Capítulo 1
Fic original: The Price of Love
Autora: Rogue Sugah
Disclaimer da tradutora: Eu naõ sou a JK, infelizmente. Gostaria muito que os personagens me pertencessem, mas na vida real. Ah! E tampouco sou a Lia Wyler, pessoal.
N/T: Primeiramente eu queria agradecer à Rogue Sugah (thanks!) que permitiu que eu traduzisse sua fic. Eu realmente gosto dessa fic e tenho certeza que vocês também vão gostar. Pretendo postar um capítulo por semana e, como não acredito que eu chegue a alcançar a autora (ela está no capítulo 55!), é capaz de ela terminar a fic e eu ainda estar traduzindo. Divirtam-se e deixem comentários!
Capítulo 1
Quando Hermione puxou uma cadeira e sentou em uma das mesas em frente à Sorveteria Florean Fortescue, ela falou para si mesma pela centésima vez que concordar com esse encontro foi um erro. Ela se encolheu enquanto pensava na inesperada carta que havia recebido de Victor Krum há dois dias. Estava marcado para jogar contra a Inglaterra no final de semana, mas disse a ela que estava voando mais cedo apenas para vê-la. Ele parecia tão contente com isso. Teria sido rude dispensar seu convite. Pelo menos foi assim que ela tentou se justificar para si mesma. Sua reação foi a de escrever de volta imediatamente e deixá-lo com uma... bem, não havia outra palavra para isso, com uma mentira. Ela não conseguiria contar a verdadeira razão de não querer ser vista com ele no Beco Diagonal.
Olha Victor, nós já passamos por isso antes. Você sabe que eu tenho sentimentos por outra pessoa e é por isso que só podemos ser amigos. Eu te expliquei isso várias vezes. Bem, esse alguém tem dois irmãos intrometidos que acham que bisbilhotar é uma forma de arte. Eles simplesmente abriram uma loja a aproximadamente... oh, 100 metros de onde você quer me encontrar, e eu realmente preferiria que eles não me vissem. Você entende, não é?
‘Claro que ele não entenderia. Por que eu não disse a ele que estaria indo passar o feriado com meus pais e que não estaria na cidade? Seria muito mais fácil’, Hermione refletiu enquanto esperava. ‘Você sabe porque’, respondeu para si mesma. ‘Eu disse a ele muitas e muitas vezes que meu coração pertence à outra pessoa, mas ele simplesmente não ouve. Eu tenho que fazê-lo entender que isso não vai acontecer, e eu tenho que fazer isso pessoalmente. Eu devo a ele pelo menos isso.’
Hermione estava tão absorta em seus pensamentos que não percebeu que suas colegas de escola, Parvati e Padma Patil, chegaram e sentaram numa mesa próxima à dela.
- Olá, Hermione – disse Parvati, pegando uma colher e tirando um pedaço do seu sundae.
- Oh – Hermione respondeu, ficando alerta – Olá, que surpresa boa ver vocês duas aqui. Vocês já estão comprando seu material escolar?
- Não, viemos encontrar alguns amigos. E você? – Padma indagou, educadamente.
- O mesmo – respondeu Hermione.
- Oh, você vai se encontrar com o Harry, então? – perguntou Parvati, um tanto excitada.
- Er... – Hermione começou – Não exatamente. Vou me encontrar...
- Oooooohhhhhhh, olha! – guinchou Padma, apontando por cima do ombro da irmã – É o Victor Krum!
Como esperado, lá estava ele, arrastando os pés pesadamente, a testa franzida, parecendo o carrancudo de sempre. E a cinco passos atrás dele, Hermione notou, as adolescentes suspiravam, começando a se reunir.
‘Ah, que ótimo’, ela pensou. ‘Eu tenho que fazer isso na frente do fã-clube dele’.
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Enquanto abria a porta e entrava no banheiro cheio de vapor, Ron Weasley teve o maior choque de sua vida. Alguém mais estava no banheiro com ele, alguém baixo demais para ser algum de seus irmãos. Embora ele não pudesse explicar como, ele sabia que não era sua irmã também. Enquanto ele estava lá parado, pensando nessa inesperada descoberta, a água parou de cair e ele ouviu o barulho de cortina sendo puxada. Infelizmente, o vapor estava tão denso que ele realmente não conseguiria distinguir mais que um contorno da pessoa à sua frente, mas ele poderia dizer que era definitivamente uma mulher. Ele fez uma pequena tentativa de se aproximar e se decepcionou por ver que ela já tinha uma toalha enrolada em seu corpo. Ela estava de costas para ele, ainda não sabia que ele estava lá. Ele assistia ela se abaixar, deixando o longo cabelo molhado cair em seu rosto, e pegou uma segunda toalha do chão. Ela rapidamente se levantou e começou a enxugar seu cabelo com ela. Os olhos de Ron começaram a passear por suas pernas, silenciosamente desejando que a toalha levantasse um pouquinho mais. Ao terminar de secar o cabelo, a mulher ficou ereta e, quando o fez, foi um movimento brusco. ‘Ela vai se virar’, ele pensou numa fração de segundo antes de ela começar a se virar. ‘Ela vai me ver’. O mais importante, no entanto, era que ele iria descobrir quem era ela.
- Apreciando a vista? – perguntou a pequena morena quando se virou suavemente e viu ele lá parado.
Os olhos dele se arregalaram quando ela olhou para ele e lhe lançou um sorriso malicioso.
- O-o-o que vo-você está fa-fazendo? – ele gaguejou, quando ela deu um passo em sua direção e deixou a toalha que cobria seu corpo cair no chão.
- É seu sonho, Ron – ela respondeu, sedutoramente lambendo seus lábios e alcançando-o - Eu farei qualquer coisa que você quiser.
- Caracas! – choramingou Ron enquanto ele sentia a mão dela descendo pela frente de sua calça começando a desabotoá-la. – Hermione!
- Hermione?
Ela se foi. Em um minuto ela estava lá e em outro não estava mais. ‘Que diabos...?’ ele pensou quando era trazido de volta à consciência contra sua vontade. Em algum lugar no fundo de sua mente, ele se sentia sendo chacoalhado, mas ele não queria tomar conhecimento. Ele queria ignorar e recomeçar seu sonho. Talvez, se ele simplesmente ignorasse, isso iria embora.
‘Hermione no banho’, ele pensou. ‘Hermione no banho’. Mas isso não adiantava.
- Ron, acorda! – uma não bem vinda voz masculina gritava para ele.
- Vá embora – ele gemeu no travesseiro, virando-se para longe da voz.
- Saia da cama, seu preguiçoso! – Fred gritou, agarrando suas cobertas e as puxando para fora da cama.
- Ei! – Ron choramingou, colocando rapidamente seu travesseiro ao seu lado para esconder seu estado suspeito.
- Sonhar com ela não vai ajudar – Fred segurava o riso enquanto atirava um jeans e uma camiseta na cabeça de Ron.
- O quê…? Eu não estava... – Ron despejou as palavras, o rosto ficando vermelho.
- Você fala enquanto dorme, irmãozinho – Fred riu.
- Eu não! – Ron protestou indignado.
- Caracas... Oh Hermione... HERMIONE! – ele retrucou numa voz imitando desejo.
- CAI FORA! – Ron berrou para seu irmão mais velho – Eu não disse isso. – ele continuou. ‘Não desse jeito.’
- Ah, você disse – Fred riu – E não foi a primeira vez.
Ron engasgou, horrorizado com o simples pensamento. Ele vinha tendo esse tipo de sonho há anos. ‘Caracas’ ele pensou enquanto as implicâncias ressoavam pela casa. ‘Se eu falo enquanto durmo todos no dormitório devem saber!’
- É quase meio-dia. Eu não acredito que você ainda está na cama. Levante e se vista – Fred mandou – Você tem trabalho a fazer.
- Mas... Estou de férias – Ron protestou enquanto puxava a blusa azul marinho pela cabeça e se levantava para vestir o jeans.
Em menos de cinco minutos, um Ron muito contrariado descia as escadas batendo os pés com força e entrava na cozinha, seguido de perto por Fred.
- Aqui – Fred disse largando um par de sapatos diante dos pés de Ron – Coloque.
- Me deixe em paz – Ron disse em voz alta, chutando os sapatos pela cozinha e se atirando numa cadeira onde ele ficou encarando a mesa. – Eu te disse, não vou.
- Não vai aonde? – Gina perguntou da cadeira oposta a do irmão furioso.
- Ao Beco Diagonal – Fred respondeu – Hermione está lá com o Krum.
Gina congelou; o sanduíche, que ela estava preparada para morder, ficou a caminho de sua boca aberta, e então, depois de uns segundos, ela o abaixou. Levou um tempo até ela fechar sua boca novamente.
- Ah... – ela finalmente disse, estudando Ron de perto.
- Eu não acredito nisso – Fred cortou – Você não vai fazer nada? Você vai simplesmente ficar aqui sentado e... remoer?
- Eu não estou remoendo – Ron respondeu com raiva.
- Ah, por favor! – Gina riu. Mas não tão baixo que seu irmão não pudesse ouvir. Seus olhos imediatamente encontraram os dela e ele a ficou encarando com hostilidade.
- Fred está certo – Gina falou, devolvendo o olhar hostil, recusando-se a recuar. – Vá falar com ela.
- NÃO!
- Por que não? – Gina pressionou.
- Porque ele é um maldito covarde – Fred respondeu – E pensar que você tem a coragem de se dizer um grifin...
- Ei, por que estão demorando tanto? – uma voz familiar perguntou atrás deles. Os três se viraram para ver a cabeça de Jorge, flutuando na lareira envolta pelas chamas verdes – É melhor você se mexer, maninho, ou você vai perder a garota.
- Ela não é minha... – Ron começou a se opor.
- Então por que você fica gemendo o nome dela enquanto dorme? – Fred cortou.
- Cai fora! – Ron gritou.
- Genioso. Genioso – Jorge atirou de volta – Melhor recuperar algo do Krum. Da última vez que vi, o Grande Búlgaro estava passando as mãos por ela todinha.
Essas palavras tiveram um efeito visível em Ron. O que tinha sido uma simples irritação com os irmãos, instantaneamente se tornou um furacão de raiva. Seus olhos queimavam enquanto apertava os punhos, tentando não imaginar aquele nariz de gancho, pé de pato, Búlgaro tagarela tocando... beijando... sua Hermione.
Gina começou a observar seu irmão. Sua boca abriu de novo em choque.
- Isso é mentira – Gina afirmou confidencialmente quando encontrou sua voz.
- Bom, tá certo, então ele só estava segurando sua mão. – Jorge admitiu – Mas é assim que começa, sabe?
- Se você não se mexer vai perdê-la – Fred acrescentou.
- Ela fez a sua escolha – Ron resmungou, teimoso até o fim, cruzando os braços e encarando os outros.
- Como ela pode ter feito uma escolha? – Gina perguntou – Ela nem sabe como você se sente.
- Ela sabe como me sinto sobre o Krum.
- Não sobre o Krum, seu imbecil. Como você se sente sobre ELA. Você não pode esperar que ela te escolha se ela nem sabe que você está interessado.
- Quem disse que estou interessado?
Os três reviraram os olhos.
- Pelo amor de Deus, Ron. TODO MUNDO sabe! – Gina retrucou num tom exasperado.
- Todo mundo exceto Hermione, você quer dizer. – Jorge corrigiu.
- Tá legal! – Fred suspirou – Seja um cabeça dura. Se você não vai colocar um ponto final nisso, eu vou.
Com um ‘crack’ ele desapareceu da cozinha.
- Tudo bem – Jorge acrescentou numa voz misteriosa – Nenhuma futura cunhada minha vai sair com outro cara. Mesmo se ele for uma Estrela Internacional de Quadribol. Vamos mandar seu amor a ela, Ron...
- É MELHOR NÃO, SEUS FILHOS DA P... – Ron rosnou, enquanto ele pulou da cadeira. O resto da frase morreu em seus lábios quando a cabeça de Jorge sorriu maldosamente e sumiu do fogo.
- MAMÃE! – Ron gritou, correndo pelos cantos e calçando seus sapatos – Onde está o pó de flu?
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