Mais Adiante na Conversa
Capítulo 2:
Mais Adiante na Conversa!
“Então, depois que eu falhei em matar a família Trouxa, Voldemort planejou me matar. Felizmente para minha vida, meu pai convenceu o Lorde das Trevas de que ele era capaz de me punir. E desse jeito, ele me expulsou de sua vida.” Draco terminou com uma expressão aflita em seu rosto.
Hermione sentou cruzada no sofá de frente pra ele, seus braços enrolados ao redor de seus joelhos, uma expressão triste em seu rosto.
Draco, pelo que parecia, não era o canalha arrogante e mau que ela pensava que fosse. Toda vida dele, seu pai tinha ameaçado deserdá-lo se ele alguma vez fosse contra as ordens de Lucius ou contra suas crenças.
“E então...” Ele continuou. “Eu não tinha nenhum lugar pra ir. Dumbledore me pegou e disse que eu não havia agido mal. Que minha própria decisão de deixar aquele mundo era uma decisão justa. E eu suponho que este seja o caso.”
“Então você não acredita nisso?” Hermione perguntou.
“Acredito no que?”
“Todas aquelas coisas que você dizia, todos os insultos que você me lançou?” Ela pressionou.
“Eu não sei direito. Não. Não é isso que eu quero dizer. Eu aprendi que todas aquelas coisas eram verdadeiras, mas pra ser honesto, eu nunca consegui ver o objetivo. Eu não sei. Tudo é bastante confuso. Eu quero dizer, se todas aquelas coisas fossem verdades, então eu, um sangue puro, deveria ter notas melhores que as suas, e ainda assim, eu sempre me esforcei bastante para chegar perto de você.”
“Bem, se você quer saber, eu me esforço bastante também pra ficar na frente.” Hermione respondeu com um sorriso.
Draco retribuiu o sorriso dela timidamente e depois retomou sua história.
”De qualquer forma, Dumbledore disse que se eu quisesse ser de alguma ajuda na Guerra, eu precisava ser amigo de você e... do Potter...e do Weasley...” Ele terminou ainda mais miseravelmente.
Hermione olhou pra ele com uma expressão indecifrável.
“Olhe Granger, eu estou pedindo sua ajuda. Você poderia... por favor... me ajudar a acertar as coisas?”
Hermione franziu os lábios pra ele, e por um momento Draco pensou que ela estivesse prestes a rir ou ir embora.
“Primeiramente, todos nós temos nomes. Eu espero que você se dirija a gente por eles e nós faremos o mesmo em relação a você. Segundo, eu falarei com Dumbledore pela manhã. Eu confio tanto na palavra dele quanto no julgamento sobre qualquer coisa, e se ele concorda que ajudar você é o melhor caminho a se tomar para vencer esta Guerra, então eu te ajudarei.” Ela concluiu finalmente.
“Obrigada Hermione. Eu sei que isso veio muito rápido pra você e que deve ser difícil digerir isso tudo. É... é duro pra mim acreditar que passei por isso tudo.” Draco disse sinceramente.
Hermione simplesmente sorriu em resposta e caminhou em direção as escadas. Na metade do caminho ela se virou.
“Draco?”
Ele virou sua cabeça pra ela de onde ele estava parado no sofá.
“Boa noite.”
“Boa noite... Hermione.” Draco disse suavemente, a observando entrar no quarto e fechar a porta firmemente.
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Hermione deixou o escritório de Dumbledore um pouco entorpecida. A história de Draco parecia confirmada.
Dumbledore tinha olhado ansiosamente para ela sobre seus óculos de meia lua e solicitado que ela, como Monitora Chefe, e mais racional do Trio, assumisse a responsabilidade de ajudar Draco, Harry e Rony a se retratarem.
Quando entrou no Salão Principal, ela imediatamente ouviu a não freqüente e rouca risada de Harry Potter da mesa da Casa da Grifinória.
Ela caminhou com passos largos, só a tempo de parar, olhar, e depois sorrir alto coma visão de Rony tentando encaixar uma concha inteira de cereal em sua boca.
Seus olhos salientaram-se e suas orelhas ficaram aplicadamente vermelhas. Ela ficou surpresa pelo maxilar dele ainda não ter deslocado.
Balançando a cabeça, ela agitou sua varinha na direção dele, e encolheu a concha até um tamanho manejável.
Rony acenou pra ela em gratidão enquanto engolia uma colherada de mingau de cereal.
“Sério Rony, o que possuiu você pra tentar encaixar uma concha na sua boca?” Hermione falou com uma voz divertida.
“Não consegui achar uma colher, é lógico.”
Hermione virou para Harry, que estava se ocupando contando o número de passas em sua tigela.
“Harry Potter...” Ela repreendeu.
Encabulado, Harry puxou uma colher de suas vestes.
Quando Hermione continuou encarando, ele trouxe mais duas mãos cheias.
Balançando sua cabeça para os dois garotos, Hermione disse vivamente.
“Bem, quando vocês pararem com suas palhaçadas eu tenho algumas informações importantes pra vocês dois.”
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Harry e Rony olharam para Hermione como se ela finalmente tivesse ficado desorientada devido a uma das muitas noites na companhia da Madame Pince.
“Hermione, você ficou maluca?” Harry finalmente falou.
“Não Harry! Meu Deus, eu estou falando completamente sério. Se não acreditam em mim, então simplesmente vão perguntar ao Dumbledore. Embora eu ESPERASSE que vocês acreditassem em mim, sua melhor amiga.” Ela retrucou irritadiçamente.
“Bem, eu não sei Hermione... só é difícil de engolir... é o Malfoy sabe.” Rony disse duvidosamente.
“Rony, é Draco, por favor. Eu disse a ele que ele devia chamar vocês por seus próprios nomes e que vocês fariam o mesmo em retribuição, Obrigada.” Hermione gracejou mandonamente.
“Ótimo, Draco então.”
“Harry, Rony, se vocês não acreditam em mim quando digo que ele mudou, então venham falar vocês mesmos com ele. Eu prometo que ele não irá enfeitiçá-los. Embora eu vá se vocês não pararem de se comportar como crianças.”
Um pouco relutantes, os dois garotos se arrastaram atrás de Hermione. Ela parou em frente a um retrato de um jovem rapaz remando num lago e disse.
“Pena de Fênix.”
O quadro abriu passagem e Rony engoliu em seco audivelmente. Hermione revirou os olhos e caminhou em direção ao Salão Comunal.
Draco estava sentado na mesa mais afastada, enterrado em seu texto de Runas e Hermione teve que dizer seu nome algumas vezes antes dele olhar pra cima.
Uma expressão de pânico atravessou seu rosto brevemente quando ele notou Harry e Rony parados na entrada do retrato.
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