Discussões
N/A: gente, eu sei que o sirius morreu no 5o livro, mas ele é essencial pra história e eu amo ele...então se conformem com o sirius vivo...é só e espero que gostem!!
Enquanto Harry descia as escadas da antiga mansão Black, já podia ouvir os conhecidos gritos vindos da cozinha de Rony e Hermione discutindo. "Terceira vez essa semana que esses dois discutem...será que nunca se cansam?", pensou cansado. Mas dessa vez a briga pareceu ser a mais séria até agora.
- PRA COMEÇAR VOCÊ NÃO ESTARIA ASSIM SE NÃO TIVESSE LIDO A MINHA CARTA!
- EU NÃO SABIA QUE ERA SUA, EU NÃO POSSO FAZER NADA SE VOCÊ DEIXA AS CARTAS QUE MANDA PARA O SEU VITINHO LARGADAS POR AÍ!
Uma pausa e então:
- RONY, PORQUE VOCÊ TEM QUE SER TÃO BURRO?!?! VOCÊ NUNCA ENTENDE NADA!!!!
A gritaria parou, mas subindo a escada correndo vinha Hermione, chorando, a tal carta apertada na mão. Passou por Harry como um foguete e bateu a porta do quarto que dividia com Gina.
Quando ele chegou na cozinha viu Rony sentado à mesa, a cabeça apoiada nas mãos, e os cotovelos, na mesa, os olhos vidrados.
- Bom dia, Rony.- cumprimentou se sentando ao lado do amigo.
- Nada bom.- respondeu o garoto desanimado.
- Krum de novo?
- De novo.
- Que é que aconteceu? Hermione passou chorando por mim agora há pouco no corredor.- disse a voz de Sirius atrás deles. Ele estava com o humor muito parecido com o dos gêmeos Weasley ultimamente e parecia mais jovem do que seu afilhado lembrava de tê-lo visto. Olhou para Rony e seus olhos brilharam com o entendimento.- Outra crise de ciúmes, eh?
As orelhas de Rony ficaram vermelhas e ele evitou o olhar de Sirius.
- Não foi uma crise de ciúmes.- respondeu corando.- Eu só me preocupo com ela porque...porque ela é minha amiga.
- E você se preocupa com o que exatamente?- perguntou se sentando do outro lado dele.- Acha que as cartas de Krum pra Mione vão sair correndo atrás dela cuspindo fogo? E também não vejo Harry gritando com ela por causa disso, e eles também são amigos.- o menino não respondeu.- Está vendo? Você não me engana. Eu já sei que você gosta dela há séculos. E tenho quase certeza, pelos gritos que tenho ouvido, que ela gosta de você.
O ruivo ficou da cor dos cabelos. Murmurou algo como "Ela não se importa". Harry se espantou, já estava tão habituado às brigas dos amigos que nem tinha percebido que na verdade era porque eles se gostavam, conforme disse o padrinho. Este, por sua vez, começou a rir gostosamente.
- Sabe, nós também achávamos que a Evans não se importava, e olha no que deu...- vendo a expressão de curiosidade de Rony acrescentou:- Lílian Evans,- olhou para Harry.- que virou Lílian Potter depois de casar.
Harry se lembrou do que vira na penseira de Snape, quando sua mãe gritara para seu pai que ele era arrogante e cafajeste, e preferia sair com a lula-gigante do que com ele. Sirius, como se lesse seus pensamentos falou.
- Digamos que naquele dia da lembrança que você viu, Harry, ela estava de bom humor. Às vezes ela azarava ele. Ele não tinha coragem pra azarar ela de volta. E também ele ficava meio lesado quando sua mãe tava por perto...meio que parava de pensar.- sorriu marotamente para Rony e acrescentou.- E ficava com esse mesmo olhar que o nosso amigo fica quando Hermione se aproxima.- ele voltou a corar.
Harry entrou na conversa:
- Sabe, Rony, pelo pouco que eu sei da história dos meus pais minha mãe o odiava, e mesmo sabendo disso ele chamava ela pra sair toda vez que a via. Daí quando ele baixou a bola, como o Sirius diz, ela aceitou.
- E daí?
- E daí?- foi Sirius quem respondeu, pasmo.- Pensa só, a Lily achava o Tiago a pior pessoa do mundo até mais ou menos o sexto ano. O Tiago agia como um babaca total quando ela aparecia. Os dois tavam longe de serem só amigos. Você e a Hermione pelo menos se falam.- Harry ouvindo isso se sentiu estranho. Sabia que os pais não se deram bem durante um bom tempo e só se entenderam depois de muito discutirem, mas se sentiu mal mesmo assim.
- Não, a gente só consegue gritar um com o outro.- respondeu Rony.
- Mas no fundo se gostam, e você sabe disso.
- E como é que foi que ela começou a gostar dele?- Harry perguntou não conseguindo se conter.
- No sétimo ano, quando ele parou de azarar todo mundo e etc... bem, continuou azarando o Ranhoso, mas foi só.
- Ranhoso?- perguntou Rony.
- Eh, o Snape.- (Rony caiu na gargalhada).- Era como a gente o chamava. Mas como eu tava falando: quando aconteceu essa mudança com o Tiago, eu percebi que a Lílian ficava olhando pra ele distraidamente, com o mesmo olhar que a Hermione olha pro Rony às vezes....- (o rapaz corou).- E ela também não conseguia gritar com ele como antes, e quando ele jogava charme pra provocar ela, ela parecia ficar sem palavras, o que era difícil acontecer. Então, com uma idéia brilhante minha, e uma ajudinha do Aluado a gente juntou os dois.
- Mas a Hermione é tão...tão...complicada!- disse Rony.
- Todas elas são...mas tem uma coisa que eu não entendo...você gosta dela há tanto tempo e nunca cria coragem pra convidar ela pra sair...eu não precisava gostar de uma garota pra convidá-la pra sair e não tardava a conseguir o que eu queria.- seus olhos brilharam maliciosamente. Harry se lembrou da lembrança de Snape, da garota sentada atrás do padrinho durante a prova, mirando-o sonhadoramente.- E Tiago mesmo quando não tinha admitido que gostava da Lílian e mesmo sabendo que ia levar uns berros chamava ela sempre que possível.
- É o que vai acontecer se eu chamar ela não é? Levar uns bons berros?- falou olhando para Sirius como se este fosse maluco.
- Rony, me escuta bem.- falou Sirius rispidamente.- A prova viva de que tudo é possível está sentada do seu lado e é seu melhor amigo.- disse indicando Harry.- Você nunca vai saber se Mione sairia com você se nunca perguntar.
- Maluco.- murmurou Rony, se levantando e saindo da cozinha resmungando.
- Sirius?- chamou Harry, pois o padrinho estava perdido em pensamentos.
- Sim?- respondeu "acordando".
- Acho que você está certo quanto a Rony e Hermione.- o padrinho sorriu.- Qual foi sua idéia para juntar meus pais?
- Bem, eu armei uma situação em que eles dois precisaram se esconder juntos no mesmo armário de vassouras, em que só caberia... hum... uma pessoa e meia...
- Só isso?
- Só isso nada! Eu e Aluado tivemos que ficar andando de um lado pro outro no corredor pra eles pensarem que tinha alguém rondando e não poderem sair. Quando percebemos que eles estavam conversando amigavelmente trancamos o armário, subimos para a Torre da Grifinória e esperamos eles voltarem.
- Foi só isso? Um armário de vassouras uniu meus pais?
- Harry, Harry... você é mais inocente do que aparenta ser.- falou brincando.- Se você quer saber qual é a de uma garota, se tranque em um armário de vassouras com ela... eu sei que não é romântico e etc., mas eu precisava de medidas drásticas. E seus pais não foram unidos por um armário, foram unidos pela minha inteligência e conhecimento sobre as mulheres.
- Bem, pelo menos isso funcionou, não é...
- Se funcionou? Funcionar é pouco... trancamos eles depois do jantar e eles voltaram só às quatro da manhã.
- Bom...- disse o garoto lentamente, boquiaberto com o poder de um armário de vassouras particularmente pequeno.- será que é seguro fazer o mesmo com Rony e Hermione?
- Suponho que sim. Se tiver por aqui um lugar do tamanho certo eles não terão espaço pra se agredir fisicamente. E depois dos primeiros gritos eles verão que estam trancados e terão que se entender.
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