PRIMEIRO ERRO
Capítulo 2 - Primeiro erro
Dois dias se passaram é o garoto começou a dar sinais de que iria acordar. Neste tempo a ruiva ficou o tempo todo cuidando dele, verificando se a febre abaixara. Agora parecia que o moreno apenas dormia.
A garota reparara no corpo do moreno, sendo que este marcado por cicatrizes. A mais visível e estranha é a da testa, um raio. Outras curiosas como a escrito “Não devo contar mentiras” na sua mão esquerda ou a do braço direito que parece que for perfurada, mas nada indica que houve problemas nos músculos.
Ela encontrou indícios de que ele era um bruxo como ela, apesar de sua vida estar meio nublada na sua memória, como se fosse de outra pessoa, mas ela não ligava para isso, agora o importante era o homem desacordado. Junto dele ela encontrou uma varinha, que percebeu ter grande poder, um pergaminho que obviamente tinha magia, apesar dela não saber disser qual, uma capa de invisibilidade, coisa rara e uma espada belíssima onde estava escrito “Gryffindor”, que ela sabia ser um dos fundadores de Hogwarts, a escola de magia, uma vassoura que parecia ser de competição, um livro que não conseguiu ler e um medalhão destruído preso no seu pescoço.
Movimentos na cama fizeram-na sair de sua divagação e se preocupar com o moreno.
– - Calma, rapaz. Assim você só vai conseguir ficar mais tempo aí nesta cama. Os seus óculos estão aqui.
- Que dia é hoje? – Perguntou o rapaz com uma voz fraca de sono.
- Hoje são 31 de outubro de 1981. Estamos na noite de Hallowen. Por quê?
- Merda, é hoje. – disse se levantando e procurando os seus pertences.
- Você não vai a lugar nenhum. Pode se deitar e ficar bem quietinho ai mocinho. – disse a ruiva com as mãos na cintura. – os seus pertences estão todos guardados e nem adianta que eu não vou te dar.
- Pode deixar que eu mesmo pego, estou com pressa. – disse estendendo a mão e convocando a sua capa e a varinha. – e só disso que eu vou precisar. O resto depois eu pego meu anjo. Quando eu voltar assim você pode dar a bronca que quiser.
- Para onde você vai com tanta pressa?
- Corrigir os erros da minha vida. Qual é o seu nome, anjo?
- Lilian Prewett.
- Então Lilian, eu voltarei prometo, mas não sei se em algumas horas ou dias, mas pode ter certeza que eu voltarei para te ver. – disse aparatando.
- Saco, este feitiço anti-aparatação não funcionou com ele. Era a minha esperança de mantê-lo aqui até estar completamente recuperado. Agora eu nunca mais vou vê-lo. Ele até que era bonitinho.
Lilian então resolveu voltar para seus afazeres, certa de que o Moreno que ela não sabia o nome nunca voltaria apesar da promessa e de ter deixado suas coisas.
Harry apareceu no gramado de uma bela casa, mas o que viu fez o moreno entrar em pânico. A porta estava arrombada. Ele esperou que ainda não fosse tarde, mas ao ver o corpo de seu pai jogado no chão tirou qualquer esperança de seu coração, mas mesmo assim correu para o quarto para ver se pelo menos a mãe ele salvava.
Um grito acabou destruindo o resto de seu coração
- Você não precisava morre Lilian. “Avada Kevada”. – uma luz verde iluminou a porta aberta do quarto.
- “Avada Kevada”. – novamente foi ouvido, mas ao contrário da outra vez foi uma luz branca que iluminou tudo e um grito de dor foi ouvido junto com o desmoronamento de parte do teto.
Harry entrou então no quarto e viu ele mesmo quando bebê com uma cicatriz recém formada na testa. A vontade de sumir com a maldita foi grande, mas era melhor conviver com ela do que apagar o passado.
Ele então se ajoelhou perto da mãe e começou a chorar, demorou muito ele falhará em salvar a sua família. Não desistiria, ele mesmo criaria a criança, porém ainda não era o momento de pegar o pequeno Harry. Precisava pensar. Precisava de uma casa.
- E hora de cumprir uma promessa, não seria agora que quebrei as minhas promessas. – disse para si mesmo quando ouviu uma voz familiar, Hagrid.
Apesar da vontade de rever o meio gigante Harry aparata, desta vez na frente da casa da qual sairá a alguns minutos.
- Será que ela me deixaria ficar por um tempo, até ter um emprego e conseguir uma casa para criar a mim mesmo. Acho que ela esta com raiva de mim, mas e o único lugar que eu posso ir.
Bateu na porta ainda com lagrimas nos olhos. Ela abriu a porta e logo começou o discurso:
- Olha quem voltou. O que pensa que está fazendo aqui? – mas não conseguiu, pois o moreno se atirou nos braços dela e começou a chorar como se sua vida dependesse disso.
Ela o puxou para dentro da casa e esperou ele se aliviar para contar tudo. Como eles se sentaram no sofá, ela não percebeu que o jovem acabou adormecendo em seu ombro então esperaria ele acordar para conversar com ele.
Na manhã seguinte ele acordou atordoado sem saber onde estava. Ele se levantou e ouviu uma voz atrás dele.
- Então a bela adormecida acordou. Tem um café para você na cozinha. Nem me venha com esta de que sem fome porque você não come a quase três dias que eu sei, fora os dias antes de você aparecer.
- Certo você venceu. Mas só se você me fizer companhia. – disse o moreno sem saber o porquê de sentir bem na presença da garota.
- Você poderia me falar o que você quis dizer com corrigir erros da sua vida?
- Ainda não, mas em breve te contarei tudo, só preciso pegar uma pessoa esta noite. Meu anjo.
- Aliás, eu não sei o seu nome.
- Pode me chamar de Tiago por enquanto.
- Então tá Tiago, o que você faz da vida, parece ainda um estudante.
- Olha quem fala. Você parece ser mais nova que eu.
- Eu não fui para Hogwarts, meus pais preferiram me educar em casa fiz os Niem’s há alguns dias e estou esperando as respostas. E você?
- Espera que eu conto tudo de uma vez.
Eles terminaram de comer quando Harry se lembrou de uma coisa. Sirius.
- Eu preciso ir, Lilian. Daqui a pouco eu volto tenho que resolver um problema.
- Nem vem, Tiago. Você ainda está fraco e pode desmaiar a qualquer momento, você não sai das minhas vistas até hoje à noite.
- Então vem comigo, e algo rápido.
- Vou pegar minha varinha então.
- Não precisa - disse convocando ela – toma.
- Exibido. Para onde vamos?
- Londres. Dê-me a mão, que eu aparato nos dois para lá.
- Não podemos fazer isso aqui. Tem um feitiço que impede isso.
- Eu gosto de quebrar as regras. – disse antes de pegar a mão da garota e aparatar em Londres.
Mas quando eles apareceram pareceu que uma explosão aconteceu. E eles viram um rapaz moreno gargalhando. Lilian não entendeu nada do que estava acontecendo, mas Harry percebeu que mais uma vez o destino estava contra ele.
Vários aurores apareceram para prender o rapaz, que continuava gargalhando. Nada mais poderia ser feito. Então Harry decidiu voltar para casa. Seu próximo passo deveria ser bem pensado. Nada poderia dar errado.
Ele continuou revoltado e a menina nada compreendia. Mas esperaria pelo desabafo do homem ao seu lado, que mais uma vez estava chorando. Ela fez a única coisa que conseguiria, abraçou o rapaz. Que retribuiu o abraço de maneira forte e decidida.
Ficaram o dia inteiro conversando banalidades, até escurecer e Harry precisava sair.
- Eu prometo que volto, pode ficar tranqüila. Mas voltarei com uma pessoa, ela também ficará aqui o tempo que eu ficar. Espero que você não se incomode.
- Quando ela chegar e você me explicar tudo eu te digo se me incomoda ou não.
- Eu volto, meu anjo.
Harry então aparatou para a Rua dos Alfeneiros, um lugar que ele achou que nunca retornaria quando foi resgatado pelo esquadrão de Potter’s. Ele percebeu uma gata sentada em frente a casa. Era sua Professora Minerva McGonagall, uma animaga. Precisaria esperar a hora certa para agir. Como nunca soube como a sua entrega foi realizada precisaria ficar escondido. Mas Dumbledore era muito esperto e perceberia uma capa de invisibilidade, mas não poderia perceber um falcão no telhado.
Assim ele se transformou, não era sua primeira transformação, nunca tinha conseguido aquela forma, geralmente era um cervo ou um felino, mas ele precisava e conseguiu a proeza.
Pousou sobre o telhado da casa em frente a sua, aquela que seria ocupada pela Sra. Figg. E esperou até perceber que as luzes começaram a sumir e ver o diretor usando o seu apaqueiro. Apurou sua audição para ouvir a conversa entre o velho e a professora.
Minutos mais tarde Harry escuta um barulho de moto e olha para cima e vê um farol vindo na direção deles, e Hagrid com a moto de Sirius carregando o pequeno Harry. Só mais um pouco agora era restava esperar os bruxos irem embora para pegar o pequeninho e mudar a historia.
O primeiro a sair foi o Gigante, com a moto. Depois a professora sai na forma de gata. Até que Dumbledore finalmente aparata depois de devolver as luzes para os postes.
Harry então pousa perto do embrulho e se transforma pegando a ele mesmo nos braços.
– - Você não merece sofrer com estes trouxas. Esse é o primeiro erro que corrijo. Pode ter certeza que no fim da guerra você se orgulhará de mim e me agradecerá. Vamos. A carta eu vou modificar para tia Petúnia saber que você está bem, apesar de achar que ela não se importará.
O menino permaneceu dormindo e se acomodou nos braços do jovem. Assim aparataram de volta para a sala de Lilian.
Esta ao escutar o som da aparatação logo aparece com uma cara feia.
- Agora quero as minhas explicações, Senhor Tiago.
- Então vamos pelas apresentações. Meu nome completo é Harry Tiago Potter. Este pequenino nos meus braços é Harry Tiago Potter. – disse mostrando a criança em seus braços sabendo que parte da raiva era por trazer um estranho para casa dela, mas pêra lá ele era um estranho também, que confusão.
Lilian fica maravilhada com o menino que nem repara de imediato nos nomes.
- Ei, você disse Harry Tiago Potter para os dois como pode, ele é seu Filho?
- Acho melhor colocá-lo em um berço, pois a historia é longa e ele só vai acordar amanhã cedo. – disse subindo para o quarto que ocupou enquanto estava inconsciente e conjurou um berço para o menino, sem nem ao menos pegar a varinha. Fato que Lilian percebeu. Depois eles voltaram para a sala.
- Bem ele não é meu filho, ele é filho de Tiago e Lilian Potter. Meus pais. Ele também não é meu irmão. Ele sou eu, ou melhor, ele será eu em alguns anos. Eu sou de um futuro que não existe mais.
- O que? Você é do futuro? Como assim não existe mais?
- Se tudo ocorresse como eu me lembro ele se tornaria a pessoa que sou agora. Mas EU alterei este presente, ou seja, meu passado, e as coisas se desenrolaram de maneira diferente, resultando em um futuro completamente diferente.
- Deixa-me entender, você volta do futuro, altera e não tem mais para onde voltar? E isso?
- Sim, eu não posso voltar para algo que não existe mais. Mas e melhor contar a minha vida e como posso alterar para aquele bebê ter uma vida normal e feliz.
- Primeiro você deve entender que existem pessoas que combatem Voldemort e seus Comensais, meus pais faziam parte de um grupo formado por Alvo Dumbledore, diretor de Hogwarts, um dos responsáveis pela minha vida sofrida. Meses antes do meu nascimento, Alvo recebeu uma visita de uma candidata a vaga de professora de Adivinhação. Esta visita foi realizada em um bar no vilarejo perto da escola, Hogsmeade.
- Durante a entrevista ela fez uma profecia, a primeira de duas que ela conseguiu na sua vida. Ela dizia que aquele que teria o poder de derrotar o Lord das Trevas se aproximava. Porém a profecia foi ouvida pela metade por um comensal que contou para seu mestre. Como a profecia dava dicas de quem poderia ser, Voldemort resolveu que a profecia dizia que ele matava este menino. Alvo ficou sabendo que o Lord estava atrás do menino e escondeu aqueles que poderiam ser os pais da criança, meus pais e mais um casal.
- Meus pais fizeram o Fidelius, um feitiço que impediria qualquer um de encontrar a casa, somente se o fiel do segredo contasse. Eles escolheram Sirius Black, aquele que nos vimos sendo capturado hoje cedo. Todos pensam que ele é o fiel, pois ele era o melhor amigo do meu pai, mas na verdade o fiel era outro amigo, Pedro Pettigrew, que é um comensal. O que vimos hoje cedo foi a tentativa de Sirius matar o Pedro por ter traído os amigos. Bom ele foi para Azkaban direto sem julgamento, pois acreditavam que ele enlouquecerá quando Voldemort foi derrotado.
- Você-sabe-quem foi derrotado quando?
- Ontem a noite, quando eu estava fora, você não sabia por que não saiu de casa nem recebeu nenhuma carta, nem o jornal, mas nas ruas os bruxos estão festejando, acreditando que Voldemort foi morto.
- Dava para você parar de falar o nome dele. Me dá arrepios.
- Não este é um nome falso, o nome dele é Tom, mas o medo de um nome só aumenta o medo sobre a coisa.
- Quem derrotou ele então?
- Eu derrotei. Não meu eu adulto, mas o pequenino que está no quarto. Tom invadiu a nossa casa depois que o Rato do Rabicho, um apelido do Pedro, contou onde meus pais estavam escondidos. Ele duelou com meu pai enquanto minha mãe tentava fugir comigo, mas Tom é muito poderoso e matou meu pai e seguiu em direção a minha mãe, ele não queria matá-la, mas como ela não deixaria isso foi morta por ele. Este sacrifício foi parte de uma magia antiga que me protegeu e quando a maldição da morte me acertou ela foi refletida e acertou o bruxo, me deixando com esta cicatriz. – disse apontando para a testa.
- Fui resgatado e deixado na porta da casa dos meus tios trouxas, onde vivi anos de sofrimento, eles odiavam magia e sempre tentaram impedir a manifestação dela por lá. Eu resgatei o Harry da porta da casa e trouxe para cá, foi o primeiro erro que corrigi. Ninguém merece ser criado naquela casa. Eu só fiquei sabendo que era bruxo quando foram na minha casa me entregar a carta de Hogwarts, depois de uma semana de cartas pelo correio-coruja, que nunca pude abrir.
- Agora preciso conseguir uma casa e para poder criar o Harry e melhor a vida dele e de muita gente. Preciso de um emprego.
- Você pode ficar aqui, a casa é muito grande para uma pessoa e eu posso te ajudar a cuidar de você mesmo, isto é confuso. Por que você me disse para chamá-lo de Tiago se seu nome é Harry
- Então eu fico aqui. Eu preciso de uma nova identidade, Harry Potter só tem um, e é melhor que seja o pequeno. Ele agora é famoso. Fico com o meu segundo nome mesmo, Tiago, que também e o nome do meu pai. Como serei o pai do Harry, nada melhor que me chamar Tiago Potter. Se bem que no começo é melhor usar outro para mim é para ele, assim como novas aparências.
- Quem tal usar o meu assim podemos falar que somos casados e ninguém verá a verdade, já que vocês moraram aqui todos iriam falar mesmo.
- Tá bom, eu serei então Tiago Prewett e ele Harry Prewett. Mas e aparência. Só preciso mudar o cabelo deixar uma barba e esconder a minha cicatriz. Depois copio no Harry. Mas o que será.
- Você pode ficar ruivo, mudaria muito, com cabelos compridos.
- Boa, vou tentar e você diz como ficou. - ele se concentrou e lentamente foi mudando de forma. Ele descobrirá havia pouco tempo os poderes metamorfomagos juntamente com a multianimagia, então as transformações ainda eram lentas.
- Uau, ficou perfeito, muito Sexy. Nem parece você. Deixa o menino para amanhã. Mas quanto ao emprego, o que você faz bem.
- Caço bruxos das trevas e jogo quadribol. Acho que vou ficar com os bruxos. Quadribol gera muita atenção eu prefiro ficar escondido pra esperar Voldemort.
- Então você deve fazer os Niem’s como eu fiz e tentar entrar para a academia de aurores. Se você for mesmo o que você diz, será fácil para você. Eu vou tentar uma carreira no ministério mesmo. Então a gente ficaria próximo e poderia criar o Harry juntos.
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