XVII
-Isto é uma loucura. Não queria fazer isso. Sem fôlego, afundou os dedos no cabelo de Harry para atraí-lo para si. Todo seu corpo se concentrou no beijo, no calor, no perigo e na promessa.
—Não se preocupe. — respondeu Harry, afastando os lábios para beijá-la no rosto — Eu farei isto.
—Tinha tudo muito bem planejado. — deixou escapar uma risada tremente — Tudo o que acabei de dizer era perfeitamente razoável. Isto é só química. Trata-se unicamente de uma atração superficial.
—Pare de pensar.
Com um movimento rápido, baixou-lhe a jaqueta pelos ombros, deixando os braços aprisionados. O olhar alarmado de Gina fez ferver seu sangue, e seus enormes olhos cautelosos aumentavam seu desejo.
Com um sorriso malévolo, arrancou-lhe a jaqueta, apertando Gina contra si. Viu o brilho de seus olhos e ouviu o gemido abafado quando suas bocas se uniram. Depois, seus lábios desceram pelo seu pescoço. Era tão suave e aromática como tinha imaginado.
Agarrou-a pelos quadris, enquanto ela jogava a cabeça para trás para lhe oferecer tudo o que queria tomar. Respirava entre gemidos.
Harry liberou seus braços. Antes que Gina pudesse puxá-los, ele passou as mãos por debaixo de seu suéter, para sentir seu corpo.
Carne e suor, curvas e tremores. Encontrou tudo o que queria e quis mais. Sua boca continuava a devorá-la, enquanto seus dedos torturavam sua pele, e sua pele o torturava.
Levou as mãos para baixo, desabotoou suas calças e passou as pontas dos dedos por seu ventre, que estremecia, até chegar a sua calcinha. Gina moveu-se contra ele, mordendo seu pescoço com avidez.
Podia possuí-la naquele momento, rapidamente, onde estavam. A rapidez aliviaria a terrível pressão que ardia em seu interior.
Mas queria mais.
Tirou o suéter, jogou-o no chão e encheu suas mãos com seus seios. A pequena peça rendada que os cobria era suave e delicada, e a carne que havia debaixo ardia de desejo. Harry controlou o impulso de precipitar-se e contemplou seu rosto, admirando o jogo de luzes e sombras nele.
—Imaginava seus seios assim.
—Eu sei.
Os lábios de Harry se encurvaram novamente. Olhando-a fixamente nos olhos, tirou-lhe o sutiã.
—Não acredito que tenha imaginado o que pensei em fazer com você. Não acredito que conseguisse. Por isso vou mostrar.
Continuou observando, medindo, enquanto baixava um dedo pelo vale que formavam seus seios. Ao chegar ao fecho dianteiro do sutiã, abriu-o.
Viu que seus olhos azuis se obscureciam com a tormenta que se desatava em seu interior. E sentiu os trovões em seus corpos.
Gina conteve a respiração quando Harry a deitou para beijá-la por todo o corpo. Arqueou as costas, afundando as mãos em seu cabelo, tirando desesperada sua camisa. A língua dele a atormentava, despertava nela necessidades tão fortes que ela já não estava suportando.
Colou-se nele, frenética, rasgou-lhe A camisa, muito impaciente para procurar os botões. Estava estendida no chão, com as costas apoiadas no saco de dormir, com o Harry sobre ela.
Finalmente, conseguiu arrancar a camisa e amaldiçoou ao encontrar outra camiseta de malha que os separava. Queria carne. Precisava sentir sua pele. Assim que Harry tirou a camiseta, Gina cravou os dentes no ombro masculino.
—Toque-me. — pediu com impaciência — Quero sentir suas mãos em meu corpo.
De repente, sentia ele por todo o seu corpo. O mundo de Gina se transformou em algo primitivo, perigosamente excitante e cheio de sensações indescritíveis. Cada uma das carícias impaciente provocava nela um estremecimento, até que seu corpo se viu reduzido a uma massa de carne suada e palpitante.
A seu lado, o fogo lançava chamas contra a tela protetora. Em seu interior, as chamas ardiam desprotegidas.
Podia ver Harry através da paixão que nublava seus olhos. O cabelo negro, os olhos decididos, os músculos que brilhavam refletindo as chamas. Gemeu de protesto quando ele deixou de beijá-la, para a seguir gemer de prazer quando começou a passar seus lábios por seu corpo.
Harry recuou, e Gina, cega de desejo, o seguiu, rodeando ele de forma possessiva com os braços, procurando com os lábios sabores novos.
—As botas. — Harry falou.
Gina estava a seu redor. Seu maravilhoso corpo se apertava contra o seu, e o percorria com suas mãos, incrivelmente elegantes.
Tirou as botas rapidamente e as jogou de lado. Depois voltou de novo para ela.
Queria tê-la completamente nua, ver toda a extensão de seu corpo e de suas sedosas pernas. Queria ouvi-la gritar seu nome e ver a expressão de seus olhos quando estivesse consumida pelo prazer. Despiu a calça, e com um puxão, arrancou sua calcinha, a destroçando. Antes que ela pudesse começar a protestar, ajoelhou-se entre suas pernas e começou a utilizar a boca.
Ao chegar ao clímax, Gina sentiu que ficava sem sentido. Balbuciou seu nome, quase entre sonhos, e pediu mais, quase de forma inconsciente.
Harry lhe deu mais. E tomou mais. Cada vez que Gina pensava que ia terminar, que devia terminar, Harry encontrava algo novo com que surpreendê-la. Só sentia ele, seu sabor, seu aroma, seu tato. Rodaram pelo chão em um selvagem e glorioso combate, enquanto as unhas de Gina se afundavam em suas costas.
Cego pela necessidade, agarrou as mãos de Gina. Pensou que sua respiração devia estar destroçando seus pulmões. A única coisa que podia ver era o rosto dela quando se introduziu em seu interior. A lenha estalou na lareira.
Estremeceram-se, olhando um para o outro enquanto saboreavam aquele infinito instante.
Harry baixou a cabeça e cobriu sua boca. Quando o beijo tinha alcançado seu ponto culminante, quando o sabor de Gina o enchia tanto como ele enchia a ela, começaram a mover-se juntos.
Continua...
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