Em Busca do Menino Dourado
Capítulo 72 – Em Busca do Menino Dourado
A Ordem acabou se reunindo para discutir sobre o ataque que aconteceu no Beco. Os aurores que interrogaram os comensais capturados tinham muito a relatar.
- Agora que todos sabem que ele voltou, Voldemort está atacando com força total. – disse Dumbledore. – Além do Beco, a casa da Amélia Bones foi atacada. Por sorte, ela conseguiu sair a tempo.
- Eles estão piores que da outra guerra. – disse Remo.
- Eles querem fazer com que ela dure pouco. – disse Tiago. – E também para fazer com que a maior parte da população fique do lado deles.
- A parte que não tem relação com os nascidos trouxas. – disse Lílian. – E claro a que não resistir a ele.
- Isso quer dizer que somos o alvo preferido deles. – disse Sirius.
- Voldemort que tente pegar os meus meninos para ele ver. – disse Molly, o que causou espanto e medo em muito por saberem que ela não é muito ligada a violência, mas ninguém mexia com seus filhos.
- O que os comensais disseram? – perguntou Minerva desviando a atenção da ruiva.
- O ataque foi mais forte que o normal para disfarçar suas intenções. – disse Frank. – Além de diminuir defesas em outros lugares, queriam pegar Olivaras.
- Tom está ainda tenta entender o que aconteceu quando as varinhas se uniram no cemitério. – disse Dumbledore. – Foi bom reforçar a defesa dele, mas acredito que termos que pensar em mais alguma coisa. Seria melhor que ele se escondesse por algum tempo.
- Veremos o que podemos fazer a esse respeito. – disse Quim, que com Rufus no cargo de ministro foi promovido a chefe dos aurores. – O melhor seria que ele fosse para outro país. De preferência longe o bastante.
- Voldemort não vai parar só porque ele não tem alguém a quem perguntar, ele entrará em uma busca por poder e chegará a Gregorovich. – disse Tiago se lembrando de quando invadiu a mente de Voldemort após o seu resgate antes de completar a maioridade.
- Isso nos dará tempo. – disse o diretor.
- Sim, mas ele estava atrás de outra pessoa no beco. – disse Alice. – Um garoto.
-Harry? – perguntou Arthur.
- Não. – disse Frank. – Mas se pegassem ele estaria bem.
- Eles falaram algo sobre um menino que podia ver magia. Eles precisavam criar tumulto para o menino se revelar. Não sabem realmente quem ele é.
- Eles estão atrás do Kal? – perguntou Lílian, que depois de chegarem em casa, tinha conversado com a filha.
- Você sabe quem é ele? – perguntou Dumbledore, enquanto Tiago olhava feio para ela.
- Ele ajudou a Letícia durante o ataque. – disse a ruiva. – Eles são... ah... amigos.
- Poderiam encontrá-lo? – perguntou Minerva.
- Normalmente eles se encontram por acaso mesmo, no beco. – disse Lílian, apreensiva por mentir. – Acredito que não fazem contato de outra forma.
- Isso pode complicar um pouco as coisas. – disse Dumbledore. – Proteger o menino passou a ser prioridade. Mas não podemos demonstrar para os comensais que estamos tentando atrapalhar os planos. Com certeza já deduziram que sabemos que eles estão o procurando. Teremos que utilizar Letícia para achá-lo, como são amigos ninguém vai desconfiar se conversarem.
- Certo. – disse Lílian, mesmo sabendo que Tiago não gostava nada disso.
Dumbledore deu sequência à reunião.
A busca pelo menino não seria fácil. Todos sabiam. Mas Letícia estava mais que animada com ela.
Depois da reunião, seu pai havia chegado em casa agitado, mas quem conversou com ela foi sua mãe, explicou que precisavam encontrar com Kal, mas não deu detalhes. Então ela iria passear no Beco mais vezes para poder encontrar o menino.
Já era o terceiro dia que estavam no Beco, e até agora nada do menino. Uma vez ela tinha ido com os pais, as meninas e Harry. Outra com Molly e Aluado. Agora estava só com o pai.
Ela tentou várias vezes contar para o pai sobre os sonhos. Mas ele sente tinha a mesma resposta.
- É algo que eu preciso saber, ou algo que quer me contar para que eu fique melhor?
Então ela não contou sobre o fato do menino ser aquele com quem ela vai casar. Apesar de suspeitar que o pai sabia de algo.
Ela havia desistido de encontrar o menino naquele dia, Tiago percebeu isso.
- Vamos tomar um sorvete pelo menos. – disse ele.
- Tudo bem. – disse ela.
Eles seguiram para a sorveteria.
Alguns metros antes, Tiago sentiu que havia algo escondido perto de um jardim em uma casa. Arriscando ele passou ali perto.
- Não cumprimentos os amigos mais? – disse uma voz que assustou Letícia.
A menina, que estava desanimada, abriu um sorriso.
- Kal. Como eu podia te ver se você estava escondido ai no meio deste jardim?
- Jardim. – disse ele. – Então é por isso que ninguém me vê. Te desculpo então.
- Pai ele pode tomar sorvete com a gente? – perguntou ela, como se dissesse que queria isso antes dele falar com o menino.
- Se ele quiser. – disse Tiago, mais conformado com o fato de deixar a sua menina perto dele.
Letícia nem perguntou se ele queria, apenas o arrastou para a sorveteria.
Assim que se serviram, Tiago volta a falar.
- Eu vou lançar um feitiço ao nosso redor. Somente para que ninguém escute o que falamos. – o auror sabia que se não avisasse poderia assustar Kal, e assim perder todas as chances de protegê-lo. E claro, magoar a filha.
Kal ficou tenso, mas percebeu que o feitiço não o incomodava.
- Voldemort está atrás de você. – disse Tiago.
- Porque eu posso ver magia, apesar de ser cego para o resto. – Kal afirmou. – Sempre vejo alguém com a marca no braço, e tento agir normalmente, ou como acho que alguém que enxerga faria, ou me escondo.
- Se você sabe que eles estão te procurando, Por que fica andando por ai? – explodiu Letícia, e Tiago teve pena do menino que se encolheu ligeiramente quando ela começou a falar.
- Fica difícil se esconder ou fugir quando não se encher nada. – disse ele. – Aqui eu posso fugir, fazer magia, atacar e manter eles longe da minha mãe.
- Sua mãe? – perguntou Tiago, com mais sentido que as simples palavras.
- Ela é trouxa. – disse ele. – Não consegue se livrar fácil de qualquer bruxo. Sem contar que eles podem usar para que eu faça o que quero. Pelo menos foi o que ela me disse.
Tiago sentiu simpatia pelo menino. Sabia o que era tentar proteger quem amava, mesmo sem saber o que fazer, nem como.
- Como sabe que eu não quero te fazer mal? – perguntou o inominável.
- Ela gosta de você. – disse apontando para a ruiva que corou. – e os comensais morrem de medo de você.
Tiago sabia que as emoções mexiam com a magia, mas a ponto de ficar visível era novidade.
- Mas é arriscado assim mesmo. – disse Letícia depois de assimilar tudo.
- Eu tenho uma solução. – disse Tiago, mesmo não gostando dela. – Pense nela com cuidado, Kal. Como Letícia disse, é arriscado você ficar num lugar onde os comensais andem livremente. Ainda mais num lugar onde qualquer um pode te descobrir e a informação parar em Voldemort. No momento ninguém sabe quem você é. Mas isso pode mudar.
- Eu sei. – disse ele meio constrangido de não poder fazer mais nada.
- Você e sua mãe poderiam ir morar com a gente. – disse o moreno. – Você teria a proteção e nos poderíamos ter a ajuda dela para cuidar das meninas.
- Pai! – exclamou a menina indignada.
- O que foi, Rainha? – perguntou ele. – Cuidar das gêmeas é cansativo, mesmo com a sua ajuda e do Harry.
- Ah bom. – disse a menina quase num sussurro, ela acreditava que era com ela.
- Você pode mesmo proteger a minha mãe? – perguntou o menino.
- Sim. Posso.
Meia hora depois, eles já faziam a mudança dos dois. Não foi difícil convencer Débora da necessidade disso. Apesar de não ser bruxa compreendia bem o que estava acontecendo. O pai do menino havia contado sobre a guerra que acontecerá anos atrás e ela estava preocupada com o que o filho relatava.
Desde que descobrirá sobre a visão do menino permitia que ele ficasse no beco, e como era perto da casa deles, era uma boa solução.
Mas tudo mudou, e agora seria bom para ela descansar sabendo que o filho estava seguro e bem cuidado.
- Não vamos ser um problema para vocês? – perguntou Débora.
- Claro que não. – disse Tiago. – A casa pode parecer pequena, mas com magia tudo e possível, e podemos colocar um quarto para vocês, ou quem sabe dois. Os meninos vivem na casa da nossa irmã. Bem ela não é nossa irmã, mas age como. Sem contar que passamos a maior parte do ano em Hogwarts, que fica bem perto de Hogsmeade.
- Sua mulher não vai achar ruim? – ela perguntou, vendo a interação entre Letícia e Kal. Era a primeira criança que tratava bem o filho, seja trouxa ou bruxa.
- Se Letícia não viu problema, ela não vai achar ruim. Lílian sabe que é por uma boa causa.
Lílian parecia ter previsto isso, mas ainda não com seus poderes. Ela simplesmente conhecia bem o marido. Já havia dois quartos prontos, pelo menos no que se dizia a parte estrutural.
Ela sorriu, pelo menos conheceria o menino que a filha iria se apaixonar. Pelo menos com ela foi assim que o pai aceitou o namoro com Harry. Sabia que Arthur tinha ressalvas com os outros meninos, mas quando contou que estava namorando o moreno de óculos, recebeu muito apoio. Esperava que Tiago se comportasse assim no futuro.
A chegada dos novos moradores foi tranquila, sem nenhum incidente. Logo Kal e Débora estavam acomodados na casa.
Carol e Anny adoraram a novidade, já que eram mais pessoas para paparicar as duas. O problema aconteceu quando Harry entrou em casa. Ele tinha saído para fazer algumas compras para os quartos.
Assim que Kal percebeu a presença dele, reagiu por instinto. Puxou Letícia para perto dele e de sua mãe, criando um escudo a sua volta.
- Que coisa é essa? – disse ele, apontando uma mão para Harry e outra para Tiago. – Nem mesmo os gêmeos da loja de brincadeiras têm magia tão parecida assim. Quem são vocês?
Foi neste momento que Tiago percebeu que seria inevitável tentar separar os dois, apesar de continuar não gostando. Proteger a menina, mesmo contra a sua própria família era algo que ele teria feito pela sua Gina, assim que se conheceram.
- Temos Magia parecia assim por sermos a mesma pessoa. – disse Tiago. – Acho melhor sentarmos, e você pode retirar esse escudo, não vamos fazer mal. E depois vocês veem o que fazem.
Tiago então contou a historia de sua vida, mais uma vez. Débora estava encantada, mas Kal não reagia. Parecia que ele já tinha passado por algumas coisas que não havia contado para a mãe. Assim que a historia terminou, ele ‘olhou’ para pai e filho e depois para Letícia.
Ele podia sentir a tensão da menina.
- Não tem porque inventar uma historia destas só pra me pegar. – disse ele. – Mas são melhores que muitas por ai.
Todos respiram aliviados.
Depois do jantar, Lílian foi visitar seus novos hóspedes. Poderia parecer ser cortesia, mas era necessidade. Ela não poderia deixar que a cena se repetisse assim que Gina aparecesse. Sua identidade tinha que permanecer sem segredo por algum tempo.
Comentários (2)
AMEIIIIIIIIIIII...LI TUDO DE UMA SÓ VEZ.....ANSIOSA PELOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS.....
2011-11-23AMEI AMEI AMEI AMEI AMEI AMEI EEEEEEEEE AMEI ♥
2011-11-21