Na Floresta



Capítulo 12 – Na Floresta


Lily conduzia Raio de Sol, Marlene ia atrás segurando na amiga. A princesa fingia saber para onde estava indo. Mas na verdade já se perdera havia horas. Todas aquelas arvores eram muito iguais, poderia estar andando em círculos e jamais notaria.


-Lily! – Marlene exclamou a distraindo.


- O que foi?- Ela perguntou enquanto decidia ir para a esquerda.


- Tive uma grande idéia. – Lily apenas esperou que ela perseguisse. – Olhe bem, você também é uma Princesa.


- Disso eu sei desde de que nasci, Lene. – Lily revirou os olhos, deixando que Raio de Sol escolhesse sozinho por onde ir.


- Então, você também pode ser a Rainha de Hogwarts. – Marlene falou empolgada. – A gente levaria algum tempo para convencer o Rei de que era uma boa idéia você se casar com James e não Petúnia, mas valeria a pena.


- Não vou nem comentar sobre esta idéia absurda, Lene. – Lily falou antes de gritar.


Ambas gritaram porque o chão pareceu despencar de repente. No momento se seguinte se viram num buraco. Raio de Sol saiu disparado. As duas estavam dentro de uma armadilha feita para caçar animais.


- É muito alto não dá para sair daqui! – Lily reclamava.


- E eu acho que quebrei meu pé ou algo assim. – Marlene falava com uma careta de dor sentada.


Lily sentou-se desanimada ao lado da amiga. Era de se esperar mais sorte de uma princesa. E um cavalo menos medroso também ajudaria.


- Agora vamos esperar que nosso predador chegue, Lene. – Marlene arregalou os olhos. – Fique calma, estaremos com sorte se ele chegar antes dos comensais.




James seguia seu instinto para procurar Lily e Marlene. Não tinha idéia do caminho que elas haviam seguido, só sabia que não poderiam estar muito distantes. Tinha em mente que só um milagre poderia ajuda-lo, mas resolveu que acreditava em milagres.


Foi quando ouviu um cavalo relinchar. Resolveu diminuir a velocidade e ir ver do que se tratava. Teria de tomar cuidado, pois não sabia que estava por perto. Não tinha tempo para mais uma batalha com os comensais.


Ao se aproximar, viu Raio de sol. Saltou de seu próprio cavalo e correu até o animal que parecia perdido. Este pareceu feliz em encontrar alguém que conhecia.


- Onde elas estão Raio de Sol? –acariciou- o . – Estão correndo perigo?


Prendeu o próprio cavalo numa árvore e montou em Raio de Sol. Acariciou novamente a cabeça do animal. Era agora que o milagre teria de acontecer.


- Leve-me até elas! – pediu e o cavalo começou a andar.




Lily arranjou uma forma de sair da armadilha. Ajudou Marlene a se locomover até a parte mais baixa. Ela sentou-se e a princesa subiu sobre a amiga. Com um pouco de esforço conseguiu chegar a superfície. Como Marlene não conseguia ficar em pé, não tinha como tirá-la de lá.


- Lily, não me deixe aqui sozinha! – Marlene implorava de dentro da armadilha.


-Lene, eu já disse, só vou procurar ajuda! – A princesa lhe acalmava. – Não vou muito longe, estou a pé, nem teria como.


A princesa começou a se afastar, então. Não era possível que não fosse achar nenhuma alma boa para ajuda-las. Olhou a redor e viu uma família de esquilos bem simpática.


- Se não achar ninguém mais alto, vou aceitar a ajuda de vocês. – Disse para os animais que simplesmente continuaram roendo suas nozes.




James cavalgou durante um bom tempo em Raio de Sol. Apostava que o cavalo realmente estivesse a procura de sua dona. Olhou para o céu cheio de nuvens e percebeu que dali a poucos minutos uma tempestade de verão iria começar.


- Vamos! – Sentia-se um pouco mal de conversar com um cavalo. – Mais rápido!


Ouviu um galho sendo quebrado. Parou imediatamente Raio de sol!


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Marlene havia acabado de cantar todas as cantigas que se lembrava e ainda sim Lily não chegara. Já estava sem esperanças, pensando no que seria de sua vida e quanto tempo duraria naquele buraco. Especialmente quando começasse a chover. Quando ouviu passos e um latido de cachorro.


- O que foi Canino? – Ouviu a voz grave de um homem falar. Devia estar falando com seu cão. – Conseguimos alguma coisa para hoje?


E então viu um homem extremamente grande se aproximar. Suas barbas misturavam-se com seus cabelos de uma forma desgrenhada. O homem sorriu ao vê-la sentada no fundo do buraco.


- Vejam só! – Ele bradou. – Uma donzela em apuros!


- Tenho certeza que minha carne não é saborosa o bastante para o jantar. – Marlene exclamou prontamente.


- Não seja tola, não sou nenhum bárbaro, não como carne humana. – Disse debruçando-se e estendendo a mão para ela. – Meu nome é Hagrid.


Ele a trouxe até a superfície sem esforço algum. Depositou-a no chão e Marlene caiu sentada.


- Acho que quebrei meu pé, ou algo parecido. – Explicou. – Meu nome é Marlene. E eu estou esperando minha amiga, na verdade.


- Vamos até minha cabana, Marlene, e eu dou um jeito no seu pé. – Hagrid disse enquanto avaliava o tornozelo de Marlene, agachado.


- Ah, eu gostaria muito, mas tenho que esperar minha amiga. – Marlene explicou novamente.


- Não seja tola, menina. – Suspendeu Marlene em seu colo, ela parecia uma criança de tão grande que Hagrid era. – Daqui a pouco vai chover e nós podemos deixar o Canino esperando sua amiga. – Olhou para o cão então. – Canino, fique aqui e quando uma moça...


Ruiva. – Disse Marlene.


- E quando uma moça ruiva aparecer a traga até a cabana. – Dito isto Hagrid começou a andar e Canino ficou sentado junto ao buraco.




Lily estava pensando em como tudo aquilo que falavam sobre princesas era mentira. Até o príncipe que mandaram para ela era de fato um idiota. Ouviu o som de um cavalo e resolveu subir na arvore mais próxima. Não poderia se arriscar novamente com os comensais.


Porém logo reconheceu Raio de Sol e quem estava montado sobre ele. De tantas milhões de pessoas que poderiam passar por aquela floresta aparentemente deserta era James quem o fazia. Estava tentando decidir se pedia ajuda a ele, ou o ignorava. Porém neste instante um passarinho azul pousou sobre seu cabelo e ela se desequilibrou quebrando o ganho sobre o qual estava sentada. .


Segurou-se com as duas mãos no galho de baixo, mas James já avistara e quando este galho também quebrou com o seu peso, foi ele quem a impediu de se espatifar no chão. Lily bufou desconsolada.


James, no entanto não poderia estar mais feliz com a sua sorte. Não era todo dia que Princesas perdidas caiam do céu. Nem de arvores.


- Você ficou maluca. – Ele a colocou entre ele e a guia de raio de sol, sentada de lado. Lily ficou se perguntando porque estar tão perto dele ainda mexia tanto com ela. Deveria ter nojo dele. – Como pretende voltar pra casa se não faz idéia do caminho?


- Melhor viver para sempre perdida numa floresta, do que...- Ela pensava num insulto bem feio. – Do que ter de conviver um minuto a mais com um mentiroso como você.


- Lily, eu sei que eu errei, mas ...- James tentou explicar mais uma vez.


- Princesa Lily, para você! – Ela gritou e como que para demonstrar a raiva que ela sentia escutaram o som de uma trovoada.


No instante seguinte a chuva começou a cair. Os pingos eram grossos e o cheiro de terra molhada pode ser sentido por ambos.


- Marlene! – Lily exclamou já completamente molhada. – Temos que voltar para pegar ela.


James começou a conduzir Raio de Sol para na direção que Lily falava.




A cabana de Hagrid era feita de um único cômodo e um banheiro. Marlene estava sentada na cadeira que ficava junto a mesa rústica, enquanto Hagrid preparava um chá. A morena já tinha tomado um banho e Hagrid colocara uma tala em seu tornozelo.


- Você está querendo me dizer então que você e sua amiga estão fugindo desse tal de Voldemort? – Marlene assentiu. – E que o príncipe que ia se casar com a irmã de sua amiga, dizia que não era príncipe para não ter de casar com ela?


- E acabou se apaixonando por minha amiga, que também é princesa. – Marlene terminou de contar a história. – Espero que Canino a traga até aqui.


- Confiaria qualquer tarefa a Canino, fique tranqüila. – Marlene tentou dar um sorriso confiante enquanto recebia sua xícara de chá. – Eu conheço Voldemort, sei onde é este lugar que seus amigos estão procurando, não iria lá se fosse você, menina.




Lily e James finalmente chegaram ao local em que ela havia deixado Marlene, mas a morena não estava mais lá. James parecia confuso e a chuva não permitia que ele enxergasse direito.


- Você deixou sua melhor amiga dentro de um buraco? – Perguntou incrédulo.


- Quem é você para me dar lição de moral? – Lily indagou. – Ela estava com pé machucado...


- Isso melhora... – James reclamou. Estava realmente bravo, pois ele tivera o maior trabalho para protegê-las este tempo todo e agora as duas fugiam. – Por que este cachorro não para de puxar a barra de seu vestido?


- Acho que ele está querendo que o sigamos. – Lily acariciou o topo da cabeça de Canino, cujo o pelo macio estava completamente encharcado. O Cão a lambeu e depois seguiu em frente toda hora olhando para trás para ver se eles o acompnhavam. James trouxe raio de Sol pela guia e eles foram seguindo o cão.




-Veja! – Disse Hagrid olhando da janela, Marlene continuava sentada no mesmo lugar. – Sua amiga está chegando!


Hagrid foi até a porta da cabana e os chamou. James e Lily ficaram felizes de se verem livres da chuva, da mesma forma que Canino.


- É uma honra receber uma princesa em minha humilde cabana! – Apertou a mão de Lily- Sua amiga está aqui te aguardando! Meu nome é Hagrid. – Olhou então para James lhe lançando um sorriso. – E você quem é?


- James Potter...- Respondeu apertando a mão do homem. Lily já havia corrido até Marlene para abraça-la. – Muito obrigado, por nos deixar entrar.


- É um prazer. – Olhou para Marlene enquanto apontava para James. – Este que é o príncipe do qual me falava?


Marlene fez que sim com a cabeça. Lily resmungou alguma coisa inaudível.


- Não acha muito arriscado levar estas meninas para uma batalha deste nível? – Hagrid perguntou a James.


- Elas quem me seguiram...- James explicou.


- De qualquer forma não estamos mais viajando com ele. – Lily fez questão de comentar.


Você poderia deixá-las aqui. – Hagrid ofereceu.




James gostou muito de Hagrid e acabou achando que o melhor para Lily era ficar na cabana dele. Ainda mais agora que Marlene estava com o pé imobilizado. Além do perigo, a proximidade com Lily, sem poder tocá-la era algo insuportavelmente doloroso.


Despediu-se de Marlene que pediu para mandar lembranças a Sirius. Falou com Lily brevemente, já que esta não o deixava terminar uma frase e entregou uma carta para Hagrid.


- Dê a Lily, quando ela estiver menos brava. – James explicou. – Não abra a porta para ninguém.


- Eu vou protegê-las, fique tranqüilo. – Hagrid falou guardando a carta dentro do bolso.


-Volto aqui para levá-las de volta a Hogwarts, logo depois de vencer a batalha. – James disse já montado em Raio de Sol.


- Boa sorte!- Desejou Hagrid acenando de volta.


Nota da autora:


Neste capítulo só faltou eles cantarem! Capítulo dedicado a todos os bichinhos deste mundo e em especial ao meu Zoo particular, Ploc, Pichi, Primius, Pingo e o Pipoquinha que ta no céu.


Bom gente teremos mais dois ou três capítulos apenas. O fim se aproxima, rs. E depois vou postar uma fic que to escrevendo, no mundo mágico mesmo, no natal. Mas esta terá sete capítulos no máximo, rs.


Ah, este cap eu falei da floresta de uma forma boa, porque nas histórias infantis elas sempre são o mal. Tipo O lobo mal, ou a floresta de Joãozinho e Maria, ou Aragogue e a floresta proibida. E isso faz as criancinhas terem medo da natureza, e tal. E nada melhor que o Hagrid para o cap dos bichinhos, é isto, rs.


Beijinhos infinitos no coração de todos!


Ju

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