CAPITULO 12 - VIGÍLIA DE MORTE



CAPITULO 12 - VIGÍLIA DE MORTE

Sonhos perturbavam a mente de Harry, reproduzindo-se e vivendo segundo suas próprias leis. Ele observava um grupo de pessoas, montadas em cavalos pomposos, que se aproximavam de um rio solitário. Muitas tinham cabelos prateados e portavam grandes lanças. Um navio belo e estranho esperava por elas, sob o luar. As figuras embarcaram lentamente no navio, e duas delas, mais altas do que as outras, andavam de braços dados. Seus rostos estavam encobertos por capuzes, mas ele podia distinguir que uma delas era uma mulher. Ficaram em pé no convés do navio e olharam para a terra. Um homem estava sozinho em uma praia coberta de cascalhos, o único que não embarcou no navio. Jogou a cabeça para trás e soltou um longo grito de dor. Conforme ficava mais fraco, o navio descia o rio, sem brisa ou sem a ajuda dos remos, indo em direção à terra plana e vazia. A visão ficou embaçada, mas pouco antes de desaparecer, Harry viu de relance dois dragões no céu.
Harry percebeu os rangidos pela primeira vez: para a frente e para trás, para a frente e para trás. O som persistente o fez abrir os olhos e ver a parte de baixo de um telhado feito com finas telhas de madeira. Um cobertor pesado estava sobre ele, escondendo sua nudez. Alguém colocou ataduras em suas pernas e um pedaço de pano limpo em volta das articulações dos seus dedos.
Ele encontrava-se em uma cabana de um cômodo. Um pilão estava em uma mesa com tigelas e plantas. Fileiras de ervas secas pendiam nas paredes e enchiam o ar com fortes aromas naturais. Chamas crepitavam dentro de uma lareira, na frente da qual estava sentada uma mulher rotunda em uma cadeira de balanço de vime - a curandeira da cidade, Gertrude. A cabeça dela estava caída para a frente; seus olhos, fechados. Um par de agulhas de tricô e uma bola de linha de lã repousavam em seu colo.
Embora sentindo-se muito enfraquecido, Harry conseguiu sentar-se. Isso o ajudou a clarear os pensamentos.. Repassou as lembranças dos últimos dois dias. Seu primeiro pensamento foi sobre Garrow, o segundo sobre Saphira. Espero que ela esteja em um lugar seguro. Tentou contatá-la, mas não conseguiu. Onde quer que ela estivesse, era longe do Carvahall. Pelo menos, James me trouxe até o Carvahall. O que será que aconteceu com ele? Havia todo aquele sangue.
Gertrude se mexeu e abriu seus olhos brilhantes.
- Oh! - disse ela. - Você acordou. Que bom! - Sua voz era forte e aconchegante. - Como você está se sentindo?
- Estou bem. Onde está Garrow?
Gertrude arrastou a sua cadeira para perto da cama.
- Está na casa de Horst. Não havia espaço suficiente para vocês dois aqui. E, devo admitir, isso tem me deixado bem ocupada, indo para lá e para cá, vendo se vocês dois estão bem.
Harry deixou o medo de lado e perguntou:
- Como ele está?
Houve uma longa pausa enquanto ela examinava as mãos.
- Não está bem. Ele tem uma febre que se recusa a ceder, e as feridas não estão secando.
- Eu preciso vê-lo. - Harry tentou levantar-se.
- Só depois de comer. - disse com firmeza, empurrando-o para baixo. - Não gastei esse tempo todo, ficando sentada ao seu lado, para que você se levante e se machuque por aí. Metade da pele das suas pernas foi arrancada, e a sua febre só cedeu ontem à noite. Não se preocupe com Garrow. Ele ficará bem. Ele é um homem forte. - Gertrude pendurou uma chaleira acima do fogo e começou a picar cenouras para a sopa.
- Há quanto tempo estou aqui?
- Há dois dias inteiros.
Dois dias! Isso significava que sua última refeição foi há quatro manhãs! Só de pensar nisso, Harry sentiu-se fraco. Saphira está sozinha esse tempo todo. Espero que ela esteja bem.
- A cidade inteira quer saber o que aconteceu. Eles mandaram homens até a sua fazenda e a viram destruída. - Harry concordou com a cabeça; “já esperava isso”. - O seu galpão foi queimado... Foi assim que Garrow se feriu?
- Eu... Eu não sei. - disse Harry. - Não estava lá quando tudo aconteceu.
- Bem, não importa. Sei que tudo vai se resolver. - Gertrude voltou a tricotar enquanto esperava a sopa ferver. - Você tem uma bela cicatriz na palma da sua mão.
Ele, por reflexo, fechou o punho.
- Tenho.
- Como você a arranjou?
Várias respostas possíveis vieram à sua mente, mas ele escolheu a mais simples:
- Eu a tenho desde que nasci. Nunca perguntei ao Garrow como ela apareceu.
- Humm. - O silêncio não foi quebrado até a sopa começar a ferver. Gertrude colocou-a em uma tigela e passou-a para Harry, junto com uma colher. Ele aceitou-a agradecido e provou-a com cuidado. Estava deliciosa.
Quando terminou, ele perguntou:
- Posso visitar Garrow agora?
Gertrude suspirou.
- Você é um rapaz bem determinado, não é? Bem, se você quer ir de verdade, não vou impedi-lo. Vista as roupas, e nós iremos.
Ela ficou de costas enquanto ele lutava para vestir a calça, se contraindo quando a roupa se arrastava em cima das ataduras. E, depois, vestiu a camisa. Gertrude ajudou-o a ficar em pé. Suas pernas estavam fracas, mas já não doíam tanto quanto antes.
- Dê alguns passos. - ordenou ela e, depois, falou friamente: - Pelo menos você não terá de ir rastejando até lá.
Do lado de fora, um vento forte soprou a fumaça das casas vizinhas nos seus rostos. Nuvens de tempestade escondiam a Espinha e cobriam todo o vale enquanto uma cortina de neve avançava na direção do vilarejo, escurecendo a região montanhosa. Harry apoiava-se pesadamente em Gertrude à medida que eles atravessavam o Carvahall.
Horst construiu sua casa de dois andares em uma colina para poder apreciar a vista das montanhas. Empregou nela toda a habilidade que tinha. O telhado feito de lascas de pedra de xisto encobria uma varanda cercada, que se estendia a partir de uma janela alta no segundo andar. Em cada uma das saídas do escoamento de água havia uma gárgula zangada. E todas as janelas e portas eram enfeitadas com entalhes de serpentes, cervos, corvos e videiras torcidas.
A porta foi aberta por Elain, a esposa de Horst, que era uma mulher pequena e magrinha, com feições refinadas e com os sedosos cabelos louros presos em um coque.
Seu vestido era discreto e elegante, e seus movimentos graciosos.
- Por favor, entrem. - disse baixinho. Eles atravessaram o portal e entraram em uma grande sala bem iluminada. Uma escada, que tinha um corrimão polido, ziguezagueava até o chão. As paredes tinham a cor do mel. Elain deu um sorriso triste para Harry, mas se dirigiu a Gertrude:
- Eu já ia mandar chamá-la. Ele não está nada bem. Você devia vê-lo imediatamente.
- Elain, você terá de ajudar Harry a subir a escada. - disse Gertrude e subiu correndo, dois degraus de cada vez.
- Está tudo bem. Consigo subir sozinho.
- Tem certeza? - perguntou Elain. Ele concordou com a cabeça, mas ela olhou para ele desconfiada. - Bem... Quando terminar, desça e vá falar comigo na cozinha. Fiz uma torta fresquinha que acho que você vai gostar. - Assim que ela saiu, ele se jogou contra a parede, agradecendo ter conseguido aquele apoio. Depois, começou a subir a escada, um doloroso passo por vez. Quando chegou ao topo, contemplou um corredor comprido pontilhado por várias portas. A última estava levemente aberta. Respirando fundo, moveu-se com dificuldade até ela.
Hermione estava ao lado de uma lareira, fervendo panos. Ela levantou o olhar, sussurrou uma condolência e voltou a trabalhar. Gertrude estava ao lado dela, moendo ervas para fazer um curativo. Um balde a seus pés continha neve que se derretia, virando água gelada.
Garrow estava deitado em uma cama, embaixo de uma pilha alta de cobertores. O suor cobria sua testa, e seus olhos agitavam-se cegamente embaixo de suas pálpebras. A pele do rosto estava contraída como a de um cadáver. Estava imóvel, salvo os suaves tremores de sua leve respiração. Harry tocou a testa do tio com uma sensação de irrealidade. Ela queimava contra a mão dele. Apreensivo, levantou os cobertores e viu que as várias feridas de Garrow estavam cobertas com pedaços de pano. As queimaduras das quais as ataduras estavam sendo trocadas estavam expostas ao ar. Elas não tinham começado a sarar. Harry olhou para Gertrude com uma expressão desesperançada.
- Você não pode fazer nada acerca dessas feridas?
Ela apertou um pano dentro do balde de água gelada e, depois, colocou o pano frio em cima da cabeça de Garrow.
- Eu já tentei tudo: pomadas, cataplasmas, tinturas, mas nada adianta. Se as feridas fechassem, ele teria uma chance muito melhor. Mas ainda assim, as coisas podem melhorar. Ele é vigoroso e forte.
Harry chegou para o canto e se agachou no chão. As coisas não deviam ter acontecido assim! O silêncio engoliu seus pensamentos. Ele olhava admirado para a cama. Depois de um tempo, notou Hermione ajoelhada ao seu lado. Ela pôs o braço em volta dele. Como ele não respondeu, saiu envergonhada.
Algum tempo depois, a porta abriu, e Horst entrou. Ele falou baixinho com Gertrude e se aproximou de Harry.
- Vamos. Você precisa sair daqui. - Antes que Harry pudesse protestar, Horst puxou-o, colocando-o de pé, e conduziu-o porta afora.
- Eu quero ficar. - reclamou.
- Você precisa de descanso e de ar fresco. Não se preocupe, poderá voltar logo. - consolou-o Horst.
Harry, relutante, deixou que o ferreiro o ajudasse a descer até a cozinha. O aroma inebriante de meia dúzia de pratos - ricos em temperos e ervas - enchia o ar. Albriech e Baldor estavam lá, falando com a mãe enquanto ela misturava a massa do pão. Os irmãos ficaram em silêncio quando viram Harry, mas ele conseguiu ouvir o suficiente para notar que falavam sobre Garrow.
- Venha, sente-se. - disse Horst, oferecendo uma cadeira.
Harry jogou-se nela agradecido.
- Obrigado. - Suas mãos tremiam levemente, então ele as fechou com força em cima do colo. Um prato, com uma pilha de comida, foi posto na sua frente.
- Você não precisa comer. - disse Elain. - Mas a comida está aí, caso queira. - Ela voltou a cozinhar enquanto ele pegava um garfo. Harry mal conseguiu engolir umas poucas garfadas.
- Como você está se sentindo? - perguntou Horst.
- Horrível.
O ferreiro esperou por um momento.
- Sei que esta não é a melhor hora, mas nós precisamos saber... o que aconteceu?
- Eu não me lembro.
- Harry. - começou Horst, inclinando-se para a frente - Eu sou uma das pessoas que foram até a sua fazenda. A sua casa não desabou simplesmente, alguma coisa a fez em pedaços. Em volta dela havia pegadas de uma fera gigante que eu nunca vi ou ouvi antes. Outras pessoas também as viram. Ouça, se houver um Espectro ou um monstro rondando por aí, precisamos saber. Você é o único que pode nos dizer.
Harry sabia que tinha de mentir.
- Quando deixei o Carvahall... - calculou o tempo - Há quatro dias, havia estranhos na cidade perguntando sobre uma pedra como a que eu achei. - Ele apontou para Horst. - Você falou comigo sobre eles e, por causa disso, voltei correndo para casa. - Todos os olhares estavam em cima dele. Ele lambeu os lábios. - Nada... Nada aconteceu naquela noite. Na manhã seguinte, terminei as minhas tarefas e fui andar na floresta. Não demorou muito, ouvi uma explosão e vi fumaça acima das árvores. Voltei correndo, o mais rápido que pude, mas seja lá quem tenha feito isso já havia ido embora. Cavei nos escombros e... Encontrei Garrow.
- Aí, você o colocou em cima da maca e o arrastou até aqui? - perguntou Albriech.
- Isso. - respondeu Harry. - Mas antes de sair, examinei a trilha até a estrada. Havia dois pares de pegadas, eram de homem. - Ele enfiou a mão no bolso e tirou o pedaço de pano preto. - Isto estava preso na mão de Garrow. Acho que combina com as roupas que aqueles estranhos usavam. - Ele colocou o trapo na mesa.
- Combina. - disse Horst. Ele parecia estar pensativo e zangado ao mesmo tempo. - E o que houve com as suas pernas? Como você as machucou?
- Não sei ao certo. - respondeu Harry, balançando a cabeça. - Acho que me machuquei quando tirei Garrow dos escombros, mas não sei. Só notei quando o sangue começou a escorrer por elas.
- Isso é horrível! - exclamou Elain.
- Nós devíamos perseguir aqueles homens. - sugeriu Albriech zangado. - Eles não podem ficar impunes! Podemos alcançá-los amanhã com um par de cavalos e trazê-los de volta para cá.
- Tire essa bobagem da sua cabeça. - rebateu Horst. - Eles, provavelmente, poderiam levantar você como um bebê e jogá-lo em cima de uma árvore. Lembra o que aconteceu com a casa? Não queremos nos meter com essa gente. Além disso, eles já conseguiram o que queriam. - Ele olhou para Harry. - Pegaram a pedra, não é?
- A pedra não estava em casa.
- Então, não há motivo para eles voltarem, já que estão com ela. – Ele lançou um olhar fulminante para Harry. - Você não falou nada sobre aquelas pegadas estranhas. Sabe de onde elas vieram?
Harry balançou a cabeça.
- Eu não vi as pegadas.
Baldor falou de repente:
- Não gosto disso. Está me cheirando à magia. Quem são esses homens? Será que são Espectros? Por que queriam a pedra? E como poderiam ter destruído a casa se não usaram magia negra? O senhor pode estar certo, pai, a pedra poderia ser tudo o que eles queriam, mas acho que vamos vê-los novamente.
Fez-se silêncio em seguida às palavras dele.
Algo passou despercebido, embora Harry não estivesse certo sobre o que era. Depois, ele lembrou. Com o coração pesado, ele expressou suas suspeitas:
- Rony ainda não sabe, não é? - Como eu pude esquecer dele?
Horst balançou a cabeça.
- Ele e Dempton partiram um pouco depois de você. A não ser que tenham enfrentado alguma dificuldade na estrada, já devem estar em Therinsford há alguns dias. Nós íamos mandar um mensageiro, mas o tempo ficou frio demais ontem e anteontem.
- Baldor e eu íamos partir, quando você acordou. – informou Albriech.
Horst passou a mão pela barba.
- Podem ir, vocês dois. Vou ajudar a selar os cavalos.
Baldor se virou para Harry.
- Falarei com ele com cautela. - prometeu, e seguiu Horst e Albriech para fora da cozinha.
Harry continuou à mesa, seus olhos se concentravam em um nó na madeira. Todos os detalhes marcantes estavam bem claros para ele: as partículas retorcidas, uma saliência assimétrica, três pequenos sulcos com um resto de tinta colorida. O nó estava repleto de infinitos detalhes: quanto mais ele olhava, mais ele via. Harry procurou respostas nele, mas se elas estavam ali, se esquivavam.
Um fraco chamado interrompeu seus pensamentos pungentes.
Parecia um grito que vinha lá de fora. Ele o ignorou. Deixe outra pessoa cuidar disso. Alguns minutos depois, ouviu o grito novamente, mais alto do que antes. Zangado, tentou ignorá-lo. Será que eles não podem fazer silêncio?
Garrow está descansando. Olhou para Elain, mas ela não parecia estar incomodada com o barulho.
- ERAGON! - o rugido foi tão forte que ele quase caiu da cadeira.
Olhou em volta, assustado, mas nada havia mudado. Percebeu, de repente, que os gritos estavam dentro de sua cabeça.
- Saphira? - Perguntou ansioso.
Houve uma pausa.
- Sou eu, ouvido de pedra.
Uma sensação de alívio tomou conta dele.
- Onde você está?
Ela enviou-lhe uma imagem de um pequeno grupo de árvores.
- Tentei fazer contato várias vezes, mas você estava fora de alcance.
- Eu estava doente... Mas estou melhor agora. Por que não pude pressentir você antes?
- Depois de duas noites esperando, a fome tomou conta de mim. Eu tive de caçar.
- E pegou alguma coisa?
- Um gamo jovem. Ele foi sábio o bastante para evitar os predadores da terra, mas esqueceu os do céu. Quando eu o peguei com as minhas mandíbulas, ele se debateu vigorosamente e tentou fugir, mas eu fui mais forte e quando a derrota tornou-se inevitável, ele desistiu e morreu. Será que Garrow também lutará com o inevitável?
- Não sei. - Ele contou-lhe todos os detalhes e, depois, disse: - Vai demorar muito, ou uma eternidade, para eu voltar para casa. E não poderei vê-la durante, pelo menos, alguns dias. Acho melhor você achar um lugar confortável para ficar.
Chateada, ela disse:
- Farei o que você falou. Mas não demore muito.
Eles se separaram relutantes. Harry olhou pela janela e ficou surpreso ao ver que o sol já havia se posto. Sentindo-se muito cansado, foi mancando até Elain, que estava enrolando tortas de carne com um pedaço de pano impermeabilizado.
- Voltarei para a casa de Gertrude para dormir. - disse ele.
Ela terminou de embrulhar e perguntou:
- Por que você não fica conosco? Assim, ficará mais perto do seu tio, e Gertrude terá a cama dela de volta.
- E vocês têm um lugar para mim? - perguntou ele hesitante.
- Claro. - Ela limpou as mãos. - Venha comigo. Vou aprontar as coisas para você. - Ela levou-o até um quarto desocupado no andar superior. Ele se sentou na beira da cama. - Você precisa de mais alguma coisa? - perguntou ela. Harry balançou a cabeça. - Nesse caso, estarei lá embaixo. Se precisar de ajuda, pode me chamar.
Ouviu-a descendo a escada. Depois, ele abriu a porta e atravessou o corredor até o quarto de Garrow. Gertrude deu-lhe um sorrisinho por cima de suas velozes agulhas de tricô.
- Como ele está? - Sussurrou Harry.
A voz dela estava arrastada por causa do cansaço.
- Ele está fraco, mas a febre baixou um pouco, e algumas das queimaduras estão melhorando. Precisamos esperar para ver, mas isso pode significar que ele vai se recuperar.
As boas notícias melhoraram o ânimo de Harry, e ele voltou para seu quarto. A escuridão não parecia amigável enquanto ele se ajeitava embaixo das cobertas. Finalmente, conseguiu dormir, curando as feridas que o corpo e a alma sofreram.



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