A FESTA



N/A: Enfim mais um cap. Ele estava pronto a algum tempo mas estou com problemas no meu Word e não consegui abrir pra postar. Espero resolver essa semana pra poder terminar o cap 9.
Espero que vocês gostem!
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Cap. 8 – A FESTA

POV Christye

Eu pedi uma bebida e me encostei no balcão. Olhei ao redor, somente para passar o tempo enquanto esperava a bebida... Meus olhos encontraram Mione e Rony namorando num canto escuro... Depois encontrei Ginny dançando no centro da pista parecendo totalmente alheia ao mundo... Vi também Draco que estava sentado em uma mesa, de frente para a pista de dança, bebendo... Aliás, não conseguia me lembrar de vê – lo sem um copo na mão desde que havia chegado. Talvez fosse o mesmo... Mas eu duvidava que fosse.

Continuei observando os grupos se divertindo, os casais namorando...

Procurava, mesmo fingindo não procurar, uma pessoa em especial... Talvez estivesse no banheiro... Procurei não observá-lo muito esta noite, procurando me divertir, mas falhei... De tempos em tempos eu o procurava, apenas para me certificar de que estava tudo bem... Reparei que ele bebia mais do que o normal... Isso me preocupava.

Enfim o encontrei e desejei não tê-lo feito. Ele estava em uma dos cantos mais reservados... Um copo na mão e um sorriso largo, solto... Conversava animadamente com uma mulher qualquer que pelo tamanho do vestido e do decote não podia ter saído de caso com outra intenção que não fosse de ir parar numa cama. Mark não parecia se importar com aquilo...

Meu coração de repente desapareceu de tão pequeno. E me virei pegando a bebida e virando num gole só, sentindo o líquido descer queimando na garganta. Segurei um tossido e pedi outra bebida.

Agora a mulher vulgar passava as mãos displicentemente sobre o peito dele, inclinando seu corpo para ele... E ele continuava com um sorriso largo, o rosto corado pela bebida talvez... Virei novamente o copo de bebida e antes que pudesse pedir novamente o barman me servia outra. Virei também assim que vi Mark passar a mão pelos braços daquela mulher e parar em sua cintura.

Segurei no balcão tentando segurar o ímpeto de voar no pescoço daquelazinha... Procurei desesperadamente uma cena que me fizesse pensar claramente. Pousei meus olhos novamente em Draco que encarava algum ponto na pista de dança que eu não me importei em verificar.

Era surpreendente que fosse Mark se esfregando com uma qualquer e não Draco.

Decidi me sentar com ele na esperança de que isso fizesse meu coração voltar ao lugar e meus olhos pararem de arder. Ao dar um passo para frente senti o chão rodar e minhas pernas bambearam. Me segurei instintivamente no balcão e respirei profundamente. Arrisquei um novo passo me sentindo mais segura. Me concentrei por vários motivos: 1º não era exatamente uma pessoa hábil, 2º não queria olhar para Mark novamente, 3º precisava chegar até Draco...

Desabei na cadeira ao lado de Draco fazendo-o finalmente olhar para mim ao invés de olhar para o que quer que seja que ele estivesse olhando...

- De onde você surgiu? – ele me perguntou surpreso.

- Ah... Eu vim... De lá... – eu disse apontando para o balcão, depois coloquei minha mão no rosto como se pensasse – Eu acho.

- Você parece estar um tanto alta. – Ele observou com as sobrancelhas arqueadas.

- Eu acho que estou tonta. – Eu disse leve – Mas eu só bebi três copos. – Ele sorriu divertido.

- Talvez isso já seja muito para você.

- Isso é injusto. – Eu bati a mão na mesa desajeitada e ele riu. – Você bebeu a noite inteira e, no entanto está aí como se estivesse acabado de chegar. – Eu completei parecendo uma criança contrariada. Agora eu já achava que a bebida não me fazia bem...

- A diferença é que eu estou acostumado. Eu sei beber. – Ele me encarou sério e eu bufei.

- Ah, tudo bem. – Olhei para ele. – Eu sei que não devia ter bebido como bebi... Eu só não pude evitar. – Eu corei lembrando de minha fraqueza. Ele me analisava como se tentasse me entender.

- Ah, mulheres! Tão volúveis! – Ele disse num tom divertido, bebeu mais um gole de sua bebida eu esperei ele colocar o copo de volta na mesa e estiquei a mão para pegá-lo.

- Acho que não é prudente. – Ele disse puxando o copo para longe de mim. Encarei indignada e me estiquei mais o fazendo recuar o copo ainda mais. – Não faça isso Chris... – Ele pediu preocupado e eu me sentei novamente derrotada.

- Eu preciso... – Eu disse num choramingo infantil. – Ou isso ou eu vou embora.

- Eu te levo para casa. – ele ofereceu.

- Não quero estragar sua noite. Você ainda nem deu em cima de uma mulher qualquer. – ele me lançou um olhar de repreensão.

- Primeiro: não dou em cima de ninguém. Elas que não resistem ao meu charme. E outra, hoje não estou interessado em qualquer uma. – ele encarou a pista de dança misterioso. – Você não estará estragando minha noite, ela não vai render mais do que isso.

- Por acaso Draco Malfoy está se apaixonando? – perguntei risonha. Ele me encarou intenso e eu engoli seco. “Será?”. Nos ficamos nos encarando um tempo. Dúvida... Temor... E outros sentimentos que não pude identificar passaram entre nós. Antes que pudesse me dar conta dos meus próprios movimentos, peguei o copo dele e virei num gole só. Seus olhos me olharam assustados.

- É assim que tem bebido essa noite? – eu corei e ele não esperou minha resposta. – Não me admira que você esteja tonta. – ele sorriu um daqueles sorrisos lindos dele e eu, o admirei.

- Acho que nunca me senti tão solta. – admiti mais pra mim do que pra ele. – Eu poderia ir agora mesmo dizer aquele seu amiguinho... – então eu parei.

Desde que havia me sentado com Draco não havia voltado a olhar para Mark e, agora, teria sido melhor que eu não o tivesse feito. Ele continuava lá com a mesma mulherzinha, mas, não estavam mais conversando e sim num beijo escandaloso, cheio de luxuria e vulgaridade. Me senti de repente enjoada, a voz sumiu da minha garganta e eu senti minha cabeça girar. Um arrepio percorreu minha espinha e eu senti meus olhos arderem. Abaixei a cabeça instintivamente e mordi os lábios tentando evitar as lágrimas.

De repente senti um braço envolver meus ombros e me levantar... Olhei para cima e encontrei os olhos de Draco, preocupado.

- Eu estou bem. – Garanti, tentando parecer confiante.

- Acho melhor te levar embora. – ele disse ainda me segurando.
Eu estava magoada, ferida e, por algum motivo, alcoólico provavelmente, eu queria que Mark me visse... Visse que eu o tinha visto... Então eu menti...

- Tudo bem. Mas me deixe avisar Ginny primeiro. – ele me analisou e depois me soltou.

- Vou acertar nossas comandas e te espero. Não faça bobagem. – ele pediu e eu desviei o olhar. Quando fiquei sozinha respirei fundo e avancei em
direção a Mark.

Caminhei decidida, com o coração aos pedaços e ainda mordendo o lábio inferior. Eles ainda estavam se beijando e eu me senti fraca. De repente não me achava mais com coragem para encará-lo e nem para dizer o que quer que fosse. Então eu parei bruscamente e minha falta de mobilidade não poderia ter sido mais providencialmente ridícula... Bati no braço de uma pessoa qualquer fazendo o líquido voar diretamente para os dois...

Me senti patética! Por mais que não tinha sido de propósito, duvido que alguém acreditaria.

- Aí! – a mulher vulgar gritou ao sentir o líquido em suas costas.

Eu estava estática, corada e envergonhada. Mark me encarou avaliando-me... Eu não podia e nem conseguia dizer nada. A mulher deu dois passos em minha direção, furiosa. Mark se interpôs...

- Christye! Por que... – ele começou e eu interrompi, gaguejando ridiculamente...

- Des... desculpe. Eu... eu... não... propósito.

- Christye, vamos embora. Agora! – eu senti os braços de Draco me segurando antes mesmo da voz chegar aos meus ouvidos. Eu encarei Mark, ainda mais envergonhada e ferida. Ele me encarava de volta angustiado.

Me deixei levar por aquele abraço... E me deixei chorar, finalmente, em seu ombro.

Não sei quanto tempo levou até eu sentir meu corpo sendo colocado no banco do carro... Ainda chorava um choro silencioso, um misto de vergonha, mágoa, perda e fraqueza, com uma bela pitada de álcool. Seria eu um daqueles bêbados chorões? Isso não poderia ser mais ridículo.

Draco sentou-se no banco do motorista e colocou a mão em meu ombro com cuidado. Eu o encarei...

- Como você está? – ele perguntou preocupado. Senti o nó na minha garganta aumentar e as lágrimas aumentarem. Ele suspirou... – Olha Chris, não precisa ficar assim. Isso não significa nada... – eu solucei...

- Acho que eu também não... – eu sussurrei.

- Não diga isso. Você é uma pessoa maravilhosa... – ele começou e, de repente, eu senti raiva...

- Nem comece! – eu interrompi raivosa. – Eu sei muito bem onde esse papo vai parar. – ele me olhou assustado e confuso. – Você é especial, é maravilhosa mais. Tá vendo sempre tem um porém.

- Chris...

- Draco, olhe pra mim! – eu pedi, arrumando meu cabelo. – O que você vê? – eu percebi que ele não sabia o que dizer.

- Uma amiga? – ele perguntou receoso.

- Tá vendo. É apenas isso que eu sou. Pra você, pra Mark e pra todo homem. – eu suspirei desanimada. – Daqui a pouco, até eu vou me esquecer que sou mulher. Ninguém me vê assim. – ele me olhou chocado. Aproximou-se do meu rosto e me fez um carinho.

- Nunca mais diga isso. – ele disse baixinho e calmamente, me olhando nos olhos pra ter a certeza de que eu estava prestando atenção. – Você é uma mulher linda, interessante, encantadora e... me desculpe, gostosa também. – eu corei automaticamente.

- Você diz isso só para eu parar de chorar... – disse fazendo bico, sorrindo.

- Claro que não. – sua voz estava fraca e ele me encarava intensamente.

Me perdi na imensidão daqueles olhos azuis na esperança de realmente acreditar no que ele dizia. Eu precisava disso.

- Christye... – ele disse meu nome baixinho e eu fechei os olhos. De repente eu precisava acreditar que aquilo era real. E, no instante seguinte, eu senti os lábios dele nos meus. Era um beijo calmo, carinhoso. Um beijo bom, mas apenas um beijo de amigos. Um beijo de consolo, de cumplicidade.

Nos separamos calmamente e nos olhamos envergonhados. Eu pude ver que ele havia sentido o mesmo que eu. Nos acomodamos nos bancos... e ele foi o primeiro a falar.

- Me desculpe! Espero não ter lhe ofendido. – ele mal olhava para mim.

- Não se desculpe. Eu preciso te agradecer.

- Pelo que?

- Por tudo. Mas... – eu disse incerta. – Eu preciso deixar claro que eu gosto muito de você mas... – eu o encarei. – apenas como amigo. – ele sorriu um sorriso genuíno.

- É bom ouvir isso. Eu me sinto da mesma forma. Talvez se fosse diferente a gente não ficasse tão angustiado, mas essas coisas a gente não escolhe. – eu o olhei surpresa. Estaria ele admitindo que está apaixonado?

- Você é um amigo maravilhoso.

- Você também. Mas ainda preciso terminar minha boa ação de hoje e te deixar sã e salva em casa. – ele ligou o carro... – Você está melhor? – ele me perguntou antes de arrancar com o carro.

- Estou sim. Acho que agora preciso de uma boa noite de sono.
E ele seguiu para nosso prédio... Quem sabe o dia de amanhã não fosse melhor?
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O que Christye e Draco não sabiam é que a poucos metros de distância uma ruiva e um loiro haviam assistido a toda a cena com expressões de surpresa, mágoa, decepção e raiva...
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N/A: Agradecimentos as reviews!!!! Voces não tem idéia de como é bom saber que tem gente lendo minha fic! Tava tão desanimada mas agora to
doida pra escrever mais e postar pra vocês!

Dark Angel: espero que goste desse cap também e continue acompanhando! Brigada pelo incentivo!

Nena: O cap ta um pouquinho maior. Gostou? Espero que sim! Brigadinha pelas reviews!!!!

Uma questão para minhas leitoras: O que vocês acham de alguns caps extras com o ponto de vista de Draco, Mark e Ginny dessa mesma festa????? Eu fiquei pensando se seria interessante vocês conhecerem como foi a festa para as outras personagens.

O que vocês acham????

Até o próximo!
bjos

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