No Ministério



Capítulo 68 – No Ministério


 


- Voldemort tem meus pais e as meninas no ministério. Temos que salvá-los. – disse Harry.


- Isso pode ser uma armadilha. – disse Mione.


- Não é. – disse Harry com raiva. Eles não tinham visto a menina sendo torturada.


- Calma, Harry. – disse Rony. – Você não vai poder fazer nada neste estado.


- Mas... – começou a falar o moreno, porém percebeu a aproximação da Madame Nor-r-ra. – Vamos sair daqui.


Ninguém reclamou, já que sempre que a gata percebia algo fora do normal, Filch logo aparecia, e com a adoração do zelador pela assessora do ministro, era melhor não arriscar.


Dois andares acima, eles pararam de andar e verificaram se tinha alguém por perto para poderem falar. Mas escutaram sons de passos se aproximando.


Felizmente eram apenas Gina e Luna.


- E ai como foram? – perguntou a ruiva, mas ao reparar no semblante do quarteto mudou a pergunta. – O que aconteceu?


Harry olhou de forma intensa para ela, e ela usando Leglimência viu a cena do sonho dele.


Neville e Luna ficaram sem entender quando Gina levou as mãos à boca, como se Harry tivesse lhe respondido. Rony e Mione sabiam que os dois tinham mais aptidão para essa técnica, então não reagiram.


- Como isso foi acontecer? – perguntou Gina.


- Não sei, mas tenho que ir ajudar. – disse Harry.


- Isso pode ser uma armadilha. – disse Luna, mesmo sem saber detalhe nenhum, mas percebendo que alguém queria Harry fora das proteções do castelo.


- Eu disse para ele. – disse Mione.


- Por que você não vai falar com o diretor? – perguntou Neville tentando ser útil.


- Ele está fora. – disse Gina.


- Acabamos ouvir um quadro comentando que escutou ele conversando com a professora McGonagall, e ele estaria na Irlanda hoje juntamente com o Professor Lupin. – disse Luna.


- Isso, a Tia Mimi. – disse Harry, achando uma má hora para o lobisomem e o diretor estarem fora do castelo. – Ela é da Ordem.


- O que é essa Ordem? – perguntou Neville.


- Depois nos te explicamos. – disse Mione, temendo que alguém ouvisse ou que perdessem tempo, se realmente for verdade.


O grupo então seguiu para a sala de Transfiguração. Depois que Umbrigde baixou a norma que os professores não poderiam falar com os alunos assuntos fora da matéria, os professores começaram a ficar em suas salas, esperando algum aluno que precisasse de ajuda, fora a matéria, e caso a assessora do ministro aparecesse era só falar que era da matéria.


Eles bateram na porta e esperaram.


- Achei que vocês estariam descansando. – disse a professora.


- Voldemort pegou meus pais e os tem refém no ministério. – disse o menino rapidamente.


- Isso é grave. Mas como você sabe disso? – perguntou a professora, mas a resposta de qualquer um ficou presa na garganta quando eles sentiram um forte odor de pântano.


Umbrigde se aproximavam.


- Claro que as suas aulas ajudaram muito na prova. – disse Harry, elogiando mentalmente os gêmeos por terem acrescido o pântano com um cheiro impossível de retirar do corpo.


- Que isso, vocês são ótimos alunos. – disse a professora pegando a deixa dele. – Espero dar aulas para vocês ano que vem, e o mesmo vai para vocês duas, quero que se empenhem para seguir os outros.


- O que está acontecendo aqui? – perguntou Umbrigde.


- Só estamos agradecendo as aulas da professora McGonagall, por termos ido bem no NOM de Transfiguração. – disse Rony.


- Que eu saiba isso não é proibido, e até mesmo questão de etiqueta e educação. – disse Minerva quando a outra ia retrucar.


- Mas essas duas não são do quinto ano. – disse ela como se pegasse a mentira.


- Somos amigos. – disse Luna.


- E também não é proibido ter amigos. – disse Gina de forma petulante.


- Vou repassar seus agradecimentos para o Professor Lupin. – disse Minerva antes que Umbrigde tentasse algo contra os meninos.


- Então já vamos. – disse Mione.


A Alta Inquisidora olhou para a professora como se dissesse que ela estava marcada. Minerva apenas deu de ombros. Enquanto os alunos se afastavam.


Mas Umbridge não estava convencida da desculpa dada e pressentia que algo estava para acontecer com os garotos. Decidiu segui-los.


Harry estava atento aos movimentos dela, e ao seu cheiro que não diminuía.


- Leve todos para o quarto dos meus pais, lá ela não tem autoridade nenhuma. – disse ele para Gina de forma que somente ela ouvisse. – Vou distraí-la depois que você usar a passagem atrás da armadura com a clave.


- Não demore. – disse ela aflita.


A passagem se abria ao mover o capacete da armadura para a esquerda e enquanto ela voltava para frente a porta atrás de seu nicho se fechava. Uma boa saída para quem fugia de alguém que não conhecia o castelo tão bem.


Harry fingiu espirrar para encobrir o barulho feito pelo capacete ao ser girado. E continuou a andar, mas fazendo mais barulho que o normal, para encobrir que estava sozinho. Vestiu a capa, e abriu uma porta do outro lado do corredor. Assim que Umbrigde virou o corredor ele fechou a porta.


Umbrigde achando que conseguiria pegar os meninos em flagrante espreitou para perto da porta e tentou ouvir por ela. Mas não conseguiu ouvir nada. Então ela abriu a porta com violência e entrou pronta para pegar a todos.


Para sua decepção a sala estava vazia.


De repente a porta se fecha e se tranca.


Harry se aproveitou da vontade da mulher em flagrá-los para trancar a sala. Sabia que não era um feitiço forte, não era o que ele queria, mas seria o suficiente para que chegasse no quarto dos seus pais, e a sapa não poderia fazer mais nada.


Saiu correndo e acabou encontrando os amigos no sexto andar.


- E ai, como foi? – perguntou Rony.


- Digamos que a Umbrigde está presa em seus próprios problemas agora. – disse Harry.


- Isso não vai te colocar em problemas, né? – perguntou Mione.


- Claro que não. Ela pode até suspeitar de nós, mas não tem prova nenhuma contra a gente. – disse ele. – Nós só estávamos indo para o nosso salão.


- Vamos logo. – disse Gina com urgência.


Aos abrirem a porta, perceberam que a sala não estava vazia.


- Estava esperando por vocês. – disse Tiago.


- Mas eu vi... – disse Harry correndo e abraçando a irmã mais velha, assim como Gina, já que eles foram os únicos a ver a cena.


- Seu pai também viu. – disse Lílian, sem se importar com a presença de Neville e Luna.


- Eu não te disse que Voldemort ia tentar te atrair para o ministério. E que melhor forma que nos mostrar refém lá? – disse Tiago.


- Eu pensei, ou melhor, não pensei em nada. - disse Harry, depois de abraçar as outras meninas que estavam ansiosas por isso, e a mãe.


- Eu sei como é isso. – disse o moreno. – Mas agora temos que pensar no que fazer. Voldemort realmente espera que você vá para lá.


- Seria uma boa oportunidade de mostrar para todos que ele está de volta. – disse Lílian.


- Então todos temos que ir. – disse Gina.


- E não treinamos a toa para deixar o Harry nesta situação.


- Olha... – disse Tiago, mas a porta foi aberta repentinamente.


- Sabia que tinha algo errado aqui. – disse Umbridge descabelada, e ofegante. – Vocês não deveriam estar aqui.


- Harry você já acabou seus NOMs? – perguntou calmamente Tiago para o menino.


- Sim. Finalizei a ultima prova tem quase uma hora. – respondeu ele.


- Sendo assim, eu não tenho como ajudá-lo mais e, portanto, posso ficar no castelo. – disse Tiago para a Umbrigde, mas olhando para uma pedra sobre a mesa.


- Vocês deveriam ter me comunicado disso. – falou ela.


- Que eu me lembre, você não é a diretora de Hogwarts. Nem mesmo ligada ao setor de exames mágicos. – disse Tiago mais uma vez olhando para a pedra.


- Não sou, mas eu sou a autoridade do ministério aqui. – disse Umbridge.


- Assim como eu, Tiago e Tonks. – disse Lílian, também olhando para a pedra. – E você não é superior a nenhum de nós.


- Nem vai fazer parte do ministério por muito tempo. – disse Tiago. – Já enviei cópias de um dossiê sobre você para vários membros do Ministério e da Suprema Corte. Com alguns de seus deslizes aqui no castelo, como ameaças e chantagens e alguns crimes dentro do ministério.


- Vocês não têm nada contra mim. – disse ela.


- Tirando o fato de que foi você quem enviou a ordem para os dementadores estarem em Hogsmeade no verão passado, sendo fácil perceber que foi a sua pena que falsificou a assinatura do ministro.


- Alguém tinha que calar o seu filho, ele estava e continua a desmoralizar o ministério.


- Ninguém precisa fazer isso. – disse Harry. – Ele faz isso sozinho, principalmente com alguém como você por perto.


- O que essa maldita pedra faz? – Umbrigde perdeu a paciência depois que Harry olhou para ela.


- Não a pedra não. – disse Letícia entrando no jogo.


- Faça qualquer coisa, menos tocar nesta pedra. – disse Lílian.


- Nós até mesmo desistimos de te denunciar, mas não toque nesta pedra. – disse Tiago.


- Ela teve ser algo muito valioso. – disse ela com o brilho da cobiça em seus olhos. – Ou algo que eu posso usar contra vocês. Podem me denunciar. Fudge confia em mim.


Ela tocou na pedra e sumiu.


- A curiosidade pode ter matado a Sapa. – disse Tiago com humor.


- Isso tudo foi um truque? – perguntou Rony, que parecia não ter entendido nada, mas não era o único.


- A parte da pedra sim. – disse Lilian. – O resto é verdade. Foi ela mesmo quem tentou se livrar do Harry.


- E para onde ela foi? – perguntou Gina.


- Para o meio da floresta proibida. – disse Tiago. – Um lugar entre os centauros e Grope.


- Grope? – perguntou Mione.


- O meio irmão gigante do Hagrid. – disse Lílian. – Ele demorou a voltar das férias por que trouxe o irmão com ele. Tadinho é pequenino.


- Como um gigante pode ser pequenino? – perguntou Neville.


- Ele tem apenas cinco metros. – disse Letícia, que conhecia o gigante.


- Bom isso não é importante, agora temos que ver o que fazemos para acabar com os planos de Voldemort.


 


O rapaz moreno apareceu na frente da cabine quebrada. Guardou o pergaminho que tinha usado como Chave de portal no bolso. Quanto menos gente soubesse de sua presença ali melhor.


Digitou a senha, que ele pensou ser muito obvia, mas que nenhum trouxa pensaria em digitar em um telefone aparentemente quebrado.


O Saguão vazio não era um bom sinal, mesmo para aquela hora, nem mesmo o vigia aguardava ali. Bem até mesmo vigias bruxos têm suas necessidades. Essa podia ser um destes momentos. 


Ele apertou o botão do elevador despreocupado. Mas o barulho que ele fez foi ensurdecedor. Será que não havia um feitiço para acabar com ele, ou foi deixado assim como alarme. Ele deu de ombros.


Desceu no nono andar e se direcionou para a porta negra no fim do corredor. Seguiu em frente sem fechar a porta. Caso fizesse, a sala rodaria e ele não encontraria a sala certa, tão rápido. E também não era como fazia nos sonhos.


Passou pela sala do Tempo, tomando uma nota mental em trazer a ruiva da próxima vez para ver o ovo.


Mas ele não estava ali para isso, ele tinha um encontro com o homem que matou seus pais.


Na sala das profecias, ele seguiu para o corredor que viu sua família sendo torturada. Sabia bem o que ele queria, a profecia feita pela professora Trelawney.


Assim que seus dedos se fecharam sobre a pequena esfera, ele escutou alguém falar as suas costas.


- Me entregue a profecia. – disse alguém as suas costas.


Era Lucios Malfoy.


- Ah, é só você. – disse o moreno. – Achei que fosse alguém importante.


Alguns risinhos foram ouvidos.


- Ele é bem corajoso. – disse Bellatrix Lestrage. – Mas não passa de um bebê.


- E precisa de doze comensais para cuidar de um bebê. Não tem curso de babás não neste culto. Voldemort deve estar morrendo de medo de vir me encarar.


- Não fale assim do Lorde. – disse a louca, lançando um feitiço no rapaz.


- Você pode acertar a profecia. – disse Malfoy tirando a mira dela, fazendo o feitiço acertar algumas esferas atrás dele.


- Vocês querem profecia. Terão profecia. – disse o moreno, fazendo com que algumas esferas saíssem das estantes e caíssem sobre os comensais.


Eles tentaram se proteger, mas as esferas de vidro quebravam e os pedaços penetravam em suas peles.


- Se vocês querem a profecia venham pegar. – disse ele já longe.


Alguns comensais correm atrás dele. Mas assim que viraram o corredor foram recebidos por inúmeros feitiços. Quatro saíram de combate e por seus colegas permaneceriam ali.


Eles percorreram quase todas as salas do departamento de mistérios. Sempre ficando um comensal desacordado para trás.


 A situação estava tão critica para os comensais que Malfoy confundiu um dos seus com o garoto e o arremessou contra um armário na sala do tempo. Esse armário veio a baixo quebrando todos os vira-tempos ali presentes.


- Pelo que me contaram os comensais eram lutadores terríveis.  – disse o garoto. – Mas eles são piores que os alunos do segundo ano.


- APAREÇA COVARDE. – Berrou Malfoy.


- Eu não me escondi. – foi a resposta do moreno, que estava encostado em uma parede a direita dele e de Bella, os dois únicos comensais em pé. – E já disse que os covardes são vocês que precisam de um batalhão inteiro para me encarar. Só falta o Covarde Mor. Mas ele teria que se revelar para todos, será que ele tem coragem.


- Você vai aprender a falar mal do Lorde das Trevas. – disse Malfoy apontando para o peito dele.


- Vou te dar uma chance. Cinco feitiços antes de te derrubar.


Malfoy tentou estuporar, silenciar, imobilizar, torturar e por fim matar, mas não conseguiu chegar nem perto dele.


- Você teve a sua chance. Petrificus Totalis. – Malfoy caiu de boca no chão. – Só falta você Bella.


Bellatrix percebendo que perderia, saiu correndo.


- Depois a ruiva me acusa de correr atrás de rabo de saia. – disse ele correndo atrás dela.


A alcançou no meio do átrio.


- Onde você pensa que vai. – disse ele lançando um feitiço que fez fitas circularem o corpo dela. E um grande laço apareceu sobre a sua cabeça. – Vai ser um presente e tanto para seu mestre.


- O Lorde das Trevas virá pra me resgatar. – disse ela.


- Eu espero por isso, desde que ele matou os meus pais, só por que ele achou que estava seguindo a profecia. – disse ele olhando para a esfera de vidro na sua mão esquerda.


- Me perdoe mestre. – disse Bellatrix olhando para um ponto atrás de seu adversário.


- Não sei por que vocês ainda pedem perdão. Mesmo sabendo que vão ser torturados da mesma forma. – disse o moreno. – Não concorda comigo, Tom?


- Me de essa profecia, Potter. – disse Voldemort com muita raiva, primeiro ao ver sua comensal derrotada, sinal que todos os outros estavam também. E por tê-lo chamado pelo seu nome verdadeiro.


- Ele não gosta do nome. – disse o garoto para Bellatrix, e depois se virou para Voldemort. – Ou o que? Você vai tentar me matar? Isso já ta ficando monótono.


- Ora Seu. CRUCIO. – berrou Voldemort, mas seu alvo se moveu e ele acabou acertando sua serva.


- Não precisava torturá-la agora. Você não tem sua plateia para aterrorizar.


- Você é insolente como seu pai, Potter. – disse Voldemort retirando a maldição de Bellatrix.


- Obrigado.


- Isso não foi um elogio. – disse Voldemort.


- Depende do ponto de vista. – disse o moreno escapando de um feitiço que destruiu a cabeça do bruxo da fonte. – Eu também não gosto desta fonte, ela é muito falsa. Vamos dar uma utilidade para ela.


Com um movimento, as estatuas ganharam vida e ao contrario do que Voldemort pensou, elas não o atacaram, mas sumiram pelas lareiras do saguão.


- Você perdeu uma boa arma, Potter.


- Eu acredito que posso te vencer sem ajuda externa. Faço isso desde que era um bebê.


- Você precisou do sacrifício da sua mãe para isso. – disse Voldemort acreditando que tinha acertado um ponto sensível.


- Pelo menos a minha fez mais que me dar um nome que eu odeio. E vou te falar, não é lá grandes vantagens tentar matar uma criança que mal sabe falar. Mas é extremamente humilhante não conseguir fazer isso.


Ele teve que se esforçara para não ser atingido por nenhum feitiço lançado pelo rival.


Voldemort não pensava. Se fosse uma luta com algum adversário difícil como Dumbledore, ou algum auror muito experiente, ele usaria feitiços mais elaborados, duelaria com gosto. Mas esse pirralho estava o tirando do serio. Até agora não tinha levantado a varinha, nem para se defender, e mesmo assim aparentava estar no comando do duelo.


-Sabe, Tom. Existem inúmeras formas de derrotar um oponente. E eu acabo de estragar seus planos. E como premio de consolação te mando isso.


A esfera de vidro sobrevoou o átrio, no mesmo momento que várias lareiras emitiram uma luz verde, indicando que alguém chegava. Vários bruxos apareceram, entre eles Fudge, Dumbledore e alguns aurores.


Voldemort não teve escolha, desapareceu em uma nuvem escura levando junto Bellatrix.


- Explique-se Potter. – disse o ministro, para seu auror, mesmo tendo a impressão que tinha visto seu filho ali.


- Acho que a situação é mais que auto-explicável. – disse Tiago. – Voldemort tentou roubar uma profecia do departamento de mistérios. Eu como Auror e Inominável, o combati e prendi alguns comensais, entre eles bruxos influentes em nossa comunidade. Infelizmente não consegui prender Voldemort, como vocês viram, mas teremos outras chances.


- Eu vi você jogando a profecia para ele. – disse o ministro com raiva.


- Não, você me viu lançando uma esfera de vidro semelhante as usadas no departamento de mistérios. Eu não ia querer estar perto dele quando descobrir que foi enganado facilmente. Agora se me dão licença, minha mulher está me esperando. – Dito isso ele aparatou de volta para a escola deixando Dumbledore para dar suas explicações.


 

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