Uma terapia diferente.



Uma terapia diferente.

Os professores de Hogwarts sempre se preocupavam com seus alunos, não importa o quão determinado eles se esforçavam para não demonstrar favoritismo, eles sempre tentavam ajudar os alunos no que precisavam.
Foi por causa disso que alguns professores decidiram conversar com professor Dumbledore sobre Potter e seus amigos.
Severo e Minerva tinham tentado dissuadir Flitwick, Sprout e alguns outros da idéia deles de chamar um curandeiro de mente para o garoto, mas eles acreditavam que seria melhor para o garoto, não porque eles tinham medo dele, mas o garoto estava se tornando poderoso demais para ele mesmo.
O diretor não tinha respondido sobre o aconselhamento dos professores, mas ele chamou os amigos de Harry para discutir sobre os pontos validos de Harry conhecer um curandeiro de mente.
-Vocês estão fora de suas mentes? –Gina perguntou um tanto alterada com a proposta dos professores, Minerva e Severo encaravam a mesa a sua frente em silencio enquanto os outros professores encaravam a ruiva com medo –Mandar Harry fazer terapia com um curandeiro de mente? Ele odeia quando as pessoas ficam mostrando o quão diferente ele e por ser poderoso e agora vocês praticamente chamam ele de anormal? O que vocês tem na cabeça? –ela se vira para o diretor esperando que ele falasse algo a favor de Harry, mas ele se manteve em silencio, Gina suspira ruidosamente e fala –Vocês deveriam ter falado com Harry sobre isso antes de determinar que ele precisa de ajuda... Harry odeia quando as pessoas ficam conspirando contra ele... Ele gosta que as pessoas falem com ele –ela manda um olhar para a maioria dos professores que ruborizam.
-Eu acredito que Harry irá apreciar a ajuda que estamos fornecendo –professora Sinistra fala com um sotaque carregado, ela sabia que o garoto não era perigoso, mas os estouros mágicos que ele vinha soltando quando ficava bravo às vezes a amedrontava e queria ajudar o garoto de alguma forma.
-Isso não vai ajudar em nada ao Harry –Hermione fala cansada aos professores –ele raramente fala dos problemas dele e não quer ser um fardo para as pessoas... Mandando ele para um curandeiro de mente só vai dizer naquela mente espessa dele que ele se tornou um problema e que vocês querem resolver daquela forma –Rony suspira de acordo, sabia que o amigo faria assim, ele era teimoso demais, mas logo Hellen fala tristemente.
-Eu conheço o meu primo... Ele esconde as coisas quando acha que ele não vai mudar nada ou que pode proteger aqueles que ama de serem machucados –ela solta um bufo e fala –ele é bonzinho demais e nobre para a própria saúde dele –Draco coloca uma mão no ombro da namorada que se aconchega nele.
De repente todos são tirados de seu transe quando ouvem uma batida na porta e Madame Pomfrey entra com os olhos brilhando de raiva.
-Eu gostaria de saber quem chamou Irinia Estrovich para invadir a minha enfermaria, me enxotar do meu descanso e exigir falar com Harry Potter como se ela mandasse no castelo? –todos ficam pálidos ao verem a enfermeira com olhares bravos, os professores sussurravam entre si enquanto Gina fecha seus olhos para saber onde Harry estava.
-Madame Pomfrey –Gina fala alarmada ao sentir onde exatamente Harry estava –Harry... Ele... Ele esta na enfermaria? Você o deixou com aquela curandeira de mente? –Madame Pomfrey eleva uma sobrancelha e fala.
-Harry estava meio pálido e me pediu uma poção de reconstituição... Mas assim que aquela... Mulher... O viu, ela o puxou para dentro da enfermaria e me enxotou como se eu não fosse nada –ela se virou para o diretor –O que aquela mulher esta fazendo aqui na escola? –mas antes mesmo que o diretor pudesse responder, Gina já estava correndo pelos corredores em direção da enfermaria, sua angustia era tanta que ela tinha se esquecido que poderia fazer o vôo de fogo.
Na enfermaria Harry encarava a mulher a sua frente com um olhar incrédulo, não acreditava que a mulher estava exigindo que ele falasse com ela.
-Eu não sei quem e a senhora, mas eu tenho mais o que fazer do que ficar ouvindo você me fazendo perguntas bestas –ele estava indo em direção da porta quando a mulher fala.
-Você não pode sair daqui Sr Potter, fui chamada exclusivamente para cuidar do seu caso –Harry arqueia uma sobrancelha e fala.
-E qual seria o caso? Tirando um pouco de cansaço e fome eu estou muito bem –a mulher lhe manda um olhar calculado e resmunga para uma pena de repetição rápida.
-Paciente em negação de ajuda e tendências de estar dominante no assunto –Harry solta um bufo e volta a ir em direção da porta quando sente um feitiço passando por ele, em questão de segundos ele tinha a varinha em sua mão apontando para a mulher que guardava a varinha, quando Harry foi abrir a porta ele descobriu que estava lacrada.
-O que você pensa que esta fazendo? –ela volta a equilibrar a pena nos pergaminhos e fala.
-Eu lhe disse que nossa sessão não terminou Potter, o senhor vai se sentar e me contar sobre sua infância e os problemas que andam acontecendo em sua vida –Harry solta um riso e fala.
-Acha mesmo que vou contar algo para você? Acho que esta louca em pensar que te contaria qualquer coisa, eu não te conheço e se não me deixar sair vou te considerar uma comensal da morte –ele fixa seus olhos nela e fala –agora abra esta porta –a mulher sorri e fala.
-O paciente apresenta tendências violentas quando contrariado e um sério distúrbio de personalidade... Talvez causado pela maldição mortal que ele repeliu quando era um bebê... –Mas antes que ela pudesse continuar a pena e o pergaminho estouram em chamas e Harry fala com uma voz fria.
-Como você ousa me tratar como um espécime de laboratório e ignorar meus pedidos educados de me deixar sair e então começa a difamar tudo que falo com mentiras? –a mulher no começo fica com um sorriso ao perceber que poderia achar muitos segredos de Harry quando ele estava bravo, mas quando o chão da enfermaria começou a rachar e um estremecer começa a ser sentido foi que ela percebeu que tinha cometido um erro.
Gina tinha acabado de chegar na porta da enfermaria quando uma onda de poder quente começa a se manifestar do outro lado, ela tentou abrir, mas encontrou a porta lacrada, ela tentou abrir de várias formas, mas assim que não consegue, ela se afasta e solta uma maldição explosiva poderosa que faz a porta voar longe.
A cena que ela encontrou na enfermaria era um tanto assustadora.
Harry parecia ter dobrado de tamanho e sua aura mágica era palpável e visível para todos, seus olhos verdes estavam um tanto enegrecidos e ele soltava sussurros frios que congelariam a alma de um dementador.
-... Então acha que vindo aqui... Esquadrinhar a mente de famoso Harry Potter que você vai poder se vangloriar por ai e ter vários clientes que só vão querer saber sobre o famoso paciente seu não é? Achou mesmo que eu lhe contaria coisas que nem mesmo as pessoas que eu amo sabem? Como você ousa se achar melhor daqueles que amo? Que direito tem para exigir que eu fale com você e me prender aqui achando que me intimidando e me fazendo irritado você vai conseguir material para trabalhar com minha mente? Mas já que você insiste tanto em saber o que tem na minha mente eu vou lhe dar uma provinha... –de repente Gina, que tinha gelado com a visão do namorado, sai correndo em direção dele para tentar o parar, mas assim que a curandeira encarou os olhos verdes, ela solta um grito horripilante sobre o que ela via.
-Harry! Pára com isso amor, chega –o som da voz de Gina parecia tirar Harry de seu transe e seu poder logo começa a se dissipar, ele encara a ruiva que tanto ama e fala.
-Me perdoe Gina... Eu... Eu não devia... –Gina se abraça a ele e fala.
-Calma amor... Você não fez nada de errado... Ela estava errada em forçar você a falar... Eles acharam que seria bom para você falar com alguém... Mas eles não entendem que você não pode falar com quem você não conhece –ela fixa os olhos nele e fala –Você vai falar comigo não e? Se algo esta lhe incomodando não vai? –Harry no começo fica com um olhar estremecido, mas logo fala.
-Eu prometo Gina... Eu nunca vou esconder algo de você... Eu prometo –ele se agarra a ela como se ela fosse evaporar, mas Gina se mantinha firme.
A curandeira tinha um olhar atônito com tudo que ela viu e como a ruiva tinha acalmado Potter, ela tinha começado a ir em direção da porta quando uma voz fala.
-Creio que não precisamos mais de seus serviços Sra Estrovich... Mas infelizmente você não vai poder se lembrar do que fez aqui –o diretor tinha a varinha na mão antes mesmo que a mulher pudesse protestar e apaga a mente dela, assim que ela volta ao normal ela pergunta desdenhosamente o que ela estava fazendo ali e o diretor sorri dizendo que ela tinha sido mandada pelos professores para avaliar o nível de loucura dele.
Encarando a enfermaria, Madame Pomfrey suspira e se vira para os outros professores.
-Da próxima vez que alguns de vocês tiverem a idéia brilhante de chamar alguém que vá causar um estrago na minha enfermaria, pensem em outra idéia –ela encara o casal que estavam sentados em uma cama, Gina ainda sussurrava palavras confortantes para Harry enquanto ele murmurava algo que o incomodava –E quando vocês acharem que Potter precisa de ajuda que não seja medica, chamem a Weasley, ela sabe cuidar do garoto melhor que qualquer um nessa escola –os professores encaram o casal dentro da enfermaria e cabeceiam, sabiam que não era uma forma correta de terapia para ajudar um garoto poderoso como ele a se cuidar, mas as vezes era melhor usar outros métodos para se chegar ao resultado ideal.
Enquanto todos começaram a andar, Harry tinha começado a cantar suavemente para Gina, ele sabia que ela tinha o salvo novamente e ela merecia uma recompensa, mas ela jamais aceitaria algo então ele tinha começado a cantar, ela dizia amar embora ele não achasse bom o bastante.
A cada nota Gina sorria ainda mais nos braços do namorado, ele poderia não ser perfeito e ter vários segredos, mas ela sabia perfeitamente o como o trazer de volta ao normal.

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