Chamas.
Nota: Bom, eu decidi fazer essa fic do nada, foi uma idéia que me surgiu e que eu realmente gostei. Gostaria que não levassem em conta o verdadeiro destino dos personagens, segundo a JK, nem nada disso. Afinal, fics foram criadas para mostrar uma outra realidade da história e dos personagens, não é? Boa leitura! Espero que gostem!
Chamas.
Era tarde da noite no salão comunal da Grifinória, porém esta permanecia bastante cheia. Motivo? Os N.O.M's e N.I.E.M's aproximavam-se. Entre tantos alunos encontrava-se o tão famoso trio. Hermione tentava incansavelmente colocar alguma coisa sobre História da Magia na cabeça de Harry e Ron.
- Mais uma vez Harry. Quem liderou a grande revolução bruxa irlandesa em 1813? – ela perguntou, sentada na poltrona ao lado do sofá, em que o garoto estava deitado com um livro aberto sobre o peito.
- Não sei Hermione! Não sei! – reclamou Harry – Olhe, estou exausto! Vamos parar por hoje, pode ser?
- NÃO! – exclamou ela indignada – Os N.O.M's serão em menos de um mês! Como pode dizer isso sem saber nem uma simples informação sobre História da Magia?
- Ah, Hermione, dê um tempo! Nossas cabeças vão explodir se estudarmos mais! – falou Ron, que estava sentado em frente à lareira.
- Bom, são nessas horas que vocês devem se arrepender por não terem copiado as anotações durante a aula! Eu os avisei que este ano não iria emprestar as minhas!
- Sim, muito egoísmo de sua parte! – respondeu o ruivo. Harry abafou uma risada. Era impressionante como o amigo não tinha noção do perigo.
- Egoísmo? – Hermione perguntou surpresa, o rosto começando a esquentar – Chama preocupação de egoísmo, Ronald Weasley? Chama a atenção que eu dou para vocês, querendo que vocês se esforcem por conta própria, de EGOÍSMO? – a esta altura todo o salão comunal olhava para eles.
- Bom, eu... – começou o ruivo, meio sem graça.
- Quer saber? Eu entendi! Cuide de si mesmo, Ronald! Cresça! Estou cansada de tentar ajudá-lo em vão! – gritou ela, pegando sua pilha de livros, levantando-se e dirigindo-se para o outro lado do salão. Rony ficou observando-a com uma feição estranha.
- Muito bem, caro amigo. Você finalmente acabou com a paciência dela. Eu sempre soube que era apenas uma questão de tempo. – comentou Harry, levantando-se – Vou subir. Você vem? – perguntou. Ron não tirava os olhos de Hermione.
- Não, e eu acho que não vou tão cedo hoje. Vou estudar. – respondeu. Harry arqueou a sobrancelha, duvidoso, mas nada disse. Logo Ron foi deixado sozinho com seus livros.
“Legal, seu idiota. Agora ela nunca mais vai querer olhar na sua cara! Por que você tinha que fazer um comentário tão estúpido?” ele pensou. Olhou derrotado para os seus livros “Bom, acho que agora você vai ter que compensar”. Determinado a pedir desculpas para a melhor amiga, decidiu estudar até que todos fossem dormir, para assim poder falar com Hermione a sós. Sabia que ela seria a última a parar de estudar.
E não errou. Era mais de meia noite quando o último setimanista retirou-se para o dormitório. Hermione reparou isso, fazendo questão de fechar seu livro de Herbologia e começar a guardar suas coisas. Ron alarmou-se quando descobriu o que a amiga pretendia e foi rápido em levantar-se e ir em sua direção.
- Hermione! Por favor, eu queria pedir desculpas. – falou o ruivo passando a mão pelos cabelos, aparentemente nervoso. Ela o ignorou. - Não! Olhe, sério mesmo! Eu não devia ter dito que era egoísmo seu! Foi besteira! Eu sei que você se preocupa com a gente! – Hermione o fitou, ele sentiu suas orelhas esquentarem.
- Sim, eu me preocupo, e eu sei que muitas vezes me arrependo, mas eu continuo me preocupando. Porque eu amo vocês dois. – Rony corou com a última frase – Vocês são os meus melhores amigos e eu quero o melhor para vocês! – e, sem mais nem menos, ela começou a chorar.
Ron não sabia o que fazer. Hermione começara a chorar bem na sua frente, enquanto estavam sozinhos no salão comunal, e ele não tinha a menor idéia de como reagir. Sua experiência com garotas era praticamente nula.
- Não... – ele colocou uma de suas mãos no rosto dela, inseguro. O toque a fez tremer levemente – Não chore. – ele limpou uma lágrima que escorria pela sua bochecha com o polegar.
O toque fez com que o interior de Hermione ficasse em chamas. Sentia sua pele queimar como fogo. Seria aquele o mesmo Ron que ela conhecera no Expresso de Hogwarts quase cinco anos atrás? Ela encarava aqueles olhos azuis hipnotizantes fitando-a, sem palavras para dizer.
- Er... – Ron tirou a mão de seu rosto, constrangido com a situação – Então, já vai dormir? – Hermione não sabia por que, mas ela sentiu na voz do ruivo uma pontada de desapontamento.
- Para falar a verdade, não estou com sono. – ela respondeu, limpando as lágrimas – Acho que vou estudar mais um pouco...
- Mais? Mione, você está estudando há mais de quatro horas! – ele exclamou. Hermione sorriu levemente com o “Mione”. Fazia tempo que ele ou Harry não a chamavam por algum apelido.
- Bem, tudo bem então. Que tal conversarmos? – ela caminhou em direção ao sofá em frente à lareira e se sentou. Ron sentiu-se um pouco envergonhado, mas sentou-se ao seu lado.
- Certo, sobre o que quer conversar? – ele perguntou, olhando-a desconfiado. Hermione sorriu para ele, o que fez o coração do garoto dar uma cambalhota.
- Não sei. Como vão os seus irmãos? Sabe, Gui e Carlinhos. – Ron franziu as sobrancelhas.
- Vão bem. Gui ganhou um aumento mês passado em Gringotes. Não via papai tão feliz desde que descobriu como se usava aquele torrador, sabe? Aquela máquina trouxa que faz torradas?
- É torradeira, Ron, torradeira! – ela riu.
- É, tanto faz, isso aí. E bom, mamãe quase teve uma crise dos nervos quando soube que Carlinhos está de namorada nova de novo. Ela acha que ele deveria ficar com uma por mais de três meses. Sabe como é a mamãe, qualquer coisa e ela já começa a falar em casamentos.
- E o que tem de errado com isso? Homens deveriam querer relacionamentos sérios e duradouros. Sua mãe deve estar ficando louca por ter tantos filhos e nenhum neto ainda! – Ron riu, apesar do que Hermione dissera não dever ser engraçado. Depois de algum tempo o ruivo percebeu o olhar ameaçador que ela lhe lançava e então parou.
- Homens saem com várias mulheres porque estão procurando a mulher certa, oras. Carlinhos não teria terminado com a última namorada se achasse que teriam um futuro. – ele falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Hermione arregalou os olhos. Estava quase prestes a dar uma bronca no ruivo pela idéia de usar as mulheres até conseguir o que quer, mas decidiu não fazer nada. Não queria brigar com ele de novo.
- Então... – ela começou. Ron a encarou – Também está procurando a mulher certa?
Eles se fitaram por um longo tempo. Não perceberam, mas estavam realmente muito próximos. Suas pernas se encostavam e suas mãos quase se tocavam apoiadas no sofá. Ron olhou Hermione com todo o carinho. Os olhos achocolatados da garota brilhavam intensamente, refletindo as chamas da lareira. Suas bochechas estavam extremamente vermelhas, assim como sua boca e, por um momento, Ron olhou para a sua boca. Como queria... Ele subiu o olhar novamente, dessa vez reparando em seu cabelo, perfeitamente ondulado, caindo volumoso por seus ombros. Ele a achava linda, uma das garotas mais lindas que já conhecera. Como pôde ter demorado tanto tempo para perceber? Foi preciso vê-la com Vítor Krum no Baile de Inverno do Torneio Tribruxo para se tocar de que ela era uma garota, e de que ele perdera a chance de conquistá-la, e tinha que contentar-se em ser somente seu amigo. Seu melhor amigo.
- Eu... Suponho que sim. – ele falou sem jeito, seu rosto ficando da cor de seus cabelos - Na realidade, acho que já a encontrei, mas não posso chamá-la de mulher certa. – completou quase num sussurro. Hermione imediatamente se afastou o bastante para quebrar aquele momento tão maravilhoso para Ron.
- Como assim? – ela perguntou, tentando esconder a preocupação. Ron piscou surpreso, tentando absorver a atitude da garota.
- Er... Como assim o que? – questionou sem entender.
- Como assim não pode chamá-la de mulher certa? – A feição de Hermione ainda era de choque, o que deixou o ruivo confuso.
- Bom, eu não sei se ela é a pessoa certa porque não sei se ela pensa o mesmo sobre mim... – Ron sentiu suas orelhas esquentarem. O que a amiga deveria estar pensando?
Hermione estava certamente pensando em um monte de coisas “Então ele achou a pessoa certa? Ele está gostando de alguma garota? Quando? Como? E, principalmente, QUEM?”. Ela já podia sentir as lágrimas chegando, mas ela não iria deixá-las cair. Não iria chorar por Ronald Weasley novamente.
Afinal, o quanto já não chorara? Desde aquele maldito baile no quarto ano. O quanto ela chorou por ele ter apenas “descoberto” que ela era uma garota naquele ano, o quanto chorou por ele tê-la convidado para o baile tarde demais, o quanto chorou pelas suas palavras rudes para ela ao fim do baile. Ela descobrira naquele ano os seus verdadeiros sentimentos pelo ruivo, que já haviam aparecido algum tempo antes e, ela sabia, não importava o quão insensível ele fosse, aqueles sentimentos não sumiriam. E, agora ela pensava consigo mesma, o pior de tudo era que, mesmo se ele estivesse gostando de outra garota e Hermione tivesse o seu coração despedaçado, esses sentimentos permaneceriam.
- Oras, então por que não pergunta a ela? – a morena sugeriu, tentando parecer indiferente com o fato.
- Co... Como? – Hermione observou as orelhas de Ron ficarem vermelhas.
- É! Olhe, se você está apaixo... Interessado nessa garota, deveria falar para ela como se sente. – “Nossa, eu realmente deveria ser atriz” ela pensou.
- Você... Você acha? – Ron a fitava tão surpreso que poderia passar-se por assustado.
- Claro. Quem sabe ela não sinta o mesmo por você e você nem saiba? – sua voz soou entusiasmada e alegre, o oposto do que realmente estava.
Ron a encarou pasmo. Será que ela estava acompanhando a sua linha de pensamento e estava sendo indireta com ele, ou será que ainda não percebera que a pessoa certa era... Ela? Não, Hermione Granger era muito inteligente para não ter percebido algo tão óbvio.
- Você acha? Mione, você realmente acha isso? – perguntou ele esperançoso. Hermione engoliu o seco, suspirou profundamente e reuniu toda a coragem que possuía.
- Sim, eu acho. – ela pôde ver os olhos de Ron brilharem de alegria, e não pôde evitar de sorrir. Sorrir sinceramente – Amanhã fale com ela.
Ron a olhou espantado. Ela não entendera. Toda a felicidade anterior fora substituída por nervosismo. Será que ela gostava dele, então? “Se gostasse, por que estaria me encorajando a falar com outra garota?” “Ué, vai ver porque ela é sua AMIGA seu babaca!” “Mas então ela não gosta de mim!” “Hey, ela nunca disse isso, por que você não pergunta?” “Eu? Não! Nunca!” “Ah, deixe de ser covarde seu sardento! Você é um grifinório ou não? Fale!”
- Ron? – Hermione despertou-o de seus pensamentos, um pouco receosa. Ele balançou a cabeça, confuso, encarando-a logo depois. Aquele par de olhos castanhos que tanto já vira nunca lhe pareceram tão perfeitos. Uma onda de coragem desumana tomou conta de si.
- Sabe, eu não preciso esperar até amanhã. – Hermione arregalou os olhos, mas não teve tempo de digerir a informação, porque Ron inclinou-se em sua direção e colou seus lábios nos dela.
Uma corrente elétrica percorreu o corpo de Hermione. Há poucos segundos estava desesperada com a probabilidade de ele gostar de outra garota, e agora ele estava ali, beijando-a! Aquilo tudo só podia ser um sonho...
“Tudo bem, eu falei para falar para ela, não beijá-la! Mas bom, isso também serve” Uma voz na cabeça de Ron disse. O beijo mal durara segundos quando ambos se separaram e Hermione abriu os olhos, encontrando um par de olhos azuis claros brilhando para ela. O calor que os envolvia não tinha nada a ver com o fogo da lareira, mas era como se eles dois produzissem chamas, que os aqueciam com o menor toque do outro.
Sem saber se ela realmente quis que ele a beijasse, Ron começou a recuar, porém sentiu algo quente em sua mão. A pequena mão de Hermione o segurava firmemente, enquanto seus olhos castanhos brilhavam suplicantes. Antes que ele dissesse alguma coisa, essa mão subiu para o pescoço do ruivo, e ela rapidamente capturou seus lábios mais uma vez. Ron imediatamente a abraçou pela cintura, dessa vez dando-lhe um beijo de verdade.
Naquele momento aquela chama ascendeu-se mais do que nunca. Era envolvente, era viciante, era maravilhoso. Quando Ron pediu permissão, entreabrindo os lábios, para aprofundar o beijo, Hermione suspirou apaixonada e deixou-se levar, inebriada pelo cheiro do ruivo e por aquele beijo perfeito. Não souberam por quanto tempo ficaram lá, mas quando se separaram e Hermione abriu os olhos, Ron sorria torto para ela.
- Mione eu... Eu amo você. Eu queria que você soubesse... – ele disse, sua voz falhando, um pouco rouca.
A respiração de Hermione falhou. Ela entreabriu os lábios, chocada. Primeiro o beijo, e agora isso? Esquecera como se falava, esquecera tudo o que sabia, esquecera a razão. Tudo o que ela sabia era que ela também o amava, o amava muito. Amava seus olhos azuis, suas sardas, seu sorriso, sua voz, seu cabelo ruivo bagunçado como chamas de fogo...
E ela queria tanto contá-lo aquilo, mas ela não conseguiu.
- Eu... Ron e-eu... – não conseguia. Ele a encarava, sua feição cheia de expectativa, mas ela não conseguiria – Eu vou dormir. Boa noite. – completou, sentindo-se péssima por dentro. Levantou-se e subiu as escadas do dormitório com pressa, entrando no quarto.
Ron seguiu-a com o olhar, sem entender completamente nada. Ele a beijou, ela tomou a iniciativa de beijá-lo de novo, ele falou que a amava e ela respondia com um “Boa noite”? E ia para o dormitório, sem dizer mais nada?
O ruivo olhou para baixo, para os seus próprios pés. Foi então que viu a bolsa de Hermione encostada em um deles. Apanhou-a e levantou-se, disposto a guardá-la em seu dormitório e devolvê-la amanhã.
Assustou-se quando ouviu o barulho de uma maçaneta enferrujada se abrindo, e logo viu Hermione descer afobada pelas escadas. Quando o viu, suas bochechas ficaram vermelhas.
- E-eu esqueci as minhas coisas. – falou sem jeito. Ron balançou a cabeça levemente, sem saber o que dizer. Ela se aproximou e ele lhe estendeu a bolsa, a qual ela pegou rapidamente, porém não se afastou.
- Boa noite... De novo.
- Boa noite. – respondeu Ron. Hermione aproximou-se e, ficando na ponte dos pés, deu um beijo rápido na bochecha do ruivo, o qual ficou complemente paralisado. Quando se afastou, Hermione deu um sorriso torto e subiu novamente para o dormitório, deixando Ron sozinho de volta, perdido em pensamentos.
Hermione entrou no dormitório fazendo o máximo de silêncio para não acordar as amigas. Tirou os sapatos e, cuidadosamente, trocou de roupa, escovou os dentes, penteou os rebeldes cabelos e arrumou o material, e fez tudo isso com um sorriso imenso no rosto.
Ele a amava! Nunca imaginara que aquele garotinho de nariz sujo um dia poderia dizer isso a ela. Era como um conto de fadas. Mas...
Ela não conseguia parar de pensar. Ela não dissera nada a ele, como fora estúpida! Ele deveria estar agora em seu dormitório, de coração partido, achando que não era correspondido. Não, ela não podia deixar as coisas assim.
Levantou-se e, silenciosamente, pegou uma pena e um pedaço de pergaminho e caminhou até a gaiola da coruja de uma de suas colegas de quarto...
Ron subiu para o dormitório e encontrou Harry dormindo feito uma pedra. Passou pela cama do amigo e foi até a sua, pegando o seu pijama para trocar-se. Quando estava trocando de blusa ouviu um barulho vindo de fora. Olhou para a janela, confuso, e espantou-se ao ver uma coruja batendo freneticamente a cabeça no vidro.
- Hey! Calma! – sussurrou ele, abrindo a janela para a coruja pousar no parapeito. Ela tinha um pedaço de pergaminho amarrado na perna e, curioso, o ruivo pegou-o para ler.
Eu também amo você.
Ele não poderia ter ficado mais feliz. Não conseguira interpretar as atitudes da garota antes, mas agora tudo estava claro, escrito em um pergaminho com todas as palavras. Ela o amava. Era recíproco. Seriam felizes juntos...
Seriam felizes juntos? Estavam namorando? Havia alguma regra para esse tipo de coisa? Ele não sabia. O que deveria fazer no dia seguinte, quando a visse descendo as escadas do dormitório para ir tomar café da manhã com ele? Deveria beijá-la, ou agir como se nada tivesse acontecido? E agora? Deveria pedir a sua mão com um anel de prata ou dar-lhe um beijo na bochecha?
Ele não tinha idéia. Ela também não, mas aquilo não importava. O importante era que estavam definitivamente mais próximos, não eram mais apenas meros amigos de infância. E, naquele momento, não havia coisa melhor para Ron.
Sorrindo, andou até sua cama, deitando-se e fechando os olhos, porém sem conseguir dormir. Tudo no que pensava era naquele beijo, naqueles lábios, naquele rosto, naquele cabelo, naqueles olhos olhando para ele tão ternamente, com o brilho das chamas da lareira...
Mal ele sabia que, no dormitório ao lado, Hermione pensava no mesmo.
N/A: E então, o que acharam? Não ficou perfeita, mas acho que dá pro gasto, não é? Comentem dizendo o que acharam e votem também! Byeee o//
Comentários (3)
ótima, e o melhor, sem erros de ortografia. muito fofa sia fic!
2013-02-01awwwwn,tão fofos
2012-12-19Awnnnnnn que lindo! Amei a resposta da Mione, parece cena de filme iauhiauha *-*
2012-02-13