Dia dos namorados
Capítulo 63 – Dia dos namorados
Angelina está obcecada com os treinos de quadribol, e chegou a marcar vários treinos de última hora. Era justamente onde eles estavam no momento, apesar da neve que caia. Por um lado isso era bom, pois a partidas não eram canceladas por causa do tempo, mas também tinha seu lado ruim, já que não rendia o que tinha que render, porque não havia visibilidade para tal.
Nas arquibancadas estava um quarteto tentando enxergar alguma coisa. Hermione desde que começou a namorar o goleiro sempre que podia ela ia ver os jogos, e não era difícil convencer Gina e Letícia a acompanhá-la. Hoje Luna tinha visto as meninas indo para o campo e as seguiu.
Pouco depois de meia hora de tentativa a capitã encerrou o treino e os jogadores foram para o vestiário.
Harry estava secando os cabelos, apesar de achar que fazia isso somente para se aquecer, já que teria que pegar neve novamente. Foi quando sentiu uma pontada forte em sua cicatriz.
- AI. – disse ele apesar de ter tentado segurar o grito.
- O que foi? – perguntou Alicia.
- Apertei meu olho com a toalha. – mentiu ele, mas deu uma olhada significativa para Rony, que entendeu o que aconteceu.
- Mais cuidado. – disse Kátia. – Não queremos um apanhador caolho.
- Pode deixar. - disse o menino com um sorriso amarelo.
Logo as meninas saíram com os gêmeos, bem próximos para evitar o frio.
- Foi a cicatriz? – perguntou o ruivo.
- Sim. – disse Harry.
- Por que vocês demoraram? – perguntou Letícia assim que eles saíram abraçando o irmão.
- Minha cicatriz doeu. – disse ele. – Você pode avisar ao papai isso? Tenho deveres para fazer e não posso passar lá agora.
- Pode deixar. – disse ela.
Mione olhou para ele tentando identificar algo mais, mas não conseguiu ver nada, então abraçou Rony e seguiu para o castelo.
Gina aproveitou a desculpa do frio e abraçou Harry também. Só Luna parecia não sentir frio.
Letícia se separou do grupo e seguiu para o quarto. Tinha que dar o recado para o pai.
- Srta Potter, você não deveria andar pelo castelo, sozinha. – disse Umbrigde.
- Sua opinião não fale nada. – disse a menina, continuando a andar.
- Você pode se perder. – disse a assessora do ministro. – Eu insisto em te acompanhar.
- Eu não me perco mais. – disse a ruiva. – Dispenso a sua ajuda.
- Vou te acompanhar por bem ou por mau. – disse Umbridge sacando a varinha.
- Nem pense nisso. – Letícia foi mais rápida e desarmou a mulher e lançou outro feitiço. – Meu pai me disse para ficar longe de você, mas acho que ele devia ter dado o aviso para você.
Letícia seguiu o seu caminho, deixando Umbrigde chocada pela habilidade dela.
- Essa cor combina mais com você. – disse um dos quadros.
Foi quando ela percebeu que sua pele estava verde e escamosa.
- ARGHHHHH!!!!!!!!- berrou ela indo em direção a saída do castelo, ela iria imediatamente falar com o ministro.
A fúria dela era tão grande que nem percebeu que era alvo de gozação e risadas pelos corredores do castelo e do ministério.
Os gêmeos não perderam a deixa e lançaram um feitiço nas costas dela, onde apareceu escrito “Baixa Engolidora de Moscas” e “Dedetizadora semi-eficiente”.
- A que devo a honra desta visita. – disse Fudge segurando uma risada.
- Eu exijo a expulsão imediata da menina Potter do castelo. – disse ela.
- Eu avisei para não mexer com ela. – disse o ministro.
- Olha o que ela fez comigo. – disse ela.
- Imagino que não foi do nada. Você fez algo para que chegasse a esse ponto.
- Eu só queria saber onde os Potter e os Weasley passaram o feriado. Mas a menina é arrisca. Ia usar minha magia para que ela me contasse , mas ela me desarmou e fez isso.
- Você sabia que ela era treinada pelo pai, o melhor auror. Parece que ele tinha razão em cuidar disso. Sem contar que você está lá para observar, e está tentando intervir demais, principalmente com os Potter. Rufus, Broderick e Amélia já estão reclamando que você está tentando impedir os projetos deles.
- Você me pediu para ficar de olho neles para ver se eles ainda estão espalhando essa mentira sobre Você-Sabe-Quem.
-Sim, é por isso que você está no castelo. – disse o ministro. – mas não podemos nos indispor com todos, ainda mais os Potter. A maioria das famílias com filhos no castelo veem com bons olhos os que eles fazem.
- Lucio Malfoy não vê. – disse ela com um sorriso vencedor, era um ‘conselheiro’ do ministro.
- Ele tem alguma rixa com Tiago, e neste caso a opinião dele não conta. – disse o ministro tirando o sorriso dela.
- Eu preciso de fazer alguma coisa. – disse ela.
- Infelizmente, não posso te dar mais poder. Ainda mais sobre os aurores, já fui informado que caso isso aconteça, terei que explicar para todo o QG. E sem a ordem que eles trazem eu perco o cargo. Fique fora do caminho deles. Só observe, se tiver algo contra eles, ai sim poderemos agir, fora disso, não. E me parece que teremos que lidar com outras coisas. Me alertaram que tem algo acontecendo em Azkaban.
Umbrigde saiu frustrada da reunião.
- Você não deveria ter avisado que ela ainda está enfeitiçada. – disse um quadro.
- Não, ela tem que perceber que os fins não justificam os meios. E também para ela se lembrar de não se meter com quem tem mais poder que ela. Sem contar que conhecendo o pai da menina que fez isso, o feitiço acabará sozinho em alguns dias.
O clima, na manhã seguinte, entre os alunos era tranquilo. Ainda havia as brincadeiras sobre Umbrigde. Mas entre os professores estava bem pesado.
- Papai disse para você ler o jornal. – disse Letícia para o irmão assim que se juntou ao grupo para o café.
Foram poucos minutos de apreensão e finalmente o jornal chegou. Com a seguinte manchete.
“Fuga em Massa de Azkaban. Comensais fogem.”
Abaixo estavam fotos de dez comensais e os crimes cometidos por cada um. Entre eles havia apenas uma mulher Bellatrix Lestrange, que Harry sabia que fora capturada pelo pai, salvando assim os pais do Neville. Mas ele não viu os nomes do Rabicho e do Crouch.
- É por isso que ele estava feliz ontem. – disse Harry.
- Você pode ver o que ele está sentindo? – perguntou Rony.
- Pensando agora sim. Senti muito feliz ontem. – disse o moreno.
- Você tem que aumentar a sua oclumência. – disse Mione.
- Mione, ela não serve para que eu bloqueie a minha mente para não ver os pensamentos dele, mas o contrário. – disse Harry. – Sem contar que meu pai também sente.
Esse argumento fez com que a monitora se calasse.
- Assim o ministério vai ver que Voldemort voltou. – disse Rony.
- Parece que não. – disse Gina. – Aqui diz que eles foram ajudados por alguém de fora, mas não cita Voldemort, mas um cúmplice do Bagman.
Tiago tinha sido chamado no ministério.
- Eu avisei que eles iam tentar fugir. – disse ele na reunião, onde estavam presentes o ministro, Rufus, o diretor de Azkaban e alguns aurores.
- Você tem alguma ideia do que aconteceu? - perguntou Fugde.
- Eu já te disse, mas você não aceita. – disse o moreno. – Voldemort os libertou.
- Não me venha com essa. – disse o ministro.
- Quem mais poderia invadir a fortaleza e soltar presos perigosos? – perguntou Alice.
- O Potter. – disse o diretor de Azkaban. – ele pode aparatar lá dentro.
- E por que ele faria isso? – perguntou Frank. – Se foi ele que prendeu a maioria dos que foram soltos agora.
- Ele pode ter prendido para ganhar a nossa confiança. – disse um auror.
- Não faz sentido. – disse o ministro. – Se ele quisesse estaria no meu lugar.
- Por que eu iria me juntar àqueles que destruíram a minha família? – perguntou Tiago.
- Todos sabemos que se Tiago quisesse ele já teria tomado o poder. – disse Rufus. – Ele já venceu todos os aurores em treinamento. Muitos com relativa facilidade. Ele não é suspeito pela fuga.
A reunião continuou pelo resto da manhã, mas sem nenhuma conclusão.
O jogo entre Grifinória e Lufa-lufa aconteceu no primeiro fim de semana de fevereiro, uma semana antes do passeio a Hogsmeade.
Apesar de Cedrico estar em uma boa forma, Harry o venceu com sobra.
Mas o acontecimento que gerou mais polemica foi Harry ter parado de procurar o pomo e cochichado algo no ouvido de Gina, que corou e mandou ele voltar a jogar.
Umbrigde estava impossível depois da fuga dos comensais. Ela não estava convencida de que Tiago não tinha nada com isso, e tentava seguir o inominável por todo o canto, sem sucesso, então ela decidiu seguir Harry.
E isso começou a irritar os amigos dele. Ele e Gina tiveram que segurar Letícia muitas vezes para evitar que ela transformasse a mulher em sapo definitivamente.
Harry também passou a andar com a capa, o que deixava a alta inquisidora louca.
- Vou tirar essa mulher da nossa sombra. – disse Mione depois que Umbrigde a seguiu por toda a sua ronda. – Eu vou tomar uma atitude.
- Papai disse para usar a minha casa. – disse Harry.
A morena parou um instante para pensar. Se ela tinha acabado de pensar sobre isso, como o pai do amigo poderia saber o que ela ia fazer. A não ser que ela teve essa mesma ideia antes, e ele estava dando seu consentimento sobre isso.
- Gina, vou precisar de sua ajuda. – disse ela puxando a ruiva para fora do salão.
- Será que ela vai morrer se contar o plano antes? – perguntou Rony.
- Acho que ela pensa que se fizer alguém vai atrapalhar ou fazer ela perder a vontade. – disse o moreno. – Você já devia ter se acostumado com isso.
- Só espero que isso não atrapalhe nosso passeio. – disse ele suspirando. – Tinha planos.
- Espero também. – disse Harry.
- Com quem você vai, Gina? – perguntou Geoge para a ruiva.
- Eu sei que você aceitou um convite para ir ao vilarejo, hoje, Dia dos Namorados. – disse Fred.
- Aliás, sabemos que você dispensou inúmeros convites. – disse George.
- Com a justificativa de já tinha aceitado ir com alguém. – disse Fred.
- Mesmo nós não tendo visto alguém te chamar.
- Olha que ficamos de olho em vocês o tempo todo.
- Roniquinho até ajudou.
- Hoje vocês não vão me fazer perder o juízo e atacar vocês para que os professores me impeçam de ir, ou amedrontem ele. – disse Gina com um sorriso. – Ele não tem medo de vocês.
- E o que veremos mocinha. – disseram os dois se afastando dela.
- Não seria mais fácil, contar de uma vez que você vai com o Harry. – disse Mione.
- Não seria. – disse a ruiva. – Eles não têm que ficar se metendo na minha vida. E assim eles vão amedrontar todos os outros meninos. Não é certo, e quando eles perceberem que é o Harry, e que ele me convidou durante o jogo, já vai ser tarde.
- Tenho dó dos seus irmãos. – disse a morena.
- Por que teria Mi? – perguntou Rony.
- Nada não, Rony. – disse ela.
Rony até que ia retrucar, mas uma coruja chegou para a morena.
- Encontro com você daqui a pouco, quando você terminar. – disse ela. – Tenho que responder essa carta. Harry você tem que me encontrar às duas na sua casa.
- Eu tenho escolha? – perguntou ele, mas Mione já tinha saído do salão.
- Acho que não. – disse Gina rindo dele.
Logo Gina e Harry se despediram do ruivo, que estava ocupado olhando para a entrada esperando pela namorada, que não percebeu os dois juntos.
Algumas pessoas olhavam para o casal, não era surpresa para ninguém que os dois andavam muito próximos, mas ninguém sabia a verdadeira situação do casal. Muitos viam os dois como irmãos, principalmente pela proximidade entre Letícia e Gina e Harry e Rony. Alguns especulavam um casal arranjado, só para não ficarem sozinhos, mas tinham aqueles que apostavam que eram namorados de verdade, mas para que os irmãos dela não atrapalhassem não falavam nada.
Os dois não perceberam os olhares, estavam se divertindo juntos.
Eles foram para o Três Vassouras. Entrando lá Gina retirar os flocos de neve do cabelo dele.
- O que grata surpresa. – disse Rosmerta. – Pensei que todos fossem para um ambiente mais romântico hoje.
- Gostamos daqui. – disse Harry.
- Sem contar que teríamos que passar a maior parte do nosso tempo tendo que desviar de querubins com confetes. – disse Gina com cara de nojo.
- E lá só tem chá. – disse Harry.
- Bom, acho que vocês escolheram o lugar certo, Uma cerveja amanteigada por conta da casa. – disse Rosmerta.
- Muita gentileza a sua.
Realmente o bar perecia estar mais vazio que o normal. Provavelmente pelo dia dos namorados, onde as pessoas preferiam programas diferentes. E aqueles que não tinham par preferiam ficar no castelo.
Eles ficaram em uma mesa mais afastada, onde estavam escondidos por um painel, e somente quem chegasse bem perto poderia vê-los.
Depois que as canecas chegaram eles ficaram conversando. Harry percebeu que Gina ficou com um bigodinho de espuma da cerveja.
- Deixa-me limpar isso. – disse ele puxando a menina para mais perto.
Mas ao contrário do que ela esperava, ele a beijou.
- Hum, não saiu tudo. – disse ele com um sorriso malicioso.
- Então vai ter que limpar de novo. – respondeu ela com o mesmo sorriso.
Esqueceram até da cerveja.
Mas em um dado momento, Harry se afastou dela, e com as mãos retirou qualquer sinal dos beijos.
- Por que? – perguntou Gina magoada.
- Não quero brigar com seus irmãos hoje. – disse ele, e logo em seguida a porta abriu e as vozes dos gêmeos surgiram.
- Então a Gininha veio com Harryzinho. – disse Fred.
- Não é uma novidade assim tão grande. – disse George.
- Bom, agora que vocês já sabem, podem ir embora. – disse Gina.
- Que isso, já importunamos demais o casal de monitores. – disse novamente Fred.
- Agora temos que cuidar de vocês.
- Vocês não chamaram ninguém? – perguntou Harry.
- Chamamos.
- Mas elas pararam para fazer compras.
- Elas devem estar sentindo nossa falta, caro Forge.
- Sim, vamos voltar, caro Gred. Mas vamos deixar claro para nossa irmãzinha que não e por estarmos nos formando que ela vai poder fazer o que quiser.
- Sempre a encontraremos nas visitas. Pra matar as saudades.
Os dois saíram e deixaram a menina soltando fogo.
- Eles me pagam. – disse ele.
- Não vamos deixar os dois estragar o dia. – disse Harry. – Eles não se importam se você vier comigo, então...
- Você tem razão. – disse ela. – Mas acho que está na hora de irmos encontráramos meu outro irmão. Ou melhor a sua namorada.
- Mas já. – disse ele espantado, olhando para o relógio. – Vamos logo, e se for rápido lá podemos fazer mais alguma coisa hoje.
Eles saíram para a casa do moreno.
Já estavam esperando por eles Tiago, Lilian, com as gêmeas, Mione, Rony, com a cara fechada, Luna e um senhor que parecia muito com a corvinal.
- Prazer, Senhor Potter. – disse o senhor. – Meu nome é Xeno Lovegood, Pai da Luna, Dono e editor do Pasquim. Estou honrando por você ter aceitado dar esta entrevista.
Ele olhou raivoso para Mione.
- Achei que se todos soubessem o que realmente aconteceu no cemitério elas vão acreditar. – disse a morena se encolhendo.
- Podia ter avisado, Mione. – disse Gina defendendo Harry.
- Sem brigas meninos. – disse Lilian ao ver que Rony ia fazer o mesmo por Mione. – o Sr Lovegood está ansioso para escutar o que você tem a dizer.
Sem alternativa, a entrevista começou. Apesar de excêntrico como a filha, o jornalista era muito bom em fazer perguntas e pegar todos os detalhes.
N/A:
Esse Capítulo é um presente para uma menina Especial. Carol, Parabens, Minha Fadinha.
Bjs
Mago Merlin
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