Lama e Chuva

                    Já passava das dez, quando os jovens se reuniram ao redor da mesa para o saboroso café da manhã. Era sábado, tinham ficado até altas horas conversando na noite anterior, e por isso acabaram levantando tarde da cama. O Sr. Lovegood parecia bastante feliz com a presença de todos, gostava de reunir amigos na sua casa, principalmente agora, quando resolveu recomeçar a sua vida, ao lado da Sra. Martha. A conversa rolava animadamente, o clima de descontração era geral. Quando haviam terminado a refeição, Luna levou os amigos para conhecerem melhor o local. Repleto de árvores, o rancho tinha outros ares, bem diferentes daquela agitação londrina. Seguindo pelo caminho que havia do lado esquerdo da casa, os jovens viram vastos campos, realmente uma maravilhosa paisagem, até que chegaram ao estábulo, onde havia vários cavalos que pertenciam aos Lovegood.

- Bom, e aqui estão os nossos cavalos – disse Luna, adentrando o lugar, acompanhada dos amigos.

- Nossa Luna, são belos animais – disse Gina.

- É verdade – falou a loira, alisando uma égua preta, sua preferida, quando avistou um velho senhor, que entrava no lugar acompanhado de um belo rapaz – Sr. Jonas!

- Olá minha filha. – respondeu, abraçando a moça. O Sr. Jonas era mais que um empregado dos Lovegood. Trabalhava há anos naquele lugar, e tinha visto Luna crescer, a considerando como uma neta – Há quanto tempo!

- É mesmo... esses são meus amigos que vieram comigo, e esse pessoal, é o Sr Jonas, um velho amigo nosso. Enquanto você – disse a loira, virando-se para o rapaz, que acompanhava o senhor – só pode ser o Kevin.

- Olá Luna – falou o rapaz, um pouco envergonhado. Kevin era neto do Sr. Jonas, tinha a idade de Luna, e era um belo rapaz. Tinha olhos e cabelos negros que contrastavam com sua pele alva.

- Nossa, foi muito bom revê-los, só voltarei na segunda-feira, então temos tempo pra conversar depois.

Despediram-se e voltaram em direção a casa.

 

 

Naquele dia, estava um calor inquietante naquela região. Luna deu a idéia de entrarem na piscina, que foi bem aceita por todos.

- O que vocês acharam do Kevin? – perguntou Luna as amigas. Estavam no quarto, se trocando.

- Do Kevin? – surpreendeu-se Gina.

- O que é que tem ele? – perguntou Hermione, com um sorrisinho no canto da boca.

- Quando eu era menor, devia ter uns dez ou onze anos, eu gostava dele – riu Luna.

- Sério? E ele? Ficou sabendo disso? – perguntou Gina curiosa.

- Ah... não, afinal eu nunca tinha contado pra ninguém. Mas foi um amor infantil, nada avassalador. E além do mais, hoje ele é um bom amigo, apesar da distância.

- Eu o achei lindo – disse Hermione, de repente, o que fez as outras rirem – O que foi? Vocês não acharam?

- Claro que sim né Mi? Quando eu gostava dele, ele não era tudo isso que é agora.

- Sem contar que ele não tirou os olhos da Gina – falou Hermione, entrando no banheiro, após desviar de um travesseiro arremessado pela ruiva.

- Que mentira Mione – riu a ruiva.

- Eu também percebi – disse Luna.

- Vocês duas estão loucas e vendo coisas demais. Vamos descendo Luna?

- TPM mandou lembranças – cantarolou Hermione, de dentro do banheiro.

- Mione, nós já vamos, você vai demorar? – falou Luna, em meio às risadas.

- Podem ir, daqui a pouco eu desço.

 

Não demorou muito, e Hermione chegou na área da piscina. A castanha usava um biquíni azul-marinho, uma saia branca transparente, e um óculos preto. Neville e Luna estavam sentados na borda da piscina, conversando, ou melhor, namorando. A loira usava um biquíni rosa choque e um chapéu, consideravelmente, grande; já Harry estava sentado em uma das mesinhas da área, ao lado de Gina, que também estava de biquíni, na cor vermelha. Estava indo em direção a Vítor, só que percebeu mais um olhar em sua direção, o que a deixou um pouco incomodada. Rony a encarava de tal modo, que ela receava que o namorado acabasse percebendo e não gostando, mas continuou e sentou-se ao lado de Krum. Seu sorriso apagou quando viu Lilá, que usava um biquíni laranja, e estava agarrada ao ruivo, dentro da piscina.

- E o senhor Lovegood, onde está? – perguntou a castanha.

- Saiu a passeio com a Sra. Martha – respondeu Harry.

- E aí gente, não vão entrar na água? – perguntou Luna, que vinha, junto a Neville, em direção aos outros.

- Nós vamos colocar a rede de vôlei, alguém topa? – perguntou Neville.

- Opa... eu topo sim, vamos amor? – disse Gina, dirigindo-se a Harry.

- Vamos – confirmou o garoto, sendo seguido por Vítor e Hermione, que também foram à piscina.

- Não vai Rony? – perguntou Lilá, tirando Rony da raiva que estava sentindo de um certo cara.

- Não – disse, ainda irritado - Pode ir se quiser.

Lilá não pensou duas vezes, e seguiu os outros. Enquanto montavam a rede na piscina, o Sr. Lovegood e a Sra. Martha haviam chegado. A mulher cumprimentou os jovens e entrou em casa, para verificar o andamento do almoço, enquanto o pai de Luna sentou-se junto a Rony.

- Não vai jogar com os outros, rapaz?

- Não, senhor. Só vou ficar olhando.

O jogo tinha começado, e os jovens pareciam se divertir bastante. Gina e Harry tentavam trapacear, arrancado risadas de todos. Porém o ruivo continuava a observar, mas não o jogo, e sim uma certa jogadora.

- Faz tempo que você namora aquela moça? – perguntou o senhor, apontando para Lilá.

- Sim... quer dizer, não, há pouco menos de um mês.

- Desculpe mais uma vez, por aquele mal entendido de ontem.

- Não há problema senhor.

- A Hermione é também uma boa moça – disse, enquanto Rony não parava de observá-la.

- Sim, é verdade.

- Você ainda gosta dela, rapaz? – perguntou o homem, depois de uma breve pausa.

Rony pensou sobre aquela pergunta, não sabia como respondê-la. Ainda gostava de Hermione, mas diante de tudo o que estava acontecendo, parecia que aquele sentimento era improvável.

- Xenofílio – era Martha que o chamava.

- Com licença meu caro – falou ele, levantando-se e deixando Rony com seus pensamentos.

 

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          Durante o almoço, tudo ocorria calmamente. Todos riam, divertindo-se com as histórias do Sr. Lovegood, menos Rony que parecia indiferente a tudo. Depois da refeição, cada casal tomou seu destino. Harry e Gina voltaram à piscina, enquanto Lilá e Rony descansavam nas cadeiras da área. Luna e Neville resolveram cavalgar e Hermione e Krum ficaram na varanda.

- Legal aqui, né linda? – perguntava Krum, que estava deitado, com a cabeça no colo da castanha.

- É... um bom lugar pra descansar...

- Pra namorar...

Hermione sorriu e beijou o namorado.

- Vou aqui na cozinha beber água, vai querer alguma coisa?

- Não, não.

A castanha desceu as escadas e foi até a cozinha. Chegou lá, e além da empregada da casa, outra pessoa também estava no lugar.

- Você pega um copo de água pra mim, por favor – disse ela, se dirigindo a empregada.

- Claro. Gelada?

- Sim.

Ela sequer olhava para o ruivo. Queria o mínimo de comunicação com ele, porém era quase inevitável.

- Não fala mais comigo? – perguntou ele, com um sorriso de lado.

- Que eu saiba, nós não temos mais nada pra falar – falou ela, pegando o copo que a empregada acabava de lhe entregar e saindo. Mas ele a seguiu.

- Então vai ficar assim? Nessa briguinha de gato e rato, pra ver quem é que faz mais ciúme ao outro?

- Não sei do que você tá falando, aliás, eu não tô sentindo nenhum ciúme de você. Agora se por acaso, é você que tá com ciúmes de mim, sinto muito, mas não posso fazer nada – disse, sorrindo irônica.

Quando virou-se, ele a segurou pelo braço. Ele fez com que ela ficasse bem próxima, sentindo sua respiração acelerar.

- Diz agora... diz que não sente nada quando me vê do lado da Lilá, que não sente nada quando tá perto de mim... fala! – dizia Rony, enquanto a castanha o encarava.

Hermione queria sair dali, queria sair dos braços dele, antes que alguém aparecesse, ou pior, antes que ela perdesse a cabeça e fizesse alguma besteira.

- Rony – chamou Lilá, ainda nos degraus da frente da casa – Roniquinho?

- Me solta Rony... afinal, sua namorada tá te chamando.

Rony soltou Hermione, mas não parou de encará-la, e pareceu muito irritado, por ser interrompido por Lilá.

 

 A noite caiu e com ela, uma fina chuva tomou conta do local. Nessa noite, os jovens não se demoraram tanto a dormir. Logo depois do jantar, eles pouco demoraram e foram descansar em seus quartos.

 

 

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 “É Hermione, ainda tá cedo, todo mundo dormindo, e você aqui acordada, e não sabe nem o porquê, quer dizer, sabe... Ai, nossa, deixa eu levantar e sair daqui, pra parar de pensar nisso”

Já fazia um tempinho, que a castanha estava acordada, resolveu então tomar um banho, escovar os dentes, colocar uma roupinha quente, pois tava fazendo um friozinho naquela manhã e descer pra ver se alguém já estava acordado.

- Bom dia Sr. Lovegood – disse ela, descendo as escadas e encontrando o homem sentado no sofá da sala, lendo o jornal.

- Bom dia menina – falou, tirando o jornal do rosto e vendo quem era – Acordou cedo?

- É... não estava conseguindo dormir de novo, então...

- Algum problema no quarto ou...

- Não, não. Tudo é muito confortável, só eu que estou com coisas demais na cabeça e perco o sono por isso.

- Então, se você quiser, pode cavalgar com um de nossos cavalos. Sabe, quando estou assim, com muitos problemas no pensamento, tenho sempre vontade de cavalgar, pena que moramos na cidade grande – falou, de um jeito, que pareceu até a própria Luna. Hermione agora sabia com quem a amiga parecia.

- O senhor tem razão – disse, aceitando a idéia dele – Com licença.

- À vontade filha.

 

Rony também havia acordado cedo naquela manhã. Levantou-se e abriu a janela que ficava perto da sua cama. Debruçou-se e ficou observando o lugar, como se procurasse uma resposta para suas perguntas. Ironia do destino ou não, Rony acabou vendo aquela cabeleira castanha que andava de braços cruzados, talvez de frio, em direção ao estábulo. Não teve demora, foi logo se trocar, afinal, essa era um ótima oportunidade de rendê-la novamente.

 

- Bom dia senhor!

- Bom dia moça – respondeu o Sr. Jonas.

Hermione tinha acabado de chegar ao estábulo e começou a observar os animais dali. Eram muito bem cuidados e sua vontade de montar aumentava cada vez mais.

- A senhorita deseja cavalgar?

- Sim...

- Pra senhorita, posso oferecer essa aqui, é uma égua bem mansa – disse se aproximando de um lindo animal de cor marrom.

Hermione aproximou-se do bicho, alisou sua cabeça. Realmente, era uma égua bem mansa.

- Já está selada?

- Sim.

Hermione montou e saiu devagar do estábulo. Os campos daquele rancho eram como imãs, apesar da garota saber que não poderia ir longe, pois não conhecia direito o lugar, ela cavalgava sem parar. O dia estava nublado, frio, e uma chuva fina começou a cair e molhar a face da castanha. Seus pensamentos voavam longe, enquanto cavalgava depressa. “Tudo poderia estar bem resolvido, se ele não surgisse pra atrapalhar tudo”. A chuva começou a engrossar, resolveu voltar, já tinha ido muito distante. Passava por uma estrada de terra, e tinha a sensação que já havia passado por ali antes. Sim, ela estava perdida. “Credo Hermione, será que dava pra ter prestado atenção no caminho?”  julgava a si mesma. O nervosismo começou a assombrá-la, afinal, não tinha idéia de como voltar, a chuva não dava trégua, e seu celular não estava com ela, ou seja, não tinha saída. No meio de tudo isso, Hermione escutou um barulho perto de onde estava, parecia... cavalos. Seguiu aquele som, entrando em outra estradinha de terra, ou melhor, lama. Só que em certo ponto, o barulho cessou, pensava estar mais perdida que nunca.

- Mione?

“Nossa, ainda bem, tô salva” pensou com um sorriso nos lábios. Só que esse sorriso desapareceu rapidamente do seu rosto, quando olhou pra trás e viu de quem era aquela voz.

- O que você tá fazendo aqui? Por acaso, você tá me seguindo?

- Não – disfarçou Rony, que também estava ensopado – Você tava perdida? – disse, mudando de assunto.

- Não... quer dizer, só não estava lembrando muito bem o caminho de volta, mas já estava quase encontrando quando escutei um barulho, acho que foi seu cavalo.

- Estamos quites.

- Como?

- Você também não sabe mentir.

A moça lembrou do que tinha dito a ele, e por isso permaneceu calada.

- Você já vai voltar? O caminho é esse – disse ele, apontando para a estrada à direita.

Hermione sequer agradeceu. Cavalgou rapidamente na direção que ele tinha apontado, sendo seguida por ele.

- Vai continuar me seguindo? – perguntou ela.

- Também estou voltando pra casa – respondeu.

Ao mesmo tempo em que prestava atenção no caminho, Rony não parava de observá-la, parecia ainda mais bonita. De repente, a moça parou o cavalo, o que ele também fez.

- O que houve?

- Minha pulseira... caiu aqui – disse ela, descendo do cavalo.

- Vai parar por uma pulseira?

- Não estou pedindo que pare também, ok? – falou irritada – Pode continuar seu caminho.

- Calma, eu te ajudo a procurar – disse, descendo do cavalo.

Hermione não estava encontrando, a chuva tinha aumentado, se é que era possível, e a estrada parecia bastante escorregadiça.

- Esquece, não tem jeito de encontr... ops!

Enquanto ia em direção ao cavalo, a garota acabou escorregando, e tentou se segurar em algo mais próximo, no caso... Rony, que também acabou caindo. A situação em que se encontravam não era a das melhores, estavam encharcados e ainda por cima, sujos de lama.

- Desculpa – disse ela, tentando se levantar, o que foi em vão. Acabou caindo novamente, o que fez Rony começar a rir.

- Ronald! – gritou ela irritada, só que essa irritação durou pouco tempo, pois logo a risada tomou conta do seu rosto, também.

- Vem eu te ajudo a levantar – falou Rony, tentando se conter das risadas. Ele levantou-se e ajudou a garota, puxando suas mãos.

Hermione também ria, e nem percebeu o quanto tinha ficado perto dele. As risadas foram cessando, e eles foram tomando consciência da distância em que estavam.

- E... – começou Hermione, mas antes que inventasse algum pretexto, Rony tacou um beijo nela. Dessa vez, a castanha não se afastou, ao contrário, correspondeu. Aos poucos foram se afastando, cessando aquele beijo, que exprimia saudade. Porém, quando Hermione abriu os olhos, viu que o ruivo, tinha os braços pra cima.

- Dessa vez, não tem como você dizer que eu te forcei a nada – disse, com uma expressão irônica e cínica.

- Seu... seu... ridículo, imbecil – gritou ela, furiosa – Eu odeio você.

- Mione – chamou ele, só que nessa altura, Hermione já estava montando seu cavalo e cavalgando ainda mais depressa.

 

 

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Rony e Hermione logo chegaram a casa. Hermione tinha uma expressão furiosa, enquanto o ruivo parecia tranqüilo.

- Meu amor, onde você tava? – perguntou Lilá, se aproximando de Rony.

- O que aconteceu pra vocês chegarem desse jeito? – perguntou Luna, que chegava ao terraço acompanhada dos outros.

- Por conta da chuva forte, a Hermione perdeu o caminho de volta, eu acabei a encontrando, não foi Hermione? – disse ele, encarando a garota com uma expressão cínica.

Hermione sequer respondeu.

- Mas tá tudo bem com você? – perguntou Vítor.

- Tá Vítor, só vou tomar um banho e trocar essa roupa molhada, pra não ficar resfriada.

- Nós te acompanhamos, não é Luna? – disse Gina.

- Claro – respondeu a loira, subindo para o quarto.

 

 

- Agora me diz Mione, o que aconteceu de verdade – perguntou Gina, que estava deitada, enquanto a castanha saía do banheiro.

- Gina, você não escutou o seu irmão?

- Mi, você acha que a gente acreditou que aconteceu só isso – insistiu Luna.

- O que poderia ter acontecido a mais?

- Sua roupa e a dele, sujas de lama... porque hein? – falou a loira.

- Minha pulseira caiu, nisso eu fui procurar e ele também me ajudou, a estrada tava escorregadia e nós acabamos caindo.

- E foi o papai Noel quem deu este rancho de presente ao meu pai.

- Luna é sério!

As duas garotas ficaram sérias encarando Hermione, com os rostos de quem espera por algo a mais.

- Tá legal... ele me beijou.

- Eu tinha certeza de que havia mais babado nesse vestido (N.A// Ãhn?!)

- É Gina, só que eu não gostei dessa parte. E por isso, esse assunto é proibido ok?

- Se você tá falando, quem sou eu pra discordar – disse Gina, que tinha a mesma expressão irônica do irmão, o que fez Hermione revirar os olhos.

 

 

- Pô Rony... A Hermione tá certa em não querer mais nada com você, cara – falou Neville, que estava no quarto junto ao ruivo e a Harry.

- Também acho – concordou Harry – Agora é que ela não vai querer nem olhar pra sua cara.


- É... só que nessa história, ela também quer alguma coisa, e finge não querer. Pra começar, inventou de namorar esse idiota do Krum...

- E você tá namorando a Lilá – falou Neville.

Rony não achou uma resposta pra isso. Do mesmo jeito que achava que Hermione estava errada, ele reconhecia que também estava errado. Durante esse meio tempo, Krum havia entrado no quarto e não tinha uma expressão muito agradável.

- Saiba que eu não engoli essa história, ok Ronald?– falou Vítor, se aproximando do ruivo.

- Se não confia em mim, pode perguntar pra Hermione.

- Se liga que a garota é minha.

- Não sabia que você tinha assinado um documento de posse – disse, levantando.

- Eu percebo suas indiretas, não pense que sou idiota – disse, virando-se e indo em direção a porta.

- É... percebe que a namoradinha balança quando tá perto de mim, não é?

Foi o suficiente para o rapaz ir para cima de Rony. Vítor socou o ruivo, que retribuiu, dando início a uma sessão de pancadarias que foi impedida por Neville e Harry.

- Vocês estão loucos? – gritou Neville, quando conseguiram separá-los.

- Você que não se aproxime dela... afinal, foi você quem deu a Hermione nas minhas mãos – disse Krum, se desvencilhando de Neville e saindo do quarto.

Rony já ia atrás dele, mas acabou sendo impedido por Harry.

- Tá louco cara?

- Ele que vá achando que vai ficar assim – gritou Rony.

- Calma Rony, calma, porque ele tem razão.

- O quê?!

- É, Rony... foi você quem jogou a Hermione nas mãos dele – disse Neville.

 

 

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            A noite chegou rápido e nem Hermione nem Lilá ficaram sabendo da briga entre Rony e Vítor. Depois do jantar, que já não foi tão animado como os anteriores, a Sra. Martha convidou os jovens para uma roda de música. Uma fogueira já tinha sido preparada do lado de fora da casa. Aos poucos, todos foram se acomodando em cadeiras ao redor do fogo.

- Vem Martha! – chamou Luna, que já estava sentada, abraçada a Neville.

- Já estou indo – gritou a mulher, que descia as escadas da casa, acompanhada do Sr. Lovegood.

- Eu não sabia que ela gostava de cantar – disse Neville.

- É... a voz dela é linda, a vi cantando poucas vezes, mas me impressionei logo de cara –respondeu Luna animada.

O repertório começou com músicas bem animadas. Os jovens riam, batiam palmas, cantavam, enfim, espantaram os acontecimentos da manhã. A música rolava solta, quando Luna fez um pedido.

- Martha, canta aquela música...

Não haviam entendido de qual música se tratava, mas a mulher parecia ter entendido muito bem.

 

Beauty queen of only eighteen
(Rainha da beleza com apenas 18 anos)
She had some troubles with herself
(Ela não se aceitava muito bem)
He was always there to help her
(Ele sempre estava lá pra ajudá-la)
She always belonged to someone else
(Ela sempre pertenceu à outra pessoa)
I drove for miles and miles
(Eu dirigi por milhas e milhas)
And wound up at your door
(E fui parar na sua porta)
I've had you so many times but somehow
(Eu tive você tantas vezes, mas de um jeito)
I want more
(Eu quero mais)

 

 Um arrepio passou por Hermione. A garota gostava muito dessa música, e começou a cantarolar baixinho, assim como Luna e Gina faziam. Durante a música, ela percebeu que Rony a observava, mas sem uma expressão de ironia ou cinismo e sim, de... Não, ele não quer mais nada com você Hermione, parece que não aprende. Pára de prestar atenção nele.

 

 Tap on my window knock on my door
(Bata na minha janela bata na minha porta)
I want to make you feel beautiful
(Eu quero fazer você se sentir linda)
I know I tend to get so insecure
(Eu sei que eu tendo a ser tão inseguro)
It doesn't matter anymore
(Isto não importa mais)

 

Mas era inevitável não olhar pra ele. Parecia até que aqueles olhos azuis eram enfeitiçados ou algo assim. A cada palavra da música, ele parecia encará-la ainda mais. Sua atenção foi desviada quando sentiu os braços de Krum, apertarem o abraço, o que fez a castanha aconchegar a cabeça no ombro do namorado, se distraindo com a canção.

 

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- AAAHHH!

- O que é isso?! – gritou Hermione, pulando da cama.

- Tá louca Gina? – disse Lilá, quase caindo da cama.

Hermione e Lilá, antes de serem acordadas pelo grito de Gina, ainda estavam dormindo. A ruiva tinha entrado furiosa no quarto e nem se lembrou que as duas ainda dormiam.

- Foi mal aí, ok? Mas eu quero matar o Potter! – começou Gina.

- Você chamando o Harry de Potter? Aconteceu alguma coisa séria mesmo. – disse Hermione, bocejando.

- Você acredita que ele resolveu dar uma crise de ciúmes, só para estragar a minha manhã? Acho que isso é só pra estragar o clima da noite de ontem.

- Gina... ciúmes? Mas de quem? – perguntou Hermione, enquanto Lilá levantava-se.

- Do Kevin, Hermione – falou a garota, trincando os dentes – Do Kevin, você acredita?

- Bem que eu vi aquelas olhadinhas que ele dava em você, toda vez que ele passava por nós – falou Lilá.

- Olha aqui... – começou Gina, mas foi interrompida por Luna, que acabava de entrar no quarto.

- Bom dia garotas!

- Só se for pra você, porque o meu já começou terrível.

- O que aconteceu? – perguntou Luna, espantada.

- O Harry resolveu ter crises de ciúmes do Kevin – explicou a castanha.

- Ah Gina, calma vai... depois passa, o Harry nunca foi disso – disse Luna.

- Só que essa desconfiança agora, do nada, é horrível – falou a ruiva, sentando na cama.

- É eu sei, é muito chato mesmo... – falava Hermione.

- Tem razão Hermione, você sabe muito bem o que é isso, não é mesmo? – falou Lilá, com um sorriso irônico, que enfureceu a castanha.

- Olha Lilá...

- Gente – interrompeu Luna, o que seria uma baita discussão – Vamos logo, que o café já tá na mesa.

Lilá sorriu para Hermione, e entrou no banheiro.

- Eu quero matar essa loira oxigenada  - falou Gina.

- Quando isso acontecer, pode me chamar, por que eu também tô louca pra fazer isso – falou Hermione.

 

 

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            Após o café da manhã, todos foram arrumar suas malas, afinal, logo depois do almoço, eles voltariam a Londres. A manhã passou depressa, ainda deram um pulinho na piscina, mas não demoraram muito.

 

- Muito obrigada por tudo, Sr. Lovegood – agradecia Hermione.

Já eram 14:30, e todos já estavam colocando as malas nos carros.

- O que é isso, menina? É sempre bom receber a visita dos amigos da Luna aqui na minha casa.

- Pai! - gritou Luna que tinha se atrapalhado com as bagagens.

- Oi filha. Com licença querida – despediu-se o homem, que ia atender a filha.

- Pronto Mi, já coloquei as malas no carro, pronta pra voltar? – perguntou Krum, que tinha se aproximado da garota.

- Sim – sorriu ela.

- Mione – falou ele, colocando uma mecha do cabelo dela pra trás da orelha – Eu posso te pedir uma coisa?

- Pode.

- Eu não quero parecer obsessivo, muito menos um cara chato demais, mas... eu não gosto de te ver perto do Ronald.

Hermione baixou a cabeça, sabia que esse momento ia chegar.

- Você não precisa andar a cem metros de distância dele, mas é que eu não gosto de te ver junto dele... eu confio em você, mas nele, é que eu não confio.

- Tá Vítor... eu posso entender, mas nem todas as vezes que eu tô perto dele, é porque eu quero, e sim, porque acontece. Por exemplo, moramos no mesmo prédio, então pode ser comum nos vermos.

- Não, tudo bem, eu sei... mas promete que vai se distanciar sempre que possível?

- Prometo.

O rapaz a abraçou. Ele parecia um pouco mais tranqüilo agora, mas ela, não tinha uma expressão de tranqüilidade, pelo contrário, sabia que respeitaria o namorado, mas enquanto a Rony, não tinha tanta certeza disso.

 

 

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//N.A:

 

 

E aí, pessoal?!

Gente, eu sei que posso ser assassinada por ter ficado tanto tempo sem notícias, mas é que o tempo é curto, e o colégio me maltrata (ufa!). Mas, e aí? O que acharam do cap? Ai, ai, se um Rony desse me pegasse de jeito no meio da chuva (~momento tarada da autora~). Gostei dos comentários, e quero receber mais, ok?

 

 

Lu L: Oie! Valeu pelo coment... depois me conta o que achou da viagem, ok? Bjokas!

 

Jessi: E então, gostou do beijo na chuva? Também acho que o Krum e a Lilá precisam sumir, vamo combinar que a vaca oxigenada é uma mala de primeira, né? huaauhua Bjão e continua comentando.

 

patoloko:  Realmente, fazia um tempinho que você não aparecia por aqui, fico feliiz por tá gostando. E então, o que achou desse cap? Bjo!

 

 

P.S.: Gente, a música do cap é do Maroon 5 “She will be loved". Gosto bastante, e achei bem a cara daquele momento...

 

 

XOXO*

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