Uma Weasley e um Malfoy juntos

Uma Weasley e um Malfoy juntos



Gina estava incrivelmente entediada, não tinha nada para fazer e nem para estudar, e também não podia sair do castelo por causa da chuva que caía sem parar. “Bom, se não posso sair do castelo, então passeio dentro dele...” disse a si mesma e saiu rapidamente da sala comunal da Grifinória. Ela estava passando em um corredor e ouviu alguém chorando, começou a procurar esse alguém e o achou em uma sala que nunca havia entrado. “Quanto mais conhecemos Hogwarts, mais temos para conhecer...” disse enquanto subia uma escada para ir pro 2º andar da sala onde finalmente achou quem estava procurando. Bem, não era exatamente ele quem Gina achava que ia encontrar.

- Malfoy? – perguntou, com um certo tremor na voz. Ele levantou a cabeça lentamente e quando viu Gina fingiu um sorriso que não convenceu nem a ele mesmo.

- Que foi Weasley? – perguntou, enxugando as lágrimas.

- Por que você está chorando? – ela chegou mais perto dele, sentando-se na carteira ao lado.

- Nada da sua conta... – ele virou o rosto. Gina fez uma careta, suspirou e disse:

- Você pode me falar Draco, eu não vou contar pra nenhum dos meus irmãos.

- Gina, você podia tentar entender que só por que a gente conversou por um tempo, não quer dizer q sejamos amigos, ta?

- Eu sei disso Draco, mas me fala por que você está chorando... – Draco estendeu uma carta para ela, que começou a ler. Ao terminar estava pasma. O pai de Draco, Lúcio Malfoy havia morrido, morrido por Voldemort, como um dos Comensais da Morte.

- Ele... Ele realmente fez isso? – Draco apenas confirmou com a cabeça. – Ai, Draco, eu sinto muito... – ele a encarou por um tempo e depois a abraçou.

- Sabe, eu sei que ele não era uma boa pessoa... Mas ele era meu pai... E eu realmente gostava dele. – Gina não falou nada, simplesmente procurou dar conforto a Draco. Eles ficaram assim por um bom tempo até Draco parar de chorar.

- Gina eu queria te agradecer. Você foi a única que me escutou e me apoiou.

- Ah... Que isso Draco... – ela estava corando.

- Não, é sério! E fez isso mesmo sendo uma Weasley e eu um Malfoy.

- Eu nunca concordei com essa rivalidade... E você sabe disso.

- É, eu sei... Olha, a chuva parou, quer ir lá fora?

- Os meus irmãos... Eles vão querer te quebrar ao meio e... – Draco a interrompeu.

- Esqueceu que agora tem visita a Hogsmead?

- Ah é... Mas é melhor esperarmos até todos saírem pra gente descer.

- Tudo bem – disse Draco sentando-se novamente. – Gina, você tem namorado? – perguntou, repentinamente. Ela espantou-se com a pergunta e virou para a janela.

- Não... Pra Falar a verdade nunca namorei...

- Mas já beijou?

- Não... Também não... Mas por que você quer saber isso? – Draco levantou-se e foi até onde ela estava.

- Então... – ele passou os braços em volta da cintura dela e chegou o rosto mais perto de modo que suas testas estavam encostadas uma na outra.

- Draco, o que você... – ele não deixou ela terminar a frase. A beijou. Um beijou calmo, de um certo modo apaixonado... Gina demorou um pouco a corresponder o beijo, pois não sabia muito o que fazer, deixou Draco comanda-la. O beijo foi ficando mais lento, lento... Até que acabou. Gina ficou meio sem-graça, enquanto Draco disse:

- E o que achou? – ela não respondeu, ele insistiu. – Hein?

- Ai pára Draco... – disse, seu rosto estava mais vermelho que seus cabelos. Ele simplesmente riu, mas Gina ficou séria.

- Draco, por quê você fez isso? – ele também corou um pouco.

- É que... Bom... Eu... Eu realmente gosto de você... E eu nunca tinha sentido isso por nenhuma garota... – ele abaixou rosto.

- É... Acho que vamos ter que enfrentar muitos problemas pela frente... – disse Gina pegando na mão dele.

- Como assim?

- Eu também gosto mesmo de você.

- E, então por quê isso é motivo de problema?

- Só pelo fato de uma Weasley e um Malfoy juntos é bem esquisito e provavelmente algo inaceitável para as nossas famílias...

- Mas isso eles vão ter que aceitar! – ele estava decidido. – Mas antes... Você quer namorar comigo? – Gina sorriu e abraçou.

- Sim! Eu quero muito... – eles se beijaram novamente.

- Acho que a gente já pode sair, né? – disse Gina ao olhar pela janela que não havia ninguém no jardim.

- É, podemos. Espero que o idiota do Potter tenha ido. – Gina riu.

- Não fale assim dele... – Draco fez uma careta. – Não sei por quê você defende ele...

- Por quê ele é meu amigo...

- Sinceramente, - disse Draco abrindo a porta da sala – Eu não sei que tipo de amizade ele quer com você.

- Você por acaso acha que ele gosta de mim? – Draco a encarou por um instante, suspirou e disse:

- Sim, eu acho... E isso não é bom, não mesmo... – os dois saíram da sala e continuaram conversando no caminho e andando de mãos dadas, até que Harry apareceu...

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