Desventuras de Férias
Capítulo 27 – Desventuras de Férias.
Tiago e Lilian resolveram aproveitar que os filhos estavam na casa da Sra. Figg para terem um dia só para eles, depois de mais uma reunião com o ministro.
- Às vezes eu tenho vontade de largar a Letícia na casa da mamãe só para ficar assim com você. Sem ninguém para se preocupar, nem nos interromper. – disse Lilian se aconchegando mais contra o peito do marido.
- Podemos fazer isso mais vezes, até que ela entre em Hogwarts, Molly adora a menina. – disse Tiago.
Os dois estavam deitados em baixo de uma árvore observando as nuvens. Estavam sobre uma tolha e suas roupas estavam jogadas perto da cesta em que eles levaram comida.
- Ti, que você acha de termos mais filhos? – perguntou Lilian depois de algum tempo. – Não eu não estou grávida.
- Não tinha pensado nisso, Harry e Letícia ocupavam muito do nosso tempo. – disse ele sério e depois malicioso. – Acho que nós poderíamos ao menos treinar para isso.
- Bobo. – disse ela dando um tapa nela. – Se bem que é uma ótima idéia.
Harry e Letícia estavam no parque próximo da casa da Sra. Figg, como era ainda de dia, ela não viu problema deles irem sozinhos. A ruiva estava no balanço enquanto Harry, que estava novamente com os cabelos vermelhos, como sempre que visitava a senhora, tinha se afastado para beber água.
- Ei, esse balanço é meu. – disse um menino que parecia ser o líder de uma gangue.
Atrás dele estava mais uns cinco meninos, todos a encarando.
- Não vi seu nome escrito nele. Mesmo que tivesse, esse é um lugar público, assim nada pertence a uma só pessoa. Agora se me der licença, eu quero continuar balançando. – disse Letícia não dando bola para os meninos.
- Essa menina merece uma lição. – disse um dos meninos.
- Isso mesmo, para que todos vejam quem manda neste parque. – disse outro.
- Eu faço questão de fazer isso. – disse Duda. – Ela me desrespeitou.
- Você não merece respeito. – disse a menina.
- Toque em um fio de cabelo dela, que eu garanto que você nunca vai mexer mais com garotinhas, Seu Porco. – disse Harry chegando pelo outro lado.
- Ai que medinha. – disse Duda. – Se não é o garoto que fica na casa da velha doida que gosta de gatos.
- Não fale assim da Sra. Figg. – disse Letícia pulando do balanço.
- Ou o que? – perguntou o menino de forma superior.
- Eu farei você engolir as suas palavras. – disse Harry de forma venenosa que fez um arrepio passar pela coluna do primo.
- Acaba com ele, Dudão. – disse um dos meninos.
Duda não respondeu, partiu para briga diretamente, mirando a cara de Harry.
Porém ele não ficou parado, em um único movimento ele pegou Letícia no colo, deu um rodopio fazendo o agressor passar reto e deu um chute na parte de trás do joelho dele, fazendo Duda cair no chão e praguejar quando sentiu a dor do machucado provocado.
- Fique afastada de todos. – disse Harry para a irmã, e continuou de forma baixinha. – Nada de magia.
- Volta aqui seu idiota. – disse Duda se levantando.
- Eu não vou a lugar nenhum, seu filhote de baleia. – disse Harry.
Duda tentou uma tática diferente, se aproximou aos poucos e na tentativa de acertar um soco que derrubasse o adversário e assim começar a surra. Mas novamente errou, antes de conseguir levantar o braço, ele recebe um belo soco na cara, pela dor e barulho, seu nariz fora quebrado.
- Mas alguém? – perguntou Harry, mas parecia que todos os outros estavam muitos espantados por Duda ter apanhado que não tiveram reação inicial, bastou Harry dar um passo para frente, que todos saíram correndo, largando Duda caído no chão.
- Vamos. – disse Harry para Letícia. – A Sra. Figg deve estar preocupada com a gente.
- Você deveria ter me deixado enfeitiçar esses bobocas. – disse a menina.
- Eu também quis isso, mas ia causar muitos problemas para a mamãe e o papai. Você sabe muito bem que não pode fazer magia perto de trouxas, principalmente sem varinha.
- Por isso eu gosto de visitar a Tia Molly. – disse a menina emburrada.
Naquela mesma noite, alguém toca a campainha na casa de Arabela.
- Quem poderia ser? – disse ela. – Seus pais têm a chave, mas geralmente aparatam diretamente aqui dentro.
Arabela abriu a porta e viu uma mulher bem rechonchuda, vestida como uma pessoa do interior. Pela aparência era a irmã de seu vizinho, Valter Dursley. Mas atrás era visto Petúnia, abraçada ao filho.
- Sim. – disse Arabela.
- Gostaria de falar com o delinqüente que mora ai. – disse Guida.
- Que eu saiba, o único delinqüente aqui é o seu sobrinho, que vandaliza as casas e atormenta os meninos menores. – disse Arabela.
- Olha o que ele fez com o Dudinha. – disse ela apontando para o nariz do sobrinho.
- Harry você fez isso mesmo? – perguntou Arabela para o menino, ela não queria acusar o menino sem provas, mesmo achando que Duda mereceu.
- Sim, fui eu. – disse ele aparecendo para todos.
- É melhor vocês entrarem. – convidou Arabela.
Guida quase pulo no pescoço do menino quando ele confessou, mas se ela o agredisse poderia causas mais problemas.
- Por que você fez isso? – voltou a falar a dona da casa para Harry.
- Ele queria bater na Letícia. – disse Harry simplesmente adotando uma postura de defesa, próximo a irmã.
- E por que ele queria isso?
- Ele queria me tirar do balanço. – disse a menina olhando feio para o primo.
- Isso é verdade? – agora a pergunta era direcionada para Duda.
- Claro que não, o Duda nunca faria mal a uma menininha mirada como essa. – disse Guida, enquanto Petúnia se mantinha calada, aquele menino a lembrava alguém, o marido de sua irmã.
- Eu não perguntei para você. – disse a Sra. Figg de forma ameaçadora, que fez Duda tremer.
- É. – disse baixinho o menino.
- Esse menino ameaçou o Duda para ele confessar. – disse novamente Guida. – Ele é filho de um desocupado que deixo essa peste solta na casa dos outros, e não sabe respeito.
- Guida, um menino não poderia bater e ameaçar a todos os amigos do seu sobrinho. Só se realmente tiver um motivo.
- Esse filho de um alcoólatra, devia ser mandado para uma escola militar. – disse ela apontando o dedo para Harry. – Você...
Inexplicavelmente o dedo de Guida começou a inchar, logo toda a mão estava assim também. A roupa dela começou a ficar apertada, pelo aumento de volume dela, alguns botões começaram a voar. Um deles acertando a testa do Duda.
Em poucos segundos Guida estava flutuando pela sala da Sra. Figg. Petúnia estava horrorizada, Arabela estava preocupada com a repercussão, Duda não acreditava no que via, enquanto Harry e Lilian estavam se divertindo com aquilo.
Neste instante foi ouvido um som de aparatação, o que fez Harry congelar. Petúnia também reconheceu o som, apesar de tê-lo ouvido há muitos anos, e se virou para ver quem era. Levou um susto ao ver um moreno de óculos e uma ruiva, acreditando que sua irmã tinha voltado para lhe assombra.
- Tiago, Lilian. – disse Arabela, aumentando pânico da vizinha.
Tiago ao observar a cena descobriu o que aconteceu, faltava descobrir qual dos filhos tinha feito isso.
- Ainda bem que estamos aqui. – disse o auror. – Podemos resolver tudo isso sem que as coisas cheguem aos ouvidos do ministro.
- Como vocês souberam? – perguntou Arabela.
- Instinto. – disse Lilian.
- Nunca deixe esses dois sozinhos por muito tempo que isso sempre ocorre. – disse Tiago.
- Mas vocês morreram. – disse Petúnia. – Recebi visitas de seus ‘amigos’ e também aquela carta maluca, que informava que meu sobrinho estava com alguém.
- Eu escrevi a carta. – disse Tiago. – Aquele é o seu sobrinho, filho de sua irmã.
- Mas, quem são vocês?
- É uma longa historia, mas resumindo eu sou seu sobrinho, que a partir de uma magia, voltei no tempo e acabei por criar a mim mesmo. – disse Tiago com um sorriso divertido. – Portanto, você é minha tia. Meu novo nome é Tiago Potter, esta é minha mulher, Lilian Potter, aquele é meu filho e seu sobrinho Harry Potter, e nossa filha Letícia Potter. Somos todos bruxos.
- Eu desconfiei. – disse ela ao ver o cabelo do sobrinho voltar ao normal.
Duda estava encolhi em um canto, com medo de tudo aquilo.
- Mas o que realmente aconteceu aqui? – perguntou Lilian.
- Estávamos eu e Lets no parque. – começou a falar Harry. – Me afastei para beber água, enquanto ela brincava no balanço. Esse porco chegou e quis tirar a Lets a força do balanço, eu cheguei e discuti com ele. Ele tentou me bater e eu acabei dando um soco nele, não podia usar magia ali, principalmente em um trouxa. Ela veio aqui para tirar satisfação comigo e de repente ela começou a inchar.
- Não fui eu. – disse Letícia rapidamente, ela não queria perder as aulas que tinham por causa disso.
- Eu me senti um pouco diferente antes dela ficar assim – disse Harry.
- O que ela falou para que você se descontrolasse? – perguntou Tiago.
- Ela falou mal de vocês. – disse ela envergonhado.
- Ela não muda. – disse Tiago.
- Bom vamos resolver isso logo e ir para casa. - Disse Tiago fazendo a Guida retornar a sua forma original.
- Quem é você? – perguntou ela na hora, quase partindo para cima.
- Ninguém. – disse ele. – Mesmo que eu ti contasse você não ia se lembrar.
Um raio saiu da mão do moreno e acertou a cabeça da mulher.
- Tia, é melhor você levá-la para casa. Ela não se lembra de nada que aconteceu. Invente alguma desculpa para ela assim que ela voltar ao normal. E leve seu filho com você.
- Não quero ele arrumando encrenca com os meus filhos. – disse Lilian.
- Mas ele não podia saber de vocês. – disse ela. – Não era a regra de vocês?
- Era, mas como ele é meu primo e para a maioria dos bruxos o Harry cresceu com vocês, não há risco. O contrário da Tia Guida. – disse o moreno.
Logo a família Potter aparatou em casa.
- Qual será o meu castigo? – perguntou Harry cabisbaixo.
- O que você fez de errado? – perguntou Lilian.
- Eu bati no Duda. – disse ele passando a mão no cabelo.
- Foi legitima defesa. – retrucou Tiago.
- Fiz aquela mulher virar um balão.
- Ela voa bem. – comentou Letícia.
- Eu também fiz aquilo, e pelo mesmo motivo. Não se preocupe, isso é o que chamamos de magia acidental, não há nenhum problema grave nisso, se tudo foi solucionado rapidamente sem envolver mais ninguém. E lembre-se que você tem permissão para usar magia em área bruxa, e o fato da Sra. Figg ser um aborto, mas conviver com bruxos, faz da casa dela lugar bruxo.
- Fico aliviado. – disse o menino.
- Me ensina a transformar as pessoas em balão? – perguntou Letícia animada.
- Só depois que entrar na escola. – disse Tiago disse ele passando a mão no cabelo. – Aí eu posso falar que você aprendeu lá. Ai, sabia que isso dói, meu amor?
- Sabia, por isso eu te bati, para você parar de incentivar seus filhos a fazerem coisas erradas.
- Eu não incentivo. Eu apenas quero que eles façam as coisas de forma a não serem apanhados. – disse ele beijando a mulher de forma a desarmá-la.
- Vamos sair daqui. – disse Harry. – eles agora se esqueceram de nós. Agora é sua vez de me ler uma historia.
- Eu não sei ler direito. – disse a menina envergonhada.
- É por isso mesmo. Assim você treina para quando realmente precisar. Se tiver duvida em alguma palavra eu te ajudo. – disse Harry já nas estradas.
- Então vamos. – disse a ruivinha. – Tenho um livro que a Gina me deu, ela falou para treinar pra ler para você. Acho que isso a satisfaz.
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