Detenção
Capítulo 55 – Detenção
Harry se levantou na manhã seguinte com a sensação de que precisava de mais algumas horas de sono. Mesmo assim ele saiu da cama e se arrumou. Seus companheiros também estavam se arrumando.
- Harry, é verdade que você enfrentou Você-Sabe-Quem? – perguntou Simas.
- Claro, que é verdade. – respondeu ele indignado com a pergunta. – Você acha que eu, ou até mesmo Dumbledore mentiria com algo assim.
- È que isso é muito estranho. – disse a irlandês. – Você foi o único que viu, e as conversas pelo mundo bruxo é que você só quer esconder o que você fez para participar do torneio.
- E você prefere acreditar neles, que em mim. – atacou Harry.
- O que está acontecendo aqui? – Perguntou Rony saindo do banheiro. – Harry por que você está atacando o Simas?
- Ele acredita que eu só quero aparecer e a historia de Voldemort é pura mentira. – respondeu o moreno.
- Acredito mesmo. – disse Simas saindo do quarto.
- E você Dino. Em que acredita? – perguntou Rony para o outro companheiro do quarto.
- Eu acredito no Harry. – disse ele rapidamente. – Não haveria como você inventar uma historia destas. Sem contar que como meus pais são trouxas, eles não andam pela sociedade bruxa e não escutam essas coisas, cara.
- Bom. – disse Rony, vendo Dino seguir o amigo.
- Não fique assim. – disse o ruivo para Harry. – ele ainda vai perceber quem está com a razão.
- O problema não é só o Simas, mas todos. Eles ouviram durante as férias as mesmas coisas. – disse Harry. – Você viu como todos me olhavam ontem.
- Não ligue para isso. – disse Neville que até agora estava calado. – Nós acreditamos em você, assim como as meninas, seus pais, e Dumbledore. Isso que importa.
- Valeu, Neville. – agradeceu Harry.
O três desceram e acabaram encontrando com Letícia, Gina e Mione esperando por eles no salão comunal.
- Oi, rainha. – cumprimentou Harry quando a menina pulou sobre ele, habito que ele suspeitava que ele manteria para sempre e ainda ensinaria para as gêmeas. – Dormiu bem?
- Como um anjo. – respondeu ela, mesmo percebendo que algo atormentava o irmão.
- E a Gina, se comportou direitinho? – perguntou o moreno e percebeu que a menina ficou corada.
- Ela gritou com algumas meninas. – disse Letícia rindo. – Igualzinha a Tia Molly faz com os gêmeos.
- Por quê? – perguntou ele.
- Vamos descer logo, a tia Mimi logo vai distribuir os horários. – disse Gina tentando mudar o assunto.
- Eh! – concordou Rony. – Eu estou com muita fome.
- Quando você não está? – perguntou Mione.
Assim eles seguiram para o salão principal, com Harry sem a sua resposta.
A presença de Letícia acabou desviando a atenção do irmão, que deixou de reparar que por onde andavam as pessoas olhavam para ele, ansiosos, esperando que ele narrasse o que aconteceu, um dissesse outra historia mirabolante.
Ele acabou se sentando na mesa da Grifinória ao lado das duas ruivas, enquanto os amigos se acomodavam a sua frente.
Pouco tempo depois, Angelina apareceu e informou para Harry que ela era a capitã do time, e que eles teriam o teste para o novo goleiro na sexta depois das aulas.
- Não me lembrava que o Wood tinha se formado. – disse Rony.
- Foi o Tribruxo, que fez as pessoas se esquecerem de algumas coisas. – respondeu Mione. – Você parece que se esqueceu de muitas.
- Eu não tive culpa se ano passado eles resolveram não fazer o campeonato de quadribol. Eu mal via o Wood fora dos treinos. – se defendeu o ruivo.
A resposta da morena foi impedida pela chegada da professora distribuindo os horários deles.
Harry leu com desanimo o seu horário e percebeu que continuava a dividir as aulas de poções e trato de criaturas mágicas com a Sonserina. Pelo menos não eram todas as aulas.
Infelizmente a primeira era justamente com Snape.
Se despediram de Gina, e de Letícia, que seguiu no salão com a mãe, os grifinórios foram para as masmorras.
Por sorte, eles não precisaram ficar esperando, pois no exato instante que eles chegaram, o professor abriu a porta. Isso fez com que Malfoy ficasse de boca aberta para falar alguma coisa, mas não teve tempo, entrando na sala frustrado.
- Apesar de não acreditar, mas todos vocês estão aqui no ano dos NOMs, Níveis Ordinários de Magia. – disse o professor olhando diretamente para Harry e Neville. – Então prepararemos poções mais complexas, cujos efeitos são mais relevantes, mas também que um erro poderá significar a morte.
Snape passou mais uns cinco minutos falando dos exames do fim do ano e como ele selecionava as pessoas para suas classes de NIEMs. Logo, com um aceno de varinha, ele fez com que as instruções aparecem no quadro.
Harry, ao ler o quadro, percebeu que era uma das mais difíceis poções que ele vira. Bom a poção Polisuco que eles haviam feito no segundo ano ainda ganhava, mas isso Snape nem mesmo suspeitava. Então ele decidiu que gastaria alguns minutos copiando o que era para fazer.
- O que está fazendo Potter? Era para você já ter começado a fazer a sua poção. – disse Snape. – Já desistiu das aulas, ou o campeão não precisa fazer o que lhe mandam e está respondendo a cartinha dos fãs?
- Eu estou copiando o que você passou no quadro, Professor. Caso você não tenha reparado, mas assim que adicionarmos as pernas de aranha, uma fumaça esbranquiçada começara a sair dos caldeirões, supondo que todos acertem, a sala ficara inundada de nevoa atrapalhando a visão do quadro, que faria com que eu me deslocasse até a frente, perdendo algum tempo, e podendo perder toda a minha poção. – respondeu ele. Ignorando todo o resto da pergunta.
Atordoado Snape demora a responder.
- Você voltou das férias, mais arrogante que antes. Seu pai te deu aulas disso. – falou o professor que passou a odiar o novo Tiago quanto amava ao seu contemporâneo.
- Você parece mais azedo. – respondeu Harry sem conseguir se segurar, arrancando risinhos de toda a turma.
- Detenção Potter, sexta-feira. – disse o professor com um sorriso vitorioso. – E quem rir fará companhia para o Potter.
Todos fizeram silêncio na sala. Menos Malfoy que não evitou a risada.
- Isso inclui, você, Sr Malfoy. – disse o professor, sabendo que teria que teria que se explicar para o Potter e para Minerva, então era melhor não deixar pontas soltas.
- COMO VOCÊ CONSEGUIU RECEBER UMA DETENÇÃO, JUSTO PARA O HORÁRIO DO TESTE? – Berrou Angelina ao encontrar com Harry no almoço. – Eu te avisei, pois queria todos os jogadores lá para ver se se adaptavam ao novo jogador.
- A culpa não é toda minha. – disse o menino. – Snape fez de propósito. Ele quer justamente isso. Sem contar que não acredite que alguém que consiga jogar com todos os outros do time tenha problemas de jogar comigo e vice-versa. Todos os que eu não conseguiria, já estão jogando em outros times.
- Certo. – disse ela. – MAS CUIDADO COM AS DETENÇÕES.
- Srta Johnson, por que está gritando no meio do salão principal? - perguntou Minerva.
- Ele recebeu uma detenção para o horário do teste do novo goleiro. – disse ela.
- Como você conseguiu isso? – perguntou a professora.
- Parece que o Snape não teve boas férias. – disse ele.
- Menos cinco pontos da Grifinória, pelos gritos e menos cinco pela detenção.
- Mas professora. – reclamaram os dois, mesmo sabendo que não teria efeito nenhum nela.
- Nada de mas. Vocês desrespeitaram as regras, e quem sabe assim você compreende melhor as coisas, Potter, já que detenções não te atingem.
Enquanto Angelina se afastava cabisbaixa, Harry parou para entender as palavras da professora e percebeu que Snape deveria estar pressionado por ser espião entre os comensais.
- Você arruma muita confusão, Harry. – disse Mione quando o menino se sentou.
- Eu não arrumo, Mione, ela que me procura. – disse o moreno. – Sem contar que você sempre está junto.
- Ele tem razão. – disse Rony. – Sempre estamos no meio disso também, mas você é quem mais se destaca nisso.
- Finalmente Roniquinho, está falando algo de útil. – disse Fred.
- Será que finalmente ele cresceu? – perguntou George.
- Calados – disse o ruivo com as orelhas vermelhas.
- E você Gin.. – começou George.
- Termine a frase e vocês não poderão estar nos testes. – disse a ruiva com a varinha apontada para os dois.
- Está tão bonita hoje. – remendou Fred.
- Assim está bom. – disse ela guardando a varinha e fazendo com que todos rissem e os gêmeos suspirarem aliviados.
Harry estava voltando de uma visita as irmãs, quase no fim do horário permitido. A semana tinha sido bem puxada e ainda era quarta feira, o que indicava que o ano seria bem puxado. Já que foi o primeiro momento que ele teve para ficar pelo menos cinco minutos com as gêmeas.
Tinha tentado levar com ele os amigos, mas todos deram desculpas e não puderam ir. Gina tinha muitos deveres, Mione coisas de monitoria, e Rony, bem o ruivo ele não deu desculpas nenhuma, ele simplesmente sumiu depois do jantar.
Harry acabou encontrando com ele em um corredor próxima da entrada da torre. Mas em uma atitude suspeita. Um grupo de alunos do segundo ano passou pelo ruivo, que ao invés de repreender por estes estarem fora do seu salão naquele horário. Ele se escondeu em um recuo na parede e esperou o grupo passar, parecendo esconder algo à suas costas.
- Rony. – Chamou Harry.
Rony se virou meio nervoso para o amigo.
- Harry? O que você está fazendo aqui? – perguntou ele, mas o moreno pode perceber que o ruivo tentava esconder a sua nova vassoura, falhando totalmente.
- Eu fui visitar as meninas, tava com saudade delas. – respondeu. – E você?
- E... bem... – gaguejou Rony, mas com um suspiro frustrado ele respondeu. – Eu tenho treinado para o teste. Pensei que poderia entrar no time, você sabe como os meninos me botam com goleiro para eles quando jogamos. Tenho enfeitiçado um balaço para me perseguir, enquanto eu treino, mas é difícil.
- Por que você não me disse? Eu poderia te ajudar.
- Não queria que ninguém soubesse, assim ninguém se decepcionaria comigo quando eu falhar, nem seria alvo dos gêmeos antes da hora.
- Você não vai falhar. – disse Harry. – Não entrar no time pode ser porque existe alguém melhor que você, não que você é ruim. Amanhã, se der, eu te ajudo a treinar, já que eu não vou poder estar no teste.
- Valeu cara, mas será que isso poderia continuar sendo segredo?
- Se você insiste.
Harry parou para respirar antes de bater na porta da masmorra, onde seu professor o esperava para sua detenção. O moreno saiu do salão principal logo após Snape sair também. Não queria deixá-lo esperando, assim só pioraria as coisas.
- Pelo menos é pontual. – disse o professor depois de permitir sua entrada. – Você deverá limpar aquele barril de enguias. Separando os olhos, dentes e tripas da carne.
- Sim, senhor. – disse Harry, erguendo as mangas e começando o serviço.
O cheiro era desagradável, e as enguias bem escorregadias, o que dificultava bem o serviço de Harry, ainda mais com a faca que o professor lhe entregou, que estava cega.
Sabendo que Snape não havia pedido a varinha, com a intenção de que ele a usasse, Harry, esperou que o professor olhasse para outro lado, e no momento que se aproximou do barril, ele amolou a faca com um feitiço sem varinha. Feitiço que havia visto Molly realizar nas facas de sua casa. Assim tornou o serviço mais fácil e rápido.
Mesmo assim, continuou praguejando contra o professor, e torcia para que Rony se saísse bem. Ele tinha esperanças de poder ver parte do treino, mas pelo serviço ele viu que não conseguiria.
Quando ele terminou, viu um olhar decepcionado de Snape para suas mãos, que não tinham cortes. Assim que saiu deu um jeito no cheiro que havia impregnado nele, antes de tomar a direção da torre.
Quando chegou ele viu uma festa, provavelmente coisa dos gêmeos. Ele então viu os dois erguendo Rony em seus ombros.
- Harry. Eu consegui. – berrou o ruivo quando o viu.
- Parabéns, Rony. – gritou ele saudando o amigo.
Angelina se aproximou dele para contar os detalhes.
- Ele não foi exatamente o melhor, mas foi bom o suficiente e parecia ser o mais compromissado. Um que foi melhor, disse que sua prioridade será o clube de xadrez de bruxos e outro ficasse se lamentando muito quando errava alguma coisa. – disse a capitã. – Ele vai melhor com os treinos.
- Ele só precisa ver que pode, depois disso, nada o segurará. – disse o moreno.
- Espero. – disse a menina indo em direção aos gêmeos que já tinham deixado o irmão no chão.
Harry então vai para onde estava Mione, tentando imaginar onde estava Gina.
- Estou tão feliz por ele. – disse a morena, que apesar de estar com um livro nas mãos, não tirava os olhos do amigo que agora vestia uma camisa antiga de Wood.
- Ele vai ser um grande goleiro. – disse Harry.
- Ele jogou bem, apesar de ter cometido alguns erros, mas nada muito grave, senão ele não estaria ali, né? – disse ela, mas fechou a cara ao ver ele sendo abraçado por uma menina. – Eu já vou subir, estou muito cansada e amanhã tenho que terminar meus deveres.
- Eu já vou também. Meus braços estão doendo muito de ter que estripar enguias. – disse Harry. – Você sabe onde está Gina? Achei que estaria aqui com o irmão.
- Ele ficou até pouco antes de você chegar, até que percebeu que Rony não sentiria que ela saiu. – respondeu a monitora. – Uma das amigas dela fez o teste também.
- Então eu vou subir também. Ele nem vai se importar comigo, depois de agüentar o morcegão no meu cangote durante a noite toda.
E os dois subiram para seus respectivos quartos.
Harry estava terminando seus deveres, enquanto seus amigos estavam fazendo a ronda. Ele viu que Gina descia as escadas com raiva. O que foi estranho, a ruiva normalmente não fazia isso, depois que já se recolheu.
- O que houve, Foguinho? – perguntou ele depois que a menina se aproximou dele, quando a chamou.
- Não agüento as meninas do meu dormitório. Elas sempre conversam coisas inúteis e sem sentido. Já não bastava elas ficarem falando de... – ela percebeu que ia dar um fora, e dizer que ficavam falando do moreno. – garotos. Agora elas têm que ficar elogiando o corpo dos meus irmãos, e me fazendo perguntas sobre isso pra mim. Você acredita que me perguntaram se os gêmeos são exatamente idênticos, até mesmo pelados.
- Isso é normal, pelo menos eu acho. – disse o moreno. – Você que amadureceu muito rápido com o que aconteceu com você e agora essa guerra que somente nós sabemos que está ocorrendo.
- Você tem razão. – disse ela se sentando ao lado dele e colocando a cabeça em seu ombro. – Eu só queria um pouco de sossego pelo menos na minha cama.
- Por que você não dorme comigo hoje, e amanha quando elas não estiverem no quarto você enfeitiça usa cama para que quando você quiser paz, elas não possam te atormenta.
- Ótima ideia, mas todos vão me ver subindo as escadas para seu quarto.
- Não se você usar isso. – disse o moreno colocando a capa no seu colo. – Você sobe para o dormitório feminino e quando ninguém poder ter ver, você desce e vai para o meu. Lá eu te mostro os feitiços e você vai poder colocar na sua cama amanhã.
E assim foi feito. Aproveitando que os outros meninos do quarto de Harry estavam no salão, eles subiram, e Harry colocou os feitiços em volta de sua cama, principalmente um que fazia a pessoa se lembrar de algo urgente e esquecer de procurar quem estivesse em sua cama.
Dormiram abraçados como no dia que foram acorrentados.
N/A:
Essa semana consegui escrever bem, mas nem sempre será assim, entao nao se assustem se algumas semanas nao houve atualizaçoes na fic.
Mago Merlin
Comentários (1)
ai q capitulo mara *--* ameeeiiiiiiiiiiii
2011-03-22