Escócia



Cap. 10 – Escócia.

Na manhã seguinte, Sirius acordou bem menos dolorido. Quem ia amanhecer dolorida era Melissa que tinha dormido sentada velando o sono dele. Ele se levantou, pegou ela nos braços, a colocou na cama e desceu para o salão da pousada, encheu uma bandeja com as coisas que ela mais gostava. Ainda não dava pra acreditar que ela tinha matado um Comensal. Subiu de volta ao 115, encontrou Melissa sentada na cama olhando para a janela.
- Mel?
- Oi, amor.
- Trouxe as coisas que você gosta.
- Ah, obrigada. – agradeceu ela sem nenhum entusiasmo na voz.
- Tudo bem?
- Eu vou ter que me entregar para Azkabam?
- Claro que não! Bom, as únicas testemunhas somos eu e Walters. Eu nunca te denunciaria, e se ele aparecer em Azkabam vai ser preso sem ter tempo de falar nada.
- Mas e o nosso relatório?
- Sim, teremos que fazer um relatório ao James. Mas o seu irmão não vai te colocar na cadeia!
- Ok.
- Vamos então?
- Certo.
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Melissa desfez todos os feitiços de proteção na casa dos Taste antes deles baterem á porta.
- Entrem meninos. – disse o Sr. Taste abrindo a porta – E então?
- Acabamos com eles ontem Sr. Taste! – respondeu Sirius sorrindo.
- E o meu filho?
- Claire e Bradley já devem estar chegando.
Cinco minutos depois alguém bate á porta. Sr. Taste se aproxima, mas Sirius estende a mão e vai ele mesmo abrir a porta, varinha em punho. É Clair, junto com Bradley e um casal.
- Mamãe! – gritou Serena e saiu correndo para abraçar a mulher.
- Filho. – disse o Sr. Taste indo abraçar o rapaz.
- Brad! – exclamou Melissa indo abraçar Bradley Scott, e percebendo um olhar estranho de Claire ao ver seu movimento – E aí? Como foi lá?
- Chato, não vimos nenhum Comensal! Só porque eu estava louco pra duelar. – respondeu Bradley fazendo cara feia. – E por aqui?
- Por aqui foi bem mais complicado – respondeu Sirius.
- O que houve, Sirius? – perguntou Claire.
- Comensais, três deles.
- Incluindo o Walters. – completou Melissa fazendo Bradley erguer as sobrancelhas.
- Charles? Não. – disse Bradley incrédulo
- Sim. – confirmou Melissa.
- Nossa. – exclamou Claire. – Mas vamos então?
- Sr Taste, podemos ir agora? – perguntou Sirius.
- Richard, Ashley? Podemos ir agora? – perguntou Sr. Taste para o filho e a nora.
- Claro, o mais rápido possível. – respondeu Ashley Taste.
Todos saíram da casa e deram as mãos em uma roda, afinal os Taste não sabiam onde seria sua nova casa. Todos aparataram até a Escócia. A casa ficava numa enorme clareira na floresta.
- Sua nova casa Sr. Taste. – disse Sirius sorrindo.
- Ah, Sirius. Muito obrigado, por tudo que você fez nesses dois meses por mim e Serena. – agradeceu o Sr. Taste.
- Que nada, Sr. Taste. – disse Sirius e pegou Serena no braço. – E você seja uma boa menina, vá para Hogwarts, fique na Grifinória, seja uma boa aluna e quando crescer venha ajudar a gente com os caras maus, ok? – previu ele para Serena, ela assentiu com a cabeça e deu um beijo na bochecha dele.
- Obrigada você também Melissa. – disse o Sr. Taste.
- Nada, Sr. Taste.
- Tchau, Mel. – disse Serena agarrando as pernas de Melissa.
- Tchau, querida. Seja boazinha com o papai, a mamãe e o vovô. – despediu-se Melissa dando um beijo na testa de Serena.
Enquanto isso Claire e Bradley se despediam de Ashley e Richard.
- Vamos? – perguntou Sirius
- Sim. – respondeu Claire.
- Ashley, Richard. – começou o Sr. Taste – vocês devem a vida á esses garotos, porque o Ministério não estava nem aí pra vocês. Eu acho que no mínimo vocês deveriam entrar para a Ordem deles.
- Deixe-os descansarem primeiro Sr. Taste. – disse Sirius rindo.- Quando eles estiverem prontos, será um prazer ter os agentes Taste ao nosso lado.
- Podem contar conosco, em breve. – concordou Richard Taste apertando a mão de Sirius.
E os quatro membros da Ordem deram as mãos e aparataram até a sede.
- Melissa! – exclamou James descendo as escadas e abraçando Melissa.
- Oi, James. – disse Melissa retribuindo o abraço.
- Então, como foi lá?
- Pesado. – respondeu Melissa.
- Como assim? – perguntou James olhando para Sirius.
- Enfrentamos Comensais. – respondeu Sirius calmamente.
- Como assim “enfrentamos”? Você disse que ela só ia fazer ronda diurna. – exasperou-se James.
- É, mas algumas coisas não saíram como planejado.
- Algumas coisas? Relatório oral, na minha sala, agora! – exigiu James subindo as escadas.
No andar de cima ficavam as salas de James, Sirius, Remo, Lily, Claire e Marlene. Sirius e Melissa entraram na sala de James sentaram nas cadeiras em frente à mesa e ficaram esperando ele começar.
- Muito bem; vocês saíram á dois dias da casa do papai e da mamãe e...
- Aparatamos até Manchester, fiz reserva num pousada porque, como eu lhe disse, meus planos eram fazer escuta enquanto a Mel vigiava, depois vigiar enquanto a Mel dormia e depois voltar lá pra acabar com eles. Pronto. – começou Sirius – Mas eu fui descoberto enquanto fazia escuta e tive que fugir pra não ser pego. Então voltei até onde a Mel tava e disse que ia fazer ronda mesmo do jeito que eu tava.
- Mas ele tava péssimo, James! Nem parecia o Sirius! Então eu insisti pra que ele não fizesse ronda e fosse para a pousada descansar.
- Vocês deixaram os Taste sozinhos? – perguntou James apoiando o queixo sobre a mão.
- Com feitiços de proteção, os mais poderosos que eu conheço. – explicou Melissa.
- Mas sozinhos.
- Protegidos!
- Certo, e aí?
- Então de manhã. . .
- Sozinhos a noite inteira?
- James, eles ficaram bem!
- Continua, Mel.
- .De manhã o Sirius foi até os comensais e eu fiquei com os Taste de guarda, mas eles eram três, não deu pra ele. E, você sabe do nosso anel, eu tive um lampejo de onde ele estava. Quando cheguei lá. . .
- Os Taste sozinhos de novo?
- Eles iam matá-lo!
James arregalou os olhos e olhou para Sirius.
- Eu estava desacordado, eles me torturaram com Cruciatus.
James prendeu a respiração.
- Quando eu cheguei lá, tinha um Comensal com a varinha apontada pra ele... – Ela não tinha como continuar era muito doloroso pensar no que tinha feito, começou a chorar.
Sirius a abraçou, James olhava de um para o outro sem entender o que estava acontecendo.
- Ele ia me matar, James.
- E aí. . .
- A Melissa o matou.
James levou as mãos á cabeça, não poderia acreditar nas palavras de Sirius. Seria uma brincadeira?
- Sirius, não brinca com isso.
- É verdade, James. – confirmou Melissa entre os soluços.
- Melissa! Isso é coisa de comensais, nós não. . . Nós NUNCA. .
- Eu já disse tudo isso ela, James. – explicou Sirius a fim de poupar Melissa de um sermão.
- O que você vai fazer? – perguntou Melissa tentando conter o choro.
- Eu não sei. Vai pra casa descansa, depois a gente conversa. – respondeu James se afundando na cadeira.
Sirius e Melissa se levantaram e saíram da sala de James, Melissa limpando o rosto. Não queria que ninguém á visse assim, nem perguntasse o motivo do choro, não queria que ninguém mais soubesse.
- O que você acha que ele vai fazer? – perguntou melissa para Sirius no alto da escada.
- Ele não vai te denunciar para Azkaban.
Melissa abriu a boca pra falar, mas ouviu passos e olhou pra baixo. Marlene estava subindo as escadas, seguida de dois curandeiros do St. Mungus e, desacordado e uma maca, vinha George, o primo dela.
- O que aconteceu com ele? – perguntou Sirius quando Marlene chegou ao alto da escada.
- Foi pego em duelo, ele não tão bom quanto você. – explicou Marlene fazendo Melissa fechar a cara.
- Tudo bem com você, Melissa? Parece tão abatida. – perguntou Marlene
- Eu estou ótima, obrigada.
- Ah. Bem já vou indo. – disse Marlene e entrou em sua sala.
- Eu quero sair daqui Sirius, quero ir pra casa descansar. . .
- Tudo bem, tudo bem. Nós vamos.
E aparataram até a casa dos Potter. Chegando lá, só Twenty veio recebe-los já que Sr. e Sra. Potter estavam de férias na Itália.
- Menina Potter! Menino Black! – guinchou Twenty - Como foram em Manchester?
- Bem, Twenty, obrigado. – respondeu Sirius se esforçando para sorrir, já que a elfa pegava as coisas no ar.
- Tudo bem, menina Potter?
- Tudo ótimo, Twenty, eu só estou cansada. – respondeu Melissa.
- Então, vá descansar. Que eu vou fazer bolo de carne para o almoço.
- Ok.
Sirius e Melissa subiram, tomaram banho e depois se deitaram na cama de Melissa.
- Eu sou horrível, Sirius, James bem que deveria me denunciar.
- Claro que não, meu amor. Você fez isso em minha legítima defesa.
Melissa suspirou e se aninhou nos braços de Sirius até adormecer. Acabou que ela nem acordou para o almoço, quando acordou, assustada com um pesadelo, já estava no meio da tarde. Olhou para o lado, se viu sozinha no quarto.
- Sirius! Sirius! – ela começou a gritar.
Sirius que estava na cozinha, conversando com a Twenty, se assustou com os gritos e logo correu para o quarto de Melissa.
- O que foi, Mel?
Mas ela não conseguia responder, só chorar.
- Calma, meu amor. Vai ficar tudo bem. – acalmou ele a abraçando.
Ela assentiu com a cabeça, mas não pensava nisso. Depois de se acalmar pegou seu violão e começou a tocar músicas aleatórias, a música era sempre uma terapia. De noite, quando James chegou, ela sentia um aperto no peito, como se estivesse prestes á ser julgada.
- E então? – perguntou ela para James.
- O que? – perguntou ele, que também andava meio perturbado com essa história.
- O que você vai fazer? Comigo. . .
- Ah. . .
- Você vai me denunciar James?

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