O Diário



Capitulo 23 – O Diário


 


- Que confusão é aquela ali? – perguntou Hermione ao ver um aglomerado de gente perto do quadro de avisos.


-Não sei, mas acho que logo vamos descobrir. – disse Harry.


- Olha que legal Harry, eles vão reabrir o Clube de duelos. – disse Neville ao se aproximar deles. – Será que haverá duelos como aqueles no treinamento dos aurores?


- Acho que não, Neville. Eles treinam muito para chegar naquele nível, e acho que eles não permitiram que haja duelos seis contra um aqui.


- Seis? Eu só vi o papai em um três contra um. Quem era? Que pergunta idiota, seu pai. Será que ele quem presidirá?


- Não sei. Acho que ele prefere nós ensinar nas aulas de DCAT do que em um clube. – respondeu. 


- Então temos que ir para descobrir. – disse Hermione, interessada em ver o poder do pai do amigo.


Logo chegou o dia da abertura do clube, parecia que toda a escola estava presente no salão principal, que agora não tinha mais as mesas apenas uma plataforma para duelos.


Muita especulação correu pelos corredores do castelo, uns diziam que seria presidida pelo professor Flitwick, que foi campeão de duelos na juventude, outros apostavam nos aurores, ou no Lupin. Todos se espantarão quando virão Lockhart subir ao palco.


- Boa noite para todos. – disse ele. – Depois de muito insistir, consegui com que o professor Dumbledore me autorizasse a reabrir o Clube de Duelos. E eu Gilderoy Lockhart serei o responsável aqui.


Harry gemeu, mas foi o único, o restante dos alunos, principalmente aqueles de família bruxas se empolgaram, as façanhas dele eram contadas para as crianças desde pequenos.  O moreno olhou em volta e percebeu que seus pais estavam em um canto escuro do salão. Como eles conseguiram isso em um salão iluminado magicamente ele não soube dizer. Mas a expressão deles não era boa. Qualquer pessoa que os visse ali acharia que eles estavam apenas observando, mas o menino sabia que seu pai estava se segurando para não acabar com isso logo.


- Terei como meu assistente, o Professor Snape. E faremos uma demonstração do que iremos aprender. – disse Lockhart. – Não se preocupem, vocês ainda terão o professor de Poções depois disso.


Harry estava na dúvida de quem ele queria que ganhasse. Ele viu os professores se cumprimentarem e tomarem posição de duelo.


Uma pessoa esbarra em Hermione quase a derrubando para poder ver melhor, era um sonserina.


- AI. –exclamou a menina massageando o ombro.


- Um... Dois... Três. – disse Lockhart.


- Expelliarmus. – disse Snape lançando o feitiço, e pegando completamente despreparado o adversário.


- Muito bom, mas eu sabia que você ia fazer isso. – disse Lockhart. – Eu poderia ter me defendido, mas achei melhor que eles vissem como o feitiço age.


Harry estava achando aquilo uma enganação e já ia falar para os amigos que já ia embora quando ele volta a falar.


- Acho que podermos ver como vocês se defendem. Hum, Senhor Potter, você poderia vir aqui? Quem eu chamarei para duelar com você? – disse Lockhart enquanto Harry se aproximava. 


- Posso sugerir alguém de minha casa?- perguntou Snape e recebendo o consentimento. – Senhor Malfoy.


Malfoy abriu um enorme sorriso. Era sua chance de se vingar do Potter, ele tinha aprendido alguns truques com seu pai.


- Nervoso, Potter. – disse o loiro.


- Se fosse outro, sim. Mas você, estou entediado. – disse o moreno.


- Prontos? – perguntou Lockhart ignorando o pequeno diálogo. – Então no três. Um... Dois...


- Rictusempra. – lançou Malfoy, tentando pegar o moreno desprevenido.


Mas o feitiço não chegou em seu alvo. Bateu em uma barreira. Poucos foram o que viram o movimento da varinha de Harry a criando.


- Traiçoeiro como uma cobra. – disse Harry. – Esputefaça.


Ele se lembrou de diminuir o nível do feitiço para que apenas arremessasse Malfoy longe.


O sonserino se levantou com raiva, estava todo dolorido.


- Serpensortia.


Uma cobra rompeu de sua varinha caindo há alguns passos de Harry.


- Se afaste, Potter. – disse Snape.


- Deixa que eu cuido disso. – disse Lockhart. – Víbora Exumai.


Um raio saiu de sua varinha e fez a cobra voar caindo perto de Justino Finch-Fletchley. Ela se preparou para o bote.


Sem pensar Harry se aproxima da cobra dizendo.


- Ssse Afassste.


A cobra desarmou o bote e se enrolou, ficando parecida com uma mangueira de jardim.


O lufalufa tenta fugir, mas esbarra em alguém que o segura.


- Você fica aqui, tenho que conversar com você. – disse Tiago aparecendo ali sem que ninguém tivesse percebido. – Acho que não é necessário matar essa cobra, ela pode ter ajudar com algumas poções, Snape.


- Sim, sim. Mas como a levaremos para meu escritório?


- Deixa que isso eu cuido. – disse ele esticando o braço, a cobra se enrolou nele como se fizesse isso o tempo todo.


- Acho que agora eu tenho que conversar com alguns alunos, e espero que você lembre a seus alunos que devem seguir as regras. – disse ele olhando diretamente para Malfoy que engoliu em seco.


Harry seguiu o pai, assim como Finch-Fletchley, Rony, Hermione, Lilian e Gina. Eles entraram em uma sala vazia perto do salão.


-Se acalmem. Não há ninguém em perigo ou problema aqui. Finch-Fletchley, Harry não tentou te matar, ao contrario ele fez a cobra não te matar. Sim ele pode falar com as cobras, mas não é o Herdeiro de Slytherin. Você pode ir, mas cuidado com o que vai falar por ai, algumas pessoas podem destorcer o que disse.


O menino saiu aliviado, pelo menos não corria o risco de ser atacado pelo Potter.


- Meninos, eu sei que é estranho, mas o Harry, assim como eu, tem a capacidade de falar a língua das Cobras. Como eu disse ele tentou afastar a cobra do Finch-Fletchley.


- Mas esse dom é raro, o último ofidioglota conhecido foi Slytherin. Por isso o símbolo da casa dele é uma cobra. – disse Hermione.


- Correto, Hermione. Ele tem esse dom, porque Voldemort o tem. Parece que alguns poderes foram transferidos para ele quando ele foi atacado. Nada de errado com isso. Agora quero que vocês tenham cuidado, pois mesmo que eu fale o contrário as pessoas não acreditaram, e tentaram atacar o Harry, e vocês como pessoas próximas dele.


- Ok. – disse Harry.


 


Hermione decidiu que o melhor momento para usar a poção era justamente a época de Natal, quando a maioria dos alunos ia para casa e esse ano parecia que Malfoy ficaria.


- Vocês sabem o que fazer. Tem que conseguir que Crabbe e Goyle comam isso. – disse ela para o dois. – tem uma poção do sono, simples, mas eficaz. Depois vocês tiram um fio de cabelo de cada e os sapatos. As roupas eu peguei na lavanderia;


- Mas é você? – perguntou Rony.


- Vocês se lembram daquela sonserina que esbarrou em mim, no Clube de Duelos. Ela deixou um fio de na minha roupa.


Os dois meninos foram espreitar os capangas do Malfoy no salão. Para variar eles seriam os últimos a sair.


- Você acha que eles não são tão tapados assim. – disse Rony ao ver o amigo levitando os bolinhos preparados pela amiga, para que os dois pegassem, mas ao vê-los pegar completa. – Eu estava enganado, eles são muito tapados.


Os dois arrastaram os dois para um armário e tiraram o que era necessário e saíram correndo atrás da Hermione.


Ela já tinha separado as roupas para cada um e uma dose da poção.


- Devemos nos trocar em um Box diferente cada um. Eles não são nada magrinhos para caberem os três no mesmo. - disse a menina.


- Eca, essência de Crabbe. – disse Rony ao adicionar o cabelo do sonserino no seu copo.


- Eu não faria isso se fosse vocês. – disse alguém fora dos boxes.


- Pai! - exclamou Harry.


- Sr. Potter, podemos explicar. – disse Hermione.


- Tio Tiago não conte para minha mãe, ela vai me matar. – disse Rony.


- Sei bem que vocês estão prontos para tomar a poção Polissuco para invadirem o salão principal e tentar arrancar alguma coisa do Sr Malfoy sobre a câmara secreta. – disse ele. – Só não sei o porquê que vocês não me procuraram.


- Porque achamos que ele era o culpado. Mas jogava a culpa em mim, para se livrar. – disse Harry. – você viu que depois do Clube de Duelos eu virei o herdeiro de Slytherin como você disse pra o Justino que eu não era.


- Certo, mas vocês deviam tomar cuidado. Nem sempre o malvado é o vilão e o gente boa é o mocinho. Desta vez ele é inocente, nem sabe muita coisa sobre isso. O pai dele não é tão estúpido em falar isso com ele.


- Mas o que aconteceu então? – perguntou Rony.


- Vocês devem saber o que é a câmara secreta, já que a Hermione perguntou para o Binns. Se bem que eu acho que foi a primeira pessoa que interrompeu a sua aula, em toda a vida dele, ou morte. – disse o inomimável. – Ela existe e foi aberta há cinqüenta anos, quando uma garota morreu. Um suspeito foi preso. Era tudo o que vocês conseguiram no covil das cobras.


- Então eu desperdicei meu tempo aqui. – disse Hermione.


- Nada disso. Você usou seu tempo preparando uma das poções mais difíceis. E de forma perfeita e agora terá a chance de vê-la funcionando. Vocês dois podem beber. – disse ele para os dois.


- E eu? Eu quero sentir a poção também. – retrucou Hermione se esquecendo que ele era uma autoridade da escola.


- Assim que você conseguir um fio de cabelo eu deixo, mas o que você tem ai é pêlo de gato, e a poção só serve para humanos. Você não quer ficar semanas na enfermaria como um gato?


Harry e Rony beberam a poção e se transformaram, passando as sensações para Hermione.


- Bom agora que vocês voltaram ao normal, vamos para casa. Dumbledore já sabe que vocês vão para lá. Mas antes temos que limpar essa bagunça. – disse ele.


Eles limparam qualquer vestígio deles ali e saíram, mas antes.


- Tchau, Murta. – disse Tiago. – Espero que ninguém saiba o que aconteceu aqui.


 


Harry e Rony estavam andando pelos corredores quando percebem algo estranho. O corredor estava alagado, era o mesmo corredor que tinha a inscrição na parede.


- Vamos ver o que é isso. – disse Harry. – Estava assim no dia em que a Madame Nor-r-ra foi petrificada.


- Está vindo de lá. O banheiro da Murta. – disse o ruivo.


- Então vamos lá.


Os dois entraram no banheiro tentando não chamar atenção de ninguém. E encontram a fantasma chorando.


- O que aconteceu Murta? – perguntou Harry.


- O que vocês estão fazendo aqui, não basta entrar aqui com aquela menina e fazer esta poção fedida, vêm para jogar coisas em mim. – disse Murta.


- Nós não viemos jogar em você. Só estamos preocupados com você. – disse Harry, recebendo um olhar assustado de Rony. – o que aconteceu?


- Eu estava aqui pensando na morte, e alguém jogou um livro em mim. – disse ela apontando para um canto do banheiro.


- Não acho que alguém tenha tentado te acertar, Murta. – disse Harry. -Só queria se livrar disso.


Harry pegou o livro e viu que estava escrito apenas um nome. TOM SERVOLO RIDDLE. Era de cinqüenta anos atrás.


- Quem é esse? – perguntou Rony.


- Não sei, mas acho que Mione pode ajudar.


Contaram tudo para Hermione, mas ela gostou nada disso. Porém ela sabia quem era esse. Os levou para a sala de troféus.


- Esse cara recebeu um prêmio especial da escola? – perguntou Rony, parece que sim.


- Ele deve saber algo da câmara secreta. – disse Hermione.


 


Tiago estava espumando de raiva, mais uma idéia do louco do Gilderoy foi aprovada, pelo menos ele conseguiu com que parte fosse deixada de lado. Ainda haveria a comemoração do Dia dos Namorados, mas não haveria os anões vestidos de cupido. Aquela era uma de suas piores lembranças daquele ano, principalmente o olhar de Gina quando Malfoy zombou de seu poema.


- Não fique assim. – disse Lilian. – Eu adorei fazer aquele poema para você.


- Eu teria adorado receber o seu cartão, não de ter ele lido com um cupido em cima de mim, no meio do Salão Principal. – respondeu ele. – pelo menos não teremos cupidos este ano, só os cartões.


- Espero que as coisas sejam diferentes. – disse ela rindo.


Eles entraram no salão e virão o famoso bruxo envergando vestes roxas e um enorme chapéu com corações.


- E ele consegue piorar as coisas. – resmungou Tiago.


Em cima das mesas tinham pergaminhos rosa, segundo as instruções era só escrever e jogar para cima, que ele se transformaria em um cupido e ficaria voando pelo castelo, até o destinatário, podendo ser na hora ou demorar um pouco para disfarçar.


- Eu recebi até agora 14 cartões. – disse Gilderoy. – E você Potter?


- O que eu recebi hoje não deve ser dito aqui. – disse ele fazendo Lilian ficar envergonhada.


Gilderoy achou que podia ter passado sem essa e deixou o casal em paz.


Tiago olha para a entrada do salão e vê Harry entrando acompanhado de Hermione, Rony e Gina. Ele ficou meio espantado com a presença da ruiva ali, e olhou para a esposa, que balançou o ombro. O quarteto nem ao menos se interessou pelos pergaminhos.


Pouco depois surgiram as corujas com o correio, Edwiges estava no meio delas e parou na frente de Harry com algumas cartas, ele pode ver que uma delas era para o pai e tinha a letra de Letícia, que fez questão de aprender a escrever o seu próprio nome, o dele e dos pais antes de qualquer outra coisa.


Para ele tinham duas cartas, ele as pegou dando a todos a entender que era apenas uma, a da Let.


- Veja os gêmeos receberam um pacote. – disse ele para desviar a atenção dos amigos para que pudesse ler a outra carta. Ele tinha percebido que Gina tinha ficado um pouco rígida, já que ela estava bem ao seu lado.


Não estava assinado, mas ele reconheceu a letra, era de Gina.


Ele se virou para ela e aproveitando que as atenções de todos estavam viradas para os gêmeos deu um beijo em sua bochecha,


- Obrigado. – sussurrou ele.


 Rony se virou e encontrou Harry com a mão no rosto de Gina.


- O que é isso? – perguntou enciumado o ruivo.


- Ela estava com uma sujeira aqui, mas já limpei. – disse Harry, o que foi confirmado por uma corada Gina.


-Vamos logo para nossas aulas. – disse Hermione se levantando- o Snape parece que não esta de bom humor hoje.


- Quando ele está? – perguntou Rony.


- Tchau, Gi. – disse Harry beijando o topo da cabeça de Gina, quatro ruivos olharam para ele com raiva, que liberdade era essa com a irmã deles, depois eles o colocariam em seu lugar.


Quando estava quase saindo do salão, Harry sente que foi atingido por um feitiço e vê sua mochila rasgar. Ele olha para trás e vê Malfoy rindo e guardando a varinha. Logo atrás do loiro estava Tiago, com um sorriso mau. Harry teria sua vingança sem mover um dedo.


Ele começou a recolher seus pertences, infelizmente um tinteiro se quebrou sujando todo o seu material, com exceção de um livro, ou melhor, o diário de Tom Riddle.


 


Harry estava sentado na biblioteca, ele queria entender como o diário não se sujou. Então ele abre o diário, e pega uma pena e deixa uma gota cair no diário. Para sua surpresa a tinta some.


Meu nome é Harry Potter. – escreveu.


Ola, eu sou Tom Riddle. – apareceu escrito.


Você sabe algo sobre a câmara secreta? – Harry foi direto.


Sim, eu estava no colégio quando ela foi aberta, posso te mostrar se quiser.


Ok.


O diário mostrou a Harry um garoto conversando com o diretor da época, depois uma maca sendo levada e por fim uma espera por alguém que se revelou ser Hagrid, com um monstro.


- Foi o Hagrid, ou será que pegaram a pessoa errada. – disse ele para si mesmo.


- Bela conclusão. – disse Tiago ao seu lado. – mas você não deveria estar no treino de quadribol.


- E mesmo. – disse ele correndo e tentando esconder o diário do pai. – te vejo depois.


 


 


 


 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.