Monitores
Capítulo 52 – Monitores
No Largo Grimmauld, todos estavam apreensivos, apesar da confiança demonstrada por Tiago. Eles sabiam que o ministro poderia fazer qualquer coisa para punir Harry, por acreditar que ele está mentido sobre a volta de Voldemort.
Mas o silêncio que se abateu sobre a casa sumiu quando eles voltaram. Letícia estava falante e todos estavam com expressão relaxadas.
Fred, George e Gina ficaram cantando que eles tinha se livrado, o que não agradou muito a Molly, que toda hora os mandava pararem.
- Fiquei preocupada. – disse Molly para Tiago.
- Eles não tinham nada. – disse o auror. – Menores podem fazer magia em situações de perigo, como provado Dementadores foram para Hogsmeade em uma ordem falsa. E eu pedi autorização para que eles usassem magia fora da escola.
- Isso aconteceu com você? – perguntou Remo.
- Sim, mas foi na casa dos meus tios e na presença do meu primo. E ninguém acreditava na minha versão, pelo menos ninguém fora da ordem e pouquíssimas pessoas na escola. – disse ele de forma triste.
- Vamos esquecer isso então. – disse Manu. – Temos que ficar felizes por tudo estar dando certo.
Letícia mais uma vez foi quem relatou toda a história, sempre exaltando o orgulho que tinha do pai.
No jantar daquele dia, Arthur e Quim relataram a repercussão do julgamento, tanto a humilhação do ministro, quanto a covardia de se julgar menores como se fossem comensais.
Hermione entrou no quarto dos meninos, saltitando de felicidade. Seguida por uma Gina sonolenta e uma Letícia feliz.
- Acordem meninos. – disse ela. – As cartas de Hogwarts chegarão hoje. Professora McGonagall vai trazer, e disseram que vamos hoje para o Beco comprar os livros.
- Não sei por que você nos acordou tão cedo. – disse Gina. – Só vamos mesmo depois do almoço.
- Você sabe que ela é assim. – disse Harry, abrindo espaço para a irmã deitar com ele, enquanto a outra ruiva sentava no pé da cama dele, observando Mione chacoalhar Rony para ele levantar.
- Vamos para o café, enquanto vocês se trocam. – disse ela puxando Gina e uma relutante Letícia para fora do quarto.
- Acho que ela tem que parar de andar com a mamãe e com a professora McGonagall. – disse Rony procurando sua camisa. – Ela começou a gostar de mandar.
- Coitado de quem namorar com ela. – disse Harry, percebendo as orelhas do amigo ficarem vermelhas, e se segurou para não rir.
Eles tinham terminado de se arrumar quando Lilian entra no quarto com as cartas de Hogwarts.
- Minerva acabou de deixar isso aqui. – disse ela entregando as cartas para os dois. – Vocês sabem onde estão Gina e Mione?
- Acho que estão na cozinha. – disse Harry.
- Vou entregar as cartas para elas. – disse a ruiva. – já passei pelos gêmeos.
Harry abriu a sua carta, sabendo que não teria surpresa.
- Por que o Aluado pediu um livro sobre teoria da Defesa? – perguntou para Rony, mas não recebeu nenhuma resposta.
Ele olhou para o amigo que olhava para algo em sua mão, se aproximou do ruivo para ver o que era. Um distintivo de monitor.
- Eles me escolheram para ser monitor. – disse ele.
Fred e George entraram no quarto fazendo bagunça. E logo viram o que o irmão segurava.
- Ah não. Roniquinho é um monitor. – disse George.
- E eu achando que seria o Harryzinho. – disse Fred.
- Eu também. – disse Rony com um suspiro passando o distintivo para o amigo. – tem certeza que não é sei.
- Não acho que a mamãe ia se enganar com isso. – disse ele.
A porta se abre novamente, dando passagem para Mione.
- Oh, Harry. – disse ela. – Sabia que você seria escolhido também.
- Não foi ele. – disse Rony se levantando. – Fui eu.
- Tem certeza? – disse a morena.
- É o meu nome que está na carta. – disse ele.
A tensão que se instalou no quarto foi quebrada pela entrada de Molly.
- Temos que comprar uniformes novos para você, Rony. Elas estão um pouco curtas.
- Compre algo para combinar com o distintivo novo dele. – disse Fred.
- Que distintivo? – perguntou a matriarca.
- O novo e brilhante distintivo de Monitor dele. – disse George com nojo.
Demorou alguns segundos para ela entender as palavras dos gêmeos.
- Que maravilha. Meu menino é monitor. – disse ela. – Merece um presente.
Ela saiu, mas ainda puderam ouvir algo como ‘Orgulho’.
- Como podemos passar nosso legado assim? – perguntou um dos gêmeos.
- Acho que teremos que investir na Gininha. – disse o outro.
- Vamos, então.
- Acho que vou pedir uma vassoura. – disse Rony. – Não precisa ser uma de ponta, nova já serve.
Ele saiu.
- Harry, me empresta Edwiges. – disse Mione depois de acompanhar o ruivo com o olhar. – Acho que monitoria e algo que meus pais entenderam.
- Claro que pode. – disse ele sem olhara para ela.
Eles foram para o Beco Diagonal, Hermione estava ávida por informações sobre monitores, Rony empolgado com a promessa de sua mãe de lhe dar uma vassoura, os gêmeos pela esperança de conseguir algo para seus produtos.
Porém Harry estava meio parado, apesar de que ele se esforçava para não transparecer. Algumas pessoas perceberam, mas não falaram nada, pelo menos não no Beco.
- Você tem que conversar com ele. – disse Lilian.
- Ele tem que pensar um pouco, e acho que mais alguém percebeu. – disse Tiago. – E se eu realmente o socorrer em todas as situações, ele nunca crescerá. Se ele realmente quiser, ele sabe que pode vir atrás de nós. E a conversa que acontecerá no jantar vai ajudar.
- Aquela que o Remo disse que ele foi o escolhido como monitor e não o seu pai?
- Essa mesma. – disse Tiago.
- Vamos logo, então. Molly está querendo sua opinião de que vassoura deve comprar para o Rony.
Assim eles foram para a loja de quadribol.
Rony estava na sessão voltada para fãs, onde vendiam as coisas para os times, ele queira ver se tinha algum novo pôster dos Cannon, felizmente eles eram baratos.
- Eu não sei nada sobre vassouras. – disse Molly. – Quem costuma fazer isso é o Arthur, e mesmo assim, geralmente, é usada.
- Normalmente, eu sugeriria uma Cleansweep, ou uma Comet.
- Mas... – disse Molly prevendo algo.
- Em virtude do que acontecerá ano que vem, podemos ajudar você. – disse Lilian.
- O que acontecerá ano que vem? Gina? Ela vai entrar para o time?
- Espero que seja só ano que vem. – disse Tiago. – E sim, ela se tornará artilheira. Uma das melhores que eu vi jogando na escola.
- Assim eu fico envergonhada. – disse Lilian.
- E vocês querem comprar uma vassoura para ela.
- Só ano que vem. – disse Tiago. – Então vamos apenas pagar a diferença para uma vassoura melhor, quem sabe uma Ninbums 2005, acabou de ser lançada, mas não chega a Firebolt, mas é melhor que as outras.
- Certo. – disse Molly pouco a vontade. – Mas só porque vocês são da família.
Harry largou as suas coisas no quarto e seguiu para a cozinha, quem sabe se ele ajudar sua mãe e a tia, ele poderia melhorar um pouco seu humor.
Mas no meio do caminho ele foi agarrado e arrastado para dentro de uma sala.
- Gina. O que aconteceu? – perguntou ele ao conseguir se equilibrar.
- Comigo nada. – disse ela se sentando em um sofá. – Mas acredito que você precise conversar.
- Por que você acha isso? – perguntou ele ainda de pé.
- Todos podem ter ficado olhando para Mione e o Rony, mas eu percebi que você não estava muito confortável, depois que recebemos nossas cartas. E no beco, você não estava muito animado, por assim dizer.
- Foi só o susto. - Disse ele se sentando ao lado dela.
- Pode desabafar comigo. – disse ela.
Ele ficou um tempo pensando no que falar, ele nunca foi bom nisso. Então ele se deita no colo dela, quem sabe se não olhar para ela, e ficar confortável, ele consiga.
- Eu nem mesmo lembrei que era no quinto ano que eram escolhidos os monitores, então nem tive esperanças mesmo de ser um. Nunca, na verdade, pensei em ser monitor. Acho que nunca servi para isso. Vivo quebrando regras, tenho mais detenções que a maioria dos alunos, mas mesmo assim eu poderia ser um monitor. Nada contra o seu irmão, podia ser qualquer um. Só acho que depois de tudo, poderia ser considerado.
- Você sabe se não foi considerado, e seu histórico não depôs contra você. Se bem que o Rony e a própria Mione estejam com você sempre. Vai ver Dumbledore não quis te colocar por causa do seu pai e sua mãe. Eles estão no castelo, e não seria legal mais um Potter no poder, alguns alunos e pais poderiam achar ruim. – disse ela passando as mãos no cabelo dele.
- Você pode ter razão, ruiva. – disse ele. – Sei que é bobagem minha.
- Não é não. Você só queria ser algo mais que o arrumador de confusão da escola. Eu sei que você é mais que isso, mais que o Herói de todos. Você é o Harry, o meu Harry, o irmão da Letícia.
- Obrigado por me fazer falar. – disse ele.
Os dois permaneceram conversando ali, conversando sobre a escola.
E foi com Harry deitado no colo de Gina que Gui os encontrou. Parte queria dele queria arrebentar a cara do menino, mas parte sabia que a cena era certa, e que no momento não acontecia nada. Foi a última que venceu.
- Gina, Harry. Mamãe está chamando vocês. – disse ele normalmente.- Papai já chegou, e vamos jantar.
- Já estamos indo. – disse ela, sem para o movimento das mãos, meio por gostar daquilo, meio que para ver a reação do irmão.
Ele apenas saiu da sala.
- Vamos antes que não sobre nada pra gente. – disse Harry se levantando.
- Isso mesmo, o Rony vai comer tudo. – disse ela segurando na mão dele, não queria perder contato com ele, depois desse tempo naquela sala.
Harry apenas apertou mais a mão dela, e não soltou até chegarem na cozinha, quando foram atacados por Fred e George.
- Agora somos os únicos não monitores aqui. – disseram.
- Eu ainda posso ser. – disse Gina.
- Não você não será. – disse George.
- Não pode nos trair assim. – disse Fred.
- Se virar monitora, o que duvido muito. – disse Gina. – Eu não recolho os produtos de vocês.
- Nesse caso.
- Você pode.
- Malucos. – disse Harry se afastando e se sentando com Rony e Hermione.
O jantar comemorativo foi tranquilo.
Remo disse que foi um péssimo monitor, por não conseguir segurar Tiago e Sirius. O que deixou Harry mais tranquilo.
Moody retirou uma foto da antiga formação da ordem que ele achou, mostrou para Harry e depois para os outros.
Apesar de não aparentar, nem Harry, nem mesmo para Tiago. Os dois acabaram se retirando pouco depois.
- Você foi monitor? – perguntou Harry.
- Não. Dumbledore achou que eu tinha muita coisa pra fazer, algo como salvar o mundo mágico, evitar brigas e tentar convencer as pessoas que eu dizia a verdade.
- Você acha que é o mesmo agora?
- Com certeza. Ele não mudou muito, deve estar pensando o mesmo. E te digo, não é grande coisa ser monitor, mas o Rony merece.
- Se pelo menos aqueles dois aproveitem que vão ficar sozinhos, para prestar atenção um no outro, vai valer a pena. – disse Harry, voltando ao estado normal.
- Vou tentar ajudar, mas eles são muito cabeça-dura. Acredita que eu nunca vi nada. Tirando algumas cenas de ciúmes. Uma pena, eles formam um belo casal.
- Como você aquenta sete anos assim, mais esse quatro?
- Esperança. – disse Tiago.
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