Feridas do coração.



Feridas do coração.

Harry e Gina estava dormindo abraçados no quarto dela na sede da ordem, uma velha casa que tinha pertencido aos Potters por gerações e sempre foi considerada o centro de operações quando ocorria uma guerra, mas aquela manhã todos foram despertados aos gritos de uma mulher.
Molly Weasley estava andando sobre muita pressão desde que a guerra começara, seus filhos estavam assumindo papeis importantes e até mesmo seus filhos postiços estavam caçando aqueles homens cruéis que seguiam aquele monstro, ela tentava se manter ocupada cuidando da sede da ordem, mas em uma casa como aquela existia pouca coisa que se poderia fazer, então de madrugada, ela vagava pelos corredores para conferir todas as crianças e pessoas que foram se refugiar ali, mas quando ela abre o quarto de Gina, ela leva um choque.
Embora soubesse que sua filha dormia com o namorado, Molly sempre tentou guardar a imagem da filha inocente dela, a mesma menina inocentes antes de ser tocada pelo mal de Tom Riddle pelo diário no primeiro ano dela, mas ao ver a pequena filha dela dormindo abraçada ao namorado daquela forma, o sangue daquela ruiva sobe e ela grita.
-O QUE VOCÊS DOIS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO? –em um momento, Molly não via mais Harry, o menino doce que ela amava como um filho, naquele quarto estava um daqueles pervertidos que tinha levado a inocência de sua filha no primeiro ano e com um movimento rápido ela saca a varinha e joga Harry para o outro lado do quarto.
-MÃE... PARÁ... O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO? –mas Molly não escutava, ela lança Harry mais uma vez em uma das paredes e depois para fora do quarto enquanto murmurava.
-Eu lhe dei um quarto em minha casa... Lhe dei comida e te tratei como se fosse meu... E como você me retribui? Você abusa da inocência de minha filha... EU NÃO VOU PERMITIR MAIS ISSO... –Ela lança mais um feitiço ao que Harry se desvia, conhecia o feitiço e sabia que poderia se machucar bem, ele encara Molly e fala.
-Molly... O que... –Mas ela lança outro feitiço que pega no tórax dele o mandando rolando os degraus, Gina gritava escandalosamente e os outros tentavam chegar rapidamente lá.
-NUNCA MAIS ME CHAME DE MOLLY... APENAS AQUELES QUE EU CONFIO E AMO EU PERMITO CHAMAR... VOCÊ ABUSOU DA MINHA FILHINHA POTTER... EU TE ODEIO... –Antes mesmo que ela pudesse falar algo, ela recebe um tapa na cara, ela vira seus olhos assassinos para encontra a própria filha a encarando com ódio profundo, Gina tenta caminhar para Harry, mas ela não dá dois passos quando sente uma barreira se formar entre eles, ela encara a mãe com mais raiva e começa a falar suavemente para Harry.
-Harry... Amor... Mamãe não falou de coração... Ela o ama como nós... Não faça... –Mas a atenção dele não estava em Gina, ele encarava Molly por um longo tempo, ele sempre foi acostumado a ouvir as pessoas dizendo que o odiava, até mesmo levou tempo para ele se curar quando os próprios amigos o machucaram, mas ouvir Molly dizendo isso, a mulher que tinha o confortado depois dos pesadelos dele, a mulher que constantemente falava que o amava como um dos dela, a mulher que sempre dizia que sua casa estava aberta para ele e agora o encarava com aquele olhar gélido, Harry sentia como se as feridas que nunca tinham sido cicatrizadas em seu coração se abrissem novamente, ele encara Gina que chorava para ele, seus amigos que tentavam falar com ele, todos que o amavam e seus olhos se voltam para Molly que falava raivosamente com Arthur, mas antes que qualquer um dissesse algo, ele fala com uma voz carregada de magoa e tristeza.
-Me perdoe... –e com um flash de luz ele tinha sumido, todos começam a se desesperar, Molly tinha um olhar estranho na face, mas logo sua voz fria diz.
-Desejo que ele nunca tivesse entrado na nossa vida... –mau estas palavras saíram de sua boca e ela sente o rosto queimar novamente de dor, mas dessa vez quem lhe esbofeteia e Rony.
-Como... Como você ousa? –a voz do próprio filho parecia gélida para Molly, mas nem mesmo a expressão fria do filho a surpreendia, ele tinha batido nela, Molly estava para falar algo quando Rony fala de forma irritada –SE CALE –Arthur se aproxima do filho e fala.
-Isso não são modos de você falar com a sua mãe Ronald –mas o menino se vira para seu pai e fala com a mesma voz fria.
-Ela precisa escutar umas verdades e tem que ser agora –quando sua mãe estava para falar algo, um estouro de magia sai das mãos de Rony e prendem Molly em uma cadeira a deixando muda, todos encaram chocados Rony, ele chama uma cadeira e se senta em frente a ela, os dois se encararam por longos tempos antes dele falar –qual e o seu problema? Você sempre soube que Harry e Gina se amam... Sabe muito bem que os dois vem dormindo juntos faz meses e nunca disse nada, agora do nada você acorda metade da mansão e ataca Harry por estar dormindo com Gina? QUAL E O SEU PROBLEMA? –Molly estremece diante do grito do filho, Arthur tentou intervir, mas até mesmo Gui e Carlinhos o seguram, sabiam que o único com cabeça para resolver os problemas com Molly sem a amaldiçoar era Rony –Você mesma viu o Harry fazer o impossível para fazer a Gina e a todos nos seguros, você viu o que ele foi capaz de enfrentar apenas porque seqüestraram Gina... Merlin, que se eu for contar completamente tudo que Harry fez por nós, eu ficaria dias aqui falando para você... Mas agora você o trata como um comensal da morte e o espanca por nada, o amaldiçoa e o joga de uma escada para no fim dizer que o odeia sendo que ele ainda esta se curando do ataque que os comensais usaram a gente –ele aponta para as meninas e Neville e Draco –para o machucar da pior forma possível e você faz o mesmo? Nós tivemos uma razão de sermos cruéis com ele, uma maldita poção que um comensal usou em nós para o odiar, mas é você? Você o feriu porque não agüenta a pressão, não consegue lutar, acha que não tem nada de útil para fazer e machuca aqueles que estão a sua volta? –Nisso Arthur se afasta dos outros filhos e fala bravo.
-Agora chega Ronald, você esta passando dos limites –Mas nisso Rony o encara friamente.
-Estou mentindo de qualquer forma? Tudo que disse e a mais pura verdade, ela se sente uma inútil nessa guerra e começa a esquadrinhar qualquer coisa para não fixar sua mente que os filhos estão fazendo algo para parar esta guerra, então ela começa a ter idéias mirabolantes sobre como nos comportamos e começa a ter idéias idiotas sobre o que fazer, sabe de uma coisa? Ela não e diferente do Harry –Rony vira sua atenção para a mãe que estava em choque completo, no começo Rony pensou que alguém o pararia, mas agora mesmo ele tinha sentindo a forma que o amigo foi machucado e tinha que falar –Você sabia que Harry não tinha planos para o futuro? Sabia que noite após noite ele passou pensando que deveria se afastar de todos por que Voldemort o persegue? Ele te contou que ele quase se separou com a Gina e queria se afastar dos amigos por que achava que era perigoso para nos? ELE TE CONTOU ISSO? –Molly bajula mais pelas acusações do filho do que o grito, Rony respira fundo e diz em uma voz cansada –Noite após noite ele ficou acordado tentando achar uma forma de parar esta guerra porque dissemos a ele que não importa o quanto ele vá tentar nos afastar, que não vamos deixar ele... Quando ele começou a ter estas visões de ataques de comensais, ele não esperou duas vezes antes de sumir e salvar estas pessoas, mesmo que custasse a própria maldita vida dele... Ele nos trouxe para cá no mesmo instante que descobriu que tentariam atacar a Toca e foi lá proteger ela como uma tumba de faraós, isso tudo sem contar a qualquer um o que estava acontecendo... Ele fez de tudo para salvar os nossos pertences... Em especial aquele seu relógio que você cisma em andar para cima e para baixo... Sabe o que ele me contou quando chegou com tudo nas mãos e em especial aquele relógio que você tanto carrega? –ele pergunta sarcasticamente ao que Molly apenas nega, nem mesmo tentando forçar sua voz a sair, não conseguia falar diante de tudo que escutava –Ele me falou que a primeira coisa que ele pensaria em salvar se ele não conseguisse salvar a Toca era aquele maldito relógio... Ele me falou que você tinha um carinho especial pelo relógio e que nem que a Toca estivesse em chamas e caindo sobre ele... Que ele faria de tudo para salvar aquele relógio para você... POIS ELE AMA VOCÊ –Rony respira fundo e começa a sair, mas antes ele suspira e fala –Você esta pressionada pela guerra, assim como todos nos, mas Harry acha que cada pessoa ferida, cada pessoa morta, cada coisa ruim que acontece e culpa dele... Gina precisa o consolar sempre que ele abre o profeta diário e vê uma morte que ele não pode salvar... A única coisa que posso te falar e ter paciência, pois eu sei como ele esta ferido... Eu mesmo já causei esta dor nele e sei que demorará para ele perdoar você pelo que disse... Mas ele e o Harry... Até mesmo quando ele não acredita... Ele tem fé nas pessoas a volta dele –ele sobe as escadas enquanto Molly encarava a mancha onde Harry tinha sumido, aqueles olhos verdes demonstrando tanta solidão, tanta tristeza, de repente tudo que seu filho diz enfim toca sua alma e ela começa a chorar desesperadamente, Arthur se aproxima da esposa para a consolar, Gina tinha fechado os olhos e tentava se comunicar com Harry, mas este corria pela floresta proibida na forma de Grifo, deixando sair toda a sua angustia, ela tentava lhe mandar carinho e conforto para que ele não caísse no abismo que tinha ido ano passado.
Mas Gina entendia os sentimentos que vinham dele, queria ficar só, Os marotos e suas esposas tentavam lhe perguntar onde ele estava para ir atrás dele, mas ela recusava, Harry precisava voltar sozinho, ela encara sua mãe que ainda chorava e enfurecida começa a gritar com ela, Hermione tinha se unido assim como Samantha e Hellen, as meninas ficaram altercando sobre tudo que Harry tinha feito e o como ele a amava como sua própria mãe e agora ela o machucava, foi preciso a presença de Dumbledore para que elas não atacassem Molly violentamente.
Depois de horas, os marotos tinham desistido das buscas, Harry sabia se esconder e a fúria dele ajudava a mascaras seus rastros, as meninas estavam em um canto junto com os meninos que tentavam confortar Gina, Molly olhava para sua pequena filha, seu filho que já era quase um adulto e todos que a olhavam friamente, ela volta a soluçar ao ver onde Harry tinha desaparecido, aquelas palavras tinham saído em sua raiva, agora mesmo ela sentia como se morresse a cada momento, Edwiges trouxe a penseira com as lembranças de Harry, todos vacilam em ver o que Harry escondia, Gina encarava a penseira com tristeza, sabia o que se escondia no namorado.
Cada memória foi como uma faca no coração de Molly, aquilo não era uma infância, era uma tortura de um ser inocente que não entendia o que fazia de mau, ela sentia o sangue ferver ao perceber os sorrisos maliciosos de Valter e Duda Dursleys, aqueles homens eram doentes, tinham prazer em machucar um garoto tão gentil como Harry, foi então que a bateu.
Ela tinha feito pior.
Molly se forçou a ver as outras memórias, não importa o quanto o coração dela se partia ao ver cada memória do menino sofrendo, quando ela vê a câmara secreta, ela sente o sangue gelar, o menino estava morrendo e mesmo assim mandava sua pequena filha de volta e em segurança, Arthur a abraça novamente, mas nem mesmo o conforto dele trazia consolo para seu coração, ela tinha machucado aquele menino que ela dizia amar, lágrimas grossas caiam de seus olhos ao ver cada memória passando.
-O que foi que eu fiz? –ela sussurra para seu marido que a abraça mais, Arthur estava com um emaranhado de emoções, ele mesmo tinha dado consentimento para Harry e Gina dormirem juntos, não gostava muito daquilo, principalmente se era sua pequena filhinha, mas vendo o que eles tiveram que passar em uma idade tão jovem, ele entendia o porque os dois tiravam conforto um do outro.
Quando as memórias acabam e eles se vêem de frente ao próprio Harry, Molly queria o abraçar fortemente e pedir perdão, mas o olhar de Gina deixava claro que ninguém tocaria nele hoje, os dois sobem e Molly coloca suas mãos em seu rosto abafando um novo choro que a acolheu, todos foram para seus quartos, Arthur permaneceu com ela em silencio, seu braço de volta dela a confortando calmamente.
Tudo que Molly mais queria era que o pequeno menino que ela ajudou uma vez a achar a plataforma 9 ¾, pudesse a perdoar algum dia, no quarto de Gina, esta tinha lavado e curado os machucados do namorado e sussurrava calmamente para ele, mas os pensamentos dele estavam em Molly, ele poderia sentir o que ela sentia, queria a perdoar, mas o que ela falou o machucou, Gina encara o namorado e fala.
-O dia de perdoar vai chegar amor... E vocês dois vão se amar ainda mais –ele se abraça a ela e deseja do fundo do coração que aquelas feridas de seu coração nunca mais o machucassem daquela forma.

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