Dia Dez, pior dia do ano



Dez de Outubro - Sexto ano dos Marotos

-NÃÃÃÃOOOOOOOOO. – O grito histérico de muitas garotas podia ser ouvido quando Hagrid chegou com o corpo inerte de James Potter dentro do castelo.
Logo atrás de do meio gigante vinham o que sobrou dos Marotos, Peter havia sumido e ninguém o achava, mais isso não era a preocupação de Sirius e Remus no momento, os dois estavam bastante machucados, mesmo assim se recusavam de sair de perto do amigo. Ninguém acreditava que aquilo pudesse acontecer, quem imaginava que Voldemort e os Comensais da Morte iam atacar Hogsmeade. Pior ainda, quem iria acreditar que alguns alunos dariam um jeito de escapar do castelo para lutar ao lado da Ordem e dos professores.
Emmeline, Marlene, Lily e Dorcas estavam nas escadas tentando ver o motivo de tanta gritaria. A loira principalmente estava angustiada porque não havia achado o namorado Remus. Assim que elas viram Hogwarts descobriram o motivo de tanta gritaria, Emmeline levou as mãos na boca e os olhos se encheram de lagrimas, Dorcas desmontou no chão falando aos sussurros algo que ninguém compreendia era a mais ligada a James, Marlene não acreditava seu olhar logo caiu em Sirius que estava machucado, Lily estava estática, não esboçava reação nenhuma. Sem aviso prévio, Emmeline saiu correndo até o namorado, assim que a comitiva se aproximou delas, amparou o mesmo que estava tão machucado quanto Sirius.
-O que houve? – Marlene correu para segurar Sirius que havia perdido o equilíbrio.
A resposta não veio, os Marotos estavam mudos, o castelo estava silencioso. Lily não agüentou, desmaiou e foi amparada por Dorcas.
-Cadê o Peter? – Foi a única coisa que a baixinha conseguiu falar quanto tentava reanimar Lily.
-Não sabemos. – A voz de Sirius falhava.
Todos choravam em silêncio, foram impedidos de continuar seguindo Hagrid pois o mesmo acabara de entrar na Sala do Diretor. McGonnagall juntamente com os outros professores pararam logo atrás dos garotos.
-Quero todos vocês na Ala Hospitalar.


Dez de Setembro – Onze meses sem James Potter

O castelo não era o mesmo sem o Maroto. Já haviam se passado onze meses desde a morte do mesmo, o castelo continuava silencioso. Sirius perdera toda sua alegria, não conseguia nem ao menos ficar com as garotas. Remus estava mais silencioso do que o normal, as noites de lua cheia voltaram a ser dolorosas, os Marotos não saiam mais pelos terrenos do castelo aprontando, ficavam na Sala do Gritos calados, Peter comia do mesmo jeito, continuava a vida, só que agora com um admirado a menos.
Marlene, Dorcas e Emmeline tentavam continuar as vidas normalmente e tentavam fazer com que Lily continuasse a vida dela. A ruiva não assumia que um pedaço dela morrera junto com James, tentava parecer indiferente quando as amigas tocavam no assunto, mais era constantemente flagrada chorando pelos cantos, principalmente dos dias Dez.
Dumbledor havia chego a pensar até em fechar o colégio, mais não havia motivo, pois o ataque não fora a Hogwarts. O jeito era manter a vida. As aulas continuavam, as provas, o quadribol. O quadribol, A grifinória perdera, aliás nem ao menos jogava, não conseguiam colocar outro apanhador no lugar de James, não conseguiam pensar em táticas como ele conseguia, e ninguém assumia o posto de capitão do time.
-Cadê a Lily? Temos aula de DCAT daqui dez minutos. – Dorcas perguntava enquanto esperava que Marlene e Emmeline terminassem de se arrumar.
-Aonde você acha Foca? Dia Dez, aula de DCAT. Era... a... era a aula que ele mais gostava. – Marlene respondeu como se fosse obvio. Só em menção a isso os olhos delas já marejavam.
Lily nunca comparecia as aulas no dia Dez, ela sumia do Castelo, ninguém conseguia achar ela. Nem o Mapa do Maroto conseguia encontra-la. O motivo era simples, ela se trancava na Sala Precisa.
Em suas mãos jaziam paradas as muitas cartas que James já havia escrito para ela. Todas ele declarava seu amor pela ruiva. Cartas de férias aonde ele dizia estar com saudades. Cartas que ele a chamava para sair. As lágrimas escorriam dos olhos verdes dela, ela pensava das muitas vezes em que o chutara, gritara com ele falando que nunca ela iria aceitar sair com ele, que ele era prepotente, arrogante, egoísta. E no entanto, fora ele que havia ido lutar contra os Comensais, enquanto ela covardemente ficou ali no castelo cumprindo ordens.
-Ahhh James, como eu queria ti mandar mais uma carta. Como eu queria lhe dizer que todas aquelas vezes que eu brigava com você era um mecanismo de defesa para que eu não saísse machucada achando que você iria me descartar como vez com tantas outras.
Lily mal havia terminado de dizer quando uma caixa de correio igualzinha as trouxas surgiu no meio da Sala. A ruiva olhava atônica para o lugar, tudo o que mais se desejava aparecia naquela sala, mais ela só queria mandar uma carta para James e não que uma caixa de correios aparecesse. Enxugou os olhos que estavam vermelhos, se levantou e caminhou lentamente até o meio da sala, estava com medo que fosse só uma ilusão ou sabe lá o que. Colocou a mão, abrindo a caixa, estava vazia. De repente sentiu uma forte vontade de escrever tudo para uma carta, desabafar tudo em palavras escritas.
Imaginou tinteiros, pergaminhos e penas, junto com uma mesa e cadeira e logo tudo estava lá. Lily não conseguia escrever, não sabia por onde começar, sua mão tremia e as lágrimas não paravam de cair.
“James Potter
Quem dera eu soubesse por onde começar. Na realidade eu estou agindo como uma covarde, escrevendo. Mais o que posso fazer o tempo passou e eu fui idiota, agora não posso ti encarar cara-a-cara para falar. Só restaram lembranças suas sempre tentando chamar minha atenção, e infelizmente não posso dizer que me orgulho da minha participação nessas lembranças.
Lily Evans”
As lagrimas manchavam pedaços do pergaminho, nem mesmo para o papel conseguira se declarar. Mesmo assim, Lily dobrou a carta carinhosamente e colocou na caixa, levantando a bandeirinha vermelha em seguida. Mais obviamente a bandeirinha não abaixou, chorando a ruiva voltou ao canto da sala silenciosamente. De repente, um estalo fez com que ela ergue-se a cabeça e para sua surpresa a bandeirinha abaixara, correu até lá e ao abri-la pode constatar que a carta havia sumido. Olhou para os lados como se esperasse ver algum dos Marotos ou das meninas, mais não viu ninguém.

~~~~~~~~~

O que será que aconteceu com a carta?


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