A nova dupla
Capítulo 1 A nova dupla
Rose estava no quinto ano e não agüentava mais! Aquele garoto insuportável da sonserina que se achava o cara! Aquele garoto que fazia o seu coração bater mais rápido todas as vezes que ela o via, todas as vezes que ele se dirigia a ela. Ele era o último garoto da Terra com quem ela ficaria. Mas por que toda hora que ele chegava perto dela, ela sentia frio no estômago? Nem ela sabia responder.
- Ele me irrita! – se viu dizendo para Nathália, sua fiel amiga, quando viu Scorpius passar com seus amigos da sonserina. Na hora em que ele passou a menina quase caiu da escada, enquanto Scorpius fechava a cara.
- Ah Rose! Eu não falo mais nada.
- O que você quer dizer com isso, Nathy?
- Que você tem uma queda pelo Malfoy desde que o viu.
- Isso é um absurdo! – disse Rose corando – Eu o odeio.
- Não seria para menos você ter uma queda por ele, sabe, ele é apanhador, o melhor da série dele, é lindo e tem uma bunda que faz todas virarem para olhar!
- Já entendi – disse Rose rindo.
- E tenho que dizer que ele também tem uma queda por você! Ele gosta de você!
- Isso é loucura! Você andou bebendo!
- Não minha cara amiga. Eu apenas sei das coisas.
- Então prova.
- E aquele dia que ele te ajudou no primeiro ano quando você caiu da árvore?!
- Nada de mais.
Flashback
- Nathy, eu já volto. Eu vou ao jardim.
- Está bem.
Rose foi até o jardim e subiu em uma árvore. Foi aí que viu um loiro vindo em sua direção. Tentou se esconder, mas ele já a havia visto.
- Você vai cair daí Weasley! – disse Scorpius olhando para cima.
- Não vou nada seu loiro oxigenado mimado.
- Ótimo. Então depois não diga que eu não avisei – disse se virando e saindo de perto. Rose foi se ajeitar na árvore quando ouviu um barulho de galho quebrando, foi quando perdeu o equilíbrio e caiu, dando um berro. Scorpius que estava a certa distância, ao ouvir o berro da garota voltou correndo e a viu caída no chão chorando de dor.
- Sua tola! – disse chegando perto dela e se agachando – Eu disse que você ia cair – falou com um olhar de preocupação fazendo Rose corar – Me diz onde dói.
- Na perna.
- Eu vou ter que olhar – disse Scorpius colocando as mãos na perna de Rose fazendo-a estremecer. Scorpius riu, nunca havia sentido uma pele tão macia – É aqui?
- Mais para cima – disse Rose corando ao ver que o garoto levantava sua saia – EI!
- Ora Weasley! Dei-me paciência, você acha que eu quero ficar olhando sua coxa?
- Idiota! Não preciso da sua ajuda – disse tentando se levantar, mas quase caindo.
- Senta agora – disse Scorpius com firmeza colocando Rose no chão e continuando a passar as mãos na perna dela até que essa deu um berro de dor – Parece que achamos onde dói.
- Você acha? – ironizou Rose.
- Cala a boca, Weasley. Vem, eu te levo até a ala hospitalar – disse pegando a garota no colo.
- Não precisa.
- Para de reclamar e apenas se segura em mim.
Fim do Flashback
- Foi muito fofo o que ele fez – disse Nathália.
- Huf...
- E daquela vez que um garoto da sonserina deu um tapa no seu bumbum no terceiro ano?
- Nem me lembre! – disse Rose com raiva.
- Ele partiu para cima do garoto.
Flashback
Rose caminhava com Nathália quando um garoto da sonserina passou por elas e deu um tapa na bunda de Rose.
- Como você se atreve? – gritou Rose e saiu xingando o garoto enquanto esse parava para retrucar.
- Algum problema? – perguntou Scorpius chegando.
- Esse garoto bateu na bunda de Rose! - exclamou Nathália.
- Ora! Você não tem vergonha não?! – perguntou Scorpius para o garoto.
- Não se meta idiota! É apenas uma grifinória.
- E por causa disso vai desrespeitá-la? – perguntou Scorpius com raiva chegando mais perto do garoto que recuou. Rose e Nathália olhavam tudo com os olhos arregalados.
- Grifinórias gostosas eu desrespeito.
- É mesmo?! E sonserinos nojentos e idiotas apanham – disse Scorpius partindo para cima do garoto. Bateu nele até que a diretora chegou.
Enquanto saiam da sala da diretora, Rose segurou o braço de Scorpius.
- Obrigada – disse fazendo Scorpius sorrir para ela.
- Se cuida ruiva. – disse piscando e saindo.
Fim do Flashback
- É isso foi fofo – disse Rose para Nathália.
- E aquela vez que você levou um fora no quarto ano?! Lembra?
- Aff... Como eu poderia me esquecer?
- Mas você já superou né?
- Claro! Mais aquele idiota! Ele me traia! Aquele imundo, desgraçado, filho da...
- OPA Rose Weasley! Tenho que te lembrar que você é monitora e que não deveria ser ouvida falando isso pelos corredores.
- Tem razão! Perdi a cabeça.
- E como.
- Não me irrite mais. Só de lembrar daquele canalha eu já fiquei irritada.
- Que canalha? O Aron ou o Scorpius?
- O ARON!
- Ah, mas pense bem. Depois o Scorpius te consolou.
Flashback
- Rose – chamou Aron, seu atual namorado – Eu acho que não podemos mais ficar juntos.
- O que? – perguntou Rose sem acreditar – Por quê?
- Porque... porque eu estou ficando com outra e gosto muito dela.
Rose não acreditava. Queria sair de perto daquele garoto. Saiu da sala onde estava e começou a chorar. Não queria chorar, mas as lágrimas teimavam em sair dos seus olhos. Caminhou sem rumo pelos corredores até que deu um encontrão em alguém.
- Olha por onde anda Weasley – rugiu Scorpius com cara de bravo, mas ao ver o estado da garota sua expressão mudou para preocupação – Algum problema? O que houve Weasley?
- Nada – disse Rose saindo correndo.
- Weasley! – gritou Scorpius.
Rose saiu para os jardins e nem se deu conta quando entrou na floresta. Só se deu conta quando viu que estava escuro e não sabia a direção. Foi aí que viu um centauro. Nunca havia visto um e estava pronta para berrar quando alguém tapou sua boca e a puxou com toda a força fazendo-a cair atrás de uma grande árvore. Foi aí que a pessoa sentou do seu lado e ela pode ver que era Scorpius.
- Sua burra! O que você veio fazer aqui dentro?! Aqui é perigoso! Será que você não aprende o que é perigo?!
Rose olhou par ele e chorou com mais força ainda.
- Não, não chora – disse Scorpius meio desconcertado – Desculpa, não quis ser grosso. Desculpa.
Rose não soube o porquê, mas naquela hora abraçou o garoto com todas as forças que reuniu. Estava assustada e triste e só precisava de um abraço. Scorpius no começo ficou sem saber o que fazer, mas começou a passar a mão com carinho na cabeça da garota.
- O que houve? – perguntou erguendo a cabeça de Rose. Ela olhou no fundo daqueles olhos cinza e se viu contando toda a história.
- Ora! Está na cara que aquele garoto é um idiota – exclamou fazendo Rose rir – Ele não te merece. Você merece mais. Não chore, você vai encontrar alguém melhor – disse secando o rosto da garota – Se anime! Rosas não devem chorar – disse pegando uma flor murcha no chão e fazendo um feitiço que a transformou em uma rosa vermelha. Entregou a rosa à Rose fazendo-a corar – Uma rosa para uma rosa.
Rose não sabia o que dizer. Ele era muito fofo.
- Obrigada Malfoy – disse Rose dando um beijo no rosto do garoto – Você é demais – e assim voltou a abraçá-lo.
Fim do Flashback
- Oh!!! – exclamaram as duas rindo ao lembrar-se do acontecimento.
- Ele é lindo quando quer – disse Rose sorrindo e a amiga concordou.
- Ou seja, sempre – disse Nathália.
- Nem sempre. Às vezes ele é mal-educado.
- E você também com ele!
- Porque ele merece.
- E você não merece?
- Chega! Para de falar nele!
- Tá legal.
Rose olhou para a amiga que sorria.
- Para de pensar nele!
- Eu não estou pensando nele. Viu?! – perguntou Nathália apontando para Rose – Você é que está pensando que eu penso nele! Você ainda não parou de pensar nele.
- Claro que parei! Só que você está pensando nele.
- Quem disse?
- Eu.
- Pois fique sabendo que eu estava pensando no dia que vocês vão ficar.
- Então você está delirando.
- Delirando não! Pensando em um ato que irá se tornar real.
- Ou seja, ele ainda não é real.
- Mais vai se tornar.
- Você é muito chata!
- Eu sei.
A aula seguinte era com o pessoal da sonserina, Rose detestava essa aula porque sabia que ia sair briga.
Poções era uma tarefa em que Rose era ótima e sempre se orgulhara disso.
- Hoje faremos um sorteio para os pares que se sentarão juntos de agora em diante – disse Slughorn – Rose, minha aluna preferida, por que você não tira o primeiro par?
- Claro – disse a ruiva se encaminhando para o professor, esse lhe estendeu uma caixinha com os nomes. A menina pegou um papel e desdobrou, fez imediatamente uma cara de quem iria vomitar – Scorpius Malfoy.
- O QUE? – Scorpius gritou, não podia acreditar.
- Sem exageros – disse o professor – Rose, vá se sentar ao lado de Scorpius.
Rose lançou um olhar mortal para o menino e sentou ao seu lado.
- Caramba, Weasley! Você não sabe desgrudar de mim? – perguntou irônico.
- Vai se catar, Malfoy.
A sala já estava toda em pares, o professor pigarreou e continuou a falar:
- Os pares que foram selecionados ficaram assim até o final do ano letivo e terão que fazer trabalho juntos fora de sala.
- Não é possível! – gritou Rose atraindo a atenção de vários alunos.
- Lá vai a escandalosa! – disse Scorpius.
- Cala a boca.
- Me obrigue Weasley.
- Eu não teria coragem de chegar perto de você.
- Foi o que eu pensei.
- Você pensou?! Isso é novidade! Além do mais, você pensou nisso porque sabe que como você é super nojento, ninguém tem coragem de chegar perto de você.
- Sou tão nojento que você já me abraçou. Lembra? Quando você terminou com o Austin?
- Aron! E eu estava em um momento de fraqueza.
- Nossa, que nome estranho, Aron! É! Lembro sim do seu momento de fraqueza: “Obrigada Scorpius” – disse Scorpius imitando Rose – “Você é demais”.
- Rose corou, mas logo se recompôs – E você dizendo: “Uma rosa para uma rosa”. Que coisa brega!
- Não era o que você parecia achar na hora – disse Scorpius corando violentamente – Você logo me deu um beijo na bochecha.
- É, e que eu me lembre depois você se aproveitou de mim, e abraçando.
- Você que me abraçou! E como eu iria me aproveitar de você se você não tem nada para oferecer?!
- Ora, seu...
- Rose, Scorpius, chega de papo – gritou Slughorn assustando os dois alunos.
A aula se passou e o professor passou o primeiro trabalho para as novas duplas.
Parece que agora você terá que ficar mais e mais com a sua ruivinha – disse Jake à Scorpius na sala comunal da sonserina.
- Sua ruivinha? – perguntou Scorpius erguendo uma sobrancelha.
- Minha não! Sua. Quero dizer, sua amada ruivinha. Como meu amigo foi se apaixonar por uma grifinória? – perguntou Jake divertido.
- Acho que você bebeu demais Jake. Boa noite.
- Boa noite, amante de grifinórias.
- Jake, eu não sou amante de grifinórias.
- É sim. Você quase não sai com nenhuma garota e olha que você é bem desejado. Até eu te desejo! Brincadeira!
- Olha só, eu posso sair com qualquer garota. É só falar o nome! Desde que seja razoável.
- Certo. Que tal a Marin?
- Muito calma.
- Katlin?
- Não! Muito burra!
- Jose?
- Putz, muito mais burra!
- Lindsay?
- Muito envergonhada, e quando eu digo muito não é exagero!
- Meg?
- Feia e bruta! Parece um trasgo!
- Peraí, ela é gostosa. Você só acha ela assim porque você não gosta dela.
- Não!
- Cara, viu? Nenhuma serve. Olha o que você disse: não pode ser calma, burra, envergonhada, feia nem bruta. Ou seja, tem que ser agitada, inteligente, extrovertida e social, bonita e delicada.
- Certo, cara, você não é tão burro quanto eu pensei.
- Quer ver que eu sou mais inteligente ainda? Eu sei duas palavras que resumem tudo o que você disse e que é a pessoa ideal para você.
- É mesmo? – perguntou Scorpius irônico.
- Sim, e as palavras são: Rose Weasley.
Scorpius olhou para o amigo e começou a rir.
- Do que você está rindo?
- De você.
- Um dia você vai engolir tudo o que você negou que sente pela ruiva. Você vai ver você ainda casa com ela.
- É claro – disse Scorpius irônico – Boa noite.
- Boa noite, Scorpius Weasley Malfoy. Até que os sobrenomes de vocês combinam.
Na manhã seguinte Scorpius estava descendo para tomar café com seus amigos quando ouviu que uma voz conhecida o chamava:
- Malfoy – gritou Rose e todos da sonserina pararam e viraram curiosos menos Scorpius que continuou andando – Malfoy, seu loiro desgraçado eu falei com você.
- O que você quer Weasley? – perguntou Scorpius se aproximando do grupo de sonserinos e da garota.
- Não é meio óbvio?
- Veio finalmente dizer que me ama?
Os meninos da sonserina riram.
- Não Malfoy, eu ainda não perdi o meu juízo – disse Rose aborrecida fazendo os amigos de Malfoy rirem mais ainda.
- O que você quer então?
- Vim dizer que nós temos que fazer o trabalho de poções.
- Nós?! Ah é!
- Hoje de noite na biblioteca às 18h! Entendido?
- Eu não sou surdo Weasley.
- Mas é burro! – disse Rose saindo enquanto os amigos de Scorpius continuavam a rir.
- Isso vai dar em casamento – disse Jake para Scorpius.
- Pode apostar! – disse Mike para Jake ainda rindo.
- O dia que eu beijar essa Weasley eu juro que me taco no lago e de short. – disse Scorpius carrancudo.
- Pode apostar que eu vou cobrar! – disse Mike que ainda não tinha conseguido parar de rir.
- Ei gente! Mas sabe o que mais me impressiona? – perguntou Jake.
- O que? – perguntaram Scorpius e Mike curiosos.
- Aquela prima dela – disse Jake com um ar sonhador – Como é linda! A tal de Lílian.
- Ah – disse Scorpius entendendo com um sorriso de lado – Lílian Potter. Vamos combinar uma coisa?
- O que? – perguntou Jake receoso.
- O dia que eu ficar louco, se isso um dia acontecer, e eu beijar a maluca da Weasley, você vai ter que chamar a outra ruiva para sair.
- Hum... Já está considerando a idéia de beijar a Weasley? – perguntou Jake, mas ao ver a cara de Scorpius apenas completou – Ok, eu a convido para sair o dia que você beijar a Weasley.
- Coitado, não vai agüentar esperar – disse Scorpius.
- Engano seu meu amigo. Algo me diz que esse momento logo, logo vai chegar. – disse Mike enquanto era fuzilado com o olhar de Scorpius.
Scorpius chegou às 18:00H em ponto e encontrou Rose o esperando.
- Boa noite – disse Scorpius e se sentou ao lado da garota – É sobre o que o trabalho?
- Você não anotou? – perguntou Rose.
- Não.
- Sobre os doze usos do sangue de dragão – disse revirando os olhos.
- Claro, é isso mesmo – disse Scorpius enquanto imitava a revirada de olhos dada por Rose fazendo-a sorrir mesmo sem querer.
- Então comecemos o trabalho. Vai achar um livro enquanto eu procuro nesses que eu já achei.
- Sim senhora – disse Scorpius colocando a mão na cabeça e acenando igual a um soldado e virando para ir à busca dos livros enquanto Rose revirava os olhos novamente. Como tinha mania de revirar os olhos quando estava perto de Scorpius.
- Desisto – exclamou Scorpius depois de uma hora.
- Não desista! Procure! – disse Rose incentivando – Faltam só mais três usos.
- Eu não agüento mais! – exclamou o menino batendo com a cabeça na mesa. Rose riu da cena
– Do que você está rindo? Hein?
- De você.
- Eu não sou nenhum palhaço.
- Mas parece um, seu mal-educado.
- Olha quem fala!
- Não vamos começar a brigar! Já tive que aturar muito hoje!
- Tem razão. Se eu pudesse sairia de poções.
- Por quê? – perguntou Rose olhando para o garoto, curiosa.
- Ora, não faça essa cara de quem não sabe o porquê. Essa era a matéria que meu pai era excelente, mas ao contrário dele eu sou péssimo nela! Ele odeia isso. – disse Scorpius meio triste – E quando recebo uma nota horrível me dá vontade de desistir de poções só para não ver a cara que ele faz.
- Nós não temos que ser igual aos nossos pais! – disse Rose indignada – Tenha coragem e admita o que sente em relação a isso.
- Tem muitas coisas que eu não posso admitir que sinto, Weasley – disse Scorpius olhando para a garota que não soube o porque, mas corou.
- Então me diga! O que você sente em relação a poções?
- Quer saber mesmo? Eu odeio essa matéria! ODEIO! – disse Scorpius com tanta raiva que acabou rasgando a página do livro que virava. Rose olhou assustada e então começou a rir.
- Como você é desastrado garoto! Vem cá que eu conserto – disse pegando o livro da mão do garoto.
- Não precisa – disse ele puxando o livro. Ficou um puxa, puxa até que o livro rasgou mais ainda. Scorpius olhou para Rose e instantaneamente teve vontade de rir. A garota estava com uma cara horrorizada e olhava para o livro como se rasgar o livro tivesse sido o pior crime da sua vida, porém prendeu o riso porque sabia que Rose teria um ataque ainda maior se ele risse.
- Ai caramba! – exclamou Rose – O que faremos?!
- Corre! – brincou Scorpius e os dois desataram a rir – Me dê o livro – disse o menino pegando o livro e fazendo um feitiço nele. O livro se consertou na hora.
- Boa Malfoy.
- Eu sei Weasley.
Rose riu. Scorpius olhou para ela e de repente sem se tocar ficou observando-a durante um bom tempo. Rose corou ao ver que ele a observava atentamente.
- Eu vou indo Malfoy.
- Está bem, até mais.
- Até, não se preocupe que eu termino o trabalho.
- Ei Weasley! – chamou Scorpius quando a garota foi saindo – Sabe o que é... é que eu, eu....
- Você... – incentivou Rose.
- Bom, eu preciso de uma ajuda em poções e bom, eu gostaria que, bom... é... Você poderia me ajudar? – perguntou Scorpius corando.
Rose corou mais do que o menino.
- Ah... Claro. Por que não?
- Ótimo! Que tal amanhã às 18:00H, mas na sala precisa? Você sabe onde fica?
- É claro que sei! Até amanhã.
- Até. AH! – exclamou Scorpius fazendo Rose virar – Obrigado.
Rose agradeceu que estivesse escuro, pois nunca havia ficado tão vermelha.
- De nada – disse se virando e indo para a torre da grifinória.
- MENTIRA! – gritou Nathália na manhã seguinte quando Rose lhe contou o que havia acontecido entre ela e Scorpius ontem à noite.
- Claro! É mentira! Inventei tudo – ironizou Rose.
- Eu ainda não acredito! Que lindo!
- Não tem nada de lindo! É APENAS uma aula particular.
- O que é APENAS uma aula particular? – perguntou Lílian chegando perto do grupo com Alvo e Hugo.
- Rose vai ensinar poções para Scorpius! – exclamou Nathália para Lílian.
- O QUÊ? Sabia! – disse Lílian vitoriosa – Sabia que um dia vocês ficariam juntos! Sabia!
- Cala a boca Lílian – exclamou Hugo – Minha irmã nunca ficará com um Malfoy! Certo Rose?
- Certo! – disse Rose enquanto Alvo acenava positivamente.
- Acho bom! Não ia agüentar te ver com ele – disse Alvo.
- Muito menos eu! E espero que a aula seja apenas hoje! Eu sei como ele é burro em poções, Rose me contou! Imprestável aquele garoto. – disse Hugo enquanto todos riam.
- Agora, sabe quem é lindo? – perguntou Lílian.
- Quem? – perguntaram Rose e Nathália.
- Aquele Jake! Ô sonserino gostoso – disse Lílian fazendo as meninas rirem e os meninos fecharem a cara.
- Eu sou seu irmão e nunca permitirei que você fique com um sonserino. – disse Alvo.
- Primeiro: você não permite nada e segundo: olhar não arranca pedaço! Ai! Mas se arrancasse eu iria querer um pedaço dele para mim!
As meninas riram e Alvo bateu na mesa de tanta impaciência.
Enquanto isso na mesa da sonserina:
- Para de secar a ruivinha Potter, Jake! – disse Mike enquanto Scorpius ria.
- Ele já faz isso sem nem ao menos perceber! – disse Scorpius.
- Eu não consigo, ela é muito linda – disse Jake na hora em que Lílian olhou para ele. O garoto corou e desviou o olhar fazendo Scorpius e Mike caírem na risada.
- Parece que a ruiva também gosta de olhar para você! – disse Mike recebendo um tapa de Jake.
- Scorpius, você não nos disse como foi ontem com a Rose – disse Jake curioso.
- Pois é, conta logo – falou Mike.
- Não foi tão ruim – começou Scorpius – Ela até que foi legal, mas é completamente louca – disse ele rindo.
- Parece que vocês se divertiram – disse Jake.
- Você acha que trabalhar com a Weasley é divertido?! E hoje nós vamos nos encontrar de novo.
- O QUÊ? – gritaram Mike e Jake atraindo a atenção de várias pessoas.
- Dá para vocês gritarem menos! Caramba. Ela vai apenas me ensinar poções! – disse Scorpius corando furiosamente.
- Parece que alguém gostou da companhia da Weasley – disse Jake rindo e nessa hora Lílian se levantou com Rose fazendo Jake e Scorpius olharem para a mesa da grifinória. Mike caiu na gargalhada:
- Vocês dois são hilários e patéticos.
- Anda logo Scorpius e beija essa ruiva! – disse Jake.
- Qual delas? – perguntou Scorpius malicioso.
- A Weasley! – disse Jake com ciúme.
- Não. Por que meu caro amigo?
- Porque eu não vou conseguir esperar a aposta! – disse Jake.
- Acho que um banho de água fria resolve tudo – disse Mike levando outro tapa na cabeça dado por Jake enquanto Scorpius ria.
Rose estava jantando quando viu um grupo da sonserina se aproximando dela.
- Weasley – chamou um loiro atrás dela atraindo olhares dos alunos da grifinória – Já está pronta?
- Por quê? Eu tenho que me arrumar bem para te ensinar poções? – o pessoal da mesa da grifinória ria Jake e Mike também não agüentaram e riram ganhando olhares mortais de Scorpius.
- Não sua besta! Eu quis dizer se você já terminou de jantar – disse Scorpius com raiva.
- Ah, sim. Estou quase acabando – disse Rose se virando para a comida.
- Ótimo – disse Scorpius pegando Rose por baixo dos braços e arrastando a menina colocando-a nos ombros dele. A menina ficou de cabeça para baixo e a bunda virada para cima.
Todos riam no salão enquanto Rose era carregada por Scorpius.
- Bom, tchau Lílian – disse Jake acenando para a garota que corou, o garoto saiu com Mike em seu encalce.
- Me larga Malfoy! – gritou Rose para Scorpius.
- Não, só porque você falou comigo daquele jeito. Você tem que aprender a ser educada.
- Eu sou educada.
- Sério? Eu não conhecia esse seu lado.
- Porque com você eu não consigo ser educada. Você me irrita!!
- Fico contente com isso – disse Scorpius sorrindo.
- Huf!
Scorpius chegou à frente da parede e fechou os olhos, alguns segundos depois uma porta se materializou.
- Pronto – disse Scorpius largando Rose dentro da sala. A sala estava cheia de caldeirões e com mesas. Um quadro negro se encontrava lá.
- Vamos começar? – perguntou Rose se ajeitando e indo para o quadro enquanto Scorpius sentava.
Passaram alguns minutos em que Rose explicou para o rapaz e agora ela já estava ao seu lado fazendo uma poção.
- Você acrescenta a raiz agora – disse Rose colocando a mão na raiz ao mesmo tempo que Scorpius. A garota tirou a mão na hora corando furiosamente.
Scorpius olhou para a menina que estava ao seu lado a centímetros dele. Virou ficando de frente para Rose.
- Você é uma ótima professora. Obrigado.
- De nada – disse Rose, o coração acelerando enquanto o garoto ia se aproximando.
- Como poderei agradecer?
- Você já agradeceu.
- Não do jeito que eu queria – disse Scorpius agora a poucos centímetros.
Estavam quase acabando com a distância entre eles quando a porta foi aberta com força. Pularam quando ouviram o barulho.
- Scorpius viemos lhe buscar, já tava ficando tarde e... – Jake não terminou ao ver que Scorpius e Rose estavam a centímetros um do outro vermelhos como pimentões – Caramba – exclamou sorrindo – Desculpe ter atrapalhado.
- Nós já estamos saindo – disse Mike piscando.
- NÃO! – gritou Rose assustando os garotos – Vocês não atrapalharam nada. Eu já estava indo – disse ficando com as orelhas vermelhas e guardando tudo rápido – Até mais garotos. Tchau Malfoy – disse se virando.
- Scorpius – disse Scorpius para Rose fazendo-a virar.
- O que? – perguntou Rose confusa.
- Me chame de Scorpius – disse o garoto fazendo-a sorrir.
- Claro. Tchau Scorpius.
- Até mais Rose.
A garota parou de súbito olhando para trás. Até Mike e Jake pareciam petrificados diante da última fala do garoto. A garota sorriu e saiu da sala.
Quando Rose saiu os garotos olharam para Scorpius.
- Pode me chamar de Scorpius – disse Jake rindo.
- Não, não! Foi assim: “Me chame de Scorpius” – disse Mike numa perfeita imitação fazendo Jake rir mais.
- Calem a boca! – disse Scorpius com raiva.
- O que aconteceu aqui entre vocês? – perguntou Mike.
- Nada! Porque alguém chegou na hora.
- Caramba! Desculpe-nos! Foi sem querer – disse Jake enquanto fingia que estava ofendido.
- Esquece – disse Scorpius rindo – Vamos embora.
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