Descobrindo os Perigos
Capítulo 47 – Descobrindo os Perigos
Harry se viu em um lugar estranho, parecia uma casa antiga e abandonada. Ele estava em uma sala com uma única cadeira de espaldar e uma lareira acessa.
Um homem parecia estar se contorcendo no chão como se estivesse sofrendo com terríveis dores.
- Isso é para que você se lembre de fazer seu trabalho direito. – disse alguém que estava sentado na cadeira. Harry só via uma mão segurando uma varinha. – Eu mandei que você tomasse conta de um único homem, e você o deixa escapar. Já tive comensais melhores que você, mas parece que estão todos presos, por não me abandonarem.
O homem apenas gemeu quando parou de tremer.
- Não quero mais erros, vá antes que eu me arrependa de não te matar, apesar de ainda precisar de você.
O homem saiu quase correndo dali, sendo seguido por uma gargalhada.
Harry acordou em sua cama, na torre da Grifinória. Estava suado, e com a impressão de que a gargalhada que ouviu saía de sua boca.
Sabendo que era algo muito importante, decidiu ir contar para seu pai imediatamente. Não se importando com a hora, nem com ninguém que poderia pega-lo fora da cama.
Chegando na sala, encontrou com sua mãe.
- Oi, meu anjo, que faz aqui a essa hora? – perguntou Lilian ao perceber o menino ali.
- Tive um sonho, algo que papai precisa saber. – disse ele.
- Acredito que ele já sabe. Também teve um sonho estranho. Acho melhor você conversar com ele, sabe como ele fica quando surge essas coisas, você vai ser o único que ele vai conversar agora.
Harry se direcionou para o quarto, onde seu pai saia do banheiro parecendo que acabara o banho.
- Não te esperava antes do café. – disse Tiago. – As vezes um bom banho ajuda a relaxar e pensar.
- Eu tive um sonho estranho.
- Nem precisa continuar, eu sei qual foi. Mas não foi um sonho. Foi uma visão. – disse Tiago fazendo Harry se sentar. – Quando Voldemort nos atacou, ele abriu uma conexão entre a gente. Isso faz com que possamos ver o que ele faz, e algumas vezes sentir as emoções mais fortes.
- Você não me contou tudo, né?
- Não, algumas coisas eu deixei para ver como as coisas iam andar. Mas ainda não é a hora.
- Mas quem era o comensal, e de quem eles estavam falando?
- Se as coisas continuarem como antes, ele está tentando voltar a velha forma. E como já sabe está usando o Tribruxo para isso. Ele pode usar a terceira prova para te seqüestrar e te usar para isso, como fez comigo. Mas infelizmente, não consegui ver o rosto do comensal, que pode ser qualquer um, menos os dois que o ajudaram antes, que eu tenho certeza que estão presos.
- Quem eram?
- O nosso ‘amigo’ Rabicho e o filho do Crouch.
- Ele era um comensal? Digo na primeira guerra.
- Sim, um dos mais fieis, ele foi responsável pelo ataque a Alice e Frank, pais do Neville, que não minha realidade enlouqueceram, mas aqui consegui salva-los.
- Voldemort conseguirá retornar?
- Não sei. Isso depende do comensal que o está ajudando. Pode ser no torneio ou outra hora, mas parece que ele quer usar você.
- Preciso estar pronto. – disse Harry decidido.
- Infelizmente, por causa do torneio, não posso ajudar muito. Separei alguns livros que possam te ajudar. Dê alguns para Mione e para Gina que ela vão ler e te passar o que precisa, mas tem alguns que o melhor e você mesmo ler.
- Ok. – disse Harry pegando as miniaturas que o pai passava.
- Sempre que tiver outro desses sonhos me procure, pode ser que eu não os tenha, já que é necessário que estejamos dormindo, na maioria das vezes. Se bem que se tornam mais freqüentes quando ele voltar.
- Certo.
Faltando um mês para a realização da terceira prova, os campeões foram reunidos para as devidas explicações.
- O que vocês fizeram? – perguntou Cedrico ao ver o campo de quadribol cheio de plantas.
-Calma, Diggory. – disse Bagman. – Vocês terão o campo de volta depois da prova. Algum de vocês pode imaginar o que será?
A voz dele era de puro júbilo.
- Um Labirinto. – disse Krum, sem nenhuma emoção.
- Você está certo, Sr Krum. Mas não será um labirinto comum. Terão inúmeros obstáculos, e no final estará a Taça do Tribruxo, o primeiro que encostar nela será o campeão. Vocês saíram desta entrada seguindo a ordem da pontuação. Primeiro o senhor Potter, depois Sr Diggory, seguidos pelo Senhor Krum e finalmente a Srta Delacour. Isso não significa que vocês não terão menos chances, já que tudo dependerá da capacidade de cada um de se livrar dos obstáculos e de encontrar o caminho certo. Claro que ninguém terá acesso a esse lugar mais, não queremos que alguém seja favorecido.
Assim foram todos dispensados.
- Potter, posso ter uma palavrinha com você? – pediu Krum.
- Sim. – respondeu o moreno sabendo bem o que o búlgaro queria falar.
Eles se aproximaram de um pedaço da floresta, com o sol rapidamente se pondo.
- Eu gostaria de saber o que você tem com a Mionini? – perguntou direto o apanhador internacional.
- Ela é minha amiga, minha melhor amiga. – disse Harry. – Se você ouviu algum boato que de temos mais que isso, é mentira.
- Certo, mas por que ela sempre me evita? Sempre que tento chegar mais perto dela ela se afasta.
- Isso somente ela poderia te responder, e eu aconselho a não perguntar. Pode ser que ela te queira somente como amigo, conforme as bases de interação entre as escolas propostas pelo torneio, ou por você ser um estrangeiro. Mas pode ser que ela esteja interessada em outra pessoa e não que te magoar.
- Outra pessoa? Pode haver outra pessoa?
Harry não chegou a responder, alguma coisa chamou sua atenção na floresta. Um som diferente do que é esperado. Tanto ele quanto Krum passaram a olhara para as árvores.
De repente uma figura maltrapilha surgiu.
- Ele non é do seu ministério? – perguntou Krum.
- Sim, é o Sr Crouch.
Os dois se aproximaram do Crouch que parecia estar muito fraco.
- Preciso avisar Dumbledore... ELE está de volta... – dizia ele com muita dificuldade. – Preciso chegar a Hogwarts. – a voz dele era fraca, mas ele parecia estar lúcido. – Potter, você está em perigo.
- Acalme-se, Senhor. – disse Harry de forma tranqüila. – O senhor já está na escola. Vou chamar meu pai e o diretor para o senhor.
- Weasterby, acabei de receber uma coruja da Maxime arredondando o número para doze, envie uma para Kakaroff avisando isso. – agora Crouch parecia estar delirando, e Harry acreditou que ele estava falando com Percy.
- Ele está delirando. – disse Krum. – Está falando com alguém que non está aqui. Melhor você ir chamar Dumbledore. Eu fico tomando conta dele.
- Não acho prudente. – disse Harry. – O que atacou ele pode estar por perto. Acho melhor levá-lo para dentro do castelo.
O moreno então conjurou uma padiola sob o juiz do torneio, fazendo com que ele levitasse, e lançou um patrono para o castelo alertando o pai. Se ele achasse necessário avisaria Dumbledore.
- Fique atento. – disse para Krum.
E os dois seguiram para a enfermaria, onde já eram esperados.
Alguns dias se passaram, e Bartô havia se recuperado parcialmente, mas não se lembrava de muita coisa. Apenas que foi atacado quando saia do ministério, e que estava sobre a Império. Tentou lutar vários meses contra ela, e nos poucos momentos de lucidez, ele percebeu que era algo ligado com Voldemort. Mas não conseguiu ver quem era, ou os verdadeiros planos.
Sua mulher foi avisada, mas era melhor que ninguém mais soubesse que ele foi encontrado. Possivelmente seus captores o considerariam morto.
Harry estava treinando duro para conseguir passar pelo labirinto. Eles tinham conseguido a sala de transfiguração emprestada para isso, depois que foram pegos pela Minerva treinando em uma sala vazia.
Essa vontade do menino acabou resultando em alguns acidentes para seus amigos. Rony recebeu uma azaração que o deixou azul, sendo assim Mione teve que o levar para a enfermaria.
Agora ele estava duelando com Gina. A ruiva não usava a varinha para treinar também, enquanto o moreno usava a sua, já que não era para ninguém saber que ele podia fazer magia sem uma.
Letícia estava sentada em uma cadeira perto, observando os dois.
Em um dado momento, uma azaração lançada pela ruiva foi refletida pelo escudo mágico de Harry, acertando a mesa onde estava a varinha da menina que rolou para o chão.
Gina ao se desviar de um feitiço arremessado pelo parceiro, acabou pisando na varinha e caiu, levando logo a mão ao tornozelo.
- AI. – disse a menina, quase chorando.
- Me desculpa, Gi. – disse o moreno arrependido. – Onde dói?
- Meu tornozelo. – disse ela, reclamando de dor quando ele tocou.
- Eu só vou ver como está, se quebrou, rompeu alguma coisa, ou apenas virou. – disse o moreno.
Gina engoliu a vontade de chorar, mais pela atitude calma dele, que por ser forte.
Com cuidado, Harry removeu o sapato da menina e logo a meia, sempre observando a reação da amiga, para não causar mais dor.
- Vai dor um pouco mais tenho que ver se quebrou, já que parece que não rompeu nada. – disse ele.
Ele apalpou o pé dela, mas quase parou quando viu uma lágrima saindo de seu olho.
- Está inteiro. – disse ele recebendo um suspiro. – Letícia.
Ele tinha se virando para a irmã para pedir uma pomada, mas a menina já estava com o frasco ao seu lado.
- Obrigado. – disse o moreno para ela, que voltou feliz para seu lugar, não era hora de intervir.
Harry, mais uma vez com cuidado e carinho, começou a passar a pomada no pé da menina. Assim que ele achou que era o suficiente, guardou o frasco no bolso, e continuou com a massagem, fazendo um feitiço de aquecimento para auxiliar na absorção do creme.
- Está melhor? – perguntou ele.
- Sim, muito melhor. – respondeu ela com um sorriso. – Onde você aprendeu isso.
- Num daqueles livros que me pai me deu. Depois eu te empresto.
- Melhor não. Não levo jeito para essas coisas de curar. Prefiro te deixar como meu médico particular.
- Sempre as ordens.
NA:
Peço desculpas pela demora, mas tive alguns problemas pessoais, que além de consumir o meu tempo, me tiraram a vontade de escrever por um tempo. Mas como já foram resolvidos, e meu computador resolveu me ajudar, depois de não quer ligar, voltei a escrever.
Não podia deixar a fic pela metade, ainda mais que não gosto de deixar nada por acabar.
Agradeço a todos e peço novamente desculpas.
Mago Merlin – Alquimista Moderno.
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