivesse traindo alguém, era uma sensação de culpa, ou pior, uma dupla culpa, mas ela não sabia o motivo e a cada investida do moreno, piorava a situação e ela só pode se afastar dele devagar.
-Harry, me desculpa, mas eu não posso... – ela disse nervosa.
-Tudo bem eu confundi as coisas e...
-Não... Eu sempre quis te beijar, Harry, na verdade, eu gosto de você tanto, mas não é certo, eu não me senti bem... – ela dizia sincera.
-Eu fiz alguma coisa errada? – ele perguntou corado.
-Não, você é maravilhoso, não é você, sou eu. Estou confusa... Preciso pensar.
-E por que isso não é certo? – a pergunta infantil escapou de seus lábios.
-Por que eu me sinto como se estivesse traindo a confiança de alguém, traindo minha amiga, a Gina, Harry, ela gosta de você. – ela dizia cada palavra com pesar – eu não posso magoá-la.
-Mas e eu? Eu posso sofrer por te amar?
-Harry, eu não sei... Acho melhor eu ir dormir... – ela disse, mas sentiu a mão do garoto segurar seu braço.
-Me prometa pelo menos que isso não vai afetar nossa amizade.
-Eu prometo. – foi a única resposta que ela pode dar. – acho melhor eu voltar pra cama.
Ela voltou. Gina estava dormindo, e ela achou melhor assim, ela não teria paciência para conversar naquele momento, sua cabeça começava a doer e o que ela mais queria era poder descansar.
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Seus olhos castanhos abriram de repente. Ela sentiu um vazio tomar conta de seu coração, deixou uma lágrima deslizar por seu rosto. Sentia que havia perdido algo, mas o que seria? Tudo estava perfeitamente no lugar, então por que aquela sensação? Levantou-se da cama e pegou uma pequena caixa num armário, tomou cuidado para não acordar nenhuma das outras garotas. Sentou na cama e abriu a caixinha, seus objetos mais preciosos se encontravam lá. Pegou um belo colar de prata com um pingente e começou a admirá-lo lembrando de quando ganhara.
“-Mamãe, põe esse. – a pequena garotinha ajudava a mãe a se arrumar, apontando para um colar prata com um pingente em forma de florzinha.
-Lucy, esse é lindo, mas que tal esse? – a mãe mostrou um colar de diamantes.
-Não, eu gosto desse. – ela continuou a apontar para o mesmo.
-Você é tão cabeça dura, se põe uma coisa na cabeça, nunca tira. – ela disse acariciando o rosto da filha – Tive uma idéia. Que tal você colocar ele? – ela disse colocando o colar na filha e no mesmo instante seus olhos brilharam por estar recebendo um presente que pertencera à mãe. ”
Ela colocou o colar no pescoço como se pudesse completar o vazio que sentia, mas não teve sucesso. Alguma coisa havia acontecido...
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A castanha acordou cedo naquela manhã. Acompanhou as aulas e na hora do almoço foi à biblioteca, olhou a estante à procura de um livro que pudesse ajudá-la, resolver por pegar um sobre objetos mágicos. Folheava-o rápido procurando uma mínima informação da pedra e nem percebia que dois olhos cinzentos a fitavam há algum tempo.
“Como ela consegue ser tão linda? Por que ela disse tudo aquilo ontem? Por que eu não paro de pensar nela? Só pode ser alguma azaração de Merlin. Eu não posso estar apaixonado pela Granger. Nunca daria certo... O que está pensando, Malfoy? Você NÃO gosta da Granger, NUNCA vai gostar e tem RAIVA de quem gosta. Peraí, isso soou ciumento... Ai, caramba até meu pensamento é retardado!”
Ele desviou seu olhar dela e encontrou uma garota num canto da biblioteca chorando, chegou perto e percebeu que era a mesma garota que tinha encontrado na noite anterior. Seus cachos loiros estavam perfeitos, mas seus olhos castanhos estavam marejados e vermelhos.
-Me deixe. – ela falou baixo.
-O que aconteceu? – ele perguntou sentando ao lado dela.
-Não é da sua conta – ela falou rabugenta.
-Hei calminha, só quero ajudar. – ele disse no mesmo tom de antes.
-Ninguém pode me ajudar, ninguém vai trazê-la de volta, nunca... – ela disse chorando mais ainda e neste momento um garoto de cabelos castanhos entrou na biblioteca.
-Lucy, você não devia ter saído correndo daquele jeito... A professora McGonagall e o diretor estão procurando você até agora. – ele disse ignorando a presença do loiro, se ajoelhando na frente dela e enxugando suas lágrimas – Vamos, não chore, ela não ia querer te ver assim... Lembre-se dos momentos que passaram juntas... Lucy, não deixe que o espírito dela também morra dentro de você. – ele dizia consolando a amiga.
-Mas eu não v-vou ver mais a minha m-mãe, nunca mais... – ela disse soluçando.
-Eu sei que não é fácil, é por isso que eu vou estar sempre do seu lado, te proteger...
O loiro sem entender nada, saiu de lá e percebeu que a castanha não estava mais lá. Seguiu para a sala de aula onde teria aula de feitiços.
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Na detenção...
-Granger, a culpa foi sua. – o loiro reclamava enquanto limpava uma janela.
-A culpa foi minha? Você tem certeza Malfoy? Pois eu acho que foi você que me empurrou! – ela falava limpando o chão que insistia em não ficar limpo.
-E você me fez pular na água. Foi você que provocou. – ele dizia arrogante.
-Você é patético Malfoy. – ela disse tentando ignorar o garoto.
-Eu sou patético? Você que é uma chata sabe-tudo. – ele disse sem ao menos prestar atenção aonde colocava a mão, quando sentiu algo perfurar sua mão. – Ai! Merd*! Droga de janela – ele disse fitando o vidro quebrado.
-O que aconteceu? – a castanha perguntara.
-Nada. – ele respondeu seco.
-Você se machucou? – ela perguntou com um sorriso nos lábios.
-Ria se quiser, mas tá doendo. – ele disse tentando estacar o pouco sangue que escorria.
-Deixa eu ver – ela disse largando o pano que usava, pegou na mão deve e sentiu algo pular em seu estômago.
Ele se arrepiou com o mínimo toque dela, mas não deixaria transparecer isso.
-Granger, me solta. – ele disse puxando a mão.
-Calma, é só um corte, mas se estiver doendo eu posso fazer um feitiço e...
-Nem pensar. – ele rebateu na mesma hora.
-Calma – ela pedia enquanto pegava a varinha de dentro das vestes e apontava para a mão do loiro – Curis ferimentes! Malfoy fica parado assim não dá.
-Eu não quero morrer tão jovem, tem muitas garotas me esperando ainda... – ele dizia tentando soltar a mão dela da dele.
-Curis Ferimentis – ela tentou mais uma vez.
-Eu sou lindo demais pra morrer...
-Cala a boca Malfoy! Diguis Verdadis! – ela murmurou finalmente acertando o feitiço na mão dele, o machucado continuou do mesmo jeito.
-Granger, o que você fez? – ele perguntou no momento em que ela o soltou.
-Eu... eu não sei , acho que fiz o feitiço errado e...
-Não acredito, você é uma péssima bruxa. Aiiii – ele disse e no mesmo momento sua mão latejou de dor.
-Ai não. – ela exclamou ao ver aquela reação.
-Ai não o quê? – ele perguntou quase ameaçando ela. – desembucha Granger.
-Primeiro prometa que não vai fazer mal a mim.
-Por que eu deveria? – ele perguntou sarcástico.
-Para eu poder dizer o que aconteceu – ela disse sorrindo. – Agora, prometa. – ela exigiu.
-Tudo bem, eu prometo, agora fala. –ele disse impaciente.
-Eu confundi o feitiço que serve para curar por outro, você começou a gritar feito uma garota e eu me desconcentrei. – ela disse calmamente. – o feitiço que eu fiz foi da verdade.
-Que feitiço é esse? Quer dizer, o que ele faz exatamente? – ele perguntou temeroso.
-Se você mentir acontece alguma coisa, ou você sente dor, ou sofre algum acidente e por assim vai... – ela respondeu ainda calma.
-Eu vou matar você. – ele disse se aproximando ameaçadoramente dela, mas foi repelido por uma espécie de escudo invisível. – o que é isso então?
-Bom, no século passado um estudioso pesquisou outros efeitos desse feitiço, ele então descobriu que quando se promete algo, a pessoa deve cumprir o que disse. Você prometeu não me fazer mal.
-E quanto tempo isso dura? – ele perguntou tentando se controlar.
-Dois meses. – ela respondeu ainda sorrindo.
-Dois meses? Dizendo a verdade? Eu vou morrer... Ai!– ele sentiu dor novamente. – o que foi agora? Eu não menti.
-Tecnicamente, mentiu. O mesmo bruxo também descobriu que o feitiço revela o futuro do período em que o feitiço durar. Você não vai morrer nesses dois meses...
-Eu não sei se fico feliz ou triste de saber... – ele disse irônico.
Depois ambos decidiram voltar à limpeza, pois quanto antes acabasse melhor. Duas horas depois, ambos já estavam nos seus dormitórios.
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A manhã passou rápida, a castanha acordou com Gina a chamando eufórica.
-Mione, acorda você tem que ver isso. – ela disse lhe estendendo um pergaminho.
A castanha se sentou na cama tentando se acostumar com a claridade. Pegou o pergaminho e começou a ler.
-Eu não acredito nisso. – ela exclamou surpresa e furiosa.
Continua...
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N/A: E ai pessoas lindas, maravilhosas e não sei mais o que? Shhsuushus
Me inspirei nesse capítulo, adorei escrevê-lo, e mil desculpas pela demora... Mas e vocês? Gostaram?
É possível que ele tenha sido um pouco confuso, mas no decorrer da história vocês vão entender tudo, não tentem me amaldiçoar.
Primeiramente eu gostaria de dedicar esse capítulo pra minha amiga Raíssa S., Feliz aniversário miga!!! Esse é meu presente... hsuhhsuhush
Gostaram da Lucy? Se sim, vocês não perder por esperar pra ver o que essa loirinha vai aprontar...
Se não... Leiam do mesmo jeito ;D
E a pedra do destino? O que será que ela faz? E por que ela é tão importante?
E o Draco?Será que ele está gostando da Hermione? *autora perguntando o óbvio*
E o Harry? Será que ele vai gostar de saber disso?
E o que a Hermione leu pra ficar daquele jeito?
Não percam o próximo capítulo...
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