O Verdadeiro Harry James Potte



O Verdadeiro Harry James Potter.

Todos estavam frenéticos na sede da ordem da fênix, todos estavam preocupados com uma das pessoas que eles mais amavam naquela casa, ninguém poderia entender porque Harry tinha sumido daquela forma, Gina se recusava terminantemente a ajudar nas buscas, ela poderia sentir o namorado e a forma que ele estava e que ele precisaria de tempo para voltar ao normal, muitas coisas foram ditas, muitas palavras machucaram ele, ele tendeu a esconder as magoas dentro dele e não revelar a ninguém, mas como qualquer bruxo, ele também era humano e quando finalmente Molly descobriu que a pequena filha dela estava dormindo com Harry, ela perdeu completamente os pensamentos e atacou Harry de uma forma pior que os Dursleys sempre fizeram.
Ela disse que o odiou. Todos os Weasleys sabiam que aquela frase não era o que Molly sentia realmente por Harry, ela tinha até mesmo contado a Arthur que estava imaginando a festa de casamento de Harry e Gina, mas a realidade que a pequena princesa dela tinha crescido em uma mulher adorável não era compatível com Molly e a primeira coisa que veio a sua mente foi atacar quem roubou a filha dela.
Gina tinha gritado por horas contra a mãe dela, Hermione se mostrou uma protetora quando realmente gritou também com uma Sra Weasley que ainda encarava o ponto onde Harry tinha a olhado com extrema tristeza e desaparecido em um flash de luz.
Agora todos estavam esperando alguma noticia do menino, Hellen e Sam tinham tentado inúmeras coisas para animar o ambiente, mas nada parecia fazer o truque, Draco e Rony pensavam sobre o amigo enquanto tentavam se distrair com xadrez de bruxo, mas nem isso parecia distrair eles, Luna estava enrolada no colo de Neville, de alguma forma a tensão na casa parecia há afetar um pouco, Molly andava de um lado para o outro na cozinha, geralmente quando estava preocupada ou triste, ela começaria a fazer alguma arte culinária, mas ela não conseguia enfocar, tudo que ela poderia ver era os olhos assombrados daquele menino que ela falou inúmeras vezes que amava como um filho dela. De repente várias pessoas aparataram na casa, Sírius, Arabella, Narcisa, Remo, Severo e Jannet olharam desanimados e se sentaram nas cadeiras e ficaram em silencio, nenhum deles achou uma pista sobre Harry. Do nada, Sírius dá um murro na mesa e fala com a voz um tanto tremida.
-Onde você esta Harry? Por Merlin... Não faça isso com a gente... Eu fracassei com seus pais... Não posso fracassar com você também... –Remo coloca a mão no ombro do amigo e fala calmamente.
-Você não fracassou com ninguém Almofadinhas, muito menos com o Harry... Ele precisa do tempo dele para voltar –nisso Edwiges aparece na janela, ela trazia algumas coisas com ela e depositou na mesa, a coruja olha fixamente para Molly e fala ao que só Gina pode ouvir.
-“Meu pequeno filhote nunca esteve tão machucado... Se eu não estivesse voltando para ele eu teria arranhado você até ver como machucou ele... E ainda se diz mãe dele...” –ela se vira para Gina e fala –“Meu filhote quer que eles vejam o que eu trouxe... Ele quer que sua família entenda” –Gina cabeceia e logo a coruja sai voando deixando na mesa vários artigos.
-O que e isso? –Hermione aponta para uma tigela no meio das coisas, quando ela notou o que era, ela ofegou e quase deixou a “tigela” cair, com um movimento de varinha a penseira se amplia e com outro toque de varinha, uma figura de Harry aparece falando.
-Sei que vocês estão preocupados comigo e entendo que estou parecendo egoísta por sumir assim, sei que alguns vão importunar Gina para contar onde estou, peço que não façam isso, ela não merece pagar pelas minhas “loucuras” –ele manda um sorriso triste para todos e fala –O propósito de mandar a penseira que o professor Dumbledore me deu e algumas memórias, não foram para que vocês tenham pena de mim ou ficassem mais aflitos e tentarem me achar mais, não... Eu mandei para que vocês entendam como sou... Como eu verdadeiramente sou –ele parece se virar para Molly e fala em um tom quase quebrado –Machucou o que você me falou Molly... Muito... Não posso te dizer como sinto agora mesmo... Uma parte de mim queria gritar com você por me machucar... A outra lhe dá razão por eu estar machucando a sua família... Mas eu realmente não posso odiar você, de tantas pessoas nesse quarto, você foi uma das primeiras pessoas a gostar de mim sem vir com aquela idiotice de o menino-que-sobreviveu, mas você me amou como o próprio Harry, as memórias que estão depositadas nos vidros... São da minha infância... Ou se você pode chamar assim... Coisas que nem mesmo Rony e Mione sabem... Eu peço que vocês não julguem minha tia pelos atos dela, eu vim a perceber que ela realmente me amou e me protegeu, enquanto meu tio e meu primo gostavam de me machucar... Novamente, não quero a pena de vocês, não quero que vocês se sintam arrependidos pela infância que eu tive, mas que apenas entendam o porquê eu dou tanto valor para vocês – ele se vira para onde Gina estava e ele fala – Eu vou sempre te amar Gina... Até alguns dias – a figura some e logo eles encaravam uns aos outros sem saber o que fazer, todos ali sabiam que Harry não gostava de falar da infância, mas vivenciar ela não era algo que eles tinham planejado, de repente todos se surpreendem ao que Hellen pega um dos vidros e despeja o conteúdo na penseira e fala.
-Eu não sei de vocês, mas eu vou conhecer meu primo –os outros acenam e logo os amigos de Harry, todos os Weasleys (menos Percy), os marotos e as mulheres, Severo e Jannet, Minerva e Alvo que tinham acabado de chegar e ouviram a explicação, entraram na primeira memória de Harry.
Todos ficam sem entender onde estavam era um lugar escuro, apertado e de alguma forma um tanto triste, no começo eles achavam que estavam em alguma sala de estar vazia, como as coisas pareciam se ampliar, mas quando eles olham para a cama eles vêem um pequeno Harry dormindo, algumas lágrimas já secas em seu rosto, ele tentava mexer um dos braços, mas parecia não querer funcionar em seu próprio, os adultos logo entenderam o porque. O braço dele estava quebrado. De repente aqueles olhos verdes abrem e todos notam a inocência quebrada dentro deles, não era algo que uma criança de cinco anos deveria ter, Molly queria desesperadamente segurar o menino em seus braços, mas aquilo era uma memória e ela enterra a face no peito de Arthur que olhava em choque para aquela cena.
O pequeno Harry parece se ajoelhar e fala com uma voz minúscula.
-Papai do céu, eu ouvi alguns meninos na minha sala que falaram que se eu pedir para o senhor, o senhor pode realizar um pedido se feito de coração... Eu desejo... Eu desejo estar com meus pais... Meus tios não gostam de mim... E eu não entendo... Eles falam que eu não sou normal... Que eu deveria ser um menino bom... Mas quando eu faço algo melhor que Duda, eles me batem... Eu pensei que se eu fosse para meu papai e minha mamãe eles ficariam felizes... Mas minha tia me falou que eles morreram... Será que eu não posso ir ver eles? Eu juro que serei um bom menino... –mas de repente uma porta se abre e um homem volumoso com uma carranca fala em tom bravo.
-Acorde fedelho insolente, você tem tarefas a fazer, vamos logo antes que você não possa mais sair dessa cama –o pequeno Harry salta e logo os adultos e crianças puderam ver o “trabalho” que ele era determinado, quase todos notaram que eles saíram do armário debaixo da escadas.
Mesmo com o braço quebrado o pequeno fazia a faxina descentemente, ele não ousava desafiar ninguém tinha aprendido desde cedo a não dizer não para seus tios e primo, embora ele pudesse resistir ao primo dele, ele sabia que só levaria a mais surras depois.
Válter tinha voltado para casa e viu que o menino não tinha feito o gramado como ele mandou e o puxa pelo braço machucado.
-O que esta pensando seu anormal? Está tão preguiçoso que não vai cumprir tudo que eu mando? Vá para seu armário, sem jantar – ele puxa o menino até o armário e o joga como se fosse um pedaço de pano sujo, o pequeno senta no colchão e volta a sua prece de antes.
-Por favor, senhor... Me leva para meus pais... – o mundo girou e logo eles são mandados para fora da penseira, Hermione chorava abertamente nos braços de Rony, muitas vezes ela ouviu Harry se queixar dos tios dele, mas ela não acreditava em tudo que ele falava, achava que ele só não gostava dos tios, vendo o menino em dor, a família o desprezando assim tão friamente, ela só poderia imaginar como ele não ficou como Voldemort.
As únicas pessoas que pareciam um tanto calmas naquela bagunça eram Alvo e Gina, os dois já tinham presenciado as memórias de Harry, Gina tinha vivenciado mais que isso, ela foi submetida aos sentimentos de Harry em cada momento.
Alguns dos adultos queriam sair para assassinar o tio de Harry, algumas como Molly, Minerva e Arabella, pareciam estar em choque, Sam e Hellen ainda choravam, mas as duas olharam com determinação e pegaram a próxima garrafa e despejaram o conteúdo na penseira, os outros encaravam elas como se tivessem duas cabeças, Hellen tenta manter a voz firme enquanto se abraçava a Draco.
-O Harry quer que vejamos tudo... E vou fazer isso –e sem aviso, ela e Draco entram na penseira, logo o grupo se une aos dois adolescentes.
Eles estavam em uma sala de aula trouxa, todos olhavam curiosamente para tudo que estava ali, Hermione tentava explicar algumas coisas quando a professora deu para Harry uma prova onde tinha uma nota dez, Hermione olha pelo ombro do pequeno menino de sete anos e quase deixa um gritinho de excitação sair quando ela vê que era quase o mesmo exame que ela tinha feito na mesma idade e mesmo sendo inteligente ela tinha tirado oito naquela prova, os outros ficam um tempo vendo o pequeno Harry, mas o olhar dele não era de felicidade, era de medo.
Harry olha para Duda, ele tinha uma nota quatro na prova dele, Duda olha atravessado para Harry e este sabia que estava encrencado.
-Aquele porco miserável –Gina fala ferozmente, era uma das memórias que a revoltava sempre que ela via, Duda bateu em Harry por ter tirado uma nota maior, Harry não deixa uma lágrima cair enquanto e espancado, mas ele sai correndo e os portões da escola voam abertos ao que Harry corre para a rua e não vê o carro vindo.
-HARRY NÃÃÃÃÃOOOOO –Molly grita ao ver a cena, mas tudo tinha ido preto, mas eles não saíram da penseira, Gina sabia que esta memória tinha mais, algum tempo depois eles se vêem em uma enfermaria, eles todos se viram para achar Harry coberto de ataduras, uma enfermeira entra e fala que teria que aplicar algo nele, até mesmo os adultos vacilaram quando viram a agulha perfurar o braço do menino, eles falavam algo sobre bárbaros que machucam mais que curam, Hermione tentava explicar para eles como era uma injeção quando a voz de Harry faz todos se calarem.
-Por que eu não morri? Por que eu não posso para ir vocês... Mãe... Pai? –novamente eles são lançados para fora da penseira e Minerva fala.
-Então e por isso que ele se prende tanto –ao ver o olhar de todos, ela explica –eu sempre notei o trabalho do senhor Potter, no começo eu não entendia como ele não pudesse fazer alguns feitiços, como os pais deles eram impressionantes em magia, vendo a cena do primo dele o tiranizando por ter uma nota maior, eu vejo o medo dele de ter notas maiores –ele se vira para Hermione –Um dia eu o segui em minha forma de gato, ele ainda não sabia que era eu, ele entrou em uma sala e fez a maioria dos feitiços que tinha no livro do primeiro ano, mas quando voltamos na sala, ele parecia se prender –todos cabeceiam ao que Hermione dá um sorriso fraco, apenas Harry mesmo para fazer algo assim. Hellen já tinha colocado a próxima memória, e foi assim que eles passaram as próximas horas, eles viram Harry sendo abusado física e mentalmente pelos tios e primo dele, os adultos poderiam ver o que Harry quis dizer com a tia dele, mesmo que imperceptível, se poderia ver que ela tentava proteger o pequeno Harry, algumas lembranças eles sorriram ao ver o pequeno com uma amiga afinal, Olívia, mas eles viram com pesar quando o menino teve que se despedir da amiga. Porque os pais dela foram influenciados pelos Dursleys que Harry não era uma boa companhia para ela, algumas lembranças que apareçam no final eram das que ele freqüentava Hogwarts, a primeira era quando ele achou os Weasleys, a amizade dele com Rony e Mione, a forma que o trio passou pelos obstáculos que cercavam a pedra filosofal e Harry enfrentando Quirrel, a próxima memória, antes que eles pudessem entrar a figura de Harry aparece novamente e fala para Gina.
-Amor... A próxima memória e sobre a câmara, se você não quiser ver isso eu vou compreender, pois eu queria estar ao seu lado para ver esta memória... Mas sabendo como eu sei como você é, deve de estar fazendo carranca para a minha imagem com o pensamento de “ele acha que eu não posso enfrentar uma memória?” você sabe como eu penso sobre você, mas se você quer ver pode entrar –antes que a figura sumisse, ele ainda fala –eu te amo –e logo eles entram na memória.
Todos olharam para o que se passou naquele ano, os rumores sobre Harry sendo o herdeiro da Sonserina ao que Draco suspirou e falou que uma parte do boato foi ele quem começou, os ataques das outras casas contra ele, as lições com Lockhart, ao que Dumbledore fala para Remo o porque das crianças adorarem ele como professor, mas a verdadeira memória começou quando Harry e Rony viram a mensagem sobre Gina, ninguém notou, mas Harry parecia mais alarmado e bravo do que Rony se lembrava, quando eles viram Lockhart tentando fugir, muitos olharam em afronta para aquele pervertido covarde.
Logo eles chegam na câmara, todos estavam em silencio quando eles ouviram Harry assoviar para a pia e ela se abrir, eles entram e caminham com os outros, quando Lockhart tenta o feitiço que não dá certo, eles se vêem presos com Harry que abre a porta, assim que começa a briga, Arabella encara o Harry de doze anos enfrentando um basilísco enorme com apenas Fawkes como ajuda e o chapéu de escolha.
-Meu afilhado enfrentou aquele monstro sozinho? PELO AMOR DE MERLIN... OLHA O TAMANHO DAQUELA COISA –ela aponta para a cobra que tinha acabado de ficar cega e tentava achar Harry pelo cheiro, Gina dá um sorriso triste e fala.
-Não e bem um dragão, mas pelo menos ele salvou a donzela em perigo – ela aponta para a Gina de onze anos deitada no chão com a vida sendo sugada por aquele monstro, os olhos dela escurecem quando vêem Tom, aquele maldito tinha roubado a inocência dela, tudo que ela pensava para a vida quase esmagados por aquele monstro, mas logo ela se vira ao ouvir todos ofegando, Harry tinha tirado a espada de Gryffindor do chapéu e finca no céu da boca da serpente, com uma força acima de um menino de doze anos, ele perfura o cérebro da serpente que cai morta, mas não antes de deixar um dente no braço de Harry, o veneno estava se espalhando rápido, ele viu Tom rir dele, mas o riso morreu quando Harry cravou o dente do basilísco no diário e Tom gritou em agonia antes de explodir em fagulhas de magia que foram absorvidas por Gina.
Harry não se importou se estava morrendo, apenas falou para Gina ir para fora e achar Rony, Fawkes veio até ele e começou a cantar, Harry sorri fracamente para ele e fechou os olhos esperando a morte, mas logo ele sentiu o braço se curando e sorri para Fawkes.
-Obrigado Fawkes –as próximas memórias foram passando rapidamente, o terceiro ano foi uma mistura de medo e alegria por causa de Sírius, o quarto ano, Harry sofreu nas mãos do destino novamente e ele teve que enfrentar seu pior medo renascido na sua frente, muitas memórias foram se passando, mas o que todos notaram eram os olhos de Harry.
-Como eu não percebi este olhar antes? –Hermione olha chocada ao ver Harry olhando para Gina, não era apenas algumas vezes, mas desde a memória depois da câmara, eles viram Harry encarando Gina e conseguindo disfarçar antes que ela pudesse perceber.
-Harry me contou uns dias atrás que ele sempre me observou... Mas que não entendia o que sentia, então ele tentava não penar e apenas cuidar de mim a distancia –ela bufa ao que todos sorriem –aquele cabeçudo nobre achou que ele perderia todos nós se por algum motivo nos terminássemos –ela balança a cabeça e apenas se senta na cadeira quando eles saem da penseira –Ele ainda precisa ser lembrado que amor não se perde tão facilmente –de repente uma voz fala atrás dela.
-Quando se teve pouco amor no mundo, a gente tende a guardar todos que recebe no coração e não acredita quando existe um amor maior que pode ser maior que este que carregamos –todos se viram e vêem Harry, ele estava completamente exausto, parecia que tinha corrido a floresta proibida inteira e saído na briga com o salgueiro lutador, ele se senta ao lado de Gina e fala –Mas você tem me ensinado... E eu agradeço todos os dias por ter você na minha vida –ele pode ver Molly se aproximando dele e endurece um pouco, Gina coloca os braços em volta dele e o faz se levantar, ela encara a mãe dela e fala.
-O tempo para desculpas vai ter que esperar, agora mesmo meu noivo precisa de um banho, de alguém para ver estes corte e um bom descanso e vou garantir isso para ele –ela se vira para todos e fala mortalmente fria –E ninguém vai entrar naquele quarto até amanhã quando eu ACHAR que esta bem para ele –todos cabeceiam e ela ajuda Harry a se orientar para o quarto dele, mas antes ele se vira para os amigos e fala.
-Sei que guardei muitas coisas de vocês, algumas coisas doem para eu falar... Mas assim que eu estiver pronto... Vocês vão ser os primeiros a saberem –ele se vira para o diretor e sorri fracamente –Bem vindo ao meu mundo –e Gina o conduz para o quarto.
Todos estavam sentados encarando Harry como se fosse a primeira vez que eles o viam, mas se for pensar por um momento, aquela foi a primeira vez que eles conheceram o verdadeiro Harry James Potter.

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